Ambientes Virtuais de Aprendizagem
Em relação às questões pedagógicas, o seu criador Martin Dougiamas adotou o Construcionismo Social como fundamento educacional da proposta do ambiente. Esta teoria se baseia no pressuposto de que as pessoas aprendem melhor quando estão engajadas em um processo social de construção de conhecimento pelo ato de construir alguma coisa para o outro. Desta forma, o conceito deixa clara a importância do trabalho em grupo no desenvolvimento da aprendizagem, e a constante negociação de significados entre seus membros. Estes aspectos são claramente observados no ambiente Moodle, onde o enfoque do trabalho se dá em ferramentas que possibilitam a discussão e o compartilhamento de experiências (PULINO FILHO, 2007).
A seleção das ferramentas para o desenvolvimento do trabalho pedagógico pode ser feita pelo professor, que vai escolher de acordo com os objetivos do curso. Assim, o docente pode selecionar chats, fóruns, diário de bordo, disponibilizar o livro com alguns conteúdos do curso, tarefas, entre outras possibilidades.
Para Alves e Brito (2005), o Moodle destaca-se dos outros ambientes por permitir a utilização das ferramentas de forma flexibilizada, podendo, através de diferentes metáforas, pleitear outras perspectivas, pautado na mesma funcionalidade. Um chat, por exemplo, pode ser utilizado como ponto de encontro entre os participantes, assim como espaço de discussão de determinada temática do curso. O fórum pode ser utilizado como um portfólio, um relatório de atividades de campo, bem como espaço para discutir conceitos. Os autores destacam a importância dessas possibilidades, pois o professor não precisa ficar dependendo do conhecimento técnico de um profissional da área, já que são as demandas colocadas pela prática pedagógica que irão desafiá-lo na construção de novas propostas.