Brincando de Labirinto

Glossário de Experiências

Glossário de Experiências

por Edmea Santos -
Número de respostas: 61

Glossário de experiências

sorriso Vamos enriquecer o glossário de Psicologia da Aprendizagem com suas experiências?!

Trabalhando com suas memórias, mais o vocabulário próprio deste módulo, ou mesmo com palavras que já estejam no glossário, conte-nos um caso, uma experiência vivida, em que você tenha percebido estas palavras acontecendo “ao vivo”.

Nosso objetivo é construir “significados vivos” para os processos de aprendizagem.

Utilize um editor de texto e sua capacidade de síntese para que seu relato caiba em uma página. Se preferir revele-nos sua experiência com uma imagem.

Vamos comentar e interagir com as experiências dos colegas!

Esperamos por tod@s!

Equipe UERJ

Em resposta à Edmea Santos

Re: Glossário de Experiências

por Usuário excluído -

sala de aula

Olá gente,

Essa provocação me levou a buscar os registros do Curso Online Sala de Aula Interativa que fiz com Marco Silva, onde ele nos convocou, a partir de um Fórum intitulado “Eu aprendiz”, para uma reflexão em torno da deformação política do aprendiz em sala de aula onde prevalece a pedagogia da transmissão. Sugeriu que refletíssemos sobre as produções que considerássemos valiosas para o tratamento político da participação em sala de aula presencial, em particular, na perspectiva da educação cidadã. Ao mesmo tempo, que levássemos em consideração a mídia de massa e a formação dos receptores.

O trecho abaixo foi usado para incitar para o debate:
”Vem do Iluminismo a crença na escola como lugar destinado a formar cidadãos esclarecidos , senhores do seu próprio destino, da sua história. Entretanto a sala de aula convive tradicionalmente com um impedimento de base ao seu propósito primordial. Ela não contempla a participação do aluno na construção do conhecimento e da própria comunicação. O grande discurso moderno centrado na educação escolar sempre conviveu esse impedimento: o peso de uma tradição formulada pela tradição moderna assenta-se no modelo penso, logo existo.”

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Gostaria de compartilhar aqui minhas inquietações e convidar os colegas para o debate:

Somos sabedores que a forma como fomos educados na família, na escola, na universidade, nos diversos ambientes sociais, como igreja por exemplo influenciam diretamente na nossa forma de ensinar, nas nossas práticas de sala de aula.

Sei que muitos que estão por aqui, assim como eu, somos frutos de uma geração que aprendeu a aceitar tudo em silencio, sem levantar a voz para expor as suas idéias. Fui criada numa família de extrema direita, a esquerda sempre foi vista como "baderneira". Nesse contexto, cresci, sem me envolver em movimentos sociais. Alem disso, fui fruto de uma escola altamente tradicional, transmissora, baseada na lógica da mídia de massa, onde nunca fui estimulada a questionar.

E muitos de nós ainda praticamos essa lei do silêncio nas nossas salas de aula, e continuamos com nossas aulas expositivas, acreditando que ao passar a informação, o sujeito aprende.

Acredito que precisamos realmente de uma transformação nas praticas educativas que mude esse modelo unidirecional de ensino e aprendizagem. Para começar, penso que precisa investir em formação de professores, para além da aprendizagem de conteúdos, precisa investir em práticas mais dialógicas, onde eles possam vivenciar tais dinâmicas, que busquem entender como os sujeitos aprendem a sociedade em rede. Pois, como já foi dito e discutido, somos todos frutos do paradigma "tradicional" pautado na visão da ciência clássica, no instrucionismo. A mudança na educação que a torne mais sintonizada com um pensamento complexo, fundamentado na física quântica e biológica, como tem sido proposto por teóricos como Edgar Morin e outros educadores como Maria Cândida Moraes e Marco Silva, precisa ser incorporado no cotidiano dos educadores.Segundo esses autores, por traz dessas teorias há fundamentos, como dialogicidade, interatividade, autonomia, entre outros que trazem contribuições importantes para ressignificação da educação, tornando-a mais aberta e mais interativa, e assim formar cidadãos mais participativos, mais sintonizados com as demandas da sociedade atual.

 

 

Em resposta à Usuário excluído

Re: Glossário de Experiências

por Marco Silva -

Querida Maristela<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

Sua reflexão desperta em mim forte saudade daquele curso que vc cita. Fui rever o conteúdo, as participações, inclusive as suas que guardo com carinho, e me sinto quase afogado no jorro de fortes lembranças que tomam meu coração neste momento.

Até hoje recebo emails e carinho daquela turma. O maior aprendizado que eu trouxe de lá foi o quanto podem ser profundas e ricas a docência a aprendizagem online. Eu sentia a vibração de cada participante. Sentia a respiração, a taquicardia criativa de cada participação nas interfaces fórum e chat principalmente.

Volto confirmar que raramente experimentei tamanha intensidade em minha experiência de mais de 20 anos em docência presencial. Inclusive, tenho certeza de que melhorei a minha docência presencial a partir daquela experiência online. Passei a trazer para o presencial as dinâmicas das interfaces. Apostando nessa transposição aprendi mais sobre interatividade, sobre educação, sobre meu papel nessa história.

Obrigado por me fazer voltar no tempo, reencontrar vínculos e confirmar convicções.

Forte abraço,

 

Em resposta à Marco Silva

Re: Glossário de Experiências

por Usuário excluído -
Prezado Marco, cada um de nós tem experiências significativas que  mostram a força da mediação tecnológica, quando nós professores a aplicamos em nossas  classes. Cada professor tem oportunidades  extraordinárias de ser interativo, embora nem sempre aproveitemos essas  oportunidades. São essas experiências que nos fazem sentir a força que emana do processo que vivenciamos em nossas convivências com nossos alunos, especialmente ao nos colocarmos no lugar do aluno, que frequentemente tem fragilidades e precisa de nossa compreensão e ajuda.
Assim como nós precisamos também. É nessa troca que emerge a docência online que nos faz melhor alunos do que professores. É essa  modalidade de aprendizagem que estamos tentando aprender em nosso curso...
Nossas experiências mais significativas como professores são também aquelas em que aprendemos as lições que não esquecemos sobre ser alunos...
Abraços, Lina
Em resposta à Usuário excluído

Re: Glossário de Experiências

por Usuário excluído -
Lina é poética quando afirma Nossas experiências mais significativas como professores são também aquelas em que aprendemos as lições que não esquecemos sobre ser alunos...” .
Em resposta à Marco Silva

Re: Glossário de Experiências

por Usuário excluído -

Fiquei mto sensibilizada com a fala do Marco: Volto confirmar que raramente experimentei tamanha intensidade em minha experiência de mais de 20 anos em docência presencial. Inclusive, tenho certeza de que melhorei a minha docência presencial a partir daquela experiência online”. E compartilho dessa influência bem-vinda das tecnologias online sobre as minhas práticas presenciais.<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

Em resposta à Marco Silva

Re: Glossário de Experiências

por Usuário excluído -

Oi Marco,

Também sinto saudades daquele curso. Lá pude vivenciar a discência colaborativa e interativa, aprender muito com os colegas e, principalmente, ter a experiência impar de desfrutar a sua mediação como docente online. Aprendi muito!

Em resposta à Usuário excluído

Re: Glossário de Experiências

por Usuário excluído -
Concordo com a Maristela especialmente quanto a acreditar que precisamos realmente de uma transformação nas praticas educativas que mude esse modelo unidirecional de ensino e aprendizagem. Para começar, penso que precisa investir em formação de professores
Em resposta à Usuário excluído

Ensino? Aprendizagem? Ensino e Aprendizagem? Só aprendizagem?

por Edmea Santos -

sorrisoOi pessoal!

Patrícia você resgata da fala da Maristela um trecho bem interessante. Maristela nos convoca a repensarmos a prática de ensino baseada na pedagogia da transmissão. A fala da Maristela destada o ensino diretamente, seja para denunciar experiências ruins ou anunciar experiâncias interessantes. Em nossa unidade 1 a aprendizagem é o nosso principal conceito. Para propor novas entradas para este labirinto elencamos as seguintes questões:

  • Será que podemos separar aprendizagem de ensino na educação online?
  • Será que não estamos muito centrados no ensino quando arquitetamos desenhos didáticos?
  • Todo ensino leva à aprendizagem?
  •  Podemos aprender sem ensinar?
  • Quando falamos de aprendizagem online temos necessariamente que nos preocupar com o ensino online?

Como a Psicologia da Aprendizagem se relaciona com estas questões? Será que a Psicologia da Educação se relaciona com as questões da prática pedagógica? O que muda na educação online?

Bento Silva, Maria Teresa, Adriana Bruno, Eloiza e demais colegas, que atuam diretamente com o campo da Psicologia da Aprendizagem,  o que vocês acham disso tudo?

[]s

Méa

 

 

Em resposta à Edmea Santos

Re: Ensino? Aprendizagem? Ensino e Aprendizagem? Só aprendizagem?

por Usuário excluído -

Queridos colegas, querida Mea,

E tentador (estou sem acento no teclado) ler as mesgns trocadas aqui e, mesmo viajando, abrir meu email e nao dar uns pitacos seria impossivel... Infelizmente nao estou conseguindo interagir como gostaria e assim, deixo aqui algumas questoes sobre a provocacao da Mea...

Percebo, em diversas ocasioes, que temos uma tendencia a separar pontos de um lado (ou presencial ou virtual, ou isso ou aquilo etc...) e noutras juntamos tudo... bem, no caso dos processos de ensino e de aprendizagem eu, mesmo sabendo que sao interdependentes, sinto que sao distintos... desse modo, um nao garantiria o outro...

