Fórum “Conceitos e Relações entre Coreografias e Desenhos Didáticos”

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Fórum “Conceitos e Relações entre Coreografias e Desenhos Didáticos”

Número de respostas: 48


Fórum “Conceitos e Relações entre Coreografias e Desenhos Didáticos”


Caros passistas/cursistas,


Para reiniciarmos o ensaio dos nossos passos preparamos esta síntese das discussões no fórum objetivando retomá-las do ponto onde paramos.

Dentre as intervenções feitas até este momento no fórum, podemos destacar dois aspectos principais:

- o planejamento como parte fundamental para a coreografia didática;

- o professor como responsável por propor a coreografia aos alunos e ao mesmo tempo acompanhar a dança dos alunos.

No planejamento, entram as nossas estratégias, e para tal devemos tentar compreender com a maior profundidade possível o modo como os alunos aprendem em ambiente online.

Estas estratégias em ambiente online utilizam diferentes interfaces disponíveis, e por isso precisamos superar nosso desconhecimento da potencialidade dos recursos nos ambientes online.

Quanto ao professor, ele deve ser visto como um estrategista, saber propor a dança e dançar com seus alunos a coreografia didática utilizada. Para isto, precisamos ressignificar o papel do professor. Como somos seres incompletos, necessitamos ampliar as nossas aprendizagens nesta época de mobilidade. Para isto, precisamos aprofundar a epistemologia da prática docente online para propor os passos certos da coreografia didática.

Então, tomando por base as leituras sugeridas (Ensinagem na docência online, Nova Didática, Didática universitária, Competências docentes) vamos agora debater:

1. Como você compreende a sua prática a partir da analogia das coreografias didáticas?

2. Como podemos estabelecer uma relação entre a coreografia didática e o desenho didático?


Após apresentar sua compreensão e análise comente as contribuições dos colegas.

Em resposta à Primeiro post

Re: Fórum “Conceitos e Relações entre Coreografias e Desenhos Didáticos”

por Auxiliadora Padilha -

Oi pessoal,

Começando mais um módulo. O último desse curso. É com muito prazer que estamos propondo uma análise das coreografias do nosso desenho didático na docência online.

Como professora de Didática sempre penso que nós, professores, as vezes não dimensionamos as aprendizagens que desejamos que nossos alunos construam. Geralmente ficamos na dimensão do conteúdo e não pensamos exatamente nas habilidades (cognitivas, físicas, afetivas e sociais) que gostaríamos que nossos alunos desenvolvam a partir das estratégias de aprendizagem que propomos nas nossas aulas, cursos, módulos...

Como acredito que a Didática é uma 'metadisciplina', sempre me preocupo muito com esses 'pequenos detalhes' tão importantes no processo de ensinagem (desde o planejamento até a prática efetiva).

Sempre acreditei que de todos os títulos que recebemos 'professor facilitador', 'orientador', 'mediador', etc, o que mais se encaixava, pelo menos para mim, era o de 'estrategista'. Como gosto de organizar um processo de ensinagem pensando nas estratégias de aprendizagem dos meus alunos. Que ações eles irão realizar para atingir os objetivos propostos? Que habilidades irão mobilizar? Como irão relacionar, analisar, comparar, levantar hipóteses, sintetizar...?

Pois é, quando vi as Coreografias Didáticas pela primeira vez foi paixão a primeira vista!!! Me encontrei e encontrei minha Didática!

Sempre procurando 'dançar' com meus alunos e fazer com que eles dançassem da forma mais cadenciada e gostosa possível. Sempre digo a eles: "Amo ensinar e como isso me dá prazer tem que ser gostoso não só para mim como também para vocês".

Ensinar é seduzir, é pensar no outro e em suas características, particularidades, necessidades. É dessa forma (pensando neles, alunos) que escolho os passos da dança. Se eles preferem forró, frevo ou bolero... Se esses passos se adequam ao desenho didático do curso e da disciplina como um todo e em que parte da dança cada um se encaixa e colabora para que o espetáculo seja perfeito!

E vocês? Como preferem dançar?

Em resposta à Auxiliadora Padilha

Re: Fórum “Conceitos e Relações entre Coreografias e Desenhos Didáticos”

por Usuário excluído -

Oi Dora e todos os colegas

Também estou feliz de estar participando desse curso, em especial desse módulo. Concordo com você, ensinar é um algo mais...refletir o sentido da docência universitária é fundamental, eu ensino as disciplinas de metolologia da história I e II  e acho muito relevante pensarmos essa prática docente, o  seu contexto, a didática específica para universidade  baseada nas aprendizagens, nas coreografias, nesse conjunto que em cena apresenta os componentes visíveis  e  de alguma forma os aspectos invisíveis desses momentos da aprendizagem que envolve professor  e toda sua influência  nas questões mentais  que geram auto-regulação ,não apenas dos  estudantes,mas de todos os envolvidos nesse processo de ensinagem.

Para tanto, acho que planejar, antecipar esses passos da dança tem uma forte razão de ser, é pensar no educando sem esquecer do papel essencial do docente para o sucesso desse processo,então, hoje  qual seria esse papel docente na educação  presencial e em especial na educação onlline?

bj

Cláudia

Em resposta à Auxiliadora Padilha

Re: Fórum “Conceitos e Relações entre Coreografias e Desenhos Didáticos”

por Usuário excluído -
Generalizando, parece-nos que na proposição de um desenho para um curso se concentram grandes esforços em se detalhar os passos que o professor precisa percorrer para se efetivar o ensino, e por muito tempo, talvez, esta tenha sido a preocupação maior da Didática (PIMENTA & ANASTASIOU, 2002). Apesar de que, não em poucos casos, ainda permanece a preocupação com o conteúdo e com os passos do professor.

No entanto, sob perspectiva da ensinagem parece se buscar um certo equilíbrio, ou pelo menos, uma fusão no sentindo de que o ensino não o é em função de si e a aprendizagem não acontece sem ele. Ou seja, conforme Zabalza (2005) não se tratam de dois componentes que atuem independentes, pelo contrário, são dois momentos de um mesmo processo que atuam entre si, de maneira intrínseca.

