http://www.youtube.com/watch?v=6gmP4nk0EOE
Caros colegas,
A web 2.0,embora já desactualizada, faz com que seja possível este nosso espaço de comunicação, partilha e troca de ideias.
Nós mudamos a Web, no entanto ela também nos muda a nós. É recíproco e assim se evolui.
Evolui a sociedade, a forma como comunicamos, interagimos e altera certamente o nosso discurso.
Este vídeo ilustra a evolução da máquina até ao que temos hoje: partilha sem "vermos" o meio, mas apenas o "outro" e a informação
Maria da Graça: concordo com você quando aponta as recíprocas alterações da Web , alterando nossa forma de pensar agir, etc.
A equipe do Minho nos enviou, salvo engano, um texto excelente ( Fundação Orange) sobre a WEB 2.0 mostrando que em relação á web 1.0 não se pode falar de uma nova versão da internet mas de um novo entorno tecnosocial como define o professor Sáez Vacas (2004), onde interatuam o social e o tecnológico provocando profundas alterações nas pessoas <?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />
Olá Maria da Graça!
Realmente, a Web 2.0 se constitui não apenas na atualização das especificações técnicas da Web 1.0 e sim, na mudança de postura e percepção tanto dos usuários como dos desenvolvedores. Hoje, qualquer pessoa pode produzir informações e construir novos conhecimentos. Como você mesma já ressaltou: estas mudanças tornaram possível, além de compartilhar nossas produções individuais com os outros usuários da rede, a construção de novas produções, enriquecendo a "informação" por meio dos comentários e personalizações (os hiperlinks, imagens, vídeos, áudios, etc). Ou seja, COLABORAÇÃO é a palavra-chave neste novo contexto.
Trazendo esta reflexão para a área da Educação, é visível que os alunos não são mais apenas "consumidores de informação", como eram caracterizados nas abordagens conservadoras, especialmente, no paradigma tecnicista, na era industrial. Tudo o que o professor "ensinava", ou melhor dizendo, aquilo que ele TRANSMITIA (ou então o que o livro-didático apresentava) era consumido e reproduzido pelo aluno. Quanto mais fiel à cópia, melhor era considerado o desempenho dele. E assim, o aluno apresentava-se como um receptor passivo, um ser obediente e submisso.
Todas as mudanças (na sociedade, na tecnologia, ...) alteraram não apenas nosso discurso mas sim, nossas atitudes, pois uma nova concepção de educação faz-se necessária: aquela que oportunize a produção do conhecimento, propondo uma prática pedagógica transformada e transformadora diante da necessidade de uma formação do indivíduo para ser um sujeito ativo na sociedade.
Maria da Graça, Débora, Maria Olivia,
estamos mergulhados na Web 2.0, mas muitas vezes nossa postura ainda está amarrada pela estrutura de pensamento que desenvolvemos ao usar durante anos a Web 1.0. Por meio do fazer e da reflexão sobre o fazer, da busca de identificar as características e especificidades inerentes às ferramentas da Web 2.0 e suas contribuições ao nosso fazer é que aprendemos a empregar esses recursos adequadamente. E nossos alunos, em sua maioria jovens e adolescentes, muitos já nativos digitais, será que eles sabem explorar a Web 2.0 para aprender e para desenvolver processos reflexivos ou trabalham intuitivamente sem se dar conta dessas possibilidades educativas?
Por outro lado, será que a escola conseguirá enclausurar a Web 2.0, assim como fez com a TV, o software educativo e outras tecnologias que adentraram timidamente seus espaços ?
Olá Beth (posso te chamar assim?),
Eu acredito que os alunos (mesmo sendo nativos digitais) exploram os recursos intuitivamente (fora do ambiente escolar) e ainda não sabem do potencial educativo das ferramentas da Web 2.0. Eles utilizam diferentes tecnologias no dia-a-dia (wiki, podcasts, ...) e imaginam que podem ser utilizadas em sala de aula, porém desconhecem a riqueza de possibilidades destes recursos. Isto porque, infelizmente, muitos professores ainda desconhecem estas diversas possibilidades educativas. Porém, cabe ressaltar que a informação e os recursos, por si, não garantem e não potencializam a aprendizagem. Então, o professor, além de conhecer e dominar tecnicamente as tecnologias, deve construir processos pedagógicos de interação com seus alunos, estimulando e mediando a utilização da Web 2.0 no processo de ensino e aprendizagem.
Quanto ao seu segundo questionamento, acredito que a escola não irá "enclausurar a Web 2.0", pois estamos vivendo numa época em que os nossos próprios alunos nos cobram a utilização destas ferramentas em aula.
Abraços,
Débora
Oi Débora, também tenho esperança que desta vez com a web2.0 se rompa com as paredes da escola e com as grades curriculares, pois é preciso reconhecer outras dimensões do currículo além do prescrito nos planos e materiais didáticos.
A questão é como preparar os professores para desenvolver essas novas competências que são exigidas para atuar no ciberespaço?
Beth!