Ha um autor, se nao me engano foi o Saturnino de La Torre quem escreveu num de seus livros sobre didatica, que concebemos a auto-aprendizagem, mas nao a auto-ensinagem, uma vez que o processo de ensino esta diretamente implicado no outro, necessariamente nas relacoes interpessoais... esses elementos tem me intrigado um bocado... acho que podemos pensar nisso e aos poucos vamos ampliando mais nossas reflexoes...

tenho que liberar e internet daqui... snif...

Bjs

Dri

Ps.: tentarei acompanhar... ai ai... que delicia esta esta provocacao...

Em resposta à Edmea Santos

Re: Ensino? Aprendizagem? Ensino e Aprendizagem? Só aprendizagem?

por Usuário excluído -

Méa

 Vc traz questões importantes.

Será que podemos separar aprendizagem de ensino na educação online?

R- Vejo uma relação dialética entre ensino e aprendizagem tanto no presencial quanto na educação online.Acredito que só há ensino se este resulta em aprendizagem. Pasolini tem uma frase que gosto muito em seu livro "Jovens Infelizes" : "...não se pode pode ensinar se também não se aprende". A relação ensino-aprendizagem é uma só . Os espaços onde ela acontece :sala de aula presencial, encontros presenciais ou espaço virtual, online, é que são diferentes e usam de recursos diferentes.

Respondendo sua outra pergunta digo que quando arquitetamos um desenho didático deveríamos estar centrados na aprendizagem que eles poderão proporcinar.

Todo ensino deveria levar à aprendizagem, mas infelizmente naõ é isso que sempre acontece.

A Psicologia da Educação está imbrincada com a prática pedagógica.Defendo no livro :" Psicologia e Educação: um intertexto" a idéia de que a psicologia da educação não é uma mera aplicação da psicologia à educação mas que ambas estão mutuamente relacionadas.

Bernadete Gatti diz algo semelhante  e traz uma reflexão muito importante sobre o papel da Psicologia da educação em um texto que apresentou em uma Reunião da ANPED.Vou dividir com todos que estaõ neste labirinto suas palavras na minha próxima fala.  

Maria Teresa

 

 

Em resposta à Usuário excluído

Re: Ensino? Aprendizagem? Ensino e Aprendizagem? Só aprendizagem?

por Edmea Santos -

Olá pessoal!

Olá Maria Teresa!

Compartilho da sua síntese que diz " quando arquitetamos um desenho didático deveríamos estar centrados na aprendizagem que ele pode proporcianar". Este pensamento Maria Teresa é de alguém que entende o ensino como mediação, ato dialógico e dialético, como zona de desenvolvimento proximal. Aqui temos um conceito de ensino que não se limita ao ato mecânico de transmitir conteúdo. Paulo Freire, também histórico-cultural, vai dizer que "ensinar é ser epistemologicamente curioso".

Para aqueles que entendem o ensino como ato descomprometido com a aprendizagem dos sujeitos envolvidos, realmente temos aqui a dijunção entre ensino e aprendizagem. Por outro lado, concordo com a Adriana Bruna que chama nossa atenção para as especificidades de cada ação "ensinar e aprender". Mesmo tendo especificidades estas duas ações são implicadas e imbricadas quando pensadas e articuladas com um projeto político que autoriza homens e mulheres a trasnformarem, via trabalho, seus contextos historico-culturais.

[]s

Méa

Em resposta à Edmea Santos

Re: Ensino? Aprendizagem? Ensino e Aprendizagem? Só aprendizagem?

por Usuário excluído -

Olá Pessoal,

Em determinado momento de seu livro (Fomos maus alunos), Gilberto Dimeinstein e Rubens Alves questionam como é possível planejarmos a aprendizagem dos outros. Isso tem relação com as mensagens tanto de Edméa, quanto de Maria Teresa. 

Sei que é uma situação limite, mas em um desses atentados nos EUA no qual os sujeitos após promoverem uma chacina cometeram suicídio, foram perguntar ao Marylyn Manson o que ele achava das pessoas estarem dizendo que foi uma das músicas dele que inspirou aquele episódio. Daí, indagaram:

"O que você diria a estes jovens?"

Embora o Marylyn Manson não seja um ícone de "bons costumes", sua resposta foi interessante. Ele disse:

"Eu não diria nada, faria as perguntas a eles"

Será que estamos falando mais sobre o que os outros devem aprender ou tentamos em alguns momento perguntar como pode acontecer esse processo?

Lázaro Santos

     

 

Em resposta à Usuário excluído

Re: Ensino? Aprendizagem? Ensino e Aprendizagem? Só aprendizagem?

por Usuário excluído -

OLá colegas,

Lendo a discussão, fiquei pensando...

E o papel da auto-aprendizagem? Como considerá-la nos contextos educativos, sejam presenciais ou a distância? Ela necessariamente ocorre via ensino?

Gostaria de 'ouvir' os colegas especialistas em processos de aprendizagem.

Estas questões realmente me inquietam :)

Bjos!

Em resposta à Usuário excluído

Re: Ensino? Aprendizagem? Ensino e Aprendizagem? Só aprendizagem?

por Usuário excluído -

Lígia,

Para mim a auto-aprendizagem é "fato consumado", ou seja, acontece independentemente das situações formais de ensino.

Ela é uma capacidade que pode, no entanto, ser desenvolvida atarvés do processo da metacognição.

Acredito que deva ser um grande objetivo de toda a Educação, seja ela presencial ou online.

Beijos.

 

Em resposta à Usuário excluído

Re: Ensino? Aprendizagem? Ensino e Aprendizagem? Só aprendizagem?

por Edmea Santos -

Oi pessoal! Olá Lázaro! Olá Lígia!

Lázaro, com os mortos não podemos mais falar. Apenas interagir com seus produtos culturais. De todo modo, você trouxe, a importância da pesquisa que ouve e criar disposições de valorização e emergência das vozes dos sujeitos. Nós que pesquisamos construimos nossa autoria na triangulação que fazemos entre os nossos parceiros intelectuais(atores), os sujeitos da pesquisa empírica e a nossa análise que não é neutra.

Lígia, na relação ensino/aprendizagem penso que não podemos separar os conceitos da ação docente. Contudo, sabemos que é possível aprender sem intencionalidade pedagógica (ensino). Aprendemos com os signos e estes se apresentam no mundo físico e simbólico. Aprendemos com a vida, com os outros, com os objetos técnicos e culturais.

[]s

Méa

Em resposta à Usuário excluído

Re: Ensino? Aprendizagem? Ensino e Aprendizagem? Só aprendizagem?

por Usuário excluído -

Maria Teresa,

A sua participação sempre me agrada muito e me instiga reflexões complementares.

Também vejo como dialética a relação entre ensino e aprendizagem.

Vygotsky foi mesmo muito feliz ao propor o conceito de Zona Proximal de Desenvolvimento, que também traz esta idéia aplicada oa desenvolvimento e à aprendizagem.

A educação online nos oferece grandes progressos nas estratégias de ensino e de aprendizagem. Todavia, a fixação e a fetichização da tecnologia podem dificultar muito este processo.

O que acha?

Em resposta à Edmea Santos

Re: Ensino? Aprendizagem? Ensino e Aprendizagem? Só aprendizagem?

por Usuário excluído -

Meá

 continuando minha resposta à sua provocação coloco aqui as palavras de Bernadete Gatti:

"Penso que o campo do conhecimento que chamamos Psicologia da Educação situa-se entre as formas de tratar fenômenos com características mas abrangentes, e só pode encontrar significado se construído com um "olhar complexo", com uma perspectiva nova, diferente da praticada em geral e observada nos estudos, cujas origens podem estar na psicologia e na educação como campos de conhecimento, mas que na integração mostra-se como uma nova síntese. Não se trata do olhar da psicologia para os fenômenos educacionais, ou dos fenômenos educacionais vistos em sua base psicológica, mas da tentativa de construção de uma perspectiva característica cujo eixo são as subjetividades em desenvovlvimento, em e para uma dada cultura, a partir das ações, intencionais ou ritualizadas, de outras subjetivdades."

No decorrer do texto Bernadete Gatti aponta que Psicologia da Educação tem dois pontos fundamentais : as questões da aprendizagem e da construção de subjetividades.

Maria Teresa

 

 

Em resposta à Edmea Santos

Re: Ensino? Aprendizagem? Ensino e Aprendizagem? Só aprendizagem?

por Fábio Kalil de Souza -

Méa e demais colegas,

 

                      Entendo que é um erro/equívoco muito comum entre nós educadores -com devidas exceções- conceber ensino e aprendizagem como processos distintos, separados. A interdependência entre tais processos é tão sólida, a meu ver, que não podemos conceber um sem o outro. Explico: o docente não pode ensinar sem que antes aprenda a como ensinar, e, à medida que ensina, aprende (mesmo que seja uma aprendizagem alinhada à pedagogia da trasmissão. Quantos de nós, vale lembrar, nos tornamos (estamos a caminho) mestres e doutores pela pedagogia da transmissão? Se não todos, a maioria, pois ela é histórica. Felizmente estamos mudando, estamos aprimorando a concepção de ensino com as contribuições teóricas de Piaget e Vygotsky); ao passo que os educandos aprendem com o ensino (do professor) ou pela autoaprendizagem ("ensino" pelo autor de um livro/artigo/matéria etc.), como também aprendem a como ensinar (quando bem ensinado) ou a como não ensinar (observando a  incompetência docente). Logo conceber o ensino e a aprendizagem como dissociados é fragmentar um processo (trans) formativo, comprometendo seus efeitos.

Finalmente destaco que, como processo de implicações recíprocas, ensinar-aprender envolve, claro, escuta e diálogo (FREIRE, 1997). Nesse sentido o processo de ensino-aprendizagem se dá por meio do diálogo [mediado pelas linguagens escrita, corporal e/ou verbal], no qual os envolvidos compartilham sentidos e significados, independente da modalidade de ensino. na EaD Online esse diálogo/troca simbólica é ricamente potencializada pelos instrumentos/meios de comunicação interativa do ciberespaço, ancorados numa prática docente anti-pedagogia da transmissão.