Neste sentido, querendo desenvolver os meus primeiros passos no ritmo da ensinagem sob o sol das coreografias didáticas, que parece iluminar a fase interna e invisível do processo de aprendizagem visando facilitar aos docentes possibilidades de organizar sistemas de ensino adequados (ZABALZA, 2005), pondero e questiono como posso compreender este processo invisível em um ambiente online? Não seria isto complexo?
Em resposta à Usuário excluído

Re: Fórum “Conceitos e Relações entre Coreografias e Desenhos Didáticos”

por Usuário excluído -

Olá Rogério e colegas

É complexo sim, ressignificar esse nosso papel docente de ensinar,  porque já reconhecemos que a aprendizagem na educação online não depende apenas do aluno, por mais autônomos e colaborativos que esses atores sejam,  sabemos que a riqueza dos recursos e os meios tecnológicos sem competência comunicativa dos educadores deixa lacunas, o movimento de uma rica coreografia didática pode fazer a difença na ação mental dos estudantes, incentivar e problematizar para mobilizar as operações mentais necessárias é o que autores como Zabalza(2005) defendem.

O educador que pensa modelos de aprendizagem e apresenta diferentes situações de ensino,  respeita essas operações mentais dos aprendentes, reconhecendo o  seu próprio valor como elemento constitutivo fundamental nessa coreografia. 

Compreender esse processo mais invisível da aprendizagem, nos  leva a pensar das duas formas: como docente e como aluno online, essa talvez seja a grande contribuição de um maior investimento  dos docentes nos movimentos das coreografias didáticas, ou não,o que vocês acham?

Em resposta à Usuário excluído

"Conceitos e Relações entre Coreografias e Desenhos Didáticos”

por Usuário excluído -

Claudia, Auxiliadora, Rogério e equipe...

Bom ter este encontro (dançante) com esta equipe brilhante.

Foi bom inclusive conhecer alguns pessoalmente no EPENN.

Gostei bastante da provocação e da busca de identificar o processo de ensino-aprendizagem com a dança.

Pensando na proposta deste fórum fico a observar como nós, professores e professoras, ainda tem muita necessidade de estar "atrelado" ao outro, inclusive em relações de domínio e de poder.

Resignificar a prática docente requer uma análise também dos processos de domínio e de submissão. Creio que estars relações tem sua parte de implicação nos preconceitos em relação a Educação Online.

Rever as posturas didáticas, a cada dia, em cada aula, exige de cada um a percepção de que somos seres incompletos e que, nesta era da mobilidade, também precisamos compreender como as ondas e como as relações ocorrem, pois se não compreendemos estes processos seguimos numa contra maré. (recordando o vídeo de apresentação de vocês).

Um abraço, bem alagoano para todos!

Fernando Pimentel

Em resposta à Usuário excluído

Re: "Conceitos e Relações entre Coreografias e Desenhos Didáticos”

por Usuário excluído -

Oi Fernando

Que bom que você chegou!!! Suas contribuições são sempre preciosas,por sinal, você tráz  questões que mobilizam o nosso debate como os processos de domínio e submissão e a necessidadede rever tantas outras posturas  didáticas, em especial na Universidade .

É justamente de uma didática universitária, olhando para nossa docência  seja nos ambientes virtuais ou não, que precisamos ampliar cada vez mais , um olhar sem preconceitos que ajude a fortalecer a qualidade dessa docência, buscando maior conhecimento dessa dinâmica.

É verdade, apesar da nossa tamanha humanidade e capacidade de errar, a ensinagem vem exigindo cada vez mais competências docentes e habilidades bem específicas, desafios para os apaixonados pela educação online.

Po isso discutir as coreografias didáticas é, segundo o nosso autor de referência Zabalza( 2005) aprofundar aspectos teóricos, metodológicos e também da avaliação, indo além do foco na comunicação  e   mobilização dos recursos didáticos.

Sendo o papel do educador  propiciar essa ampliação das aprendizagens e também compreender as relações que ocorrem nesse processo,   em especial na educação online,como poderíamos acompanhar o movimento dançante das marés? 

 

Em resposta à Usuário excluído

Re: "Conceitos e Relações entre Coreografias e Desenhos Didáticos”

por Usuário excluído -
Claudia,

acompanhando nossas discussões e estudos sobre docência, andei navegando no blog da Prof. Ana Beatriz (UFPB) e encontrei o seguinte post/desabafo:

Ao ler o Jornal O Globo, me deparei com a seguinte notícia: Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica tem baixa procura. Segundo o jornal, "a baixa adesão dos professores da rede pública ao programa federal que oferece cursos gratuitos de licenciatura está preocupando o Ministério da Educação. Quinze dias após a abertura do prazo, apenas 3.488 profissionais fizeram a pré-inscrição pela internet, o que corresponde a 6,59% do total de 52.894 vagas que estarão disponíveis no segundo semestre deste ano". Levei um susto, pois recebi a informação sobre a Plataforma Paulo Freire, via e-mail, há menos de quinze dias, e olha que eu me conecto todos os dias com banda larga, tenho um blog, participo de várias listas etc e tal. Mas... e os professores da Escola Municipal Rosa Dias, em Poço Dantas, na Paraíba? Será que eles foram informados? Eles sabem como o programa funciona? Estão realmente a par dos objetivos da política pública? Observando o local de trabalho deles na foto, parece que não... Continuando a leitura, descubro que as inscrições foram abertas no período de férias dos professores, vão apenas até o dia 30 de julho e só podem ser feitas pela Internet! Ah, sim, agora que descobriram esses "imprevistos", resolveram veicular uma campanha na televisão, distribuir 500 000 cartilhas nas escolas (por que o nome "cartilha" pelamordedeus!?!?) e vão enviar e-mails para 250 000 professores. Leva a mal não, mas eu tenho a impressão que o programa (essencial, diga-se de passagem) foi elaborado por servidores que moram na Suíça. Como dizem nas Universidades (o "dizem", sujeito indeterminado, é proposital), o Brasil não é o Rio de Janeiro! Falta só sensibilidade para perceber isso...
(http://anabeatrizgomes.blogspot.com/)

Ou seja, precisamos rever nossas posturas como um todo, exatamente como você coloca referenciando-se em Zabalza...é urgente aprofundar para modificar algumas postura.

Segue então um questionamento para cada um de nós: por onde começar?
Em resposta à Usuário excluído

Re: Fórum “Conceitos e Relações entre Coreografias e Desenhos Didáticos”

por Helena Rodrigues de Sá -
Olá, Rogério!
Essa é realmente a parte mais complexa desse processo, perceber como os alunos aprendem em ambiente online. Como os autores do texto ENSINAGEM NA DOCÊNCIA ONLINE: UM OLHAR À LUZ DAS COREOGRAFIAS DIDÁTICAS ressaltam "a competência relacionada a este componente é a capacidade do professor identificar as fases que constituem esse processo e propiciar as condições para que os alunos mobilizem as operações necessárias para sua aprendizagem."

