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curriculo e cibercultura

curriculo e cibercultura

por Usuário excluído -
Número de respostas: 30

Por meio deste fórum convidamos todos a debater sobre a ressignificação do currículo em tempos de educação na cibercultura.

 

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Re: curriculo e cibercultura

por Usuário excluído -
Querida colega: o tema é tão complexo e apaixonante que nem sei por onde começar. Sem dúvida a cibercultura e todas as mudanças e inovações que ela tem provocado nos faz debater o presente e o futuro, num contexto sem precedentes. A cibercultura,  de acordo com Martín-Barbero (2007) pode também ( e apesar de tudo) representar um conjunto de possibilidades inteiramente novas . 

A apropriação das novas tecnologias por grupos e pessoas de segmentos cada vez mais desprivilegiados da nossa sociedade, vem possibilitando uma “ verdadeira revanche cultural” desses grupos ( Barbero, 2007).

Por esse motivo, as práticas culturais e seus modos /condições de produção merecem atenção dos educadores e sinalizam a necessidades de mudanças.  No entanto as escolas ainda não acordaram para a necessidade da ressigificação dos currículos face ás novas subjetividades discentes, sujeitos nattivos dessa era digital. 

Giroux, Peter MacLaren, Apple são alguns dos muitos teóricos que estão preocupados com essas questões  

 

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Re: curriculo e cibercultura

por Nuria Pons Vilardell Camas -

Olá Maria Olívia, Beh e tod@s!

Seria a ressignificação do currículo ou o repensar aquilo que somos enquanto profissionais da educação?

O currículo não são necessariamente amarras, seremos nós nossas próprias amarras ante um currículo que nos solicita que caminhemos?

abraços

Em resposta à Nuria Pons Vilardell Camas

Re: curriculo e cibercultura

por Usuário excluído -

Olá meninas!

Fiquei pensando nesta sua colocação, Nuria! Concordo e até diria que precisamos que uma "ressignificação da nossa prática". Uma ressignificação do nosso papel face à avalanche informacional e intensas novidades tecnológicas que são características da cibercultura. As tecnologias propiciam sim oportunidades excelentes de incentivo às mudanças, porém, acredito que mudar o currículo não é suficiente para provocar transformações substanciais na forma de fazer educação. É necessário um fazer docente inspirado em redes de interação (teia de conexões), com uma prática mais comunicativa que garanta a produção de sentidos. Quando isto não acontece, as “mudanças” (sejam elas no currículo, ou então na apropriação de tecnologias) acabam servindo apenas para se reafirmar antigas posturas. No "Café", a Beth até já havia perguntado: Será que a escola irá "enclausurar" a Web 2.0, como fez com as outras mídias? O que eu respondo: tudo depende da "ressignificação" da prática docente.

Abraços,

Débora

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Re: curriculo e cibercultura

por Usuário excluído -

Olá Débora e Núria, Concordo com a colocação de vocês, mas fico pensando nos professores que ainda estão distantes dos recursos da WEB 2.0.

Como poderíamos conrtuir designs didáticos em EaD com vistas à formar professores para a resignificação da prática docente ?

[]s

Graça

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Re: curriculo e cibercultura

por Usuário excluído -

Olá!<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

Muito pertinente a sua observação, Graça! Pensando naqueles que ainda estão distantes das ferramentas da Web 2.0, nós devemos construir desenhos didáticos que provoquem o desejo pelo aprender, o desejo pelo conhecer, pelo descobrir. Não adianta entregarmos a “faca e o queijo”, mas sim, provocar a fome!

Porém, precisamos proporcionar um ambiente aconchegante, um ambiente em que os alunos-professores sintam-se a vontade para colaborar e interagir.

Sabemos que ainda existe aquele receio pelo “erro” e isto certamente inibe a participação. E este receio, é claro que eu não poderia deixar de falar, inibe o professor na “ressignificação de sua prática”. Já ouviram aquela triste frase: “Por que vou deixar de apostar no time que está ganhando?” Muitas pessoas pensam assim. Não é fácil e nem confortável sair da zona de equilíbrio. Digo que é um desafio.

Por isto ainda deixo em aberto para os nossos colegas este seu questionamento... o que acham de elencar alguns exemplos para responder o "como" do questionamento?