 

FK

Em resposta à Fábio Kalil de Souza

Re: Ensino? Aprendizagem? Ensino e Aprendizagem? Só aprendizagem?

por Usuário excluído -

Olá Fábio e colegas,

Entendo que há sim uma reciprocidade entre ensino e aprendizagem, mas acredito que são processos distintos e não dissociados, afinal, se assim não fossem, nossas escolas, que em sua grande maioria trabalham o aperfeiçoamento do ensino e não as concepções de aprendizagem seriam um grande sucesso, teriam um êxito esplêndido etc.

Daí, a necessidade de compreendê-los sim, como processos diferenciados, que, no entanto são intimamente implicados. 

Será que tudo aquilo que nos foi ensinado conseguimos aprender? Talvez não...

Se, por outro lado fizermos o contrário dessa indagação, ou seja, será que tudo que aprendemos nos foi ensinado por alguém, é provável que nossa resposat seja sim, porém não por um processo que sempre foi e é institucionalizado, mas tendo em vista as múltiplas mediações que temos, estar em interação com o outro nos leva a aprendizagens constantes e ilimitadas.

Nesse sentido vejo a necessidade de diferenciar esses dois processos, ressaltando a interação que deveríamos proprocionar entre eles.

Abraços,

Lázaro. 

Em resposta à Usuário excluído

Re: Ensino? Aprendizagem? Ensino e Aprendizagem? Só aprendizagem?

por Fábio Kalil de Souza -

Olá Lazáro e colegas,

                 Só um esclarecimento: quando afirmei que considero o processo ensino-aprendizagem uno, não quis defender que quando o docente ensina, o discente aprende, de modo algum! Mas que no ato de ensinar o docente, mesmo atuando numa perspectiva bancária, aprende a ensinar (ele usa métodos, instrumentos e técnicas específicas)...um ensino, claro, unidirecional, transmissivo, acrítico etc.. Se o educando aprende ou não, aí é outra história. Nesse horizonte a aprendizagem se processa/acontece ao ensinar, sim, mesmo que o sujeito aprendente não seja o discente. E note que estamos tratando de ensino e aprendizagem sistemáticos, e não da aprendizagem informal (a vida é uma escola), pois bem sabemos que se aprende em espaços e situações diversos ao longo da vida, independente de um mediador (sujeito que ensina). Esses processos estão tão imbricados que, em termos de aprendizagem formal e sistemática (reitero), é impossível o ensino sem aprendizagem e vice-versa.

 

Abraços,

Fábio

Em resposta à Edmea Santos

Re: Ensino? Aprendizagem? Ensino e Aprendizagem? Só aprendizagem?

por Usuário excluído -

Edmea

Vc está provocando questões que abrangem um largo horizonte da Psicologia da Educação e da Educação, mas p/ cada uma poderíamos responder sim e não. Por exemplo, na primeira questão, se falo da EAD online o ensino se encontra separado da aprendizagem em relação ao tempo, espaço e contexto. Porém, p/ planejar um ensino que potencialize a aprendizagem preciso me antecipar e procurar identificar como meu aluno aprende, não um aluno etéreo, mas um aluno concreto situado em determinado contexto. Trata-se de um movimento de contextualizar p/ entender como o aluno aprende e descontextualizar para ajudá-lo a olhar o global a partir de determinado local.

Um autor maravilhoso p/ ajudar a pensar sobre suas questões é Daniels. Veja em: DANIELS, Harry. Vygotsky e a Pedagogia. São Paulo: Ed. Loyola, 2003.

Um bj e parabéns pelas excelentes provocações.

Em resposta à Usuário excluído

Re: Ensino? Aprendizagem? Ensino e Aprendizagem? Só aprendizagem?

por Usuário excluído -
Beth, ratifico a indicação do livro de Daniels, que já consultei e considerei muito bom para esclarecer dúvidas relativas às idéias de Vigotski, Lina
Em resposta à Usuário excluído

Re: Ensino? Aprendizagem? Ensino e Aprendizagem? Só aprendizagem?

por Usuário excluído -
Beth, ratifico a indicação do livro de Daniels, que já consultei e considerei muito bom para esclarecer dúvidas relativas às idéias de Vigotski, Lina
Em resposta à Edmea Santos

Re: Ensino? Aprendizagem? Ensino e Aprendizagem? Só aprendizagem?

por Ieda Carvalho Sande -

Edméa,

Li todas as respostas e acho que tenho muito pouco a acrescentar. Também não tenho respostas para seus questionamentos. Numa questão, porém,  eu acho que tenho uma idéia formada; não sei se a certa, mas aí vai:

Pode haver ensino sem aprendizagem como também pode haver aprendizagem sem ensino. Um professor pode ensinar um conceito e nenhum de seus alunos aprender o que ele ensina, assim como um aluno pode aprender sem que ninguém tenha ensinado, pegando um livro e estudando por conta própria.

O que importa é que os alunos aprendam, não que os professores ensinem. Nessa perspectiva, o bom professor não é o que ensina muitas coisas, mas sim aquele que consegue que seus alunos aprendam efetivamente aquilo que ensina.

Bjs,

Em resposta à Usuário excluído

Re: Glossário de Experiências

por Usuário excluído -
Oi Pessoal,

Quando Maristela fala dos nossos modelos tradicionais vividos em escolas, família, igrejas e outros espaços sociais, lembrei do que eu tento viver hoje na educação dos meus filhos. Acho que liberdade de expressão e respeito à opinião do outro são pontos de partida para a ruptura com este paradigma transmissivo ainda hegemônico nos dias atuais. Por isso, e acreditando que essa ruptura é essencial para a construção de um mundo melhor e mais justo, busquei, aqui em Salvador, uma escola não tradicional para meus filhos, uma escola que mais que exigir regras (colocadas como dogmas) discute as regras, modifica-as e ouve a opinião dos alunos sobre elas. Em casa, buscamos seguir esse modelo evitando os "nãos" sem explicações e as opiniões fechadas e imutáveis. Mas isso tem um preço, e não é pequeno. Antes de mais nada as inúmeras críticas com relação à "falta de respeito"dos filhos quando questionam as coisas que são postas e com as quais eles não concordam; além disso, nosso próprio movimento com relação a educar é muito mais trabalhoso - claro, é muito mais fácil "conduzir" pessoas que não questionam e aceitam calados tudo que é posto.

Como educadores, acho que vivemos um pouco estas questões, temos que abrir mão da nossa postura de centro das atenções e de dono do saber e respeitar os saberes que os alunos trazem. Temos que abrir espaço para a interação na sala de aula (presencial ou não) e estar prontos a ouvir críticas sobre nossos modelos educacionais.

Mas uma questão me inquieta: até que ponto os alunos estão preparados para essa mudança? Até que ponto  esta postura mais aberta do professor não é (ainda) compreendida de forma errônea como incompetência e e negligência com o "ensino"?

abs,
Nicia
Em resposta à Edmea Santos

Re: Glossário de Experiências

por Usuário excluído -

Méa,

Entrando no labirinto através dessa provocação quero enriquecer o glossário com a imagem que anexo a esta mensagem e com este breve relato.

Entre as memórias de aprendizagem que carrego com carinho destaco uma, ainda relativamente recente: a da aprendizagem no ciberespaço.

A escolha da imagem dessa teia luminosa, brilhante, atraente, significa para mim a primeira sensação de insegurança pelo excesso de amplitude.

Afinal, estava tão acostumada a aprendizagens acadêmicas de formato tradicional...

Logo percebi que aquele espaço "sem fim" me permitia navegar, avançar, descobrir, crescer. Em vez de um emaranhado confuso tinha uma lógica, uma tessitura organizada e bela.

Esse grande hipertexto que se oferecia à minha aprendizagem não era, no entanto, o produto solitário do trabalho de uma aranha. Era, na verdade, o produto do trabalho de muitos homens, do conhecimento acumulado por muitas gerações.

Tinha mais o sentido analógico atribuído pelo grande poeta inglês William Blake, gênio rebelde do verso branco e do desenho: "A ave constrói o ninho; a aranha, a teia; o homem, a amizade."

Beijo para todos.

 

 

Em resposta à Usuário excluído

Re: Glossário de Experiências

por Marco Silva -

Olá Eloíza.

Gostei dessa teia de aranha que vc anexou ao seu post.

molhada

Podemos reparar que tanto a teia quanto o hipertexto são metáforas cada vez mais eloquentes como expressão do nosso tempo e nos ajudam oportunamente em nossas aulas. Eloísa lança mão dessa bela imagem da teia no fórum Brincando de Labirinto como expressão da sua docência do módulo. Parece que elas, em sua visualidade, ajudam a abrir os canais da nossa percepção para o entendimento do espírito do nosso tempo. Parece que elas ajudam a preparar nosso aparelho cognitivo para a estética da não-linearidade potencializada pelo computador. Afortunadamente, temos estas metáforas para a tarefa de educar na cibercultura.

3d

Entretando há quem diga que a teia não tem a mesma eloquência do hipertexto para expressar a ambiência tridimencional da web, do game ou mesmo de um ambiente virtual de aprendizagem. A teia não teria o mesmo potencial do hipertexto para exprimir o paradigma digital. Isto porque o hipertexto é tridimencional como a tela do computador, enquanto a teia seria chapada como a tela da tv.

A idéia de hipertexto foi enunciada pela primeira vez por Vannevar Bush em 1945.

