Projeto: Formação de professores para docência online

OLá Jose Rosa, de fato, atividades interativas foram muito incentivadas no início de nosso curso. Mas parece que houve um esvaziamento considerável, pois o horário mais adequado acaba sendo o domingão, e aqui entre nós nem sempre a familia permite. Mas concordo com você atividades interativas como a que pretendemos realizar no próximo domingo são muito interessantes.

Nos encontraremos neste espaço. Até lá.

Dolores

Olá, José Rosa. Endosso as palavras da profa. Dolores, no tocante às suas oportunas considerações sobre o desafio da participação, neste espaço de estudos e pesquisas.

Em relação à costura com os outros módulos, quando procuramos fazê-lo foi no sentido de relevar a pertinência de um fio condutor que perpassa o trabalho dos módulos, em congruência com a proposta de pesquisa do nosso coordenador: Marco Silva.

Nos vemos, então, no domingão, na videoconferência da profa. Lucia Santaella.

Abraço

Lucila

Oi Maria Olivia e demais,

Esses elementos da cibercultura permite pensarmos um Desenho Didático Aberto como um processo mais orgânico, no qual o desenho é refinado durante o processo de aprendizagem, com a participação de todos (professores e alunos), baseado na dialogicidade, na negociação, tentando atender os diferentes interesses e estilos de aprendizagem. Este é o modelo que mais se aproxima da natureza flexível e dinâmica da aprendizagem, fruto de interações imprevisíveis.

Gostei muito das considerações de todos vocês. Elas me convidam a considerar o seguinte: em meu humilde entendimento, as competências co-autorais, intimamente imbricadas à co-responsabilidade na Web 2.0 podem ser lidas sob enfoque da Teoria da Autopoiese, como querem Maturana e Varela. Podemos perceber as comunidades do ciberespaço como sistemas autopoiéticos e, como tal, erguidas em meio ao movimento de abertura às emergências (à luz da autopoiese, alteração das estruturas, no acoplamento dos seres ao meio) e manutenção das intencionalidades (à luz da autopoiese, manutenção da organização). Esse movimento de abertura e fechamento é o que mantém uma comunidade viva, assim como, sob enfoque da Teoria da Autopoiese, a renovação das estruturas mantém viva a organização do ser, quando do seu acoplamento ao meio.

Isso é o que torna as coisas tão interessantes na Web 2.0! E será tanto melhor se aprendermos com esta dinâmica relacional para pensarmos em uma educação online que ecoe nas subjetividades dos aprendizes, que tenha sentido e significado para todos os sujeitos envolvidos. O que acham?

Abração

Lucila 

OLá Lucila e demais colegas, muito interessante esta discussão em torno da co-autoria e a co-responsabilidade. O carater democrático, colaborativo, livre e fluido da web 2.0  põe em cheque qualquer forma de " formatação". Como aderir a Web 2.0 nos desenhos didáticos de cursos Institucionalizados ? Sabemos que as plataformas como o Moodle estão hospedadas no servidor da IES. Passíveis de controle ! O desenho didático acaba sendo realizado dentro de um dado limite institucional. A Web 2.0 não dispõe de mecanismos de controle e está hospedada na própria web. Será que a IES aceita a hospedagem numa plataforma como a wikispace? Onde  não há forma de  " controle" ? Bem, são reflexões que tenho feito.

Abraço

Dolores  

Lucila, Renata e demais ... embora "sumida" tenho acompanhado as discussões dos fóruns.

Concordando com as palavras da Lucila sobre a racionalidade da industria culturas e cursos EaD, infelizmente tenho que concordar com a dimensão monológica etc...

Muitos cursos de EaD estão sob o comando de pessoas sem a preocupação (ou mesmo por desconhecimento) das múltiplas possibilidades de interaçao da WEB 2.0 e transformam os cursos em Ead em mera leitura e reproduçao de material ou aula pronta ou seja....a aula tradicional permanece até mesmo na EaD, tecnicismo! Infelizmente.

abçs

Lucila: quando você traz Giroux á nossa conversa no Fórum, me lembrei desse grande teórico que deu e tem dado muitas contribuições à  pedagogia  com uma lucidez muito grande também coloca que as mudanças são mais políticas que técnicas:

"  Històricamente  a relação entre as mudanças sociais e as mudanças na comunicação esteve menos determinada pela natureza do desenvolvimento tecnológico da comunicação do que pela ideologia dominante, pela formas sociais concretas de uma determinada sociedade”( GIROUX, 1990)

 Santaella também traz uma abordagem cultural dos meios de comunicação  quando coloca que os novos amientes socioculturais são engendrados pelos signos, que circulam nos  meios de comunicação. Os meios são somente meios. Nesse particular, a linguagem é determinante. ( p.24)

(..) mídias são meios nos quais as linguagens se corporificam e através dos quais transitam( p.25). Nesse sentido, linguagem e dialogia são conceitos importantes a se tratar em desenhos didáticos online. Daí  a importância de vocês terem trazido para a discussão os referenciais de Bakthin, dentre outros.