Colaborar em/na Rede


Inspirados no pensamento de Silva (2001), consideramos que é preciso se apropriar das possibilidades tecnológicas que nos permitem “ingressar dentro de uma obra” – a hibridação traz a idéia de fusão, de intervenção na mensagem do outro, de co-criação, de modificação. Deve-se derrubar as fronteiras entre autor/leitor/emissor/receptor, na medida em que é através da interatividade e da intervenção que as mensagens vão se formando, se modificando a cada novo contato com o outro. O conhecimento de cada um, produto individual e internalizado de experiências, leituras e reflexões, se enriquece e se modifica a cada possibilidade de troca com o outro e com os diferentes registros do conhecimento compartilhado.

Corroborando com Alves et al (online), colaborar na/em rede é, antes de tudo, desapegar-se do sentimento de posse do conhecimento; é compartilhar a autoria, visto que um texto produzido coletivamente deixa de ser “meu texto”, e passa a ser “nosso texto”, do grupo-autor. A produção colaborativa de um texto é um passo importante para a disseminação da colaboração, uma vez que o sujeito aprende a criar um texto coletivo, interagindo com outros parceiros na criação de quaisquer atividades, sejam estas no modo presencial ou a distância.