Va B

Este matemático imaginava um sistema de organização de informações (Memex) que funcionasse de modo semelhante ao sistema de raciocínio humano: associativo, não-linear, intuitivo, muito imediato.

meme.2

m 1

Nos anos 1960 é que Theodore Nelson criou o termo “hipertexto” para exprimir o funcionamento da memória do computador. Veja os rabiscos do próprio Ted:

ted

Arlindo Machado elucida bem o conceito de hipertexto e sua metáfora:

“O que é um hipertexto? Em termos bastante simplificados, podemos explicá-lo da seguinte maneira: todo texto, desde a invenção da escrita, foi pensado e praticado como um dispositivo linear, como sucessão retilínea de caracteres, apoiada num suporte plano. A idéia básica do hipertexto é aproveitar a arquitetura não-linear das memórias de computador para viabilizar textos tridimensionais como aqueles do holopoema

holo

porém dotados de uma estrutura dinâmica que os torne manipuláveis interativamente.

A maneira mais usual de visualizar essa escritura múltipla na tela plana do monitor de vídeo é através de ‘janelas’ (windows) paralelas, que se pode ir abrindo sempre que necessário, e também através de ‘elos’ (links) que ligam determinadas palavras-chave de um texto a outros disponíveis na memória.” (MACHADO, Arlindo. Máquina e imaginário: o desafio das poéticas tecnológicas. São Paulo: EDUSP, 1993, p. 186 e 188.)

3d

3dpraia

A expressão hipertextual não é privilégio do compatador e da web, entretando é o fundamento deles.

E voltando à distinção de hipertexto e teixa, podemos dizer que ambos estão manifestos eternamente na natureza, muitíssimo antes da chegada do computador e da internet online. Vejam o exemplo: com as informações obtidas junto aos pescadores, Thé & Nordi construíram a teia alimentar dos peixes do Rio São Francisco apresentada a seguir. Diante dela pergunto: é teia ou hipetexto?

peix

Podemos dizer que esse mapa da cadeia alimentar dos peixes se apresenta de fato como hipertexto. Algo mais intricando do que uma teia, mesmo que tridimencional assim:

3d

Uma teia de aranha tridimensional nos convida a relativizar a distinção ortodoxa das mestáforas, todavia não nos faz perder de vista que a tela do computador não se reduz à bidimensionalidade ou tridimensionalidade da teia de aranha..

Em resposta à Marco Silva

Re: Glossário de Experiências

por Usuário excluído -

Olá Pessoal,

Dentre as várias questões interessantes em Manuel Castells, o redimensionamento do tempo e do espaço teorizado por este autor, é o que mais me interessa.

Enquanto lia as colaborações postadas neste fórum, e simultaneamente baixava algumas músicas, conversava com minha esposa sobre as músicas que ela queria, assistia televisão etc., td no mesmo espaço/tempo, percebi que um italiano/a fazia um upload de Águas de Março, por Tom, Caetano e Chico. Interessante ver o quanto esse hiperespaço nos proporciona interações que antes seriam praticamente impensáveis.

É engraçado que, pelo menos para mim, quando tenho algum tipo de dificuldade (por exemplo, me perder em um lugar) a primeira coisa que penso é: se tivesse um aparelho conectado à rede...

Ontem, parte de nossos amigos paulistas ficaram boa parte do dia sem rede. Certamente, não sei o que deve ter sido pior, ficar engarrafados alguns quilômetros nos espaços físicos ou fora dos espaços virtuais... Isso me lembra um pouco "Náufrago", onde uma série de aprendizagens são postas em jogo diante de uma situação limite...  Impressionante como somos dependentes da rede, na atualidade...

Isso tudo nos afeta nos nossos diversos espaços, cria ou redimensiona nossos tempos, muito embora, existam barreiras convencionadas, por exemplo, o fato do dia ter 24h. Desta maneira, de que forma as tecnologias digitais têm criado espaços / tempos de ruptura desses litimes e quais são as aprendizagens que temos lançado mão para driblar-los?

Abraços,

Lázaro

Em resposta à Usuário excluído

Re: Glossário de Experiências

por Edmea Santos -

sorriso Olá pessoal!<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

Lázaro, sua reflexão sobre os novos arranjos espaço/temporais é muito bem-vinda! As tecnologias digitais conectadas nos permitem vivenciar novas relações com o acesso, a produção e a socialização de informações e conhecimentos. Isso acontece porque estas tecnologias são tecnologias mediadoras. A mediação não é própria das tecnologias em si, mas das dinâmicas de linguagens que fazem emergir. Onde tem signo, tem mediação como diz Santaella. Ao relatar o seu cotidiano em casa com sua esposa e sua relação com a rede já temos ai um exemplo bem concreto. A rede não é extensão do seu músculo. É mediadora de sentidos e significados.

Lázaro sua questão é muito instigante. Parece até problema de pesquisa. Parece não. É um problema de pesquisa para todos nós que educamos e mediamos a aprendizagem de tantos professores e alunos em nosso tempo.

Destaco aqui a questão: "(...) de que forma as tecnologias digitais têm criado espaços / tempos de ruptura desses litimes e quais são as aprendizagens que temos lançado mão para driblar-los?"

Maristela com seu relato nos apresenta respostas ou pistas para esta questão. Ao trazer em  seu relato dados da sua história de vida, nos mostrou claramente os limites das "instituições modernas" (escola, família, partido, escola) estruturados com tempos e espaços físicos bastante demarcados. Contudo, será que nestes espaços e tempos não podemos aprender em também em rede?

Marco, você diz que em 20 anos de carreira no presencial você nunca teve tantas emoções e aprendizagens como teve/tem nas suas experiências online. Por que será? O que muda ? O que mudou? Marco que aprendizagens você tem lançado mão para driblar os limites trazidos na questão levantada pelo Lázaro?

Será que estratégias de comunicação interativas são aprendizagens?

Maristela fale um mais se inspirando na questão do Lázaro!

Tatiana e Socorro, como vocês que estudam os saberes na docência online lidam com estas questões?

Pessoal, tragam para cá suas questões e experiências para o glossário.

A equipe UERJ espera por tod@s

[]s

Méa

 

Em resposta à Edmea Santos

Re: Glossário de Experiências

por Edmea Santos -

Olá pessoal!<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

Lázaro, sua reflexão sobre os novos arranjos espaço/temporais é muito bem-vinda! As tecnologias digitais conectadas nos permitem vivenciar novas relações com o acesso, a produção e a socialização de informações e conhecimentos. Isso acontece porque estas tecnologias são tecnologias mediadoras. A mediação não é própria das tecnologias em si, mas das dinâmicas de linguagens que fazem emergir. Onde tem signo, tem mediação como diz Santaella. Ao relatar o seu cotidiano em casa com sua esposa e sua relação com a rede já temos ai um exemplo bem concreto. A rede não é extensão do seu músculo. É mediadora de sentidos e significados.

Lázaro sua questão é muito instigante. Parece até problema de pesquisa. Parece não. É um problema de pesquisa para todos nós que educamos e mediamos a aprendizagem de tantos professores e alunos em nosso tempo.

Destaco aqui a questão: "(...) de que forma as tecnologias digitais têm criado espaços / tempos de ruptura desses litimes e quais são as aprendizagens que temos lançado mão para driblar-los?"

Maristela com seu relato nos apresenta respostas ou pistas para esta questão. Ao trazer em  seu relato dados da sua história de vida, nos mostrou claramente os limites das "instituições modernas" (escola, família, partido, escola) estruturados com tempos e espaços físicos bastante demarcados. Contudo, será que nestes espaços e tempos não podemos aprender em também em rede?

Marco, você diz que em 20 anos de carreira no presencial você nunca teve tantas emoções e aprendizagens como teve/tem nas suas experiências online. Por que será? O que muda ? O que mudou? Marco que aprendizagens você tem lançado mão para driblar os limites trazidos na questão levantada pelo Lázaro?

Maristela fale um mais se inspirando na questão do Lázaro!

Lina você diz "É nessa troca que emerge a docência online que nos faz melhor alunos do que professores. É essa  modalidade de aprendizagem que estamos tentando aprender em nosso curso...". Lina de que "modalidade de aprendizagem" com fala? Você poderia explicar um pouco mais? Como você tem aprendido online?

Tatiana e Socorro, como vocês que estudam os saberes na docência online lidam com estas questões?

Pessoal, tragam para cá suas questões e experiências para o glossário.

A equipe UERJ espera por tod@s

[]s

Méa

 

Em resposta à Edmea Santos

Re: Glossário de Experiências

por Usuário excluído -

Méa, eu não tenho respostas para suas questões, mas acredito que as tecnologias digitais estão transformando o desenvolvimento do ser humano na medida em que muda a realidade sócio-histórica. Como aprendizagem e desenvolvimento são processos entrelaçados, creio que estamos aprendendo mtas coisas novas e de novas maneiras, de forma semelhante ao que ocorreu com a escrita. Os signos e regras foram construídos em contextos sócio-históricos específicos e transformaram a cognição humana.<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

Em resposta à Edmea Santos

Re: Glossário de Experiências

por Usuário excluído -

Méa

 este labirinto está muito interessante. São idéias que vão se entrelaçando e criando outras.os depoimentos de cada um trazem várias questões para nossa reflexão. Acredito que a cibercultura possibilita nova formas de aprendizagem. Justamente por subverter tempo/espaço, criar novas formas de interação, novas formas de letramento.Na educação online ampliamos o tempo de contato entre as pessoas, entre professores e alunos. Todos têm tempo e espaço para se expressarem. E essa expressão se faz via escrita. Escrita que inseparável de uma leitura se torna reflexiva, argumentativa. Quando temos que responder uma pergunta, discutir uma afirmação do outro via escrita isso elva a um esforço reflexivo que gera aprendizagem.

 Fico encantanda,  no exercício de minha docência com alunos da pós graduação e da graduação, com as possibilitadas abertas pelos AVA, pelo moodle. Nesse espaço virtual, no qual gastamos muito mais tempo na tarefa educativa ,encontramos de fato com nossos alunos, eles dizem muito mais e  nos conhecemos melhor. Através das diferentes práticas discursivas, em um coletivo construimos conhecimentos, exercendo uma aprendizagem compartilhada. Nesse espaço concretiza-se muito mais aquilo que Vygotsky propôs em sua teoria  histórico-cultural : todo conhecimento começa a se construir primeiro no plano interpessoal, entre pessoas, para depois se construir no plano intrapessoal.