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Re: curriculo e cibercultura

por Usuário excluído -
Débora fala no "como " da questão posta anteriormente: a construção do design deve ser coletiva e participativa. Acontece que  participação e colaboração na academia na maioria das vezes acontecem na teoria e no discurso. As mudanças primeiro devem ocorrer interiormente. É uma especie de revolução conceitual. Enquanto nós não abandonarmos as nossas "fogueiras de vaidades", a tecnologia só vai servir para potencializar o individualismo, a competição e um ambiente de reprodutivismo educacional.  
Em resposta à Usuário excluído

Re: curriculo e cibercultura

por Usuário excluído -

Olá Débora

realmente a Graça nos leva arefletir sobre a questão do design, que está intimamente ligado com a forma de comunicação entre quem transmite e quem recebe a mensagem.

Este é um dos maiores desafios para os professores, tendo em vista que a forma, e os meios,  em que as informações chegam à nossos alunos são totalmente diferente daquelas encontradas na escola.

sei o quanto é difícil colocar o "como" fazer, pois tudo é novidade neste mundo virtual e nem bem temos tempo de nos apropriar de alguma ferramenta, já aparecem outras ferramentas e formas de comunicação.

Mas posso me dar ao luxo de dizer "quem" deve ser o autor dos desenhos didáticos: o professor, pois como você coloca, é ele quem tema  capacidade de provocar "o desejo pelo aprender, o desejo pelo conhecer, pelo descobrir". Ele precisa dominar estas ferramentas de comunicação de modo a poder se comunicar efetivamente com seus alunos, sob pena de constinuar falando para as paredes.

Não adianta o professor escrever textos e passar para os "designers", pois forma e conteúdo estão imbricadas. Ele precisa ser autor de seus textos, suas páginas, seus vídeos. Não que ele não necessite de ajuda, mas ele deve ser ativo na construção dos objetos de aprendizagem que deseje trabalhar com seus alunos.

Abraços

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Re: curriculo e cibercultura

por Raquel Pasternak Glitz Kowalski -

Olá Flávio e colegas,

Li seu comentário que me deixou pensativa.

Acredito que o papel do professor é de provocar o desejo de conhecer, mas será que também é de construir e desenvolver seus objetos de aprendizagem?

Sou designer e trabalho com professores no desenvolvimento de objetos de aprendizagem, posso dizer com toda certeza que o designer faz a diferença no desenvolvimento dos objetos. É claro que o professor tem suas obrigações no conteúdo, utilidade e “divulgação”, mas o trabalho do designer na construção é fundamental para criar conteúdos ricos, com recursos atuais, estruturados e dentro dos padrões da web.

Não acredito que desenvolver e construir páginas e conteúdos de qualquer maneira instigue o aluno, faça com que ele se sinta crescendo junto com o material.

O papel do professor no processo é fundamental, sem ele não teríamos conteúdo e nem motivo para criar, mas cobrar dele o desenvolvimento da construção e aparência desse conteúdo, não acredito que seja seu papel.

Abraço
Raquel Glitz

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Re: curriculo e cibercultura

por Usuário excluído -

Olá, Flávio! Tudo bem?

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Realmente, são tantas as novidades! Por isto estamos aqui neste fórum, pesquisando e discutindo o currículo em face de tantos desafios e mudanças!  :-)

Fiquei pensando no seu comentário e no da Raquel... Acredito que o professor precisa sim estar mais envolvido e preocupado na construção de materiais didáticos, mas sua autoria não deve estar reduzida à elaboração de conteúdos. O desafio é pensar além da forma e do conteúdo... é necessário pensar no processo de comunicação.

Assim, é essencial o trabalho de uma equipe multidisciplinar! Deve existir uma grande aproximação entre os múltiplos profissionais envolvidos no processo, deve existir uma articulação de saberes.  Como estamos falando de um “currículo em rede”, devemos pensar numa comunicação interativa, na construção de relações de parceria e de co-autoria.

Concordo quando você diz que o professor precisa ser "ativo"! Como podemos instigar esta mudança de atitudes?

 

Um grande abraço,

Débora

Em resposta à Usuário excluído

Re: curriculo e cibercultura

por Usuário excluído -

Ola Debora, e demais colegas!

Alem do processo comunicacional, e de conteudos, eu penso que o professor nao pode perder de vista como se " processa o aprender " . O que vem reforcar o  trabalho multidisciplinar. Isso nao e novidade , apenas corre-se o risco de ficar esquecido quando pensamos  e discutimos  muito os  " meios" de interacao!

abraco,

 

Rosangela

Em resposta à Usuário excluído

Re: curriculo e cibercultura

por Marco Silva -

Olá Rosangela

Observo que muitas vezes os profs têm noções sobre como se opera a aprendizagem, mas pouco sabem sobre como se dá processo comunicacional necessario à aprendizagem co-criada, colaborativa.