A resposta parecia estar na ponta da língua, mas demorei pensando neste seu questionamento. E não encontrei uma resposta, apenas mais questionamentos! 8-o rsrs
Num primeiro momento, penso na necessidade de instigar nos professores a metacognição. Quantos de nós paramos para pensar no "como aprendemos"? Se nós não refletirmos nem sobre o nosso próprio processo de conhecimento, como é que vamos desenvolver metodologias que consigam abordar diferentes estilos de aprendizagem? Nos discursos, muitos falam do "aprender a aprender", mas na prática isto fica um pouco a desejar... :-/
Abraços,
Débora
Jocelma, Débora, estamos diante de dois polos que nos desafiam em relação ao enfrentamento de uma questão: a integração de tecnologias à educação.
Enquanto temos que pensar sobre como aprendemos com cada tecnologia que indica ter potencial p/ uso educativo e isso implica em um exercício de metacognição, também temos que identificar quais são as características intrínsecas dessa tecnologia que possam trazer contribuições à aprendizagem, o que significa olhar para dentro da interface. São dois exercícios diferentes que se imbricam ao nosso fazer pedagógico com tecnologias.
E novamente como desenvolver ações de formação de educadores que propiciem experienciar situações em que os formandos possam refletir sobre essa questão?
Olá Beth, eu novamente... rsrsrs
Não sei se consegui estruturar uma resposta para a tua pergunta, acho que vou precisar da ajuda dos meus colegas... ;-)
Mas vou arriscar:
A formação de educadores para o uso das tecnologias deve acontecer num contexto em que haja a intencionalidade de inovação. E deve acontecer na prática! É como aprender a dirigir... não bastam as aulas teóricas da auto-escola!
Devemos desenvolver ações que possibilitem uma "imersão" dos formandos na cibercultura. E nos desafios e problemas, buscar soluções em conjunto. Desta forma, acredito que os formandos irão desenvolver autonomia e criticidade quanto ao uso pedagógico dos recursos tecnológicos e ferramentas comunicacionais. Os acadêmicos precisam vivenciar situações, precisam trocar experiências,interagir com seus pares. E neste processo, certamente o professor irá aprender muito também.
Ah, hoje eu não vou conseguir dormir de tanto pensar nestas coisas. rsrsrs
Beijos
Oi pessoal,
este debate me lembrou algo que já foi discutido no módulo anterior. Algo sobre como os alunos vão muito além do espaço virtual de aprendizagem que é utilizado para a disciplina ou curso e como os professores, as vezes, sentem-se inseguros diante dessa amplitude de espaços para acompanhar seus alunos.
Percebo que os alunos não prendem aos espaços virtuais definidos para a `disciplina`, mas viajam por outros espaços, como orkut, msn, fotologs, blogs, etc... Porque tememos essa ampliação dos espaços de aprendizagem? E porque devemos 'supervisionar' todos esses espaços?
Não era isso que queríamos? A escola (aprendizagem) em todos os espaços sociais (sejam eles virtuais ou não)? Não queríamos alunos autônomos, voando alto e em outras paragens, além dos nossos limites?
As vezes acho que insistimos em manter os muros (limites) bem firmes, mesmo quando eles são virtuais... Creio que breve não teremos mais 'o lugar da escola', mas 'a escola em todos os lugares'...
E será que estaremos preparados para acompanhar esse vôo? Será que os deixaremos voar mais alto que nós? Como faremos para desaprender a controlar, a supervisionar...
Olá para todos<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />
Eu também compartilho das mesmas inquietações que você Auxiliadora, é difícil, atrair a atenção do aluno para o conteúdo administrado no laboratório de informática, geralmente eles querem ir para diversos sites que não estão diretamente ligados ao assunto sobre o conteúdo administrado.
Geralmente para prender sua atenção eu busco fazer um link entre saúde e informática que são os focos de estudo da área, mesmo assim têm alguns alunos que se dispersam. Contudo ainda compartilho da idéia de Moran (2008) que a transmissão da informação se dá de forma bem mais fácil onde as tecnologias ajudam o professor, facilitando seu tabalho servindo como pontes entre a escola e o mundo.
Filomena
Oi pessoal,
Pensar na formação de educadores para a utilização das TICs, requer a construção de propostas que contemple processos de produção do conhecimento em detrimento a simples execução de atividades técnicas. Logo, as palestras, cursos rápidos e treinamentos que só visam a execução das mesmas tarefas sem uma reflexão mais profunda sobre o processo de nada vai adiantar.
Acho que o nosso desafio é pensar em propostas de formação onde os professores possam pesquisar a sua própria prática, investigando, problematizando, refeltindo e buscando soluções conjuntas para sua reeestruturação.
Socorro
Socorro, é isso mesmo, pois sem reflexão seremos meros repetidores do que outros fazem e não chegaremos a lugar algum.