Maria Teresa

Em resposta à Usuário excluído

Letramento e aprendizagem!

por Edmea Santos -

sorriso Olá pessoal!

Olá Maria Teresa! Muito bom ter você aqui! piscando

Gostaria de destacar um fecundo conceito trazido em sua fala: "o letramento".  Maria Teresa que tipo de letramentos podem ser conquistados com a aprendizagem online? Qual a relação entre letramento digital de aprendizagem online? Seria correto falar em aprendizagem online?

Tod@s estão convidados para o debate?

beijos

Méa

Em resposta à Edmea Santos

Re: Letramento e aprendizagem!

por Usuário excluído -

Oi Mea e Teresa,

Vou trazer aqui o conceito de Magda Soares e o qual eu considero: Para ela: "Letramento é considerado como estado ou condição de quem não apenas sabe ler e escrever, mas cultiva as práticas sociais que usam a escrita. É um certo estado ou condição que adquirem os que se apropriam da nova tecnologia digital e excercem práticas de leitura e escrita na tela, dierente do estado ou condição - do letramento - dos que exercem práticas de elitura e de escrita no papel."

 Acredito que há vários niveis de letramento a depender do grau de apropriação dessas tecnologias. Por exemplo, quem aproveita as potencialidades das interfaces de informação e comunicação não só para se comunicar e consumir informações, mas para produzir e publicar conteúdo já se encontra em um grau de letramento mais avançado.

Gostaria de me aprofundar mais essas questões.

Além disso, Mea traz também outra questão que me despertou uma inquietação: "Seria correto falar em aprendizagem online?"

 

Em resposta à Edmea Santos

Re: Letramento e aprendizagem!

por Usuário excluído -

Méa

 A Maristela já respondeu essa pergunta da mesma forma que eu lhe responderia.

Maria Teresa

Em resposta à Usuário excluído

Re: Letramento e aprendizagem!

por Edmea Santos -

Oi pessoal!

Pessoal, alguém poderia trazer mais elementos sobre o tema do letramento digital e da aprendizagem online trazidos até agora pela Maria Teresa e a Maristela?

Andréa Castro, sei que você trabalhou o tema do letramento em sua tese de doutorado. Compartilhe conosco seus sentidos.

Beth Alemeida, você também tem ótimas discussões sobre o tema. Li um artigo seu num livro sobre inclusão digital super interessante. Compartilhe conosco suas idéias e práticas de letramento digital.

beijos

méa

Em resposta à Edmea Santos

Re: Letramento e aprendizagem!

por Usuário excluído -

Para colaborar, no que se refere a inclusão digital, Warshauer afirma que,

abrange muito mais do que meramente fornecer computadores e conexões à internet. Pelo contrário, insere-se num complexo conjunto de fatores, abrangendo recursos e relacionamentos físicos, digitais, humanos e sociais. (...) Nesse sentido, a exclusão digital caracteriza-se não apenas pelo acesso físico a computadores e conectividade, mas também a recursos adicionais, que permitem que as pessoas utilizem tecnologia de modo satisfatório. (Warshauer, 2006, p.21)

O livro desse autor é bem interessante, quem quiser o "link", segue abaixo:

WARSHAUER, M. Tecnologia e inclusão social: a exclusão digital em debate. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2006.   

Abraços,

Lázaro <?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

Em resposta à Edmea Santos

Re: Letramento e aprendizagem!

por Usuário excluído -

Queridos(as), tentando colaborar, em minha tese pude destacar alguns pontos que convergem com o tema em questao e poderao contribuir com as discussoes propostas (www.brunopecanha.com.br) ... pra adiantar quero destacar a necessidade de buscarmos integrar letramento digital para alem das discussoes teoricas. Me explico: em minha tese ficou evidente que nao é incomum debatermos e desenvolvermos atividades sobre (e para) o letramento digital sem nos darmos conta de que nossa pratica nem sempre é coerente... exemplo: cursos cujo tema central é letramento digital que nao contemplam uma discussao sobre software livre ou sobre os ambiente de aprendizagem utilizados no proprio curso... Tenho percebido que as discussoes, em algumas situacoes, sao endogenas... Me entendem?

Bjs

Dri

Em resposta à Edmea Santos

Re: Letramento e aprendizagem!

por Ieda Carvalho Sande -

Olá, pessoal!

Tentando colaborar:

Na verdade o letramento digital põe “em cheque” a forma tradicional de aprender. Ao buscar outras fontes de informação, fora dos limites do professor ou do livro didático, os alunos mostram um perfil novo, não se limitando mais à idéia de um depósito de informações. Ao criar a expressão “educação” bancária o mestre Paulo Freire se posiciona contra a idéia de ensino-aprendizagem como preenchimento das mentes vazias do aluno.

Abs,

Em resposta à Usuário excluído

Re: Glossário de Experiências

por Usuário excluído -

Maria Tereza e Eloiza , fazendo uma conexão entre a fala de vocês:

 

“Nesse espaço virtual, no qual gastamos muito mais tempo na tarefa educativa ,encontramos de fato com nossos alunos, eles dizem muito mais e  nos conhecemos melhor”   e,

 (...)”Elas são de certa forma independentes, embora se inter-relacionem, assim não é necessário esperar a terceira para buscar as respostas.Não há segredos escondidos no labirinto, todo o conteúdo está dentro de nós, nas nossas experiências e conhecimentos.”

Lembrei-me de uma outra fala, a de Morin, (2008.p25)quando afirma que “a psicologia cognitiva demonstra que o conhecimento progride menos pela sofisticação, formalização e abstração dos conhecimentos particulares do que sobretudo pela aptidão a integrar esses conhecimentos no seu contexto global”

Mais do que construção social do saber, o AVA pode nos proporcionar a ligação entre eles, dentro do aparentemente caótico, um princípio organizador!

 

Abraço,

 

Rosangela

Em resposta à Usuário excluído

Re: Glossário de Experiências

por Usuário excluído -

Marco, Lázaro e demais colegas,

Destaco um trecho da fala do Marco no que tange às multitarefas:

... é o primeiro passo para reduzir a produtividade do trabalho. Isto acontece pq sempre que você muda sua atenção de uma atividade para outra, sua mente demora alguns instantes para se adaptar à nova tarefa. Isso varia de uma pessoa para outra, mas somente computadores conseguem fazer a migração entre tarefas em centésimos de segundos. Em outras palavras, quanto mais você pula de uma tarefa para outra, mais tempo de adaptação precisará ao longo do dia.

Acredito que há duas questões importantes a serem apontadas:

1. Nativos digitais X migrantes – Há efetivamente diferenças, como a própria pesquisa tratada na reportagem aponta. Cada grupo tem uma determinada atitude perante as multitarefas.

2. No módulo 1 discutíamos acerca da diferença entre informação e conhecimento, então pergunto: ao realizarmos multitarefas estamos realmente construindo conhecimento ou estamos meramente captando informações isoladas???

3. Isso tudo remete à questão de qualidade de vida do professor. Um assunto tão relevante não é tratado em cursos de formação de professores, mas deveria ser. Por exemplo, não sabemos como utilizar adequadamente nossa voz, um de nossos instrumentos de trabalho. Vá à biometria (serviços de inspeção médica) dos estados e dos municípios e descobrirá que a maior parte dos professores que encontra-se em licença médica tem problemas referentes à voz. Alguns outros estão de licença devido a questões psiquiátricas (burnout, depressão, ansiedade). Será que isso tudo não é conseqüência das multitarefas???

Li a entrevista sugerida por Marco (pessoal, vale a pena dar uma clicada no link, leiam!) e destaco um trecho que traz algumas sugestões:

(...) alguns conselhos: veja os e-mails uma vez a cada hora, no máximo; escutar música, mesmo que em baixo volume, durante uma leitura tira a concentração. Outras distrações - como músicas altas, mensagens instantâneas e a TV - derrubam a performance.
A resposta para a sobrecarga de funções, então, está em como gerenciar a tecnologia, e não em como aprender a usar tudo de uma só vez.

Existe um movimento conhecido por Slow Atitude.  Vocês conhecem? Vejam:

Essa chamada "slow atitude" está chamando a atenção até dos americanos, apologistas do "Fast" (rápido) e do "Do it now" (faça já). Portanto, essa "atitude sem-pressa" não significa fazer menos, nem ter menor produtividade. Significa, sim, fazer as coisas e trabalhar com mais "qualidade" e "produtividade" com maior perfeição, atenção aos detalhes e com menos "stress". Significa retomar os valores da família, dos amigos, do tempo livre, do lazer, das pequenas comunidades, do "local", presente e concreto em contraposição ao "global" - indefinido e anônimo.
Significa a retomada dos valores essenciais do ser humano, dos pequenos prazeres do cotidiano, da simplicidade de viver e conviver e até da religião e da fé.
Será que os velhos ditados "Devagar se vai ao longe" ou ainda "A pressa é inimiga da perfeição" não merecem novamente nossa atenção nestes tempos de desenfreada loucura?

Saiba mais um pouco clicando aqui. A partir do movimento Slow Atitude, surgem outros, as Slow Cidades, o Slow Food...

Realmente fazemos muitas coisas ao mesmo tempo. Sempre fui conhecida como a menina 220 v, que não parava nunca. Mas de alguns meses para cá venho me permitindo fazer menos, e percebo que já colho alguns bons frutos. Ao invés do Do it Now, das multitarefas e do Just In Time, quero ter meu próprio tempo. Não é fácil, mas tem valido à pena.

Nesse momento, meu MP3 está desligado.

Bjs a todos!!! beijos

Em resposta à Usuário excluído

Re: Glossário de Experiências

por Edmea Santos -

Oi Tati! Oi pessoal!