Quanto mais recursos e interfaces usarmos para que os alunos expressem seus pensamentos, dúvidas e conclusões sobre os fatos discutidos, mais poderemos avaliar a aprendizagem deles. Por essa razão, não há como improvisar constantemente no ambiente online, as estratégias devem ser exaustivamente pensadas para que possamos possibilitar um leque variado de opções para que os alunos entendam a coreografia proposta e dancem brilhantemente.
Você concorda?
Abraços,
Helena
Em resposta à Helena Rodrigues de Sá

Re: Fórum “Conceitos e Relações entre Coreografias e Desenhos Didáticos”

por Usuário excluído -
Oi, Helena e demais colegas!

Concordo contigo quando dizes que "as estratégias devem ser exaustivamente pensadas". Com certeza elas exercem um papel importantíssimo, seja no ensino online ou no presencial. No entanto, creio que precisamos ir além das estratégias que foram planejadas e constantemente avaliadas/replanejadas durante um curso, mas devemos considerar, também, as estratégias efetivamente utilizadas, ou seja, como a coreografia que foi executada, colocada em cena.

Neste sentido, apontamos (no texto principal dessa semana) para a necessidade de um olhar especial no sentido de melhor articular os recursos/ferramentas de um AVA com as estratégias pensadas. Por vezes encontramos em nossa prática em cursos online a falta de uma articulação adequada entre esses dois elementos, o que nos leva a uma das causas dos alunos dançarem nossas coreografias didáticas de uma forma que não os leve a desenvolver as competências conforme o esperado por nós.

No mais... sejam bem vindos ao nosso módulo. :)

[]s Kátia.
Em resposta à Usuário excluído

Re: Fórum “Conceitos e Relações entre Coreografias e Desenhos Didáticos”

por Usuário excluído -
Olá Kátia,

tanto você como Auxiliadora apontam para um problema da educação: planejamento. Tanto nas licenciaturas como nos momentos do "repensar" dos que já estão na docência há uma grande resistência para este elemento tão significativo.

Estou inclusive pensando no seguinte: muitas interfaces (como o blog, microblogs, fóruns, etc) perdem suas características principais - aquelas que os identificam - quando são transportadas para eventos educacionais. Muitos blogs tornam-se repositórios ou murais de avisos...
Não sou contra a maleabilidade das interfaces. Algo bem característico desta nossa era da mobilidade. Mas será que estas mudanças nas características das interfaces também são decorrentes da falta de planejamento dos que as utilizam? Ou seria uma desconhecimento das interfaces?

Já que o "dançar" docente exige conhecimento, será que estamos nos apropriando do conhecimento específico do que compõe a Educação Online? Ou estamos apenas fazendo transposição dos elementos da educação presencial?

Um abraço a todos.
Em resposta à Usuário excluído

Re: Fórum “Conceitos e Relações entre Coreografias e Desenhos Didáticos”

por Helena Rodrigues de Sá -
Olá, Kátia!
Entendo o que diz, não adianta pensarmos exaustivamente nas estratégias sem considerarmos as concepções que estão implícitas nessas ações. A articulação entre os dois elementos citados é fundamental.
Fernando discute o uso de interfaces que vem ao encontro de nossa discussão: pensar estratégias com interfaces, disvirtuando seus objetivos ou subutilizando-as é o que mais vemos por aí. O desconhecimento da potencialidade desses recursos/interfaces é um dos entraves para disponibilizarmos uma bela coreografia didática para nossos alunos.
Beijossss cariocas,
Helena
Em resposta à Auxiliadora Padilha

Re: Fórum “Conceitos e Relações entre Coreografias e Desenhos Didáticos”

por Usuário excluído -
Auxiliadora,

ler seus escritos ou ouvir sua voz é sempre um entendimento deste "seduzir" que você nos apresentar como verbo particular do ofício pedagógico. Digo isso também pelo simples fato de verificar sua paixão pela educação (em particular pela didática).

Só é capaz de seduzir quem está apaixonado... e é usando esta metáfora que podemos utilizar para compreender o que ocorre na nossa realidade brasileira.

No texto principal deste fórum vocês colocam algo especial, que estamos discutindo desde o início desta experiência: "As especificidades das práticas docentes no âmbito do espaço virtual e no nível do Ensino Superior acarretam modificações profundas nas compreensões sobre a didática e o processo didático neste nível de ensino".

Recordo-me então de Petters: não é só o fato de ser a distãncia que está em jogo! Tudo muda quando a realidade educacional está na Educação Online... Por esta razão ainda continuo defendendo que precisamos aprofundar a epistemologia da prática docente online.

Em resposta à Auxiliadora Padilha

Re: Fórum “Conceitos e Relações entre Coreografias e Desenhos Didáticos”

por Helena Rodrigues de Sá -
Olá, Auxiliadora e colegas!
Confesso que estou apaixonada pela forma com que a coreografia didática trata a articulação entre a docência, a discência e o desenho didático! Ainda não tinha lido algo que explicasse tão bem a relação existente entre esses três aspectos. A minha pesquisa no mestrado é entender como acontece essa articulação no ambiente online. A analogia que Zabalza apresenta é perfeita para pensarmos a docência, a discência e o desenho didático como elos que se interligam, não há como um funcionar sem o outro. Me fez lembrar de Morin quando ele fala da autonomia/ dependência.
Como é importante dançarmos com prazer, não é? Vejo que precisamos pensar em estratégias que vão possibilitar a melhor dança que nossos alunos podem dançar e não aquela que desejamos que eles dancem. Para isso, a antecipação, o primeiro nível citado por Zabalza é fundamental!