Muitos acham que basta um o bom falar-ditar do mestre para que o aluno aprenda. Mas poucos sabem que para que haja construção efetiva de conhecimento é preciso um verdadeiro processo comunicacional com participação e intervenção, com bidirecionalidade e com redes de conectividade, onde deve prevalecer a relação "todos-todos" e não a unidirecinaldiade "um-todos".

abraço

Em resposta à Marco Silva

Re: curriculo e cibercultura

por Usuário excluído -
Olá Marco,

exatamente por acreditar nesse verdadeiro processo comunicacional, dialógico, interativo, de todos com todos, que percebo como essas "noções" são rasas e precisam ser aprofundadas para que essa relação entre os atores se estabeleça. Ou corre-se o risco de transportar o falar ditar do "seu mestre" presencial para a aula virtual sem que se tenha a convicção  da necessidade da dialogicidade  (chiii! existe essa palavra? pensativo)  .

abraço,

Rosangela
Em resposta à Usuário excluído

Re: curriculo e cibercultura

por Usuário excluído -
Flavio, vc toca numa questão muito importante: o professor ser autor dos seus textos. Infelizmente, muitos programas em EAD destituem o professor de sua posição: a de , junto com seus alunos, professar. A EAD fragmenta as ações da docência em diversos atores sociais - conteudistas, DI, webdesigner, tutor... - e isso traz alguns desdobramentos negativos para os processos de aprendizagem na educação online.

Sabemos que esta fragmentação possibilita o desenvolvimento de programas economicamente convidativos, mas nem sempre o economicamente desejável é o pedagogicamente recomendável. Concordo consigo qdo diz que estas ações devem ser acordadas conjuntamente.
[ ]
 
Em resposta à Usuário excluído

Re: curriculo e cibercultura

por Usuário excluído -

Débora,

Concordo com você, tudo depende desta ressignificação que todos são unânimes que concordar sobre a necessidade, mas não há clareza sobre o que é preciso ser modificado.

Diante destas novas demandas potencializadas pela Web cada vez mais atrativa, torna-se urgente a inclusão cibercultural, discutida no Módulo I.

Abs,

Jocelma

Em resposta à Nuria Pons Vilardell Camas

Re: curriculo e cibercultura

por Edmea Santos -

Olá pessoal!

Olá Núria! Núria você questiona:

"Seria a ressignificação do currículo ou o repensar aquilo que somos enquanto profissionais da educação? "

Será que uma coisa acontece sem a outra?

O que acham pessoal?

[]s

méa

Em resposta à Usuário excluído

Re: curriculo e cibercultura

por Usuário excluído -

Maria Olívia, ressignificar o currículo é algo complexo, que exige um esforço reflexivo para criticar o que está posto e tomar consciência das características, necessidades e demandas do mundo atual e dos nativos digitais. No entanto, a lógica da sociedade é a reprodução, isto é, de empurrar a informação p/ a sociedade absorvê-la, e é isto que esta subjacente às práticas escolares e pode ser constatado nos sites e blogs das escolas. Mas é preciso também levar em conta o conhecimento produzido ao longo do desenvolvimento da humanidade.

Como formadores de professores é importante termos clareza do movimento que precisa ser criado entre o conhecimento que emerge do contexto, o senso comum, as problemáticas sociais e o conhecimento sistematizado, com o olhar crítico para compreender que essa sistematização foi feita com intencionalidade que deve ser desvelada.

 

Em resposta à Usuário excluído

Re: curriculo e cibercultura

por Marco Silva -

Beth Almeida, aceito seu convite para debater sobre a ressignificação do currículo em tempos de educação na cibercultura.

Aqui e lá no café vc traz esse tema que é um nó: nosso fazer pedagógico com tecnologias digitais, a integração destas tecnologias à educação, enfim o currículo na cibercultura.

Fico pensando: o professor não se preparou para lidar com a tv, hoje seu desafio é o computador online. Se ele pouco sabe sobre a diferença entre a tela da tv e a tela do computador online, como irá contemplar a especificidade do computador online, dos laptops movíeis que estão chegando nas escolas?

