Este tópico é bem interessante, principalmente para aqueles que estão desenvlvendo atividades de tutoria online em projetos como o Mídias na Educação ou na UAB.
Creio que cada um de nós pode estar partilhando alguns apectos - dicas - de como podemos realizar uma orientação ou tutoria online.
Uma dica básica: construir, antes do desenvolvimento do projeto/curso, um plano de tutoria, com as ações que o tutor deverá realizar a cada semana.
Estamos no aguardo de suas dicas. Partilhe conosco!
Diante destas especificidades, gostaria de perguntar para todos: como deve agir o tutor quando o aluno não consegue perceber as diferenças entre o modelo presencial e a educação online? Que orientações o tutor poderia dar quando o aluno fica desejando as "aulas presenciais", pois não está conseguindo aprender no AVA?
Um abraço a todos!
Primeiramente entendo que o tutor deve ter a sensibilidade para perceber o ‘nível’ do aluno em relação ao uso da tecnologia propriamente dita e à nova sistemática do processo ensino-aprendizagem. E ai, caso se trate de alguém iniciante nessa metodologia, o tutor terá que (re)informar os pré-requisitos e os mecanismos da educação online. Deve ser enfatizada, a meu ver, a forte mudança de paradigma em relação uma às aulas presenciais e outra ao novo mundo tecnológico em comparação ás antigas práticas-experiências em EAD da ‘era pré-Internet’.
O papel do tutor é fundamental, assim entendo, para o sucesso de um curso dessa natureza. Para isso ele mesmo terá que se organizar em suas tarefas para reservar um período de tempo diário para sanar as dúvidas dos alunos e sobretudo pesquisar e se aprofundar nas questões colocadas. Cada pergunta/dúvida não sanada, cada e-mail não respondido, cada atividade (um chat que seja) com participação pífia, leva a desmotivação do grupo e descrédito do projeto de ensino. Esse para mim é o grande desafio a ser enfrentado.
Concordo com vocês. Acredito que a educação online implique numa reeducação tanto por parte do tutor, como do aluno. Ambos precisam estar se avaliando, refletindo sobre sua atuação, para não repetirem online as atitudes unidirecionais ou autoritárias, tão questionadas na educação presencial. Ao tutor cabe ter a sensibilidade necessária conforme você afirma José, para identificar as dificuldades e orientar o aluno que não consegue se desvencilhar da educação presencial. Cabe a ele também ter paciência, para aos poucos conduzir o grupo a novas atitudes de disponibilidade para o diálogo, de aprender junto, percebendo o aluno como um ser “programado” mas, para aprender e portanto para ensinar, conhecer, intervir. Paulo Freire é quem nos diz isso em Pedagogia da Autonomia, afirmando que não importa a faixa etária com que o educador trabalhe, é sempre gente se formando, mudando, crescendo, reorientando-se, melhorando. A prática educativa seja online ou presencial, deve se constituir num “exercício constante em favor da produção e do desenvolvimento da autonomia de educadores e educandos.”