Tati, Você trouxe um destaque fundamental sobre a multitarefa, simultaneidade...

Em tempos de novos arranjos espaço/temporias temos que problematizar e questionar o tempo todo o seguinte:

  • Quais as potencialidades do trabalho multitarefa para a nossa liberdade autoral, existencial em tempo de cibercultura? Por outro lado, como o mercado capitalista lança mão disso para obter mais lucro explorando mais e mais o trabalhador?

Eu adoro o docência online. Posso trabalhar atuando com autoria no meu tempo (cronológico, existencial) em qualquer espaço por conta da mobilidade e conectividade. Na rede aprendo demais porque acesso informação com fartura de significados e significantes. Ao acessar informações e conhecimentos variados, posso problematizá-los, contextualizá-los. Enfim, crio vínculos, faço amigos. É maravilhoso poder atuar assim para além do tempo da fábrica. Não tem coisa melhor do que poder sai pela cidade vagabundando a moda do Maffesoli. Hoje por exemplo, fui num palestra, depois caminhei pelo centro, vi uns livros. Cheguei vi um filme e agora trabalho online as 01:08 da madrugada feliz da vida. Amanhã terei minha rotina na UERJ e num intervalo qualquer quando quiser e puder estarei na docência online. Este exemplo é o potencial. Contudo, como anda o profissional?

Atuei no campo do corporativo e vi a precarização do trabalho docente na tutoria. As empresas fazem bancos de tutores quase descartáveis. Sem vínculos e  direitos trabalhistas...se o chefe não gosta, exclusão! Chama outro. Na universidade pública, meus colegas são bolsistas. Cadê o salário? A formação? Tudo isso legitimado pelo Estado. fala sério...

 Com tudo isso, nós professores aceitamos estes trabalhos precários porque o mercado é saturado , o exercíto de reserva é grande, não tem concurso público para todo mundo. Enfim, muitos colegas tutores atuam realmente em vários empregos e quase não sobra tempo para estudar, pesquisar, ser uma pessoa livre que possa ir ao cinema, caminhar pela rua, ir numa palestra no meio da semana...

O trabalho intelectual não pode ficar preso ao tempo da fábrica. Contudo, precisamos do direito trabalhista conquistado pelos trabalhadores que vieram dela. Aqui temos uma tensão na categoria do trabalho "moderno" e do "pós-moderno" que avança na forma e perde no conteúdo de conquistas históricas.

  • O que acham disso tudo?
  • Como os colegas sentem estas potencialidades e limites da profissão docente na cibercultura?
  • Precisamos instituir novas políticas?

Espero vocês para este debate político!

[]s

Méa

 

Em resposta à Edmea Santos

Re: Glossário de Experiências

por Usuário excluído -

Olá Méa e colegas!

Há uns três meses atrás os responsáveis pelo Cadastro Brasileiro de Ocupações procuraram várias instituições que trabalham com EAD para atualizar as 'novas profissões' que surgiram com a EAD. Acredito que alguns de nossos colegas aqui tenham participado dessas reuniões... eu participei pela instituição q trabalho.

Os técnicos que fizeram este levantamento ficaram 'horrorizados' com as barbaridades que se tem feito na área de EAD, principalmente com a docência... instituições educativas contratando 'tutores' para fugirem das obrigações trabalhistas que estão previstas na regulamentação da profissão professor... esta foi só uma das que eles ficaram chocados.

O embrolho foi tão grande, q eles levaram sim uma proposta de atualização da CBO, mas também disseram que encaminhariam ao Ministério do Trabalho as sérias questões trabalhistas que estão 'escondidas' atrás da cortina da 'tutoria'. Enfim, espero q estas pequenas ações ajudem a abrir caminhos para a regulamentação profissional na nossa área.

Bjos!

Em resposta à Usuário excluído

Re: Glossário de Experiências

por Edmea Santos -

Lígia, vamos acompanhar este debate e socializar com os colegas as novidades das legislações!

Você trouxe uma imformação muito importante.

[]s

méa

Em resposta à Usuário excluído

Re: Glossário de Experiências

por Usuário excluído -

Rosângela,

Que bom você ter inserido o Morin aqui na nossa discussão!!!

Gosto muito da obra toda, mas tenho uma simpatia especial por "A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento".

Nela Morin aponta sete princípios para a verdadeira revolução cognitiva que preconiza:

1) o princípio sistêmico ou organizacional, que se opõe à concepção reducionista através da visão sistêmica;

2) o princípio hologrâmico, que focaliza a posição global de que a parte se inscreve no todo e o inverso também se verifica;

3) o princípio do circuito retroativo, oposto ao princípio da causalidade linear em face da existência de processos auto-reguladores através dos quais os efeitos também atuam sobre as causas;

4) o princípio do circuito recursivo, que afirma que produtos e efeitos devem ser percebidos simultaneamente como produtores e causadores daquilo que os produz;

5) o princípio da autonomia/dependência (auto-organização), que vê os seres vivos como seres inerentemente auto-organizadores que desprendem e demandam energia, inseparáveis do meio em que vivem;

6) o princípio dialógico, que pressupõe uma relação dialética na relação constante e indissociável entre ordem, desordem e organização;

7) o princípio da reintrodução do conhecimento em todo conhecimento, que concebe todo conhecimento como sendo uma reconstrução de outros conhecimentos, diferenciando de acordo com a cultura e a época em que é produzido.

Segundo Morin, na obra que citei,

O desenvolvimento de uma democracia cognitiva só é possível com a reorganização do saber; e esta pede uma reforma do pensamento que permita não apenas isolar para conhecer, mas também ligar o que está isolado, e nela renasceriam, de uma nova maneira, as noções pulverizadas pelo esmagamento disciplinar: o ser humano, a natureza, o cosmo, a realidade. (Morin, 2004, p. 104).

Em resposta à Edmea Santos

Re: Glossário de Experiências

por Marco Silva -

Estou achando interessante essa postura docente no módulo 3 que articula postagens dos discentes mobilizando-os como interlocutores entre si. Vejo que não só provoca com a proposição do desenho didático do seu módulo (trama de conteúdos de aprendizagem + trama de atividades vinculadas a eles), mas aciona discente personalizado para dialogar com discente, promovendo interações a partir das postagens deles.

Vamos por partes.

Primeira questão: Marco, você diz que em 20 anos de carreira no presencial você nunca teve tantas emoções e aprendizagens como teve/tem nas suas experiências online. Por que será? O que muda ? O que mudou?

No ambiente online tenho uma diversidade de interfaces e ferramentas que me possibilitam lançar o parangolé. Ou seja, o desenho didático conplexo potecializa a docência e vice-versa. São na verdade a materialidade que faz operar a comunicação e registro publico de toda a produção individual e coletiva.

Quando eu digo lançar o parangolé, quero dizer:

- Disponibilizar múltiplas experimentações e expressões;
- Formular problemas;
- Provocar situações
- Arquitetar percursos
- Mobilizar experiência do conhecimento
- Criar intertextualidade (conexões com outros sites ou documentos), intratextualidade (conexões no mesmo documento), multivocalidade (multiplicidade de pontos de vista), usabilidade (ambiente de fácil navegabilidade intuitiva), integração de várias linguagens (sons, texto, imagens dinâmicas e estáticas, gráficos mapas), hipermídia (integração de vários suportes midiáticos abertos a novos links e agregações);
- Viabilizar a interatividade síncrona (comunicação em tempo real) e assíncrona (comunicação a qualquer tempo, quando emissor e receptor não precisam estar no mesmo tempo comunicativo - caso do e-mail);
- Mobilizar articulação entre os diversos campos de conhecimento, estimular a participação criativa dos aprendizes;
- Promover autoria cooperativa de formas, instrumentos e critérios de avaliação;
- Promover a avaliação contínua: a auto-avaliação, a avaliação do grupo e a avaliação do professor (descrever e cuidar do processo de aprendizagem individual e coletiva).

O ambiente virtual de aprendizagem contempla tudo isso facilmente e com prazer.

2ª Questão: Marco que aprendizagens você tem lançado mão para driblar os limites trazidos na questão levantada pelo Lázaro?

Lázaro, quantas coisas vc faz “ao mesmo tempo”!

  1. vc lê as colaborações postadas neste fórum
  2. baixa algumas músicas,
  3. conversava com sua esposa sobre as músicas que ela quer
  4. assiste televisão
  5. percebe que um italiano/a fazia um upload de Águas de Março, por Tom, Caetano e Chico

Fico imaginando vc e esposa em meio a tudo isso atendendo telefone, brincando com as crianças e preparando suas teses, dissertações, além de fazer as contas domésticas e ligar para o provedor de banda larga que caiu deixando vcs com o pc off-line. Tudo no mesmo espaço/tempo. Algo assim, veja!:

multitarefa.família

Como bem notou Patrícia, vc diz: “interessante ver o quanto esse hiperespaço nos proporciona interações que antes seriam praticamente impensáveis”.

De fato, o ciberespaço e o computador estão muito associados à demanda implacável de um tempo que nos obriga a ser multitarefas. Eles nos ajudam a sobreviver nesse contexto e ao mesmo tempo nos introduzem ainda mais nele com suas disposições e facilitações multifuncionais.

multit.orquest

Repare, os adjetivos “multitarefa” e “multifuncional” estão de fato vinculados à tecnologias como computador, celular, game, impressora, software. A wikipedia confirma isso. Veja aqui. Refere-se à capacidade de um sistema operacional de "rodar"(executar) mais de um programa ao mesmo tempo.

Entretanto, mesmo muito vinculados às tic digitais, há tb a referência às pessoas tb agraciadas com uma disposição que traz consigo um elogio que emerge com o espírito do nosso tempo. São aquelas que conseguem “chupar cana e assobiar ao mesmo tempo”. Há o executivo muito valorizado nas empresas pos-modernas assim:

multir.executivo

Mas, muito antes dele, há a dona de casa muitarefa e multifuncional há muito tempo. Assim:

dona de casa

Mas cuidado todos e todas que são multitarefa. Há uma pesquisa revelando que realizar multitarefas derruba eficiência.