Abraços,
Helena


Em resposta à Helena Rodrigues de Sá

Re: Fórum “Conceitos e Relações entre Coreografias e Desenhos Didáticos”

por Auxiliadora Padilha -
Oi Fernando, Helena e demais coreógrafos desse desenho didático,

aqui na UFPE faço parte de um grupo que promove a 'atualização didático-pedagógica' dos professores da universidade. Os grupos de professores são formados por docentes de todas as áreas. São doutores e pós-doutores que chegam (a maioria) chateados (pra não dizer outra coisa) por terem que fazer um curso de atualização. Mas é interessante como todos eles trazem a mesma impressão dos meus 'meninos e meninas' (alunos) das licenciaturas diversas: de para que ensinar só precisa de um pouco de prática e um caderno de receitas...
E eu faço questão de lhes dizer isso. Eles não gostam, é verdade, mas eu digo! Depois, eles compreendem... (alguns mais, outros menos...)
Mas tudo bem... vamos caminhando, e cantando, e dançando...
E chegamos a uma reflexão importante que nos fazemos todos os dias e Cláudia nos reforçou acima: "é preciso repensar o papel docente". Se essa é uma máxima verdadeira para o ensino presencial, para o ensino online já é uma prática. Creio, Cláudia, que o nascimento da discussão sobre a docência online já traz em si essa máxima.
E o Fernando nos pergunta: "por onde começar?" E vejo que ele mesmo já responde: "é preciso aprofundar a epistemologia da prática docente online".
E, se não podemos pensar a docência separada da discência, então, é preciso lançar a luz sobre os passistas, pois como bem coloca Rogério, é preciso desvendar o processo invisível da aprendizagem dos alunos.
Nesse sentido, Helena nos apresenta a necessária competência do professor em propor os passos certos, talvez como diz Paulo Freire do "agir certo". Para isso, o professor tem que ser competente, tem que estar atualizado, tem que estudar, não apenas seu conteúdo específico, mas também o conteúdo didático-pedagógico.
Além disso, eu somaria mais alguns ingredientes: um bocado de paixão pela profissão, amor pelo outro, clareza do contexto social e ação política. Mais alguns?
Em resposta à Auxiliadora Padilha

Re: Fórum “Conceitos e Relações entre Coreografias e Desenhos Didáticos”

por Usuário excluído -

Oi Dora, Fernando  e colegas

Então vamos refletir sobre outros ingredientes dessa mistura inacabada da Docência, acho que além da formação, dos entraves das políticas públicas, da dívida social  que o nosso país tem com seus educadores, considero  que o ato de assumir a  própria identidade de ser PROFESSOR, apesar de tudo isso, é  ponto de partida para o reconhecimento desse  papel fundamental, como diz o professor Marco Silva "a sala de aula interativa não perde a autoria do mestre"  e Já tivemos a contribuição de tantos estudiosos,  Freire(1960)  já afirmava  em sua obra que o" Saber fazer- é - saber - ser- pedagógico"  e deu ênfase a rigorosidade metódica. 

Na discussão da  educação onlune  ampliamos esse leque de estudiosos como Moran(2000)que  considera o docente um mediador intelectual, emocional, gerencial ,comunicacional e ético. A mediação pedagógica nos ambientes virtuais não é simples, Gutierrez e Pieto ( 1994 )falam em qualidades, que o docente precisa possuir a clara concepção de aprendizagem; estabelecer relações  empáticas, partilhar sentidos...

Gostei muito também da palestra do Marco Silva aqui em Recife, ano passado durante a aula inaugural do nosso curso, ele levantou questões ligadas ao "Professorar online "e nos incentivou a  rever  práticas docentes na direção do um fazer educação cidadã na cibercultura, considerando ainda o professor como um provocador de situações que mobilizem a inteligência coletiva .

Considero  que estamos no caminho certo, porém inacabado, a contribuição das coreografias didáticas tráz um aspecto curioso, o  sentido  do silêncio dos estudantes, um outro aspecto que os docentes precisam refletir, o que acham? 

bjs

Cláudia

Em resposta à Usuário excluído

Re: Fórum “Conceitos e Relações entre Coreografias e Desenhos Didáticos”

por Usuário excluído -
Olá, Claudia e demais colegas.
Parece-nos que na euforia de ensinar os passos do frevo desenhamos coregrafias repletas de nossas vozes: novas atividades, novos passos, novos ritmos; nos quais predominam nosso próprio som.

Penso que o passista iniciante até mesmo sinta-se receoso em dar seus primeiros passos. Diante de tanto som, quando não ruído.

É então que considero apropriada a sua consideração com respeito ao silêncio como um elemento importante desse processo invisível e interno da aprendizagem.

Considero o silêncio, não no sentido de castração da fala, mas como a concepção de Zabalza (2005) de ouvir mutuamente, isto é, ouvir não apenas o outro mas a si mesmo.

Sendo assim, se é bem verdade que o estudante precisa de momentos de silêncio para construir a aprendizagem, não precisaria o professor também se silenciar para compreender o que os alunos dizem, escrevem e produzem?
Em resposta à Usuário excluído

Re: Fórum “Conceitos e Relações entre Coreografias e Desenhos Didáticos”

por Usuário excluído -

Olá Rogério e pessoal

Acho que o silêncio nesse outro sentido,  do invisível, da cognição, poderia ser  visto na óptica desses dois atores: o próprio professor, no momento que começa a pensar nas ações, criar os desafios através das problematizações e ao mesmo tempo imaginar as formas que os estudantes poderiam resolver os problemas  propostos e colocados em cena. Sabendo que cada educador tem seu estilo de ensinar e seus alunos suas diversas formas e ritmos de aprender. Observar essas interpretações e seus  significados  é algo que necessita de diálogo,mas ao mesmo tempo do respeito a esse silêncio interno.

No caso dos discentes, o silêncio possibilita identificar elementos, da sua experiência para formular hipóteses que aos poucos podem ir  aprimorando e confirmando nesse intercâmbio de  sons e silêncios, no caso da educação online, vencendo as distâncias do físico e psicológico. O que você e os colegas acham?

  

Em resposta à Auxiliadora Padilha

Re: Fórum “Conceitos e Relações entre Coreografias e Desenhos Didáticos”

por Fábio Kalil de Souza -

Olá Auxiliadora e demais colegas!

             Embora chegando com certo atraso, felizmente meu bonde chegou ao destino: este fórum. E meus primeiros passos são no sentido de tocar na questão da motivação para aprendizagem discente. Penso ser esta um tema caro à docência online. Como estamos tratando de estratégias da ensinagem online, discutindo possíveis "coreográfias didáticas", é pertinente pensá-las considerando na insentivação docente (HAYDT, 2003). Trago mais perguntas que respostas.