Sua proposta de formação é a que temos desenvolvido dentro da perspectiva de formação continuada contextualizada, na qual o educador participa de ações de formação, analisa-as, elabora propostas p/ a sua prática, reflete sobre elas com o grupo em formação e as reestrutura a partir desse processo reflexivo. Nesse sentido, a formação online é fundamental, pois o educador não se afasta de seu locus de trabalho, e tem a oportunidade de participar da formação e ao mesmo tempo realizar práticas e refletir sobre o seu fazer, tendo as práticas dos colegas como espelho de análise p/ recosntruir a sua própria atuação. Além disos, temos o registro de todo esse processo, que permite rever/refletir/reformular a qualquer momento e de qualquer lugar.
Um abç
Beth, vc conversa com Socorro e eu fico motivado a dar minha opinião sobre um aspecto da sua fala.
Vc diz: "temos o registro de todo esse processo, que permite rever/refletir/reformular a qualquer momento e de qualquer lugar".
Penso que a formação de professores para docência online precisa desenvolver conhecimento sobre essas possibilidades. Precisa explorar as disposições que conferem à modalidade online um diferencial importante em relação à modadlidade presencial.
Sim, o presencial tem o velho "olho no olho", mas o online tem tb suas vantagens. A formação de professores precisa saber distinguir vantagens de cada modalidade e, mas do que isso, saber o que fazer com elas.
Podemos construir um quadro que nos ajude a distinguir as vantagens de cada modalidade. Assim:
Vantagens da modalidade presencial |
Vantagens da modalidade online |
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|
bjs,
Débora, essa formação é na prática, mas acompanhada da reflexão, o que não exigido pela auto-escola. Aliás tudo que pregam na aula escola é decorar o manual e a automatização do ato de dirigir, não é mesmo?
Quando falamos de formação de educadores, e mais especificamente de formação na cibercultura, além da imersão temos a emersão p/ refletir sobre a prática, caso contrário como ficará a tomada de consciência e a criticidade sobre as características, contribuições, dificuldades e até limitações do trabalho pedagógico na cibercultura?
Um abç
Graça,
Gostei muito da indicação do vídeo. Dá pra explorar muita coisa a partir dele. Às vezes não nos tocamos o quanto estamos envolvidos pelos novos paradigmas. Há cerca de 13 anos atrás, celular era uma novidade para poucos no Brasil. Na época, pagava-se para receber ligações e a fila de espera por um linha era enorme, levando meses para se conseguir uma. Antes ao querer falar com alguém, ligávamos pra casa ou local de trabalho dele; agora, pensamos em ligar pra ele ou enviar uma SMS ou e-mail.
Antes, dizíamos: "Ligue-me, estarei em casa à tarde"; hoje, dizemos: "Ligue-me, estarei no celular".
Beth,
Há cerca de 9 anos tive contato pela primeira vez com uma tecnologia denominada WAP... que morreu sem ter nascido. Na época existia somente no âmbito da pesquisa, pois as telas dos celulares ainda eram muito pequenas. Pra se ter um celular com tela grande como temos hoje os SmartPhones, era preciso aumentar o peso do equipamento, o que não seria algo comercializável.
Alguns anos depois, em 2001 eu acho, tive acesso a uma aplicação que parecia ter potencial. Era uma aplicação que acessava um sistema de gerenciamento de documentos. Aquela altura, já tínhamos um Palm decente pra testar (afinal estávamos em uma empresa de telecomunicações), mas a usabilidade da aplicação era sofrível. O fabricante pensava em vender por meros 80 mil dólares, mas não colou, é claro.
Enfim, o que quero dizer com esta sessão nostálgica é que apesar dos avanços nos últimos 2 anos com a tecnologia 3G (que no Brasil ainda está engatinhando), ainda duvido da potencialidade do celular como recurso para trasmissão de dados. Neste momento, estou acessando o ambiente com um acesso móvel (a 128 Kbps... que dureza!), mas não acessaria do meu celular.Pensei até em adquirir um SmartPhone (2,5" de tela) pra me dar mais mobilidade e também para testar as tais potencialidades de utilizá-lo com a finalidade que você questionou, mas ainda estou avaliando.
Olá Jocelma e colegas,
Fizemos algumas incursões no uso de celulares, usando SMS (torpedos). O uso de SMS foi intencional, já que é o serviço mais barato oferecido e está presente em todos os modelos de aparelhos celulares.
usamos os torpedos para colaborar com a mediação da professora tutora em atividades de cursos a distância e os esultados iniciais foram incríveis. Com a "professora" chegando aos celulares a interação foi potencializada e o sentimentod e pertencimento ao grupo foi fortalecido... Mas muito temos o que pesquisar, não é mesmo?
[]s
Graça e todos,
Segue o link para a tradução deste vídeo em português, realizado pelo grupo da Escola do Futuro - USP: http://www.youtube.com/user/escoladofuturodausp
Olá Grace, olá Jocelma
Obrigado pela indicação desse vídeo elucidativo sobre web 2.
Ao ver esse vídeo mais uma vez confirmo duas percepções que me acompanham insistemente:
1. Primeira percepção: a web 2 vem confirmar uma tendência já prevista sobre o crescimento da interatividade como conceito e dinâmica mais interessantes da cibercultura.