Ou seja, realizar ao mesmo tempo:

  • Várias atividades simultâneas em cada projeto
  • Mudança constante de prioridades
  • Mudança constante no ambiente do projeto
  • Imprevisibilidade das atividades diárias
  • Pressões externas para concluir certas atividades

... é o primeiro passo para reduzir a produtividade do trabalho. Isto acontece pq sempre que você muda sua atenção de uma atividade para outra, sua mente demora alguns instantes para se adaptar à nova tarefa. Isso varia de uma pessoa para outra, mas somente computadores conseguem fazer a migração entre tarefas em centésimos de segundos. Em outras palavras, quanto mais você pula de uma tarefa para outra, mais tempo de adaptação precisará ao longo do dia.

Veja esse depoimento:

Há algum tempo - não muito - eu me considerava esperto por conseguir fazer mil coisas ao mesmo tempo. Podia codificar um site enquanto falava com meu sócio no instant messenger e enquanto ouvia música e enquanto olhava se chegava e-mail novo e enquanto comia.

O programa da Oprah Winfrey nos Estados Unidos colocou no ar a matéria : Ser multitarefa é um novo vício americano? Veja alguns dados apresentados na reportagem: O americano médio gasta 9 horas por dia para assistir tv, surfar na web, verificar e ler e-mails e a falar no celular e em torno de 3 horas fazendo as duas coisas simultaneamente! Multitarefa, todavia pode ser perigoso. Pesquisadores concluíram que falar ao celular enquanto se dirige um veiculo é tão perigoso quanto dirigir alcoolizado e equivalente a 0,08 por cento de álcool no sangue,o limite em vários Estados americanos. Estudos mostram também que as mulheres multitarefas são mais afetadas do que os homens. Os experts dizem que ser multitarefa torna as pessoas menos produtivas. Um estudo com profissionais da Microsoft descobriu que após responder um e-mail recém chegado, o profissional leva 15 minutos para retornar ao ponto em que estava em seu trabalho anterior.

Então Lázaro, vc concorda com essa pesquisa? Ou seja, vc não faz bem sua multitarefa cotidiana?

Em resposta à Edmea Santos

Re: Glossário de Experiências

por Socorro Cabral -

Oi colegas,

As questões de Méa são realmente desafiadoras...

Quando Marco coloca "que em 20 anos de carreira no presencial nunca teve tantas emoções e aprendizagens como teve/tem nas suas experiências online". Vou destacar aqui a fala da Josso (2004) sobre a questão da experiência. A autora destaca três modalidades de elaboração. A primeira –“ter experiência” – diz respeito às vivências de situações e acontecimentos que se tornaram significativos, porém sem termos provocado. O “fazer experiência” relaciona-se às vivências de situações e acontecimentos que nós próprios provocamos. E o “pensar sobre as experiências” diz respeito a um conjunto de vivências que foram sucessivamente trabalhadas para se tornarem experiências. Além disso, para a autora, [...] aprender pela experiência é ser capaz de resolver problemas dos quais se pode ignorar que tenham formulação e soluções teóricas. A aprendizagem experiencial é utilizada, evidentemente, no sentido de capacidade para resolver problemas, mas acompanhada de uma formulação teórica e/ou de uma simbolização (JOSSO, 2004, p. 39).

Acredito que as aprendizagens que Marco destaca, estão intimamente relacionadas as reflexões que ele vem fazendo sobre sua prática pedagógica online, diante dos desafios colocados pela mesma. É nesse sentido, que os saberes docentes vão sendo construídos: num constante processo de reflexão e pesquisa sobre as experiências que vivenciamos na nossa prática. E não se trata de uma reflexão de caráter individual, e sim uma reflexão conjunta com os pares, os alunos etc.

Socorro

 

Em resposta à Usuário excluído

Re: Glossário de Experiências

por Usuário excluído -

Lázaro, me identifiquei mto com sua forma de fazer várias coisas ao mesmo tempo. Destaco: Interessante ver o quanto esse hiperespaço nos proporciona interações que antes seriam praticamente impensáveis.” Acho esse um dos grandes ganhos da rede.<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

Em resposta à Usuário excluído

Re: Glossário de Experiências

por Usuário excluído -

Lázaro,

Exceelente a idéia de remeter-se oa "náufrago", a metáfora é perfeita. A minha geração, que nasceu antes do boom da TIC, sentiu-se muitas vezes assim diante desse universo de possibilidades e recursos.

Quanto à questão "de que forma as tecnologias digitais têm criado espaços / tempos de ruptura desses limites e quais são as aprendizagens que temos lançado mão para driblá-los?, que destacar a importância da Educação e a nossa responsabilidade, como docentes on linee formadores de docentes para o ciberespaço,para a criação desses espaços / tempos.

Quanto às aprendizagens necessárias destaco as tecnológicas (de uso das ferramentas), as pedagógicas (leitura, problematização e releitura dos conecitos da pedagogia presencial) e as pessoais (aprendizagens de colaboração, de trocas de conhecimentos, de construção colaborativa, de multiplicidade de autorias, entre outros).

Junto a esta "resposta" o comentário da bela intervenção feita pela Nicia, com destaque especial para:

 "Acho que liberdade de expressão e respeito à opinião do outro são pontos de partida para a ruptura com este paradigma transmissivo ainda hegemônico nos dias atuais. Por isso, e acreditando que essa ruptura é essencial para a construção de um mundo melhor e mais justo, busquei, aqui em Salvador, uma escola não tradicional para meus filhos, uma escola que mais que exigir regras (colocadas como dogmas) discute as regras, modifica-as e ouve a opinião dos alunos sobre elas. Em casa, buscamos seguir esse modelo evitando os "nãos" sem explicações e as opiniões fechadas e imutáveis. Mas isso tem um preço, e não é pequeno. Antes de mais nada as inúmeras críticas com relação à "falta de respeito"dos filhos quando questionam as coisas que são postas e com as quais eles não concordam; além disso, nosso próprio movimento com relação a educar é muito mais trabalhoso - claro, é muito mais fácil "conduzir" pessoas que não questionam e aceitam calados tudo que é posto."

Criticar, refletir, questionar (a famosa "suspeita dialética") as verdades apresentadas pela sociedade através das suas instituições, são competências preciosas - na educação presencial e a distância.

Às vezes as pessoas esquecem, no entanto, que isto precisa vir acompanhado de capacidade de argumentação sobre as próprias opiniões, de capacidade de consideração e respeito à opinião do outro, de urbanidade e civilizade no momento fecundo da anteposição das idéias.

Beijos para todos.

Em resposta à Marco Silva

Re: Glossário de Experiências

por Usuário excluído -

Marco,

Você, como sempre enriquece muito o nosso glossário.

Vamos ver se também ajudo um pouco...

O uso das metáforas nos remete ao escorregadio do imaginário e a certas "armadilhas" conceituais.

Concordo com você quanto à insuficiência da "teia" - e para mim de qualquer modelo ou matáfora - para exemplificar o hipertexto, mas os modelos nunca são suficientes para explicar o que queremos, principalmente quando o objeto é muito complexo. São, como diz Pierre Lévy, "pequenas totalidades, mas sem nenhuma pretensão ao universal.".

Para Lévy o hipertexto faz parte da própria lógica humana do pensamento, funcionando caoticamente (no bom sentido) e construindo cognições que surgem por conexões.

Gosto do exemplo que ele usa, da frase “a maçã contém vitaminas”,e das múltiplas associações que dela derivam.

Podemos considerar, assim, o hipertexto como uma linguagem associativa não-linear.

Resgato, ainda, as caracerísticas que Lévy atribui ao hipertexto em As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática, e que o tornam dinâmico, em permanente movimento:

1) Metamorfose - uma rede hipertextual está em constante construção e renegociação, sua extensão, composição e desenho estão sempre abertos.

2) Heterogeneidade – o hipertexto comporta e associa de todas as formas imagináveis uma gama de elementos (imagens, sons, palavras, sensações, modelos, conexões lógicas, pessoas, grupos, artefatos, mensagens muiltimídias, multimodais, analógicas, digitais).

3) Multiplicidade e encaixe das escalas – o hipertexto se organiza de modo “fractal”, qualquer nó ou conexão pode revelar-se como sendo composto por toda uma rede, indefinidamente.

4) Exterioridade - a rede não possui unidade orgânica nem motor interno, sua composição e recomposição permanente dependem de um exterior indeterminado.

5) Topologia – no hipertexto tudo funciona por proximidade, por vizinhança; o curso dos acontecimentos é definido pelos múltiplos caminhos trilhados.

6) Mobilidade dos centros – a rede não tem um centro, mas diversos centros, móveis, que saltam de um nó a outro, num constante configurar e reconfigurar de mapas.<?XML:NAMESPACE PREFIX = O />

Indo um pouco mais além, vejamos como a matriz conceitual básica do hipertexto pode ser encontrada em longínquos momentos, como no imaginário africano, na mitologia yorubá, através de Olorum.

Ele é o criador do céu e da terra. Não é representado sob nenhuma forma material, seus atributos são a totalidade, a perfeição e a universalidade. Criou para a terra dezesseis odus principais ou destinos possíveis. Cada um dos principais desdobra-se em dezesseis, chamados Omo-Odu, perfazendo um total de 256 odus. Criou também uma multiplicidade de orixás, com o fim de prestar serviços de criação e administração das coisas do mundo, com a incumbência, inclusive, de proteger os seres humanos.

Olorum dotou cada matriz modeladora do universo de vários compartimentos. Estas se tornaram capazes de gerar matrizes geradoras que funcionassem oa mesmo tempo e criassem um portal de acesso para cada coisa modelada, numa rede infinita de possibilidades, assim como acontece no hipertexto.