Como não existe uma teoria geral para motivação da aprendizagem, uma vez que se trata de um processo psíquico, portanto intrínseco ao sujeito, estimular a motivação do educando requer um conjunto de habilidades e saberes pelo docente que, no mínimo, podem despertar o interesse dàquele ao que este propõe. Que caminhos trilhar nesse processo de insentivação dada a heterogeneidade do público? Poderíamos falar que existe um didatismo para quase todos no sentido de promover motivação para o aprender? Caso sim, de que maneira? Como motivar a participação em fóruns e chats num terreno colonizado por pouca motivação? Em que medida as tecnologias digitais podem mudar o que pensamos e/ou fazemos no tocante à motivação? E o que dizer da motivação na sala de aula virtual, a exemplo do Moodle? Quais seus limites e potencializadas para o professor? Como pensar motivação para aprendizagem considerando a "geração net"? Essas são questões iniciais que tem a ver, sem dúvidas, com muitas de nossas vivências.

O que os colegas pensam a respeito? Seria possível socializar experiências nesse horizonte?

Att,

Fábio Kalil

Em resposta à Primeiro post

Re: Fórum “Conceitos e Relações entre Coreografias e Desenhos Didáticos”

por Auxiliadora Padilha -
olá pessoal,

Nós do PPGE Educação Matemática e Tecnológica da UFPE, estamos lhes convidando para fazer parte dessa coreografia.
Agora é hora de analisar os passos dados e sistematizar as idéias.
Vamos conosco nessa 'frevança'.
Bem vindos!
Em resposta à Auxiliadora Padilha

Re: Fórum “Conceitos e Relações entre Coreografias e Desenhos Didáticos”

por Usuário excluído -
Durante a leitura dos textos e das discussões refleti sobre a experiência que estou tendo e gostaria de compartilhar com vocês. Estou observando em minha pesquisa quatro professores (tutores) que compartilham ao mesmo tempo uma disciplina. Toda semana eles se encontram e discutem, apontando os problemas e as soluções para o grupo, desde mensagens malcriadas dos alunos a avaliação. Em conjunto e trocando experiências eles encontram novas estratégias e mostram as dificuldades. O que me deixa mais encantada é na harmonia do grupo. Possuem formação e idades diferentes, mas compartilham os mesmos problemas. Na instituição tem a mesma disciplina on-line e fico pensando, como o professor consegue construir estratégias sozinho para esta disciplina? Opa!! No ensino presencial a solidão é de todos. Estou tendo a oportunidade de ver o fim de uma solidão disciplinar. Acredito que através do diálogo com o outro, como foi mencionado por vocês, encontramos caminhos diferentes e mais eficazes para o ato de ensinar, novas estratégias, novas coreografias.
Em resposta à Usuário excluído

Gente, parece que estamos sem forças para dançar esse frevo...

por Marco Silva -

Estou tocado pelo entusiasmo da Equipe da UFPE. Esse pessoal retado (ou arretado?) de PE está insistindo em nos levar para o Frevo, mas parece que há o recesso inquistionável de julho...

Frevo exige bom preparo físico... parece que o semestre letivo de 2009.1 nos deixou necessitados de um repouso merecido.

Assim, estou sugerindo a todos e todas que adiemos este Frevo para agosto. Pergunto à Equipe da UFPE se aceita esta proposta de adiamento.

Aguardo a posição de vcs. Enviei email para a Auxiliadora propondo este adiamento. O que acham?

Forte abraço, Marco

Em resposta à Marco Silva

Re: Gente, parece que estamos sem forças para dançar esse frevo...

por Auxiliadora Padilha -
Olá pessoal,

concordamos com Marco de que a maioria dos participantes do Docência Online deve estar de férias em julho e, como sabemos, nas férias aproveitamos para colocar muitas coisas em dia e apenas a última semana deixamos pra descansar não é?
Como o início do semestre também é pesadão, sugerimos reiniciar nosso módulo a partir da segunda semana de agosto (10 de agosto), para dar tempo de todo mundo se organizar, respirar e tomar fôlego para a frevança.
Que tal?
Aguardamos, pois, todos os participantes desse hiper projeto para reiniciarmos o módulo 13 no dia 10 de agosto, com 'todo o gás'!

Abraços a todos e 'inté'!

Auxiliadora e Equipe do PPGE EDUMATEC
Em resposta à Auxiliadora Padilha

Re: Gente, parece que estamos sem forças para dançar esse frevo...

por Auxiliadora Padilha -
Olá pessoal,

Nós, do Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática e Tecnológica EDUMATEC/UFPE estamos reiniciando nosso módulo 13 sobre coreografias didáticas e educação online.

Notamos que muitos dos participantes estão entrando no ambiente mas não estão participando da discussão. Gostaríamos, então, de saber se há algum problema de acesso ao fórum ou aos textos.

Na 'semana pré-carnavalesca' de nosso módulo (07 a 10 de julho) apenas Fernando Pimentel e Helena Rodrigues, além de nosso próprio grupo participaram das discussões.

A participação de tod@s é muito importante para a continuidade dessa relação que estamos procurando estabelecer entre o que Zabalza chama de Nova Didática e a modalidade online.

E então? Vamos lá pessoal?
Em resposta à Auxiliadora Padilha

Re: Gente, parece que estamos sem forças para dançar esse frevo...

por Usuário excluído -

Durante o carnaval em Olinda, enquanto os foliões ainda estão dormindo tem um bloco que acorda o povo, que se chama  " A CORDA". O bloco sai com um grupo dentro de uma corda e que fica gritando, ladeira abaixo e ladeira acima: A CORDA, A CORDA...

Depois da volta das férias, acho que os nossos foliões virtuais ainda estão dormindo...

Que tal formarmos uma grande corda virtual e gritarmos: A CORDA, A CORDA... Será que os foliões virtuais acordam?

Bem, vou começar:

A CORDA, A CORDA, A CORDA...

Veja vídeo do bloco:

http://www.youtube.com/watch?v=1lGGh_NyT84

Em resposta à Usuário excluído

Re: Gente, parece que estamos sem forças para dançar esse frevo...

por Usuário excluído -
A CORDA, A CORDA, A CORDA,
A CORDA, A CORDA, A CORDA,
A CORDA, A CORDA, A CORDA,
A CORDA, A CORDA, A CORDA,
A CORDA, A CORDA, A CORDA,
A CORDA, A CORDA, A CORDA,
A CORDA, A CORDA, A CORDA,
A CORDA, A CORDA, A CORDA,

Que tal um outro vídeo do bloco
http://www.youtube.com/watch?v=MzxtbGWUm-A&feature=related
Em resposta à Usuário excluído

Re: Gente, parece que estamos sem forças para dançar esse frevo...

por Auxiliadora Padilha -
Oi pessoal,

Engrossando o coro!!!
ACORDA! ACORDA! ACORDA!