Na web 1 a interatividade era restrita aos nerdes experts em linguagens alfanuméricas pouco acessíveis que lhes permitiam operar com os conteúdos na internet. Cabia aos internautas comuns o prazer da reatividade e de alguma interação.
Na web 2 a interatividade é democratizada. Aqui, André Lemos precisará repensar sua "primeira lei da cibercultura" (= "liberação do pólo da emissão"). Pois, não se trata apenas de liberação do emissão mas de compartilhamento, co-criação, de co-autoria nas interfaces de fácil acesso. Segundo André estaria ocorrendo uma enxurrada de pequenas unidirecionalidades, uma diversidade de expressões do modelo "um-todos". Creio que a web 2.0 vem superando isso. Ela libera a inteligência coletiva, não meramente o pólo da emissão.
Nesse sentido, indico a leitura do livro:
Este livro, mesmo que as vezes pamfletário, traz sínteses muito felizes e criativas sobre web 2. Vale a pena baixar o livro na íntegra em pdf.
Saiba mais clicando aqui
Em clima de web 2 os autores se oferem para interagir com os leitores/interlocutores no Skype:
Cristobal Cobo
Hugo Pardo Kuklinski
2. Segunda percepção: a web 2 é um grande desafio e ao mesmo tempo um grande alento para nós da educação.
Por que a web 2 é um desafio para a educação? Para responder, retomo a abordagem que venho fazendo há tempo: a educação autêntica só se faz com interação, compartilhamento, co-criação e co-autoria aluno-aluno e alunos-professor. Esses fundamentos da educação preconizados por Freire, Anísio Teixeira e Wigotsky entre outros, pouco se efetivaram em sala de aula por causa de uma tradição muito forte da pedagogia da transmissão. A web 2 movida a interatividade vem desafiar essa pedagogia e sua lógica baseada nos conteúdos fechados, no falar-ditar do mestre, nas lições-padrão, na separação professor emissor e aluno receptor.
Por que é um grande alento para nós da educação? Por que é espírito do tempo e nos ajuda em nosso trabalho de superação da pedagogia da transmissão. Em nosso tempo aprendemos a construir a ambiência comunicacional das nossas salas de aula presenciais e online não somente com Paulo Freire, Anísio Teixeira e Vigotsky. Aprendemos tb com a web 2.
Forte abraço, Marco Silva
Oi Pessoal,
acho que vou fazer um comentário um pouco sem graça.. mas lá vai...
eu acho importante que estejamos pesquisando as potencialidades da web2.0 e mais ainda que estejamos criando uma cultura para tal uso.
Por outro lado, é bom lembrar que a web 1.0 mal é admitida em sala de aula, os softwares ("web -3.0") mal foram admitidos em sala de aula e muitas vezes ficam totalmente marginalizados em laboratórios que são utilizados quando o professor falta... ou ficam marginalizados em laboratórios "quebrados".
O processador de texto ("web -4.0").. ainda tem resistência.. meu filho, do 9 ano foi punido pelo professor por usar digitador de texto para entregar um trabalho de física... "...poderia ter sido copiado..." diz o professor...
então vamos tomar cuidado para que não nos frustemos e estejamos conscientes de que sem aliança com os professores, sem aliança com os administradores... teremos pouca chance de conseguir que essa nova mídia participe de modo significativo de construções de conhecimento em sala de aula...
abraços,
marcelo
Olá Marcelo.
Vc parece se desculpar por fazer “um comentário um pouco sem graça”
Em primeiro lugar , não devemos nos desculpar por fazermos comentários críticos sobre a presença do computador na escola. Isto porque:
- Temos que ser críticos sobre este tema e todos os outros da educação.
- Nossa pesquisa e todos nós não podemos achar “sem graça” uma avaliação pertinente sobre a resistência dos professores e da escola ao computador
- A crítica não prejudica nossa mobilização, não estraga nossa vontade, ao contrário, aguça nossa pesquisa, nossa indignação e nossa busca de soluções.
Afinal, sabemos que:
- A web 1.0 mal é admitida em sala de aula
- Os softwares mal foram admitidos em sala de aula
- Os computadores ficam totalmente marginalizados em laboratórios, que são utilizados quando o professor falta... ou ficam marginalizados em laboratórios "quebrados".
Essa precariedade muito bem pontuada por vc não nos esmorece, ao contrário nos instiga à pesquisa. Vc diz: “vamos tomar cuidado para que não nos frustremos”. Penso assim: Se frustrar é não corresponder à expectativa de (alguém ou si mesmo) e decepcionar, quem tem noção da precariedade não se frustra, se inquieta e se mobiliza.
Em segundo lugar : de fato é “importante que estejamos pesquisando as potencialidades da web2.0 e mais ainda que estejamos criando uma cultura para tal uso.” Nossa pesquisa tem esta inquietação e está se mexendo no tratamento dessa questão. A presença da equipe Unesp vem enriquecer ainda mais o debate e fortalecer o grupo para o desafio de pesquisar e apontar possibilidades.