Distinguir analógico e digital passou a ser essencial na formação do professor. Esse item precisa ser trabalhado de modo a permitir que ele perceba que a tela da tv e a tela do computador online marcam a distinção de dois paradigmas comunicacionais que tem a ver com distintas concepção de currículos:

  1. A lógica da transmissão, própria da tela da tv, está também na base do currículo daquela escola onde prevalece a chamada “pedagogia transmissão”. A tela da tv é espaço plano de irradiação que permite mudar de canal, mas não permite ao espectador adentramento e manipulação dos conteúdos. A ambiência sociotécnica dos meios de massa não difere daquela que prevalece nos sistemas de ensino.
  2. A lógica da interatividade contemplada pelo computador online é desafio comunicacional para o currículo e para o professor. O computador online disponibiliza territórios abertos a navegações dispostos a manipulações da parte do usuário ou do internauta. As janelas múltiplas, móveis, em rede, permitem ao usuário adentramento não seqüencial e manipulação fáceis, intuitivas. O currículo escolar não está preparado para essa ambiência sociotécnica. Precisará estar em sintonia com a dinâmica do blog, wiki, orkut, videolog, skype, game, moodle, da web 2.

Para articular tecnologias e currículo o professor precisará se dar conta de que são dois paradigmas na concepção de tela e na concepção de currículo. Um para transmitir e outro para interagir. A depender desse entendimento caberá a ele decidir como integrar seu fazer pedagógico com as tecnologias, como integrar as tecnologias à educação.

O professor precisará se dar conta de que diante do computador o usuário ultrapassa da condição de espectador passivo para a condição de sujeito operativo, participativo, colaborativo. O professor pode encontrar inspiração nesse procedimento comunicacional que se abre com a cibercultura e assim reinventar sua autoria em sala de aula. O currículo precisará estar sintonizado com princípios como autoria colaborativa, dialógica, interatividade. Precisará estar sintonizado com o aparelho cognitivo da criançada nativa digital que vem da lan house para a escola.<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

A formação do professor e a concepção de currítulo precisarão estar em sintonia com a cibercultura.

Em resposta à Marco Silva

Re: curriculo e cibercultura

por Usuário excluído -

Marco, o currículo terá também que estar em sintonia com a vida que muda a todo instante! Mas há o problema das grades curriculares que congelaram em determinada época os conceitos a serem trabalhados no sistema educativo e agora está muito difícil sair da prisão e criar novos movimentos... A pedagogia dos exames nacionais e internacionais reforça essa lógica e faz do professor mais uma vítima dessa clausura.

Daí a importância de programas de formação irem além do domínio de tecnologias e que desenvolva atividades para despertar no professor a consciência de sua autoria e co-autoria na reconstrução da sua história de vida e de sua prática pedagógica. Mas essa autonomia é relativa e esbarra na lógica dos sistemas.

Em resposta à Usuário excluído

Re: curriculo e cibercultura

por Marco Silva -

Sobre a especificadade das tecnologias digitais e sua relação com o currículo, vejam esse valiosíssimo vídeo de Martin-Barbero no Youtube. Uma percepção crítica do computador em sintonia com a cibercultura. Barbero distingue tv e computador e aponta os desafios para a educação, para o  professor. Vale a pena conferir: 

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Em resposta à Marco Silva

Re: curriculo e cibercultura

por Usuário excluído -

Marco, esse vídeo conclama a refletir sobre os conhecimentos a serem trabalhados nas práticas escolares de distintos níveis e modalidades educativas. Me parece que nosso maior desafio neste momento é fazer o movimento e a articulação entre o conhecimento do cotidiano e o conhecimento científico, a partir do que emerge no contexto. A tecnologia digital é um forte aliado para criar este movimento... Como desenvolvemos competências que nos permitem criar ou provocar esse movimento em nossas salas de aula?

Talvez se partirmos dessa compreensão possamos propor ações de formação de educadores mais criativas e propícias...

Em resposta à Usuário excluído

Re: curriculo e cibercultura

por Marco Silva -

Beth gostei muito dos relatos que vc fez em sua conferência no ultimo E-tic (evento anual do PPGE da Unesa sobre educação e tecnologias digitais). Vc falou de experiências bem sucedidas de inclusão dos computadores móveis em escola paulistas. <?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

Inclusive, dou muito valor à sua tese de que os computadores móveis podem trazer avanços na inclusão digital do currículo, exatamente por não estarem confinados a sete chaves em um laboratório sucateado. 

