Este é o "Fórum Joana Silveira" referente à Atividade 2 da última unidade do Módulo 4.
A atividade é:
Caros membros da Equipe do PPGE UNESA.1 e demais colegas
Em primeiro lugar a atividade proposta é inquietante, pois contribuir com a Profa. Joana, significa olhar para o que ela já faz e ajudá-la a identificar que alguns (não poucos!) indicadores de interatividade podem já estar sendo praticados por ela ainda que ela não atue na cibercultura.
Professores competentes, seja qual for o espaço em que atuam, podem ter superado (muitos já o fizeram) a prática do falar ditar adotando indicadores tais como os citados nos itens 1, 3 e 5. Os itens 2 e 4 trazem características mais específicas dos espaços virtuais, mas ainda assim pode ser que a professora os tenha como referência para sua atuação em diferentes espaços fazendo uso de estratégias inovadoras. Em síntese, superar a pedagogia da transmissão pode ser feito em diferentes espaços, quer presenciais sem o uso de tecnologias, quer em ambientes online. Entretanto, a tecnologia é estruturante do pensamento e do modo como se desenvovlem as práticas.
Por isso, considero interessante ajudar a professora a identificar quais são as características de sua prática, as concepções teóricas que a embasam e as possíveis mudanças advindas das contribuições da aplicação dos indicadores de qualidade, as quais se referem tanto a aspectos comunicacionais, como a aspectos filosóficos, sociológicos, políticos e pedagógicos.
Abç
Olá a todos e todas!
Beth Almeida acena com um excelente encaminhamento para o tratamento da Atividade 2. Conto com a participação de vcs. Venham interagir com ela e com esta atividade. Venham incrementar nossa participação nesta última semana do módulo 4.
Abraços,
Eu diria à Joana que em todas as mudanças nós temos uma meta e realizamos uma parte dela.
Joana, as propostas apresentadas no curso de especialização são metas para atingirmos, mas é necessário que saibamos mediar as metas com as experiências dos nossos alunos, que em geral são baseadas em relação face-a-face. Mais ainda, a sua experiência em relação a ser professora é essa.. e você tem que respeita-la.
Queremos interatividade, mas também queremos contemplação.
Mas eu diria que o que não podemos deixar de fazer é usar as novas formas de texto/infraestrutura.. como o blog, etc... mas isso é caminho..
Temos que usar as novas formas de comunicação também.. para que possamos "incluir" uma geração que chega à escola cada vez com menos sotaque em relação a internet!!
É importante o olho no olho... mas não pense nas perdas.. pense também no que não tem na sala de aula presencial!
Cara Profa. Joana
Não tenho a intenção de destruir uma história construída ao longo de uma trajetória profissional. Respeito sua experiência e esforço e, se unirmos nossas experiências e trabalharmos em conjunto, podemos caminhar juntas no reconhecimento das linguganes e instrumentos que fazem parte da cultura de nossos alunos, na ressignificação de nossas experiências, na compreensão das concepções que a embasam e na proposição de novas práticas, que levem em conta todos esses aspectos.
Abç
Marcelo, muito interessantes suas contribuições para a profa Joana. Como em cor azul seus trechos em preto.
Eu diria à Joana que em todas as mudanças nós temos uma meta e realizamos uma parte dela.
De fato. Porém as metas não precisam estar sempre muito além das nossas possibilidades de alcança-las. Em princípio, uma meta é para ser cumprida. Por outro lado, não podemos é ter metas demais.
Joana, as propostas apresentadas no curso de especialização são metas para atingirmos, mas é necessário que saibamos mediar as metas com as experiências dos nossos alunos, que em geral são baseadas em relação face-a-face. Mais ainda, a sua experiência em relação a ser professora é essa.. e você tem que respeita-la.
De fato. É necessário que saibamos mediar as metas com as experiências dos nossos alunos, que em geral são baseadas em relação face-a-face. Aqui reside um grande desafio: como transpor para o ambiente virtual de aprendizagem nossas estratégias docentes desenvolvidas na sala de aula presencial? Todas elas podem ser transpostas para o ambiente online?
Queremos interatividade, mas também queremos contemplação.
De fato. Não podemos abrir mão da contemplação. Temos o direito de queremos apenas contemplar o quadro do Van Gogh ou a aula-conferência de um bom professor. Entretanto temos o desafio de dar conta da pedagogia da interação e do compartilhamento, opção crítica em favor da educação autêntica, segundo as maiores referências em educação do século XX John Dewey, Célestin Freinet, Paulo Freire, Anísio Teixeira, Lev Vygotsky , entre outros.