Em terceiro lugar: o caso lamentável ocorrido com seu filho de 9 anos que foi punido pelo professor por usar digitador de texto para entregar um trabalho de física...que segundo o prof. poderia ter sido copiado... Diante desse fato e de muitos outros da mesma envergadura aumenta nossa indignação e nossa ação como pais e como pesquisadores-docentes que trabalhamos com o tema.
Em quarto lugar: Valorizo em especial o que vc diz: “estejamos conscientes de que sem aliança com os professores, sem aliança com os administradores... teremos pouca chance de conseguir que essa nova mídia participe de modo significativo de construções de conhecimento em sala de aula...”
Ótimo alerta! Muito bem-vindo! Talvez a equipe do PPGE da PUC.SP, que investiga as políticas públicas de inclusão digital das escolas, tenha dados de pesquisa sobre essa questão da “aliança” com os professores e administradores. Tenho trabalhado com a formação de professores para docência na cibercultura, tenho trabalhado com informática educativa. Nesse trabalho não falamos em “aliança”, falamos em formação. Entretanto, diante do seu alerta, fico pensando que não podemos descartar o investimento tb nas alianças com professores e gestores das escolas. Não só a formação continuada, mas a alianças políticas, culturais, administrativas... É isto?
Forte abraço
Ps.: Marcelo vc diz “web 3.0”, ”web 4.0”. Não entendi. O que é?
oi Marco, oi colegas... .
deixa ver se eu consigo esclarecer algumas coisas...
É verdade. .havia um tom de desculpas.. fiquei até pensando porquê .. eu acho que eu estava me sentindo meio mal de possívelmente quebrar a animação.
Mas a idéia era.. vamos manter os pés no chão.. e ao mesmo tempo ousarmos.. a primeira parte é importante porque se só voarmos depois podemos ter uma aterrisagem frustante. Voar é fundamental. .. para por exemplo pensarmos em como não devemos domesticar a web 2.0!
a web -3.0, queria dizer 'menos 3.0'. ... era uma metáfora de educador matemático, usando números negativos.. apra dizer que o software era 1.0 e que o word já era negativo...
em tempo, meu filho está no nono ano.. e tem 14 anos...
agora, de fato .. a idéi da aliança é fundamental.. temos que te-los ocomo parceiros desde do início.. na gestação... com todas as dificuldades que isso acarreta..
Beth, me diga se queres que eu veja se o seu vídeo aqui da conferência dos 15 anos do GPIMEM já está pronto e se queres que eu insira neste ambiente... Depois vai ser editado para os anais que envolverá multimodalidade....
abraços a todos....
marcelo c. borba
Olás Marco, Marcelo e colegas! Se os cursos já vem me inquietando, agora essa conversa e algumas questões apresentadas por vcs dois me deram até taquicardia...rs..
Bem, acho natural que nos posicionemos a partir de análises comparativas e assim tem sido tanto na educação quanto em outras áreas... no nosso caso é o presencial e não presencial, o interativo e o passivo etc... Acho que precisamos dosar um pouco alguns pontos, pois, mesmo concordando com o que o Marcelo pontua (adorei a metafora do negativo!) há tempos não vivemos mais uma educação tradicional pautada apenas na transmissão. Mesmo considerando essa herança, nos cursos de formação de educadores (docentes, gestores etc) percebo que as coisas não se apresentam mais exatamente dessa forma...Posso parecer um pouco "poliana", mas tanto na formação docente presencial, online etc., quanto na informática educacional, percebo outros movimentos que indicam avanços significativos... Há muito ainda a conquistar, muitas transformações, mas às vezes sinto que precisamos relativizar quando falamos da web 2.0 ou 3.0 em relação ao que está de fato ocorrendo nas escolas brasileiras, por exemplo. Vejam, digo tudo isso porque acredito que as mudanças não são apenas de ordem tecnológica ou midiática, mas ideológica, epistemológica, filosófica etc...
Acredito que não apenas dados, mas situações reais, experiências, fruto de pesquisas poderão ser reveladores para as nossas discussões aqui.
Ah! Marco, super obrigada pela indicação do livro... estou orientando alunos sobre o Second Life e web 2.0 e participar dos cursos aqui e as aprendizagens promovidas por todos tem me alimentado muito.
Bjs
Dri
Concordo com Adriana que muitos avanços já são percebidos, embora o que Marcelo traz é também muito presente ainda. Eu acho que a aceitação das inovações trazidas pela chamada Web 2.0 ainda vai levar um tempo, mas considerando que são necessárias também mudanças de ordem ideológica, filosófica, epistemológica, dentre outras, como afirma Adriana.