Frevo do Galo
Letra: Fernando Azevedo Música: Paulo Gama e Fernando Gama

Acorda Recife, acorda
Que já é hora de estar de pé
Levanta, o carnaval começou
No bairro de São José


Vem, vem meninada
Vem conhecer o Galo da Madrugada


O Galo vai desfilando
Com beleza e harmonia
E o Enéas comandando
E mostrando a alegria, de um carnaval
Que basta brincar um dia


Vem, vem meninada
Vem conhecer o Galo da Madrugada


Se você desfilar esse ano
Nunca mais vai esquecer
Do Padre Floriano
E no bairro de São José
O Galo é quem vai cantar
E o Galo é quem vai mandar
Em resposta à Auxiliadora Padilha

Re: Gente, parece que estamos sem forças para dançar esse frevo...

por Marco Silva -

Dizem que esse pessoal do Recife, acostumado ao frevo, tem uma animação retada. Não é de hoje que eles estão nos convidando para o Galo da Madrugada.

Bora lá gente. Venham ver as alegorias deles. Venham ouvir sua música.

Aos poucos, vamos retomando os trabalhos. Vamos conhecer o desenho didático deles. Vamos interagir com eles. Eles estão inquietos sentindo nossa falta.

Cada equipe adotou sua estratégia de mobilização inicial. Quase sempre retomando aspectos da cultura local, com muita espirituosidade.  O temas dele é frevo. Iniciam com um vídeo que ensina os primeiros passo do frevo.

Vamos nessa gente!!! Vamos tentar? Vamos para nosso ultimo fôlego nesta pesquisa.

abrs e beijos

Marco

Em resposta à Auxiliadora Padilha

Re: Gente, parece que estamos sem forças para dançar esse frevo...

por Usuário excluído -

pmadrugada

Olá Auxiliadora e equipe!

Vamos acordaaannndddoooo e entrando no frevo.

Bom podermos retomar, com muitas atividades inerentes ao processo educativo, mas sempre nos instigando a compreender como se faz e como se dá esta "dança", como se dá esta coreografia...

 pintodamadrugada2.jpg

E, daqui de Maceió, colocamos o "Pinto da Madrugada" (Filho do Galo da Madrugada) para dançar neste frevo! Vamos nessa... Acorda! 

Em resposta à Usuário excluído

Re: Gente, parece que estamos sem forças para dançar esse frevo...

por Auxiliadora Padilha -

Oi Marco, Fernando e demais colegas,

será que o pessoal já cansou?

Não conhecia o 'Pinto da Madrugada' Fernando, vou procurar aprofundar meus conhecimentos sobre ele. rsrsr

Bom, gente, como só temos até o dia 31 de agosto e tinhamos dividido nosso módulo em 4 semanas e a primeira já se repetiu, vamos ter que redimensionar os períodos para as atividades.

Nesta semana (que passou) cada grupo também deveria realizar a seguinte atividade, além de participar do fórum:

1. A partir do módulo que o seu PPGE ministrou nesse curso, identifique os objetivos de aprendizagem (habilidades a serem desenvolvidas sobre um determinado conteúdo) que o planejamento do seu PPGE definiu para que os cursistas atingissem e relacione com as estratégias colocadas em cena para tal.

Para realizar a atividade identifique no planejamento do seu módulo os objetivos de aprendizagem, conceitos, habilidades e estratégias. Como o seu PPGE ‘pensou os passos da dança’?

Esta atividade refere-se ao que Zabalza (2006a) identifica como o primeiro passo da coreografia didática do ensino: a antecipação - os docentes antecipam o resultado da aprendizagem que desejam que os seus estudantes adquiram (objetivos, conceitos e habilidades) e iniciam a planificação das atividades de ensino (estratégias) que consideram pertinentes a esse resultado (PADILHA e outros, 2009). Cada PPGE deverá postar no fórum da segunda semana o resultado dessa identificação (antecipação).

O fórum para postagem dessa atividade será aberto na quinta-feira.

Após essa postagem cada cursista deve fazer uma análise de sua coreografia. Daremos mais informações sobre isso em uma próxima mensagem.

Vamos lá, esperamos você!!

Em resposta à Auxiliadora Padilha

Re: Gente, parece que estamos sem forças para dançar esse frevo...

por Usuário excluído -
Olá pessoal, estou entrando pela primeira vez e veijo que a turma está animadíssima, parabéns pela organização e participação do grupo... Estarei lendo o material para poder dar minha contribuição, abraços a todos, Lina Nunes
Em resposta à Usuário excluído

Recomeçando...

por Auxiliadora Padilha -
Oi Lina,

que bom que você chegou. Contamos com sua participação sempre competente e instigante.
Em resposta à Auxiliadora Padilha

Re: Recomeçando...

por Usuário excluído -
Pessoal do frevo...
Gostei muito da idéia de rever as coreografias didáticas de nossos módulos. É oportunidade de analisar e avaliar como planejamos cada módulo e repensar nossas ações para encontrar os rumos da docência online.
Temos lido muitos depoimento que mostram o quanto é difícil alcançar a participação de todos os "alunos" nas atividades propostas. Daí a relevância de incansavelmnte aprimorar nossas coreografias, com frevo ou sem frevo...
Estarei revendo o que pensamos como ações do módulo que podem atrair a participação dos "alunos"- aprendizes professores, isto é todos nós que pretendemos ao terminar o curso termos algumas metas, algumas certezas, mas muitas dúvidas ainda para prosseguir em nossas atuações docentes.
Vamos participar quanto pudermos para chegarmos ao final que desejamos...Lina Nunes
Em resposta à Usuário excluído

Re: Recomeçando...

por Usuário excluído -

Olá equipe : estou entrando nessa conversa um pouco tarde pois estava cheia  de atividades acadêmicas...

Achei muito interessante esse primeiro texto disponibilizado por vocês intitulado : ENSINAGEM NA DOCÊNCIA ONLINE: UM OLHAR À LUZ DAS  COREOGRAFIAS DIDÁTICAS e a analogia com  a mensagem inicial dessa equipe do  frevo...Achei interessante a definição de coreografia . (..) Para nós, coreografias são a possibilidade de "aplicar ou explorar os meios e condições favoráveis e disponíveis, visando a efetivação da ensinagem" (ANASTASIOU; ALVES, 2006, p. 68).