Mas eu diria que o que não podemos deixar de fazer é usar as novas formas de texto/infraestrutura.. como o blog, etc... mas isso é caminho..
De fato. Para isso a profa Joana terá que ir além da inclusão digital. Terá que chegar à inclusão cibercultural. Ou seja: não basta saber operar com o computador. Mais que isso, será preciso que ela experimente o estar-junto online (nos blogs, wikis, fóruns, etc) e acredite que aí pode gerar colaboração e aprendizagem efetivas, a ponto de desenvolver a pedagogia da interação defendida pelos maiores educadores do século XX citados anteriormente.
Temos que usar as novas formas de comunicação também.. para que possamos "incluir" uma geração que chega à escola cada vez com menos sotaque em relação a internet!!
De fato. Essas novas gerações que crescem com a tela do computador (que é diferente da tela da tv porque permite interação e não somente assistir) têm menos paciência diante da unidirecionalidade fechada própria da pedagogia da transmissão.
É importante o olho no olho... mas não pense nas perdas.. pense também no que não tem na sala de aula presencial!
Maravilha!!! Inclusive, a profa Joana pode melhorar sua docência online se aprender com a dinâmica das interfaces blogs, wikis, fóruns. Mesmo na sala de aula presencial desprovida de computador e internet ela pode desencadear dinâmicas de colaboração, de compartilhamento, de interatividade. Ela perdeu o controle baseado no “olho no olho”, mas ganhou em flexibilidade e multidirecionalidade participativa baseada no movimento todos-todos.
Abrçs,
Anisio Teixeira teve visões muito otimistas sobre o uso de vídeo na escola.. mesmo se considerarmos apenas as tecnologias não interativas como o cinema...(vide um dos textos base do curso Docência online)
Incorporarmos vídeos à multimodalidade da linguagem é um desafio... Fazer isso em matemática tem sido um desafio, onde poucas vezes conseguimos algo que não seja trivial ou inicial...
Então Joana, eu no meu ensino tenho angústias.. iguais às suas... Penso em fazer algo.. e não consigo sempre..
mais ainda consigo, mas os alunos pedem.. na aula presencial ou na virtual ...que eu seja "professor mesmo". ...ou seja repita o que o professor normalmente faz!
Achei que apresentar minhas dificuldades te ajudaria a ver que não estás sozinha....
um abraço Joana,
Marcelo e Beth Almeida, fico sensibilizado com suas solidariedades para com a profa Joana.
Marcelo diz: "Achei que apresentar minhas dificuldades te ajudaria a ver que não estás sozinha.... "
Isso é maravilhoso Marcelo! Assim vc se coloca, também com suas fragilidades, junto da profa Joana frente ao desafio da docência online. Esta é a melhor ajuda para alguém que se sente inseguro. Assim ela poder contar com o estar-junto solidário de um colega docente.
Beth Almeida diz: "Respeito sua experiência e esforço e, se unirmos nossas experiências e trabalharmos em conjunto, podemos caminhar juntas no reconhecimento das linguagens e instrumentos que fazem parte da cultura de nossos alunos, na ressignificação de nossas experiências, na compreensão das concepções que a embasam e na proposição de novas práticas, que levem em conta todos esses aspectos."
Isso é maravilhoso Beth! Vc respeita o momento e a fragilidade da profa. Joana e se coloca do lado dela para juntas buscarem estratégias de enfrentamento do desafio da docência online.
Insisto em admirar a postura solidária de vcs: maravilha!!!
abrçs,
Como sugestoes de medidas praticas para a professora Joana:
- pedir que cada aluno construa em seu blog uma visao pessoal sobre determinado tema chave da disciplina comunicacao e expressao, com links que justificassem ou ilustrassem a opiniao, inclusive referenciando outros blogs. Desta forma cada depoimento e uma visao diferenciada, um outro percurso sobre o mesmo tema (indicador 4 - percursos hipertextuais).
- propor enigmas a partir de textos, imagens, videos, a exemplo do que ja acontece em algumas gincanas de conhecimento na internet, como o DNA- Desafio Nacional Academico - www.desafionacional.com.br (indicador 3 - provocar situacoes de inquietacao criadora)
- estimular a producao de podcast e gravacoes de video por parte dos alunos nas atividades da disciplina (indicadores 1, 2 e 5)
GPIMEM
Eu diria a Professora Joana que a principio realizasse uma atividade utilizando um Fórum de discussão para levantar os conhecimentos prévios dos alunos em relação a temática que deverá ser estudada, para propor novas atividades; a seguir que tentasse provocá-los para trazer suas experiências de vida em relação ao mesmo assunto; promoveria atividades em grupos (por exemplo, produção textual utilizando o wiki) para criação de vinculos.
