Projeto: Formação de professores para docência online

A Todos os participantes do Curso Docência Online,

A busca da felicidade é a ação que sempre moveu as atividades humanas ao longo dos tempos. De nada adiantaria toda ciência, toda tecnologia ou todo conhecimento se o ser humano não atingisse o seu intento.    A realização humana só se faz nessa busca incansável.  As grandes realizações do ser não se fazem sozinhas, trazem consigo o esforço de mãos amigas, de mentes brilhantes, que muitas vezes, no anonimato, conseguem dar o impulso necessário para grandes feitos conduzindo pessoas para tal escalada.   São pessoas como as que participam deste curso Docência Online, que emprestam seu saber dedicando seu precioso tempo com conhecimento, estratégia, empenho e decisão, que permitem o alavancar do crescimento pessoal, intelectual e social. É assim que vejo esta roda viva e interativa aqui distribuída entre as IES e seus representantes neste curso. Parabéns a todos nesta rica partilha.

Antes de trazer minha reflexão para esta Galeria ou Portfólio, prefiro postar alguma coisa sobre parangolé para instigar ainda mais os colegas. Vejam bela imagen do parangolé:

No vídeo temos o Oiticica logo no início com o parangole. Durante o vídeo a voz é dele. 

A primeira imagem que visualizei quando pensei nas minhas trajetórias de aprendizagem foi de um caminho sendo construído a cada passo; ainda que este caminho, quando visto de mais longe, pareça muito mais um labirinto com inúmeras possibilidades. Gosto da perspectiva da formação no sentido da bildung, do vir a ser o que se é, trazido por Nietszche; e Jorge Larrosa, em Nietszche e a educação, traduz muito bem esta idéia quando diz:

“(...) talvez a arte da educação não seja outra senão a arte de fazer com que cada um torne-se em si mesmo, até sua própria altura, até o melhor de suas possibilidades. Algo naturalmente. Que não se pode fazer de modo técnico nem de modo massificado (...). Algo para o qual não há um método que sirva para todos, porque o caminho não existe.”

A bildung seria então converter-se no que se é, onde cada indivíduo encontraria sua própria forma, sua própria identidade, através de um processo temporal e de trocas. Eesse converter-se no que se é está sempre baseado em reflexões sobre nossas vivênciase experiências.

É isso que me sinto fazendo em todo o processo vivido nesta pesquisa: refletindo sobre cada passo, cada “voz” que me toca, e revisitando as trajetórias já vividas, mas sempre abertas a re-significações.