Jocelma
Adriana, colegas...
eu acho que eu concordo com tudo o que você disse, a não ser talvez com a idéia de que já vivemos uma nova educação.. Eu acho que vivemos algo multi-facetado. Há vários atores, professores-diretores e principalmente alunos, que acreditam na transmissão como forma de que uma boa aula aconteça. Mas já há é claro diversos bolsões.. que se aliaram aos materias concretos para fazer trabalho em grupo, que se aliam aos computadores para trabalhar em dupla, e agora na internet para vivenciarem a inteligência coletiva de maneira qualitativamente diferenciada. ou seja vivemos o novo e o velho juntos.. (e acho que voce concorda, e foi só a forma de expressão.. mas talvez não..)
E aí que temos que viver o novo, buscar a forma de que a pedagogia permeará e será permeada pela web 2.0, com as mudanças das quais fala a Jocelma acima.
E voltando ao bmw e o comentário do Marco... eu acho que o computador pode ser extensão, mas eu acho que ele reorganiza a cognição... e a idéia de reorganizar é para realçar que há interação... essas idéias tenho posto, baseado no Tikhomirov, um ex-aluno do vygotsky...
Precisamos ver então como que a web 2.0 e suas interfaces vão interferir na forma como o conhecimento pode ser produzido (em sala de aula) por coletivos formados por atores humanos e não humanos (o que tenho chamado de seres-humanos-com-mídias).
m
Olá Adriana. É um prazer interagir com vc aqui, pouco depois de nossa atuação colaborativa no Endipe.
Destaco dois trechos da sua postagem:
- "há tempos não vivemos mais uma educação tradicional pautada apenas na transmissão. Mesmo considerando essa herança, nos cursos de formação de educadores (docentes, gestores etc) percebo que as coisas não se apresentam mais exatamente dessa forma...Posso parecer um pouco "poliana", mas tanto na formação docente presencial, online etc., quanto na informática educacional, percebo outros movimentos que indicam avanços significativos..."
Sobre este seu trecho digo o seguinte: há um trecho do Anísio Teixeira que me motivou a realizar uma pesquisa, junto com orientandos de mestrado, para saber se na cibercultura o professor ainda é o "transmissor" criticado pelo grande mestre baiano no início da década de 1960.
O texto do Anísio diz: a formação do professor o preparava para ser “o guardião e transmissor da cultura. Tanto quanto possível era ele o transmissor de uma cultura cuja significação e limites conhecia e, sobretudo, era o mais importante transmissor dessa cultura, estando em seu poder comandar até certo ponto a formação do educando.” [Fonte: "Mestres de amanhã". Conferência proferida em sessão do Conselho Internacional de Educação para o Ensino, reunido no Hotel Glória, no Rio de Janeiro, em agosto de 1963, e publicada na Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v. 40, n. 92, out./dez., 1963. p. 10-19.]
Amiga, diferentemente da sua percepção, para tristeza do Anísio e nossa, o mestre continua transmissor sim. Continua baseado no seu falar-ditar e nas suas lições-padrão. Seja no presencial, seja no online.
O professor tem a "pedagogia da transmissão" enraizada em seu ofício pq esse modelo de docência vem de milênios e foi chancelado pela lógica unidirecional das mídias de massa imprensa, cinema, rádio, tv.
Claro que há superações aqui e ali. Ainda bem! Graças à mobilização de alguns mestres inquietos. Mas ainda prevalece o modelo UM-TODOS. Nem Paulo Freire, nem Anísio Teixeira, nem Vygotsky conseguiram modificar esse ranço milenar: os reis falavam para a massa, os padres ainda falam para a massa, os políticos em seus palanques falam para a massa. Quase sempre no modelo UM-TODOS que cristalizou uma cultura da recepção, mesmo que por vezes inquieta. Assim também ocorre no sistema de ensino que opera à maneira do sistema midiático, separando emissão de recepção.
- "estou orientando alunos sobre o Second Life e web 2 .0 e participar dos cursos aqui e as aprendizagens promovidas por todos tem me alimentado muito."
Adoraria poder incluir nesta pesquisa interinstitucional algo sobre Second Life. Vc que orienta sobre esse instigante fenômeno da cibercultura poderia trazer algo para nós? Não sei em qual módulo... nem em qual contexto... Mas o assunto é pertinente e não podemos "passar batido" como dizem os cariocas.
Forte abraço.
Querido Marco, Marcelo e colegas,
Compreendo as visões de vcs e respeito muito tanto os dados apresentados, quanto as visões e percepções sobre o tema... Porém, insisto um pouco mais em minhas pontuações no sentido de alertar para algumas implicações:
- herança não deve significar condenação. Somos herdeiros sim da pedagogia da transmissão, assim como somos herdeiros de uma formação fordista, católica, cartesiana etc. Concordo que temos essa marca ontológica, mas tb temos outras marcas neste processo e nesse sentido as mudanças são visíveis. Penso que falta um dado importante nas poderações dessa nossa conversa: o aluno. Vejam bem, os alunos não são mais seres passivos, que acatam contidamente os ditames de um professor repressor que controla o processo dentro de uma ação unidirecional "Um-todos"...