Sugiro tb que ela proponha estudos de casos, que incentive a pesquisa livre, mas já disponibilize alguns links para visita (videos, textos, podcast) - um mesmo assunto tratado a partir de diferentes pontos de vista e diversas linguagens, o que atende aos diferentes estilos de aprendizagem.
Ok Sílvia Viel e equipe GPIMEN
Suas sugestões para a professora Joana são muito bem-vindas! Gostaria de comentar em azu l cada uma:
Apenas uma inquietação minha: imagino que um blog por aluno possa criar mais problemas para a profa Joana. Ela já anda insegura com o ambiente virtual adotado na universidade e com sua sugestão terá que ligar com mais tantos blogs quantos forem seus alunos... Isso pode complicar o trabalho dela. Pergunto: por que a tarefa sugerida aos alunos não pode ser realizada no próprio ambiente virtual adotado?
Ótima sugestão! Gincanas, objetos de aprendizagem, games... Como provocações a atuação colaborativa dos estudantes.
Outra excelente sugestão. Porém o acesso ao podcast precisa ser muito fácil. Certamente mais fácil do este que oferecemos no módulo 4. Precisa fluir fácil. Não podemos deixar a profa Joana ainda mais insegura. Precisamos sim motiva-la a se apropriar das potencialidades do AVA adotado. E o podcast é excelente porque ele traz a voz, tão costumeira na sala de aula presencial. Trazer a voz para a sala de aula virtual é ajudar tanto os alunos quanto a profa Joana, uma vez que a grande referência da docência presencial permanece aconchegando e reunindo cursistas e professora. Mas atenção, a voz não pode tornar-se centralidade do falar-ditar do mestre, conhecido como pedagogia da transmissão.
Abrçs,
Quero também participar desta angústia de encontrar os caminhos para a interatividade. Creio que as sugestões apresentadas contribuem significativamente com este processo.
Como a angústia de Joana se localiza na proposição de questões práticas junto aos alunos, proporia a ela, como alguns já o fizeram, que trabalhe com o saber dos alunos. Peça a eles para apresentarem suas produções, a partir das temáticas propostas na disciplina, com a utilização de tecnologias, com a condição de convidar um companheiro para uma produção colaborativa. Assim, alguns poderiam fazer vídeos, apresentações, produções diversas e depois disponibilizá-las para o restante da turma.
Pessoalmente, estou utilizando esta estratégia. Ainda não tenho dados suficientes para apresentar nem refletir sobre o que foi proposto. Mas acredito neste caminho.
Olá Sergio, vc vê angústia na profa Joana e se prontifica a participar com ela do mesmo sentimento na busca caminhos para a construção da interatividade na docência online.
Vejamos o que é angústia no sentido mais comum:
Certamente é isso mesmo que a profa Joana está sentindo: angústia. Talvez uma dupla angústia:
Sergio, vc sugere que a profa Joana:
Essa sugestão é muito boa porque parte do interesse e motivação que os alunos já trazem. Destaco o convite ao um companheiro para produção colaborativa.
Sergio, é muito boa esta dica porque aqui vc se mostra docente pesquisador da sua própria prática, o que já é uma sugestão muitíssimo feliz.
abrçs,
De fato Fernando, essa questão da Profa. Joana é tb de muitos professores que estão "migrando" para a educação online, ou que têm a tarefa de atuar na modalidade presencial e na educação online. Concordo com vc que é um indicativo positivo o fato de ela estar inquieta desejando apropriar-se de saberes para docência online.
Suas sugestões são pertinentes e muito bem-vindas:
Profa. Joana, você é uma felizarda pois conta com muitas sugestões maravilhosas neste fórum dedicado a vc. Faça bom proveito delas. Tb quero participar com vc das experimentações e descobertas nesse campo.
