Tema 3 - Web 2.0


Em 2004 surgiu a Web 2.0  com um grande potencial para a utilização e desenvolvimento de ferramentas colaborativas que facilitassem tanto o trabalho de equipes de professores e/ou pesquisadores como suas aulas.

Segundo O`Reilly reconhecido como um dos principais promotores da idéia de Web 2.0, os princípios que levam a constituição desta são sete: A World Wide Web como plataforma de trabalho, o fortalecimento da inteligência coletiva, a gestão de bases de dados como competência básica, o fim do ciclo das atualizações de versões de software, os modelos de programação rápida e a  busca da simplicidade, os software não limitado a um único dispositivo e por fim o compartilhamento das experiências enriquecedoras dos usuários.

Em resumo o termo Web 2.0 designa uma segunda geração de comunidades e serviços baseados na plataforma Web, como wikis, aplicações baseadas em folksonomia e redes sociais. Embora o termo tenha uma conotação de uma nova versão para a Web, ele não se refere à atualização nas suas especificações técnicas, mas a uma mudança na forma como ela é encarada por usuários e desenvolvedores.

Conhecendo algumas destas interfaces interativas/colaborativas para o propósito da Educação:


Blog


Depois do I Encontro de bloggers e leitores de blogs (2004), afirma-se que: “Um weblog é, antes de tudo, uma forma livre de expressão, de criação e compartilhamento de conhecimento”.(referência)

Na esfera educativa são chamados de edublogs.
De acordo com os aspectos sociais dos blogs, encontramos duas definições:

  1. Os blogs são o serviço mais conhecido da Internet para publicação pessoal na web, já que possibilita que milhões de pessoas escrevam, compartilhem suas vivências, suas aflições, desejos pessoais e seus interesses profissionais.
  2. Os blogs são um meio de comunicação coletivo que promovem a criação e consumo de informação original e veraz, e provoca, com muita eficiência, a reflexão pessoal e social sobre temas que interessam aos indivíduos, aos grupos e à humanidade.

A interface de caráter colaborativo pode ser um instrumento ideal para os alunos, uma vez que seus posts são lidos e comentados por muitos leitores. Esta ferramenta pode potencializar, no aluno, a pesquisa, a análise e a reflexão abrindo o caminho para a possibilidade do aprender coletivamente e ou individualmente.

F. Guimenez faz uma síntese das classificações de edublogs partindo de autores que  têm estudado as interfaces e apresenta a seguinte classificação:


Edublog (pop up)

Acadêmicos ou de investigação
Professor-alunos
Weblogs coletivos
ou aluno-aluno

Podemos incluir blogs de investigação de diversos departamentos, com linhas de estudo, projetos e perspectivas de desenvolvimento. Têm um perfil de conteúdo fechado entre os profissionais de um centro com interesses comuns. Também podemos agrupar aqui os blogs de ensino entre educadores, que permitem debater e compartilhar experiências em sua área de atuação com professores de outros centros. Seria interessante haver blogs dos professores que descrevessem seus modelos de formação e sua metodologia ou prática pedagógica.
Estes blogs também podem servir como alicerce para a colaboração entre diferentes centros para a elaboração de material curricular. Um exemplo é o Aulablog.



Uma das formas mais utilizadas desta modalidade é aquela que serve para organizar o processo de aprendizagem: no blog se publicam os aspectos formais que tenham relação com a matéria ou com a disciplina que se vai ensinar. O professor, de forma resumida, pode incluir as propostas de trabalhos, de temas e de atividades (como webquest) que serão realizados, pode incluir links interessantes para ampliar formação, orientações para o estudo, etc.
O edublog deve ser aberto a debates e comentários dos alunos. Deste modo o professor pode receber essas informações como feedbacks, o que pode levá-lo a redesenhar suas propostas para a matéria.





São espaços  de comunicação entre os interagentes, que  proporcionam a discussão e o diálogo. Esta modalidade pode orientar de diversas maneiras as interações aluno-aluno e professor. Funcionam como um método de trabalho colaborativo e de trabalho em grupo; Produzem uma estrutura horizontal (vários blogs sobre o mesmo assunto) para debater, analisar e conjugar diferentes experiências de produção e distribuição de conteúdos e incentivam a participação ativa e o debate entre os alunos.











García Aretio (2005) propõe diferentes tipos de blogs administrados pelo professor/docente, de forma que: O professor se limite a oferecer orientações e disponibilizar materiais eletrônicos de sua autoria ou links da própria rede; proponha debates sobre alguns dos pontos relevantes do tema que se está estudando; proponha debates sobre novas questões não trabalhadas no seu plano de ensino ainda que relacionadas com o mesmo. Já os alunos devem ter por objetivo resolver os problemas propostos pelo professor; desenvolver trabalhos colaborativos dentro de pequenos grupos.

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