- a intenção ou mesmo a projeção pode ser sim, na cabeça de muitos professores, a eterna "zona de conforto" UM-TODOS, mas estamos tratando aqui de alunos da cibercultura, alunos refletidos em filmes como "Pro dia nascer feliz" - de João Jardim, alunos que já foram apresentados em outros documentários, em outras pesquisas, em materiais como os Programas Raizes e Asas - iniciados em 1993 (http://www.cenpec.org.br/memoria/index.php?mod=projetos.view.0&id=93) etc..
- cito estas experiências porque elas refletem alunos e professores engajados em ações que rompem com a idéia UM-TODOS da forma como está sendo apresentada. Ale´m dessas temos outras tantas que cada um de nós aqui, pesquisadores e educadores, vivenciamos por meio de nossas práticas como formadores...
- Vejam, não estou desconsiderando nem os dados e nem as pontuações, mas insisto que "os reis falavam para a massa, os padres ainda falam para a massa, os políticos em seus palanques falam para a massa" e a massa não é mais a mesma. Os sujeitos não mais se apresentam passivamente - o que mais temos ouvido são as reclamações dos profs sobre as inquietude dos alunos - o que significa que os professores que continuam com a postura UM-TODOS estão falando sozinhos! Os dadores de aula não ensinam mais ninguém (se é que um dia ensinaram)...
2) Marco, estamos estudando tanto o SL com nossos alunos e será um prazer trazer prá cá nossas inquietações... Podemos pensar nisso para o módulo do TIDD, quando falarmos de Desenho Didático... acho que até lá teremos mais dados e a pesquisa estará um pouco mais avançada.
Bem, a discussão acima ainda dá muito pano prá manga, e continuaremos trocando inquietações a aprendendo uns com os outros...
Quero aproveitar e me desculpar com todos pois não estou conseguindo participar como gostaria... este final de semestre está mais puxado do que o previsto e sinceramente me sinto chateada em não poder estar mais presente. espero que possa estar mais inteira no proximo semestre...
Bjs
Dri
Adriana, entendo bem suas ponderações e vc entende as minhas.
De fato a massa não é mais a mesma. Há o "leitor imersivo" segundo Santaela, há o "nativo digital" tão falado por aí, há o "novo espectador" de que falo no livro Sala de aula interativa, há a "geração digital" de que fala o Tapscott.
O problema é que a escola e a universidade raramente estão atentas à demanda comunicional dessa nova geração. Esta é minha inquietação.
Sobre SL, aguardo a criatividade de vcs dos TIDD. A propósito, neste dia 28/6 teremos aqui no Rio o seguinte evento:
Já me inscrevi.
bjs.
Isso mesmo Marco... acho que as instituições se retraem diante deste cenário... concordo contigo! Por isso que precisamos o tempo todo incluir o aluno nas discussões sobre docência... foi isso que eu quis dizer.
Mas como vc vê tudo isso? Vc acha que as tentativas de retração, que tentam inibir ou mesmo engessar/bloquear tais demandas conseguem chegar às "vias de fato"?
Sobre o evento, a Méa enviou o cartaz e eu já repassei para minhas listas e alunos... Não poderei estar presente, pois embarco prá Europa no dia 28/06... ficarei o mês todo fora, lembra? Acho que comentei com vcs no Endipe. Mas valeu a dica! Esse evento, segundo alguns alunos, já ocorreu e Sampa neste semestre...
Bjs
Dri
Adriana, vejo a necessidade urgente da formação de profs para docência na cibercultura. Esse foi o tema do modulo 1... permanece no centro da inquietação do módulo 2 e ainda vai se desdobrar nos módulos seguintes da nossa pesquisa.
Quando falamos em formação de professores para docência onlnie, falamos em primeiro lugar em formação de professores para docência da cibercultura offline e online. Por isso começamos com essa inquietação no módulo 1.
Espero que nossa produção contribua profundamente com essa urgência.
Desejo boa viagem e feliz congresso na Europa... em qualquer cibercafé esteja conosco!
Marco
Como pesquisadores temos que olhar os dois lados da questão, identificar as contribuições das inovações tecnológicas p/ a educação e, ao mesmo tempo, criar metodologias adequadas p/ que essas inovações possam atingir a população brasileira, carente de formação em todos os níveis.
Beth, estou de pleno acordo com vc. Os educadores precisamos:
- identificar as contribuições das inovações tecnológicas p/ a educação e,
- criar metodologias adequadas p/ que essas inovações possam atingir a população brasileira, carente de formação em todos os níveis
Na cibercultura a formação de professores e cada professor em sua prática precisam dar conta dessa dupla tarefa.
Bjs,
Marco, além dos educadorss é preciso que os gestores públicos compreendam essas necessidades, pois as decisões políticas são tomadas fora do âmbito de atuação dos educadores, ainda que hoje exista um movimento p/ nos ouvir.
[ ]s
Re: Web 2.0 - The Machine is Using Us...
Olá pessoal,
Convido a todos a ler um texto sobre web 2.0 do Luli Radfahrer que é PHD em comunicação digital. O texto me fez refletir sobre sua importância e seu conteúdo, é um pouco provocativo mas achei muito interessante.
http://www.luli.com.br/2007/08/15/nao-acredito-em-web-20/
Abraços
Raquel Glitz
Re: Web 2.0 - The Machine is Using Us...