Como diz Fernando, sua inquietação é também a minha, é de todos nós que estamos reunidos nesta pesquisa interinstitucional.
abrçs,
Olá tod@s,
Certamente a citada professora tem, nesses princípios, um gradiente de possibilidades pedagógicas e/ou comunicacionais para desenvolver sua docência, algumas já sinalizadas neste fórum. Ainda a partir deles, recomendaria:
1. Explorar o ambiente virtual de aprendizagem. Como não tem habilidade no AVA, inicialmente instigariam à participação em cursos online (de extensão, de aprimoramento etc.) para mudar gradualmente essa realidade/condição;
2. Utilizar de Avatares. Para começar de forma lúdica o processo de interação, convidaria os discentes a constituirem seus avatares que seriam usados, se oportuno, até o fim da disciplina. Eles e o docente se apresentariam externando uma síntese de suas expectativas, experiências (acadêmicas eou profissionais), interesses, anseios;
3. Discutir de textos curtos e provocativos, seguidos de pelo menos duas indagações (poderia ser situações-problema). Os discentes escolheriam uma delas e seriam então convidados (e estimulados) a socializarem suas impressões/compreensões/críticas em fórum criado para esse fim;
4. Contruir coletivamente textos. Ainda com uso de textos escritos, no máximo três (com um ou dois parágrafos cada...uma espécie de introdução), organizaria a turma em grupos de acordo com o número de textos, solicitando que cada grupo escolhesse um e o desenvolvesse, socializando o texto final para os demais grupos. Obs.: esta atividade já foi realizada numa universidade brasileira;
5. Explorar linguagens imagéticas e/ou audiovisuais. Que constituiriam trechos/partes de um ou no máximo dois textos base de estudos, tornando a leitura mais leve e estimulante (ao final de cada texto, os discentes poderiam sugerir melhorias). Com um vídeo (do Youtube, por exemplo) ou um conjunto bem articulado de imagens (que são "textos"), iniciaria a discussão num encontro de bate-papo (o docente convidaria, quem sabe, um especialista para participar do chat). Esta atividade poderia ser desenvolvida no presencial também;
6. Usar e-mail e/ou listas de discussão. Para instigar a participação, socializar informações (notícias, curiosidades, reportagens etc.), fornecer feedbacks de aprendizagem e obtê-los sobre o proprio desempenho. Estudaria, inclusive, como se constrói coletivamente o conhecimento com esses recursos.
Essas e muitas outras atividades poderiam ser acrescentadas, sendo utilizadas isoladamente ou combinadas (leitura de texto e disussão no fórum ou chat, assistir vídeo e discussão no chat ou posterior construção colaborativa de um texto etc.).
abs,
Kalil
Oi gente,
Eu quero compartilhar com a professora Joana o que venho fazendo na docência nos cursos online: venho tentando por em prática as idéias de Vygotsky, a partir da zona de desenvolvimento proximal (ZDP).
Sempre tentando observar o que o aluno ja sabe e instigando-o a constante busca. O próposito é tentar ajudar a avançar no nível de conhecimento em que o sujeito se encontra.O Fórum de discussão é um espaço ideal para essa prática. Faço questionamentos, sugiro novas fontes de pesquisa, ajudo-os a defender seus pontos-de-vista, a argumentar.
Mesmo com todas as sugestões propostas nesse fórum, se a professora tiver sua prática pedagógica pautada numa concepção conteudista e bancária de ensino e aprendizagem, o processo de mudança será lento. Percebemos, que apesar de muitas discussões e exemplos, a maioria de nós, educadores,somos frutos de uma educação controladora, que nos ensinou a ser apenas consumidores de informações, que não nos ajudou a nos autorizar, a livre expressão. Assim, termina transpondo a mesma forma para a sua docência. Apesar de tentar mudar suas práticas, muitos ainda estão presos a essas amarras.O primeiro passo seria essa tomada de consciência. Um resgate de suas memórias de estudante levaria a uma reflexão que contribuiria para essa mudança.
Olá Maristela, muito bom vc resgatar Vygotsky, para contribuir com a profa Joana.
Vc parte de uma abordagem estudada no Modulo 3, sob a coordenação da equipe do PPGE da UERJ. Vale a pena insistir nessa abordagem valiosíssima:
Suas ressalvas são igualmente valiosas:
Sua sugestão final é maravilhosa!
Muito bem Maristela. Suas dicas e ressalvas são excelentes. A profa Joana só tem a ganhar com suas contribuições.
Abrçs,
Fábio, suas sugestões são riquíssimas!
Vc vai pontuando um por uma com muita precisão. Parabens!!!
São sugestões são complexas e por isso exigem projeto de formação profunda e continuada presencial e online da profa Joana. Suas sugestões, bem como as outas oferecidas pelos colegas neste fórum, vão exigir engajamento intenso da profa Joana na formação continuada.
Não será fácil, tendo em vista os vícios da milenares pedagodia da transmissão. Entretando, a força e a vontade de ousar experimentações deve sair de dento da profa Joana, já inquieta com sua condição. E se ela puder contar com o estar-junto solidário dos colegas, tb inquietos e motilizados, o sucesso será certo.
abrçs,