Vc pode citar aqui uma experiência bem-sucedia de formação de educadores para uso dos laptops na escola? Será muito bem-vindo algum vídeo a respeito ou algum link para uma escola que considera mais avançada na articulação do laptop com currículo.

bjs

Em resposta à Marco Silva

Uma tentativa de contribuição

por Usuário excluído -

Olá Pessoal,<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

Após ler e pensar muito sobre:

o questionamento de Méa "Seria a ressignificação do currículo ou o repensar aquilo que somos enquanto profissionais da educação? "

a com a inquietação de Marco “Fico pensando: o professor não se preparou para lidar com a tv, hoje seu desafio é o computador online. Se ele pouco sabe sobre a diferença entre a tela da tv e a tela do computador online, como irá contemplar a especificidade do computador online, dos laptops movíeis que estão chegando nas escolas?”

o exposto pela Profª Beth Almeida “refletir sobre os conhecimentos a serem trabalhados nas práticas escolares de distintos níveis e modalidades educativas. Me parece que nosso maior desafio neste momento é fazer o movimento e a articulação entre o conhecimento do cotidiano e o conhecimento científico, a partir do que emerge no contexto. A tecnologia digital é um forte aliado para criar este movimento... Como desenvolvemos competências que nos permitem criar ou provocar esse movimento em nossas salas de aula?”

a afirmativa de Jocelma sobre o processo de ressignificação onde  tudo depende desta ressignificação que todos são unânimes que concordar sobre a necessidade, mas não há clareza sobre o que é preciso ser modificado”.

Com tudo isso, acredito cada vez mais que somos responsáveis por construir esse CURRÍCULO para além daquele que está na escola, daquele que pensamos para nossas disciplinas, pois hoje, a cibercultura faz uma convocação URGENTE para pensarmos e buscarmos reestruturar tudo isso e, para tanto, temos que repensar e transformar nossa prática docente, seja ela online ou não.  Me lembro da primeira vez que vi Marco, revendo Méa, ainda estava como mestranda em uma aula, onde Marco abordou a questão da interatividade lembrando do Parangolé e Theo (filho de Marco) apresentou para um grupo de mestrandos a importância de se ter domínio do digital, de saber e ter clareza da diferença existente entre a tela da TV e do computador, com um exemplo de um game do Harry Poter, onde ele construía o resultado do jogo, criando estratégias baseadas nas informações coletadas e tratadas durante o percurso do jogo.

Acho que o currículo é isso, pois o currículo deve e precisa abordar esse todo, onde possamos utilizar a base da interatividade do Parangolé, ampliar e autorizar nossa construção como na ressignificação do caminho e do resultado do game, no entanto, buscar antes indicar com clareza o que precisa ser modificado, criando estratégias que nos auxilie na articulação conhecimento cotidiano e conhecimento científico, proporcionando condições de explorarmos as possibilidades do digital em rede sem querermos reproduzir a tela da TV somente.  Assim, acredito que esse “CURRÍCULO da cibercultura” apontará possibilidades reais e permanentes de estarmos repensando o aquilo que somos enquanto profissionais da educação e retroalimentarmos, assim, o currículo contemporâneo da escola de modo geral.

Não sei se viajei muito, mas me empolguei com tantos questionamentos.

Mary

 

Em resposta à Usuário excluído

Re: Uma tentativa de contribuição

por Usuário excluído -

Olá, Mary!

Eu também estou muito empolgada com todos estes questionamentos! Como disse a Maria Olívia: Este tema é apaixonante!

 

Concordo quando você fala "Com tudo isso, acredito cada vez mais que somos responsáveis por construir esse CURRÍCULO para além daquele que está na escola, daquele que pensamos para nossas disciplinas, pois hoje, a cibercultura faz uma convocação URGENTE para pensarmos e buscarmos reestruturar tudo isso" e exatamente por isto falei que, primeiramente precisamos de uma "ressignificação da nossa prática"!

 

Estamos vivendo uma mudança cultural e por isto precisamos de práticas curriculares mais comunicativas que potencializem a articulação de saberes multidisciplinares! Cabe aqui ressaltar o que disse o Marco: "A formação do professor e a concepção de currículo precisarão estar em sintonia com a cibercultura". Logo, o nosso desafio é "configurar" um novo profissional docente: aquele que reconhece que na cibercultura não se desenvolvem apenas novas tecnologias, mas se desenvolvem, principalmente, novos modos de pensamento e novos valores, que são decisivos na constituição de novas ações na educação.

Em resposta à Usuário excluído

Escola e Comunicação

por Usuário excluído -

Olá pessoal

Realmente a discussão aqui está no mais alto nível. Sei que o fórum não é para isto, mas dá vontade de responder uma a uma das provocações aqui postadas. Mas tentarei fazer uma síntese dos temas mais tarde.

