olá gente... passeando pelas discussões do fórum, fiquei instigada a comentar um pouco sobre a interatividade e a reatividade colocadas aqui...
Certamente, essa distinção não é fácil de ser feita, e Marco foi muito feliz ao buscar a inspiração na arte participacionista de Oiticica... Fui ao FILE em Porto Alegre em Abril, e lá pude ver a distinção clara entre obras reativas e interativas... Apesar de denominarem-se todas interativas, as observações, tendo como base os nossos estudos, nos faz refletir... Socializo aqui duas obras que me chamaram a atenção.
1º OBRA- MOVE é uma instalação que usa visão computadorizada e interação do corpo, permitindo que os participantes experimentem seis diferentes tipos de ações geralmente realizadas por avatares em vídeo games: pular, evitar, perseguir, arremessar, esconder-se e pegar. Apesar de ser criativa, permitir a participação corporal ativa do sujeito, a obra não permite a co-criação, por isso caracteriza-se como reativa... Você tem a possibilidade de reagir com movimentos a comandos pre estabelecidos pelo roteiro. Muito criativo, mas no entanto totalmente reativo.
2º OBRA – Essa foi marcante... OUPS, uma obra de Márcio Ambrósio, Creio que nessa o conceito de interatividade fica evidente e pode ser vivenciado. , Essa instalação mistura tecnologias videográficas, animação clássica de uma forma lúdica e artística. Cada seqüência animada possui um roteiro e o visitante interage se transformando em um ator dessa história. Quanto o visitante entra em um espaço definido, uma câmera grava sua imagem e a projeta em uma tela em frente como um espelho em tamanho e tempo real. O visitante se vê integrado em um cenário de animações que segue seus movimentos se encontrando imerso em um universo de imagens e sons, assim cada sujeito pode percorrer o roteiro disponibilizado, co-criando a sua própria história.
Antonete Xavier.