Para alguns autores o hipertexto e a teia possuem forte analogia:

"Teia é contiguo ao conceito de rede. Tem particular importância enquanto designação corrente daquilo a que Kristeva e Rifaterre denominaram de linguagem aberta. O conceito de teia remete desde logo para a configuração do próprio sistema informático e da expansão da world wide web. O sistema de comunicação, na transição do século XIX para o XX, uma radical revolução do conhecimento: adensam-se durante a Segunda metade do século XX as explorações que traçaram a passagem da galáxia de Gutenberg para a galáxia de Marconi." (http://209.85.215.104/search?q=cache:MO3J7tSoRh0J:www.citi.pt/ciberforma/antonio_baptista/conceitos.html+hipertexto+mais+teia&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=7&gl=br&lr=lang_pt)

Em Serpa (2000), encontramos: "Um novo fio tecido modifica o sentido e o significado de todos os fios da teia.". (SERPA, Luiz Felippe Perret. Orientação coletiva. In: Reunião do grupo de pesquisa Educação e Comunicação da FACED/UFBA. Salvador, 16 de novembro de 2000, apud BONILLA, Maria Helena S. Escola aprendente: desafios e possibilidades postos no contexto da sociedade do conhecimento. 2002. Tese, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, Salvador - BA, p. 183-188).

Realmente, a teia e o labirinto são as metáforas mais comuns para definir o hipertexto. Recomendo a todos uma boa leitura - "O que é o hipertexto electrónico e de que forma altera a organização e a utilização dos textos?", de Andreia Cordeiro, disponível em http://www1.ci.uc.pt/diglit/DigLit%20Ensaios/Ensaios%202003-2004/Ensaio07.htm#_ftn2.

Marco, uma boa provocação sempre desencadeia polêmicas construtivas e, para mim, muito divertidas.

Obrigada por essa oportunidade maravilhosa.boca aberta 

Em resposta à Usuário excluído

Re: Glossário de Experiências

por Usuário excluído -

Oi Eloiza,

Tenho exercitado os fundamentos da interatividade propostos por Marco (participação-intervenção, bidirecionalidade-hibridação e eprmutabilidade) e esses princípios do hipertexto nas minhas práticas pedagógicas, pois acredito que eles são indicadores para criarmos e gestarmos situações didáticas na cibercultura.

Em resposta à Usuário excluído

Re: Glossário de Experiências

por Usuário excluído -

Maristela,

Gosto sempre muito das posições teóricas assumidas pelo Marco.

Neste caso, os três fundamentos da interatividade que ele propõe têm em comum o respeito à autoria do sujeito, o diálogo, o incentivo à autonomia, a simetria nas relações estabelecidas entre professor e aluno...

Enfim, coisas que eu defendo ardentemente.

Em resposta à Edmea Santos

Re: Glossário de Experiências

por Usuário excluído -

Eu comecei cedo na educação, pois fiz curso Normal. Lá tudo parecia mto simples: era só ter uma boa técnica de ensino e tudo funcionava bem, com aprendizagem máxima dos alunos! E era fácil planejar as atividades, pq todos aprendiam do mesmo jeito e ao mesmo tempo... Uma doce ilusão...

Comecei a cursar pedagogia no mesmo ano em que entrei para o magistério público. Aí, "o bicho pegou"! As teorias estudadas pareciam infinitamente distantes da minha realidade de sala de aula. Foi a época em que comecei a compreender que aprendizagem não é uma receita, mas um caminho (ou mtos caminhos - processos). Eu tinha um "laboratório" mto rico e experimentei muitos caminhos de ensino que geraram aprendizagens e desaprendizagens. Mas eu ainda sentia que precisava pôr a teoria em prática (ou fazer uma prática consciente, embasada em teorias de aprendizagem).

A virada, o momento em que as leituras e aprendizagens da minha formação vieram a fazer sentido na prática, ocorreu quando eu, por acaso, fui lotada no laboratório de Informática do meu atual emprego. Lá era mais fácil compreender o processo de aprendizagem, pq o monitor me mostrava alguns caminhos que os alunos estavam percorrendo. A mediação constante com os alunos e destes com seus pares tornava a construção ainda mais rica e dinâmica, ainda que eu por vezes ficasse desesperada com a ginástica mental que eu era (sou) obrigada a realizar.

Fui para a especialização em informática educativa buscando conhecimentos e ferramentas para exercer minha atividade de forma que meus alunos aprendessem mais e melhor. Mudei mto: a prática, a mente, o espírito... A cada passo as coisas começavam a fazer mais sentido e meus alunos respondiam bem às mudanças me mostrando que o pior defeito de um professor é menosprezar a capacidade de aprendizagem dos alunos. O próprio Vygotsky já enfatizava que não adianta ensinar aquilo que o guri já domina com autonomia, precisamos nos embrenhar na zona de desenvolvimento proximal, buscando e oferecendo possibilidades maiores, favorecendo a aprendizagem colaborativa e a interação. Dessa constatação surgiu a vontade de conhecer mais sobre a aprendizagem e as suas dificuldades. Fui cursar psicopedagogia.

Posteriormente, participei da elaboração, tutoria e administração de um curso a distância, chamado “Tecnologia e Sala de Aula: uma idéia possível”. Eu havia feito a capacitação do MEC em 2004, mas a prática foi uma das experiências mais legais da minha carreira docente. Surgiram questões: Como fazer os meus pares professores aprenderem a distância? Como trabalhar de forma colaborativa online? Trabalhar numa perspectiva colaborativa favorece a aprendizagem de fato? Fiz vários cursos como aluna para compreender melhor o processo de aprendizagem online. Constatei o que eu já supunha, que o trabalho com ferramentas interativas é mto mais interessante, pois a linguagem é um fator essencial no desenvolvimento. Trocar idéias, comunicar, interagir... E porque não, sentir.

No ano passado, comecei minha pesquisa na área, no mestrado, e entrei para esta pesquisa interinstitucional. Aqui estou repensando mtas coisas, aprendendo outras novas e confirmando velhas idéias.

Em resposta à Edmea Santos

Re: Glossário de Experiências

por Usuário excluído -

Prezada Edmea, você aguça nossas lembranças, mas prefiro que as imagens neste momento façam o tom, ai vai...muito boa a sua provocação...agora vai mesmo...em anexo...

 

Até...

Elizete

Anexo Olhar.gif
Em resposta à Usuário excluído

Re: Glossário de Experiências

por Edmea Santos -

Maravilha! Elizete!

Pessoal, vamos compartilhar nossa leitura sobre a imagem postada pela colega Elizete. Elizete depois compartilhe conosco a sua leitura sobre a imagem que compartilhou conosco.

Vamos nessa pessoal?

[]s

Méa

Em resposta à Edmea Santos

Re: Glossário de Experiências

por Usuário excluído -

 

Oi Méa e a todos navegantes deste curso espetacular...

A arte de poder estar explorando o desafio da complexidade e da diversidade na formação de pessoas...Este é o século XXI...A imagem que postei na minha opinião aponta isso, e vocês o que acham!!!

 

Até,

Elizete

Em resposta à Usuário excluído

Re: Glossário de Experiências

por Marco Silva -

Elizete e colegas

A arte, a fotografia, a literatura nos abrem a imaginação. Esta imagem fez vir à minha mente um trecho que li há 18 anos. Curiosa a nossa memória, não é? Tenho esse trecho guardado comigo até hoje e compartilho aqui:

“Torno a <?xml:namespace prefix = st2 />repetir: nada de censura, código de ética e estética. Mistura tudo, a tela é uma janela. E quem vai para a janela não vê apenas uma cidade. Vê toda uma realidade. E realidade não tem código de ética. Se tapa a tela, tem que tapar a janela. Tapa a janela, tem que tapar o mundo. E com uma peneira!

E não adianta os nostálgicos naturebas afastarem as crianças das telas. As crianças jamais trocarão a TV [e o computador] por um pé de manacá. Um dia perguntei a um menino se ele já tinha visto um pato, respondeu: “Já, na televisão”. E eu vou chorar por isso? E criança precisa de pé de pato, isso sim.”

José Simão – Folha de S. Paulo, 22/08/90

Para mim este garoto da imagem postada por Elizete está dizendo que não adianta tapar o sol com a peneira. Como a arte e a fotografia, essa literatura de José Simão tb me abre a imaginação, a memória... infinitos hipertextos nos labirintos da nossa mente.

Abraços,

Em resposta à Edmea Santos

Re: Glossário de Experiências

por Edmea Santos -

OLá pessoal!

Eloiza você diz em relação a aprendizagem em ambiente online:  "Quanto às aprendizagens necessárias destaco as tecnológicas (de uso das ferramentas), as pedagógicas (leitura, problematização e releitura dos conecitos da pedagogia presencial) e as pessoais (aprendizagens de colaboração, de trocas de conhecimentos, de construção colaborativa, de multiplicidade de autorias, entre outros)."

Lembrei de uma discussão que temos sobre competências na tutoria. ELô, existe relação entre competências e aprendizagens? Onde começa e termino cada coisa?

Todos estão convidados ao debate. Pessoal, aqui dialogamos com todos, muitas vezes a partir dos mensagens dos colegas que já participaram com suas postagens. Contudo, os debates aqui não são de um/para um e nem de um para todos. Vamos debater em rede na lógica do todos/todos?piscando

Esperamos por você!

[]s

Méa

Em resposta à Edmea Santos

Re: Glossário de Experiências

por Usuário excluído -

Méa,

Excelente a sua pergunta: "Existe relação entre competências e aprendizagens?"

Na minha opinião as competências precisam ser definidas quando se está planejando formalmente situações que promovam a aprendizagem.

Elas funcionam como um "pano de fundo", uma bússola para esse planejamento.

Também são essenciais para a definição das estratégias de avalição da aprendizagem que serão utilizadas.

Eloiza