Me deliciando com as questões colocadas, percebo a grande inquietação sobre a apropriação que a escola faz, e fará, com os meios de comunicação que estão postos à sociedade, abrindo um leque de possibilidades para o enriquecimento do processo de ensino e aprendizagem.

A questão que coloco aqui é: como está a comunicação dentro da escola? Aquela comunicação do dia-a-dia, entre professores e alunos, professores e professores, escola e comunidade local, gestores.

As pessoas estão tão imersas em suas atividades que mal se conversam, mal se cumprimentam. O quanto a tecnologia está melhorando a comunicação entre pessoas do mesmo espaço? Conversamos por email com pessoas de todo o mundo, mas mal temos tempo de conversar com nossos amigos, família, colegas de trabalho...

Muitos professores já estão "conectados", conversando com várias pessoas de diferentes escolas e localidades, mas ainda sentem dificuldades em fazer o planejamento com seus colegas que lecionam na mesma escola...

Precisamos valorizar a comunicação dentro da escola, e com sua comunidade, independente da tecnologia, ou precisamos encontrar uma tecnologia que promova esta sensibilização?

Abraços

Em resposta à Marco Silva

Re: curriculo e cibercultura

por Usuário excluído -

Marco

O blog do Simão Pedro, da PUC/MG, traz a história do Projeto UCA com exemplos e links para blogs que indicam boas práticas e também mostram as dificuldades iniciais enfrentadas pelas escolas que estão a desenvolver seus projetos com os computadores portáteis.

Essa articulação ao currículo é um processo que se encontra em fase inicial de construção e começa com pequenas ações. Por exemplo, aqui em Palmas as aulas de3ixaram de ser de 45 min e passaram p/ 120min, o que causa muitas mudanças na prática pedagógica, pois não dá p/ desenvolver uma aula qualquer nesse tempo. Professores e alunos começam a se dar conta de que há um grande processo de mudança em curso, que poderá levar a rever a concepção de currículo...

Em resposta à Usuário excluído

Re: curriculo e cibercultura

por Marco Silva -

Beth, obrigado pela dica do Blog do Simão

Sobre a mudança muito pertinente aí em Palmas... as aulas deixaram de ser de 45 min e passaram p/ 120min...

Vale dizer que quando as janelas se abrem para o mundo e não apenas para um quadro intransponível sobre o tablado é preciso um pouco mais de tempo de aula.

bjs e bom trabalho

Em resposta à Marco Silva

Re: curriculo e cibercultura

por Usuário excluído -

Marco: infelizmente não consegui ouvir Martim-Barbero por falhas no vídeo, mas como conheço um pouquinho o seu pensamento,comento aqui as reflexões que ele faz sobre os impactos da globalização e da dinâmica da "mundialização tecno-cultural "que produzem um movimento de inserção e visibilidade  das culturas locais. Segundo Martim-Barbero (2007, p.2) a singularidade dessa sociedade atual não é a introdução de novas máquinas mas o aparecimento de um novo ecositema comunicativo onde comunicação/informação se constituem no motor mais eficaz de inserção das culturas no espaço/tempo do mercado. Enfatiza também como  a inserção tecnológica das pessoas  não deve ser pensada como uma adaptação social inevitável, mas como um processo cheio de contradições, avanços e retrocessos.  Com relação  ao currículo Martín-Barbero (2007) alerta para a necessidade das escolas estarem preparadas para educar com os multimeios, capacitando crianças e jovens para  enfrentar um mundo digital de uma forma reflexiva e crítica.

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Em resposta à Usuário excluído

Re: curriculo e cibercultura

por Marco Silva -

Maria Olívia, vc disse que não conseguiu ouvir o vídeo Martim-Barbero. Uma pena! Não deixe de ver e ouvir esse vídeo. Muito interessante.

Aqui vai o link: http://www.youtube.com/watch?v=U7jo4G4_quQ

Eu o considero um dos intelectuais mais brilhantes no tratamento articulação educação e TIC. O estudo do currículo potencializado pelo computador online precisa passar pelas contribuições dele.

Sinto falta de publicações mais recentes dele sobre essa temática. Vc tem?

bj

Em resposta à Marco Silva

Re: curriculo e cibercultura

por Usuário excluído -

Eu dei uma espiada no vídeo do Martim-Barbero e pareceu bem interessante. vou olhar com calma e possivelmente vamos assisti-lo conjuntamente no grupo de pesquisa presencial.

 

ótima dica!