Raquel,
Simplesmente adorei sua dica...Obrigada!
O blog do Luli é mesmo muito instigante e recomendo a todos... precisamos apimentar nossas discussões e com certeza o que ele diz nos tira do prumo ou será que nos coloca nele?
O que pensar sobre a observação dele: "Os acadêmicos que me perdoem, mas em muitos aspectos a definição de Web 2.0 é muito semelhante à de Pós-Moderno: em vez de explicar do que o conceito se trata, elas se limitam a dizer que ele “veio depois” de algo, portanto deve ser melhor."
Esse é só um aperitivo pro debate.
bjs
Dri
Adriana<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />
Vou checar o blog indicado. Mas adianto:
O conceito de pós-moderno não se limita a dizer o que vem depois... Trata-se de conceito respeitável e complexo que já reúne milhares de paginas acadêmicas relevantes em muitas línguas. Pensadores importantes tratam do tema com respeito.
O mesmo acontece com Web 2. O tema é complexo e merece o respeito acadêmico. Refere-se à evolução da web. Já há publicações e pesquisas importantes sobre o tema.
Forte abraço
Marco e colegas, acho que vale a provocação apresentada no blog... Digo isso exatamente por conhecer alguns dos teóricos sérios que investigam a pós-modernidade (Mafessoli, Rouanet, Saviani - prá dizer apenas alguns) e saber do trabalho sério que estamos fazendo em relação à web 2.0
A provocação, no entanto, vem ao encontro das demandas que estes mesmos estudos e discussões devem envolver: ouvir as pessoas. Toda e qqr intervenção vem do conhecimento do contexto, ou seja, das pessoas... e assim temos diferentes visões e tb diferentes teorias...
Já disse em outros momentos e retomo aqui um sociólogo que recomendo a todos: Zygmunt Bauman (Modernidade Líquida - 2001). Acho que a crítica pontuada no blog pode ser lida de diversas formas, mas eu gostaria de compartilhar aqui um trecho do Bauman (2001):
"A sociedade que entra no século XXI não é menos 'moderna' que a que entrou no século XX; o máximo que se pode dizer é que ela é moderna de um modo diferente. O que a faz tão moderna como era mais ou menos há um século é o que distingue a modernidade de todas as outras formas históricas do convívio humano: a compulsiva e obsessiva, contínua, irrefreável e sempre incompleta modernização..." (BAUMAN, 2001, p. 36)
Sugiro a leitura deste livro, que é dividido em 5 capítulos que fundamentam nossas discussões: 1) emancipação; 2) individualidade; 3) tempo/espaço; 4) trabalho e 5) comunidade.
O último livro da Santalella (Linguagens líquidas na era da mobilidade) traz de início tanto um pouco da teoria de Bauman como tb de Peter Sloterdijk. Imperdível!
Bjs
Dri
OLá Adriana, concordo com você. O ultimo livro da Santaella é muito bom. Acrescento a sua reflexão a ideia de Sloterdijk quando aponta que estamos iniciando a era das solidariedades artificiais, a era das identidades corporativas, dos universalismos regionais, tanto quanto das comunidades totêmicas e nações mágicas. Aos poucos vamos construindo a idéia de que a coexistência emerge de uma sociedade e expressa o desejo dos sócios. Esta relação pressupõe um eleito para defender os interesses do grupo, mesmo que por outro lado o grupo deseje participar das decisões e com isto temos uma relação tensa que desemboca naquilo que Sloterdijk chamou da era das massas. Define então sociedade como uma associação de sujeitos que renunciaram a seus interesses . Mas é preciso ter algo a renunciar e, portanto, aqueles que nada têm (ou não querem dar) estão à margem dela. Falei e disse amiga.
Bj
Dolores ( Loli)
Adriana, Dolores, Marco, colegas
Ainda temos muito a construir nessa área... falamos da cibercultura, do second life e começamos a adentrar no mundo da realidade virtual. Agora temos o desafio de investigar o que acontece na educação quando o virtual e o real se integram por meio da realidade aumentada.
Abç
Isso mesmo Beth...
os desafios aumentam com a realidade aumentada e... não podemos deixar a peteca cair. Nosso investimento como pesquisadores e educadores precisa ser aumentado ainda mais.
Precisamos saber o que é, por exemplo, Second life e ao mesmo tempo reler Vygotsky, Dewey e Anísio Teixeira, por exemplo. A intelocução de tudo isso e o nosso engajamento atento podem nos permitir sínteses e descobertas valiosas para a educação em nosso tempo.
bjs
Concordo com vocês, como também, temos que recuperar leituras preciosas de nosso grande mestre Paulo Freire, que já vislumbrava estes cenários fora do espaço meramente institucionalizado. São novos tempos e novas condutas que estão ai nos desafiando...caminhante olhe o caminho...faz-se o caminho ao andar...vamos em frente...
Até,
Elizete Matos....