Em resposta à Usuário excluído

Re: Recomeçando...

por Auxiliadora Padilha -
Oi Lina e Maria Olivia,

que bom que vocês chegaram.
Para nós está sendo um grande desafio discutir as coreografias didáticas em nossas práticas online. A Ensinagem é a categoria principal desta 'dança'. Já nos dizia nosso grande mestre Paulo Freire: "Não há docência sem discência".
Como vocês vêem a organização das coreografias didáticas nos desenhos didáticos para cursos online? Em que perspectiva estamos pensando e realizando nossos cursos? Na perspectiva do ensino, da aprendizagem ou da ensinagem?
Abraços
Em resposta à Auxiliadora Padilha

Re: Recomeçando...

por Usuário excluído -
Auxiliadora,
A leitura do texto sobre Ensinagem na Docência online ratifica a importância do curso que estamos organizando e vivenciando. As relações entre ensino e aprendizagem, o destaque induscutível da seleção de procedimentos didáticos para a prática do professor, a valorização do planejamento das atividades e o acompanhamento passo a passo da trajetória do aluno mostram como a docência é uma atividade preciosa, plena de surpresas que precisamos percorrer passo a passo.
Realmente nem todos os professores estão preparados para esse percurso... Muitos planejam suas atividades sem refletir sobre a importância de cada uma e alguns nem pensam como realizá-las, mas deixam "o barco correr".
É oportuno refletir sobre as coreografias didáticas e suspeitar cotidianamente das estratégias que estamos utilizando, com o objetivo de obter o máximo de participação dos nossos alunos.
Gostei muito da forma como estão encaminhando esse módulo, que sucedeu a um período em que ficamos afastados... Os recursos aplicados estão nos trazendo de volta...Lina Nunes

Em resposta à Usuário excluído

Re: Recomeçando...

por Usuário excluído -

oi Pessoal,

De fato tirei 9 dias de férias e depois estava em dois congressos ótimos e me dediquei a eles e a conhecer as cercanias.... E então julho se foi. Com o recesso da gripe suína, tentei por tudo atrasado em dia... mas só hoje tive tempo para ler o texto ensinagem, as mensagens dos colegas (com alguma calma) e pensar que tinha algo a dizer... em relação à tarefa proposta e ao texto que li e isso já no meio do mar usual de aulas, e planos de reposição de outras. 

Me parece que há uma tensão fundamental na educação online, em especial na assíncrona. A preparação e a ênfase na aprendizagem (ensinagem). Se preparamos tudos e temos que ter módulo preparados, criamos um roteiro com ênfase no que queremos ensinar ou no que planejamos ensinar. Bom.. mas algo do que preparamos em nosso módulo, não pegou.. e por outro lado a maça/laranja (larança) gerou idéias, fantasias... e idéias novas... O nosso grupo, de acordo com a participação, esticou módulos, abreviou outros, etc... .mas é claro que fazemos isso dentro de um "curso com currículo livre". Como fazer isso, em cursos online com as usuais pressões sociais é um desafio, para quem tem que planejar mais, e quer centrar na aprendizagem.

Saídas? A interação.... é mais como? Talvez tenhamos que ter outros casamentos entre o síncrono e o assíncrono para outros tipos de curso, ou consigamos implantar ementas menos rígidos em nossas ementas.

Bom vai ver que essa tensão só é sentida por mim...

abraços,

marcelo c. borba

Em resposta à Usuário excluído

Re: Recomeçando...

por Auxiliadora Padilha -
oi Lina, Marcelo, Marco e pessoal,

Essa tensão Marcelo, podemos sentir não apenas no ensino online. Acredito que também a vivemos no ensino presencial (pelo menos quem tem a sensibilidade de percebê-la).
É a natural tensão da 'colocação em cena'. Sempre tem algo que planejamos, mesmo com toda atenção à diversidade de estilos dos alunos, que não 'anda conforme a música'. E precisamos flexibilizar a antecipação (planejamento). Isso não é tão natural?!?!
Mas você nos chama atenção para a espcificidade da tensão entre o que síncrono e assíncrono e em um tipo de curso mais 'engessado'. Creio que, por mais engessado que seja o programa do curso, a prática docente sempre arranja um meio de 'dessamarar ou afrouxar os nós', deixando os alunos aprenderem mais livremente. Será?!?!
Entretanto, isso só acontece se temos clareza de que nossa prática não é 'pura' e não estamos fechados em apenas uma única forma de aprender/ensinar.
Um dos problemas é que a regulamentação da política educacional não acompanha os avanços da prática nas salas de aula e ainda procura trabalhar na lógica do ensino/aluno/professor/escola ideal.
E então, conforme Peter McLarem (1997), "o resultado é que as escolas - frequentemente vistas como agências socializadoras que ajudam a sociedade a 'produzir' cidadãos inteligentes, responsáveis, comprometidos e preparados - tornam-se instituições estranhas e perturbadoras, que não somente 'ensinam' os sujeitos, mas também 'produzem' seres humanos incapazes de reflexão e que, em suas atividades diárias, representam ideologias da cultura dominante" (p. 196).
Isso significa que precisamos pensar que a lógica não é 'eu ensino e o aluno aprende'. E talvez, 'o aluno aprende (assim, assim, assim...) então, eu preciso ensinar (assim, assim, assim....).
Dessa forma, talvez nossas tensões sejam menores, pois já contaremos com a diversidade e as prováveis mudanças durante a dança, procurando uma coreografia mais original do que simplesmente reproduzida de algum roteiro pré-determinado.
O que vocês acham pessoal?
Abraços
Em resposta à Usuário excluído

Re: Recomeçando...

por Marco Silva -

Marcelo, de fato, os cursos pre-fabricados impedirão a plasticidade necessária em educação e na vida. Se o pre-fabricado for pacotes fechados será ainda pior. O tutor certamente não terá a menor chance de incluir alguma autoria. O docente mais livre talvez.

O que a equipe da UFPE valoriza como “antecipação” é super válido. Não tenho dúvidas. Chama-se planejamento. O problema é quando este planejamento é estático. Aliás, o bom planejamento é flexível. Permite alterações no processo.

Então, Marcelo, as pressões não serão exatamente “sociais”, mas sim das direções dos núcleos de EAD nas IES, dos gestores implacáveis.

