Olá a todos,
As questões apresentadas pela Cleia são realmente muito apropriadas para o nosso debate e somadas às demais ficam ainda melhores...
Estou vivenciando algumas experiências que retratam um pouco do que vcs trazem aqui:
1) vários professores que estão com aulas em ambientes online tem me dito que entendem que o fórum é a sala de aula destes ambientes e, portanto, não podem ficar sem esse tipo de interação. Há aceitação do uso de outros recursos (pelo menos eles dizem isso), mas desde que seja concomitante ao forum. Essa atitude dos professores indica os aspectos destacados pelo Marco Silva aqui e tb por outros colegas: a transposição do presencial para o virtual tem sido um fato e sinto que essa é a forma dos docentes se sentirem mais seguros em relaçao aos ambientes online. Os argumentos são diversos, mas há ma recorrência sobre a necessidade de se "garantir" rigor e aprofundamento teórico e, nesse sentido, atribui-se ao uso dos fóruns a possibilidade de mediar com mais facilidade e proximidade do aluno.
É sabido que nosso processo de desvelamento do novo está pautado, num primeiro momento, em nossas referências e, portanto, tais atitudes seriam, a princípio, compreensiveis. Porém, diante disso tudo, percebo outros pontos e dentre eles a falta de compreensão e conhecimento da Linguagem (ou linguagens) que envolvem tais AVA. Temos debatido longamente aqui na UFJF sobre o uso de outros recursos e percebo que teremos uma caminhada muito produtiva para todos, especialmente para as pesquisas que temos realizado.
2) outro ponto que me instigou nesse debate, diz respeito a quem são os aprendizes. Identifiquei três: alunos (dos diversos segmentos: ed. básica, graduação, pós etc), professores (docentes que estão aprendendo a usar os AVA com seus alunos em diversos segmentos) e pesquisadores (que, direta ou indiretamente participam e pesquisam os dois grupos anteriores e também os AVA). Os alunos, como temos debatido, são grupo muito diverso, pertencentes a realidades distintas, heterogêneas: com acesso a banda larga ou a linha discada, com conhecimento tecnológico ótimo, bom ou em processo - mas sabemos que a facilidade em relação à tecnologia é fato, o segundo grupo, dos professores, pode apresentar as mesmas condições do primeiros grupo, mas integram a docência e todas as implicações que a envolvem: resistência, transposição, criatividade (ou a falta dela), abertura (ou a falta dela), concepções, desconhecimento ou falta de compreensão da Linguagem etc. O terceiro grupo, dos pesquisadores, precisam atuar com os dois grupos e ao mesmo tempo devem investigar as diversas realidades, os AVA e suas possibilidades (e limitações) e suas próprias concepções... A construção, em nosso grupo de pesquisadores, tem sido coletiva e temos o privilégio desses espaços, desses cursos, em que podemos aprender mais, rever alguns pontos de nossa prática e alguns conceitos... Mas de todos esses grupos, sinto que precisamos dizer de quem estamos falando: dos alunos (quem são?), dos professores? (quem são?), dos pesquisadores?
Nossa, escrevi muito, me empolguei...
Bjs
Dri