Olá Pessoal,
Feliz por participar de mais uma etapa deste projeto, gostaria já de saudar o Grupo da Unesa e questionar alguns pontos do texto...
O Povo da UERJ já sabe que isso é uma fala recorrente, mas diante do texto inicial de vocês fiquei me perguntando: qual é a cara desses professores, sejam on line ou presencial?
Qd no texto leio:
"O professor se sente o todo-poderoso, repete conceitos e não sabe interagir com os alunos; os conteúdos estão distantes da realidade e devem ser decorados e cobrados em provas."
Não seria interessante nos perguntarmos quem é esse professor? Quais são as condições que os levaram e nos levam a essa pedagogia?
E mais, tenho aprendido um pouco a não ver o fenômeno somente como tal, mas sim, quais são as suas mediações, portanto, há fortes motivos, que vão desde a bandeira por salário e melhores condições de trabalho (que definitivamente não vejo como justificativa para um trabalho que não seja comprometido com a transformação), passando pela estrutura da escola, ou melhor, de determinadas escolas que infelizmente são maioria, que não são nem proporcionam a interatividade, às próprias condições dos educandos.
"Os alunos da geração digital estão cada vez menos passivos perante a mensagem fechada à intervenção, pois aprenderam com o controle remoto da TV, com o joystick do videogame e agora com o mouse."
Quem são esses alunos? Quantos desses realmente encontramos em nossas instituições? E o que fazer com aqueles que não têm acesso a toda essa revolução tecnológica e informacional? Acredito que tenhamos que discutir bastante a interatividade nas instituições que proporcionam isso, mas não pode ficar fora da pauta o que fazer com aquelas as quais isso, de alguma maneira é negado, por diversos motivos.
Há um autor chamado Mark Warshauer que trabalha com a relação entre inclusão digital e exclusão social. Sendo de um PPG em Políticas Públicas, me levo a discutir um pouco essas visões globalizantes, que normalmente, passam a régua pelo que há de melhor, sendo que a grande maioria de nossa realidade não usufrui disso.
Isso são provocações que deixo aqui.
"Esse quadro se agrava, ampliando a defasagem da escola e da universidade na "era digital" das comunicações. Enquanto isso, empresários e gestores do setor educacional estão cada vez mais compelidos ao investimento em novas tecnologias informáticas aplicáveis em suas instituições, porém pouco atentos à necessidade de modificar a sala de aula centrada na pedagogia da transmissão."
Por outro lado, há um outro trecho no texto que me provocou bastante por estar de certa maneira vivenciando um pouco isso. Atualmente trabalho em uma instituição privada cujo principal foco é a educação, embora voltada prioritariamente para o mercado de trabalho. Aqui educação em uma primeira passada é negócio.
Há bastante recursos, gente especializada trabalhando, enfim, o problema não são as condições. Eis que nas provas de certificação os resultatos pelo pouco que vi têm sido insuficientes... E quem tem sido culpado por isso? > Os cursantes, que não estudam, que são fracos e coisas que já estamos acostumados.
Será que não falta um pouco de mediação? Onde está a nossa interação? O que há além dos recursos? Creio que esse seja, entre outros o foco da discussão deste módulo.
Fico por aqui, ansioso pelas discussões sobre comunicação e interatividade.
Beijos e Abraços,
Lázaro.