Olá Marcelo,Lina, Elizete e demais colegas
Fiquei pensando sobre as colocações de vocês... Afinal, participar ? ou ver o bloco passar? É uma questão desafiadora, compreender a dinâmica desses movimentos.
Será que na observação, nas reflexões silenciosas também podemos encontrar os sinais dos estilos da aprendizagem? Também aprendemos muito quando estamos organizando nossos pensamentos, é complicado entrar na dança com o bloco na rua.
Para alguns de nós, interagir no próprio curso Docência online, já após o início de alguns módulos, foi delicado, havia uma vontade contida...aos poucos vem o ritmo a ousadia de querer e tentar contribuir.
A metáfora que é justamento o exercício da semelhança, de uma transposição figurada e alegórica foi a nossa proposta nesse último Módulo.
A escolha do frevo dentre as várias danças foi uma questão regional,mas há diferentes habilidades, criatividade e liberdade dos dançarinos em qualquer outro estilo de dança.
Dançar precisa ser acima de tudo um prazer...geralmente o dançarino é colaborativo, as coreografias são boas articulções coletivas.Deve propiciar alegria e não mera repetição de passos estabelecidos, sempre queremos fazer bonito,mas a nossa particição não é uma construção tão imediata, precisamos não apenas de estímulos,mas de reconhecimento e respeito aos nossos próprios tempos e limites.
Refletir do ponto de vista do bailarino , sobre todos esses processos do aprender a dançar, ou seja, da relação com o coreógrafo,com os colegas bailarinos, da compreensão ou não das estratégias em cena, também está nesse conjunto de elementos que refletem a quantidade e a qualidade das mediações e interações.
Acredito que ver o bloco passar também depende do nosso olhar... podemos levantar hipóteses, tirar conclusões, fazer restrições, colaborar em outro momento.
Sonoridades e silêncios também estão presentes na cibercultura, a educação online pode despertar em nós potencialidades, mas ainda continuaremos querendo descobrir algumas respostas,não temos nem de longe todas, o mais importante é tentar buscá-las, das formas mais inusitadas, o que acham?