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8 de junho de 2008 


Momento 1 – Contextualização do Módulo:

As mediadoras Graça e Mônica apresentaram sinteticamente a proposta do Módulo 2 do curso: O Módulo 2 busca resgatar o componente histórico da utilização de tecnologias da informação e comunicação no processo de ensino e aprendizagem e, em especial os programas e as políticas governamentais desenvolvidos ao longo do tempo. Dessa forma, o objetivo do Módulo é, inicialmente recuperar um pouco de nossas trajetórias pessoais e grupais, articulando-as com os projetos e políticas em desenvolvimento em nossas localidades, a seguir, resgatar as histórias de nossas localidades, os projetos e políticas em desenvolvimento e analisar qual o impacto no processo de ensino e aprendizagem.

Dessa forma, o olhar no Módulo 2 vai do interior da sala de aula para as políticas.


Momento 2 – Um pouco da realidade brasileira – resgate histórico

A trajetória brasileira de uso de Tic na educação, em especial na educação a distância, é centenária. Teve início com projetos de ensino por correspondência marcadamente voltada à formação de jovens e adultos para o exercício profissional imediato.

Os projetos iniciais desenvolvidos, em sua maior parte utilizaram um mix de ensino por correspondência, rádio, aulas presenciais com o uso de discos com programas de rádio gravados. A segunda geração de projetos nacionais utilizavam TV, com programas gravados e também correspondência e revistas. Os projetos governamentais que utilizavam rádio, TV e correspondência eram desenvolvidos por equipes de profissionais e atores. Não atingiam as escolas e os professores em serviço. Dessa forma a EaD sempre foi vista como uma “segunda categoria”. A Débora fez uma interessante animação na atividade 1 do módulo 2, recuperando um pouco o preconceito – que ainda existe.

Uma vertente para esse preconceito pode ter sido esse distanciamento entre os projetos de educação a distância e a escola propriamente dita. Os professores nunca foram envolvidos. Esse preconceito em relacão a EAD que perdura até os dias atuais deve-se ao fato desta ser relacionado com práticas consideradas de pouca qualidade, ou vistas como uma educacão para classes menos privilegiadas, como foi a prática do Instituto Universal Brasileiro, Mas Acredito que isto vem ocorrendo pois temos construido projetos interessantes e que têm surtido resultados satisfatórios


Momento 3 – Um pouco da Realidade Portuguesa

Computadores portáteis

O interesse do grupo presente migrou da história e políticas de Ead para conhecer um pouco mais a experiência portuguesa:

Segundo nossos colegas portugueses, apontam que em Portugal também existe preconceito, parte dos professores são renitentes ao uso de computadores na sala de aula. Em Portugal, tem havido muitos projetos para a implementação das TIC ao nível da sociedade e da educação em particular.

A introdução da EaD teve origem nos anos 80 com a Universidade Aberta, segundo Bento Silva.

Uma das últimas iniciativas, decorrente do Plano Tecnológico deste governo, tem a ver com a atribuição de portáteis (a baixo custo para alunos e professores) e atualmente está se desenvolvendo o projeto de utilização de computadores portáteis nas escolas.

O projeto é regionalizado, isto é, as escolas recebem um “armário” com um conjunto de computadores portáteis (laptops) para uso nas salas de aulas pelos alunos. Cada escola deve apresentar um projeto de utilização para o conjunto de computadores portáteis. Os alunos não levam os computadores para suas casas. nem todos os alunos escolas têm portáteis

Os professores usam computadores portáteis principalmente para planejar as atividades.

Em 2004, foi introduzida a figura do Coordenador Tic nas escolas, que é um dinamizador, animador e coordenador das tecnologias nas escolas. O Coordenador TIC é um docente, pedagogo, com competências TIC certificadas.

As pesquisadoras pontuam que o “coordenador Tic” tem apenas 8 horas de redução de horário (já que é professor) para fazer a manutenção, dinamizar o projeto, incentivar os outros docentes e fazer formação de outros docentes. Por outro lado, nos relatam que, basicamente, a carga horária dos coordenadores TIC são voltadas para socorrer emergências, que ocorrem diariamente e manutenção dos equipamentos. Dependendo das situações, em Portugal continental, o Coordenador TIC trabalha num agrupamento de escolas, onde presta apoio pedagógico no uso das tecnologias da informação e comunicação.

Pontuam também que, muitas vezes, o Coordenador TIC é escolhido, não pela formação específica, mas porque é um dos professores que gosta da tecnologia e se sente à vontade nesses ambientes.

As pesquisadoras criticam o modelo adotado por Portugal e acreditam que os coordenadores devam ficar totalmente liberados das atividades técnicas e que devam ficar exclusivamente dedicados à componente pedagógica. Acreditam que deva existir, a figura de um técnico especializado (nas escolas) como parte integrante destes projetos.

Maria Olívia nos lembrou que história brasileira vai na mesma linha.

Blended Learning

Bento Silva deixou registrado que existe a tendência de utilização do uso combinado de atividades presenciais e a distância na maioria das instituições portuguesas. Identificamos, pelas manifestações no Chat, que o mesmo movimento ocorre no Brasil.


Encaminhamentos:

Devido ao interesse manifestado, durante o tópico 2 do Módulo 2 será aberto um espaço no Fórum para o debate sobre os projetos de uso de computadores portáteis na educação.


Link para o registro completo do chat:

http://saladeaulainterativa.pro.br/moodle/mod/chat/report.php?id=1993&start=1212958701&end=1212965470

 

Última atualização: domingo, 17 mar 2024, 23:00