Atividade 2. Indicadores de interatividade
Atividade 2 - Indicadores de interatividade
A professora universitária Joana Silveira leciona uma mesma disciplina nas modalidades presencial e on-line. Ela costuma revelar entre seus colegas que sente-se duplamente insegura na docência via internet porque:
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Não tem habilidade com o "ambiente virtual de aprendizagem", mesmo tendo feito o curso de atualização sobre o ambiente adotado na universidade;
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Não pode "administrar" a aprendizagem e sua avaliação a partir do "olho no olho" podendo lançar mão do "vigiar e punir" quando for necessário".
Essa professora foi convidada a ingressar no programa de formação continuada da sua universidade. Em um dos cursos ela se deparou com "indicadores de interatividade para docência presencial e online" que lhe despertaram grande interesse. Ela pediu ajuda aos seus colegas de formação continuada para ajuda-la a traduzir os indicadores em aplicações práticas para a disciplina Comunicação e Expressão que leciona na graduação em Pedagogia. Mas deparou-se com colegas, em sua maioria, reclamando dos cursos de formação continuada oferecidos pela universidade, dizendo que eles mesmos não praticam os indicadores de interatividade apresentados a todos como sugestões de qualidade.
Convidamos cada cursista a ajudar a professora Joana. Com base nos indicadores elencados em seguida, que sugestões práticas podemos oferecer a ela? Que sugestões cada um(a) de nós pode oferecer à professora Joana para que enfrente sua insegurança. Poste sua opinião no Fórum Joana Silveira.
Vejamos quais são os "indicadores de interatividade" apresentados à profa Joana. Eles foram apresentados como "sugestões de superação da prevalência da pedagogia da transmissão em educação presencial e on-line, formuladas a partir do livro Sala de aula interativa e de pesquisas realizadas no Programa de Pós-Graduação em Educação da Estácio."
A profa Joana teve a seguinte orientação sobre os tais indicadores:
"São cinco linhas de engajamentos do professor capazes de promover a superação da "pedagogia da transmissão". Estas cinco linhas de ação podem potencializar a autoria do professor, presencial e online, com agenciamentos de comunicação capazes de atender o perfil do novo espectador que emerge com a cibercultura, com a sociedade da informação. Podem inspirar o professor a promover uma modificação qualitativa da pragmática comunicacional fundada na transmissão, na prática docente baseada no falar-ditar do mestre."
1. Disponibilizar múltiplas experimentações, múltiplas expressões
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Promove oportunidades de trabalho em grupos colaborativos.
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Desenvolve o cenário das atividades de aprendizagem de modo a possibilitar a participação livre, o diálogo, a troca e a articulação de experiências.
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Utiliza recursos cênicos para despertar e manter o interesse e a motivação do grupo envolvido.
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Favorece a participação coletiva em debates presenciais e online.
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Garante a exposição de argumentos e o questionamento das afirmações.
2. Disponibilizar uma montagem de conexões em rede que permite múltiplas ocorrências
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Faz uso de diferentes suportes e linguagens midiáticos ( texto, som, vídeo, computador, Internet ) em mixagens e em multimídia, presenciais e online.
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Garante um território de expressão e aprendizagem labiríntico com sinalizações que ajudam o aprendiz a não perder-se, mas que ao mesmo tempo não o impeça de perder-se.
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Desenvolve, com a colaboração de profissionais específicos, um ambiente intuitivo, funcional, de fácil navegação e que poderá ser aperfeiçoado na medida da atuação dos aprendiz.
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Propõe a aprendizagem e o conhecimento como espaços abertos a navegação, colaboração e criação, possibilitando ao aprendiz conduzir suas explorações.
3. Provocar situações de inquietação criadora
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Promove ocasiões que despertem a coragem do enfrentamento em público diante de situações que provoquem reações individuais e grupais.
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Encoraja esforços no sentido da troca entre todos os envolvidos, juntamente com a definição conjunta de atitudes de respeito à diversidade e à solidariedade.
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Incentiva a participação dos estudantes na resolução de problemas apresentados, de forma autônoma e cooperativa.
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Elabora problemas que convoquem os estudantes a apresentar, defender e, se necessário, reformular seus pontos de vista constantemente.
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Formula problemas voltados para o desenvolvimento de competências que possibilitem ao aprendiz ressignificar idéias, conceitos e procedimentos.
4. Arquitetar percursos hipertextuais
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Articula o percurso da aprendizagem em caminhos diferentes, multidisciplinares e transdisciplinares, em teias, em vários atalhos, reconectáveis a qualquer instante por mecanismos de associação.
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Explora as vantagens do hipertexto: disponibiliza os dados de conhecimento exuberantemente conectados e em múltiplas camadas ligadas a pontos que facilitam o acesso e o cruzamento de informações e de participações.
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Implementa no roteiro do curso diferentes desenhos e múltiplas combinações de linguagens e recursos educacionais retirados do universo cultural do estudante e atento s aos seus eixos de interesse.
5. Mobilizar a experiência do conhecimento
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"Modela os domínios do conhecimento como espaços conceituais, onde os alunos podem construir seus próprios mapas e conduzir suas explorações, considerando os conteúdos como ponto de partida e não como ponto de chegada no processo de construção do conhecimento". (Passarelli apud Thornburg).
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Desenvolve atividades que propiciem não só a livre expressão, o confronto de idéias e a colaboração entre os estudantes, mas, que permitam também, o aguçamento da observação e da interpretação das atitudes dos atores envolvidos.
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Implementa situações de aprendizagem que considerem as experiências, conhecimentos e expectativas que os estudantes já trazem consigo.