Concordo com vocês. Acredito que a educação online implique numa reeducação tanto por parte do tutor, como do aluno. Ambos precisam estar se avaliando, refletindo sobre sua atuação, para não repetirem online as atitudes unidirecionais ou autoritárias, tão questionadas na educação presencial. Ao tutor cabe ter a sensibilidade necessária conforme você afirma José, para identificar as dificuldades e orientar o aluno que não consegue se desvencilhar da educação presencial. Cabe a ele também ter paciência, para aos poucos conduzir o grupo a novas atitudes de disponibilidade para o diálogo, de aprender junto, percebendo o aluno como um ser “programado” mas, para aprender e portanto para ensinar, conhecer, intervir. Paulo Freire é quem nos diz isso em Pedagogia da Autonomia, afirmando que não importa a faixa etária com que o educador trabalhe, é sempre gente se formando, mudando, crescendo, reorientando-se, melhorando. A prática educativa seja online ou presencial, deve se constituir num “exercício constante em favor da produção e do desenvolvimento da autonomia de educadores e educandos.”