Universidade do Estado da Bahia(Editado por Maria Olivia Matos Oliveira - sexta, 14 agosto 2009, 22:42)
(Editado por Maria Olivia Matos Oliveira - domingo, 16 agosto 2009, 22:38)
Universidade do Estado da BahiaIniciando a conversa:
Olá equipe UFPE! Quero dizer que gostei muito do Módulo organizado por vocês e a metáfora do frevo foi perfeita para interpretar os textos disponibilizados pelo grupo. Pessoalmente gosto mais do frevo pernambucano que do nosso axé baiano....
Analisando a coreografia planejada:
No nosso módulo Multimídia e Educação, como o título indica, planejamos a coreografia tendo como pano de fundo o cenário atual, com suas incertezas e possibilidades à luz de alguns teóricos importantes e suas implicações na educação. Não podemos esquecer que a integração dos meios de comunicação (MCM) com sua rapidez na distribuição de materiais impressos pelos correios fez surgir e desenvolver as primeirs experiências da (tradicional) Educação a Distância. A Internet, a convergência das mídias e sua utilização nos ambientes digitais de aprendizagem permitiu uma revolução na EAD possibilitando integrar as múltiplas mídias e recursos, desenvolver a interatividade, a aprendizagem significativa através de ambientes planejados estrategicamente com tempos adequados aos ritmos de cada participante. Chegamos a era da Educação online conforme conceitua com muita propriedade o Marco Silva.
No entanto, essa educação online continua sendo um constante desafio para nós educadores-coreógrafos. Não se trata de trazermos a coreografia tradicional transmissora e fazermos uma transposição dessa coreografia para os ambientes online, mas respeitar as singularidades nessa modalidade de educação sinalizando alguns pontos importantes a considerar nessa nova coreografia como: o nível de diálogo estabelecido ( o grupo da PUC/SP maravilhosamente discutiu essa temática); a relação entre a concepção epistemológica e a abordagem pedagógica, o desenho didático e as mediações nos ambientes online. ( outros grupos também o fizeram. Ex: UFAL)
Nosso grupo PPG/UNEB buscou enfatizar a questão da mediação. Quero dizer que as abordagens trazidas pela profa Maria Teresa Freitas e o grupo da UFJF sobre as perspectivas teóricas de Vygotsky e Bakthin a respeito de dialogia e mediação foram excelentes!.
Nós trouxemos no nosso módulo como interlocutores Orozco e Martín-Barbero e vimos grandes similaridades de idéias com Vygotskty: todos esses teóricos têm uma perspectiva histórico-cultural. No caso de Vygotsky como frisa Freitas "entre o sujeito e o objeto do conhecimento há sempre a mediação de um outro, possibilitada pela linguagem." A pessoa internaliza aquilo que antes foi construído na relação com o outro. A aprendizagem é portanto um ação compartilhada entre pessoas e vai sendo provocadora de desenvolvimento. Vygotsky ainda coloca a educação escolar como lugar de aprendizagens, de construção de conhecimentos científicos que vão se articular com os trazidos pelos alunos.Os Fóruns e ambientes virtuais, quando bem conduzidos, fazem com que as pessoas ajam interativamente possibilitando uma compreensão ativa e não passiva do conhecimento. No trabalho colaborativo da internet essas ações são partilhadas, representam instrumentos que vão potencializar as aprendizagens significativas. Martín -BARBERO coloca [...] que as mediações produzidas pelos meios são esse lugar a partir do qual é possível se compreender a interação entre o espaço de produção e o da recepção[..]( 1897 apud BACCEGA, p.20). Orozco ainda desconstroi a idéia de receptores passivos e enfatiza a idéia de múltiplos fatores envolvidos com o processo de mediação. Portanto, cada meio e cada tecnologia exercem uma mediação particular nas pessoas e na estruturação dos conteúdos que transmitem [...] sendo na nossa sociedade inúmeras as fontes de mediação: os meios, a cultura , economia , a política, classe social, gênero, idade, etnicidade, as condições situacionais e contextuais, as instituições e os movimentos sociais. .. ( OROZCO G., 1993, apud BACCEGA, 2003,p.18).
Apesar da nossa proposta sugerir a necessidade de interação e mediação sentimos falta da participação dos colegas dos outros módulos para dar sentido e concretude aos conceitos propostos
no nosso módulo cujo esquema geral de conteúdo apresentado se encontra a seguir:
1- Multimídia e Educação
Introdução
O ecossitema comunicacional e as vozes
emergentes
A sociedade do conhecimento e os
desafios para a educação
2- Multimídia na Internet e em ambientes
virtuais de aprendizagem
2.1 Hipertexto, Hipermídia e Internet.
2.2 Multimídia, Hipertexto e Objeto de
aprendizagem.
3- Midia, Meios e Mediações
Introdução
A mediação nos espaços virtuais
A equipe PPG/UNEB
Oi, Maria Olivia e demais companheiros pesquisadores da UNEB,
lendo agora sua postagem e revendo o módulo proposto e executado por vocês, fiquei pensando nas exigências que esta nova forma de mediação tem trazido para a sociedade e particularmente para nós, educadores. Acredito que ocorre um processo de "passagem", talvez de troca e convivência, de uma forma já consolidade de mediação para esta nova mediação, característica da cibercultura.
Este processo não é isento de turbulências, pois se trata de duas dinâmicas com lógicas próprias. Por vezes, sinto claramente tal questão, quando participo ao mesmo tempo de processos mediatizados em contextos de ensino presencial, por exemplo, e outros que se dão com a educação on line. Em especial, destaco o acompanhamento de alunos, onde a mediação pedagógica é o centro desta relação, e que é marcada pelo contexto vivido, sendo que este dois espaços (ensino presencial e educação on line) por vezes se interpenetram.
Uma preocupação - que só aparentemente é teórica - é a perspectiva antropológica presente neste mediação. Com todas as mudanças já sentidas por nós, o aspecto antropológico não fica de fora, ou seja, estamos também "mexendo" na nossa forma de identificação enquanto seres humanos. E isto é fundamental para a educação.
A mediação que você operaram neste módulo destacou o aspecto da linguagem, elemento para mim central nesta nossa "aproximação" do mundo online.
Parabéns e obrigado pelo trabalho de vocês.
lendo agora sua postagem e revendo o módulo proposto e executado por vocês, fiquei pensando nas exigências que esta nova forma de mediação tem trazido para a sociedade e particularmente para nós, educadores. Acredito que ocorre um processo de "passagem", talvez de troca e convivência, de uma forma já consolidade de mediação para esta nova mediação, característica da cibercultura.
Este processo não é isento de turbulências, pois se trata de duas dinâmicas com lógicas próprias. Por vezes, sinto claramente tal questão, quando participo ao mesmo tempo de processos mediatizados em contextos de ensino presencial, por exemplo, e outros que se dão com a educação on line. Em especial, destaco o acompanhamento de alunos, onde a mediação pedagógica é o centro desta relação, e que é marcada pelo contexto vivido, sendo que este dois espaços (ensino presencial e educação on line) por vezes se interpenetram.
Uma preocupação - que só aparentemente é teórica - é a perspectiva antropológica presente neste mediação. Com todas as mudanças já sentidas por nós, o aspecto antropológico não fica de fora, ou seja, estamos também "mexendo" na nossa forma de identificação enquanto seres humanos. E isto é fundamental para a educação.
A mediação que você operaram neste módulo destacou o aspecto da linguagem, elemento para mim central nesta nossa "aproximação" do mundo online.
Parabéns e obrigado pelo trabalho de vocês.