Como diz Auxiliadora, este não é um problema presente somente na Educação Online ou na EAD. Está tb na educação presencial.

Abrs, Marco

Em resposta à Auxiliadora Padilha

Re: Recomeçando...

por Marco Silva -

Olá Auxiliadora, olá equipe UFPE

Muito interessante o tema "coreografias didáticas" Os professores organizam coreografias (estratégias de aprendizagem ) "que 'postas em cena' orientam o processo de aprendizagem dos estudantes".

Muito interessante o tratamento que vcs dão às "coreografias" como possibilidade de "aplicar ou explorar os meios e condições favoráveis e disponíveis, visando a efetivação da ensinagem"

Destaque para os trechos:

  • "Uma analogia entre o que acontece em uma sala de aula e o que acontece nas coreografias do mundo do teatro e da dança, onde o diretor (professor) marca os tempos, ritmos, passos e espaços, estabelecendo assim as coordenadas a partir das quais o artista (estudante) vai desenvolver suas capacidades pessoais."
  • "O professor não está dirigido somente ao ensino mas também à aprendizagem . Além disso, isso quer dizer que: o que fazemos não é só ensinar, mas é um trabalho vinculado a como os estudantes aprendem; ao tipo, estilo e forma como os estudantes aprendem. Isso é o que podemos chamar de coreografias"

  • As coreografias são definidas principalmente pela "experiência e habilidade do professor de estabelecer os passos das coreografias, ou seja, a articulação entre as estratégias de aprendizagens, os estilos cognitivos dos alunos, as condições do contexto e também a sua própria destreza em conduzir os estudantes na dança".

  • "As coreografias didáticas dizem respeito a todo o movimento que professor e alunos fazem no sentido da ensinagem. Nessa coreografia, enquanto movimento, cabe tanto ao professor quanto ao aluno desenvolvê-la em função de um dado planejamento, que é o desenho didático escolhido para a ensinagem."

De fato, uma rica metáfora em favor do desenho didático bem planejado e previamente estruturado à base de estratégias, com base na intensionalidade da aprendizagem e a partir do perfil cognitivo dos cursistas.

Abrs. Marco

Em resposta à Marco Silva

Re: Recomeçando...

por Auxiliadora Padilha -
Oi pessoal,

fiquei pensando em como seria uma coreografia didática online na perspectiva da docência compartilhada que realizamos (professor conteudista, executor, tutor, desenhista, etc...)?

Então segue a questão para todos.
Abraços,
Em resposta à Auxiliadora Padilha

Re: Recomeçando...

por Marco Silva -

Auxiliadora, o que vc chama de "executor"

bjs, Marco

Em resposta à Marco Silva

Re: Recomeçando...

por Auxiliadora Padilha -
oi Marco,

'executor', em alguns modelos de cursos aqui, é como chamamos o professor que vai ministrar a disciplina que foi desenhada por outro (conteudista).
Abraços,
Em resposta à Auxiliadora Padilha

Re: Recomeçando...

por Usuário excluído -
Marco fez uma indagação sobre o que é executor que Auxiliadora respondeu, porém eu gostaria que refletíssemos sobre o que Auxiliadora colocou anteriorment sobre docência compartilhada. Suponho que Auxiliadora se refere à possibilidade de todos os que estão à frente do grupo compartilharem suas atividades, buscando articular as ações , cooperando com a coreografia e os desenhos didáticos. Para tal seria indispensável que todos estivessem continuamente em contato, trocando idéias e analisando e avaliando suas ações para alcançar os objetivos pretendidos para os diferentes momentos da aprendizagem...
Suponho que não é fácil, no entanto se a equipe tem essa meta e se propõe a alcançá-la poderá chegar lá. Assim creio que no caso desse momento do curso que estamos vivenciando, como todos somos aprendizes e professores precisamos estar atentos e compartilhar nossas dúvidas e nossas certezas a cerca dos conteúdos propostos.
É isso Auxiliadora?
Lina.
Em resposta à Usuário excluído

Re: Recomeçando...

por Sérgio Abranches -
Oi, Lina e demais pesquisadores on line,
para mim, a coreografia didática on line compartilhada tem trazido um desafio que mexe com várias "tradições" da nossa formação de professores: planejar e compartilhar, juntos.
Explico melhor: nossa formação para a docência, salvo as famosas exceções, nos fez saber "preparar e aplicar" e não "planejar e compartilhar". Ou seja, fomos formados para saber fazer algo específico e individual e depois colocá-lo na prática, com um metodologia determinada.
A coreografia didática on line compartilhada nos faz começar por um outro ponto, que é o planejamento, diferente para mim do simples preparar. E também planejar de forma compartilhada, ou seja, assumindo juntos pontos e propostas didáticas. Aí, reside boa parte de nossa dificuldade, pois não se trata somente de uma prática que está sendo alterada, mas de uma concepção (que demanda uma nova prática) que vai se impondo na atualidade.
Por isso, a questão que Marcelo coloca é pertinente, não só porque nos faz refletir sobre uma relação específica neste universo didático - a questão da "sincronicidade" nas nossas práticas - mas porque mexe com nossa forma de planejar.
Olhem os passos do frevo, vejam como são bonitos, harmoniosos, mas precisam ser constantemente "negociados" no meio da dança, ou seja, não dá só para preparar os passos, precisa planejar a dança, e no meio da multidão saber negociar os espaços e os tempos para poder dançar.
É isso aí!
Em resposta à Sérgio Abranches

metafora do frevo

por Usuário excluído -

prezado Sergio,

obrigado por usar o frevo como metafora para deixar bem mais clara a ideia que quis expressar. Concordo com os colegas que mencionaram que a questao que levantei tambem se da no presencial e tem razao...mas o online, nos ja dissemos exige esse planejamento antecipado.. e a sincronicidade por ser o caminho para acertar o passo do frevo...

 

abracos,

marcelo c. borba

Em resposta à Primeiro post

Re: Fórum “Conceitos e Relações entre Coreografias e Desenhos Didáticos”

por Usuário excluído -

Olá, a todos,

Achei excelente a idéia desta analogia com a coreografia didática e vejo a pertinência relacional nestes aspectos. Pois, como diz Rubens Alves, quiçá, que as propostas curriculares das escolas e sua ações didáticas e curriculares conseguissem se igualar as escolas de samba que se preparam o ano inteiro e no carnaval saem na Apoteose e fazem um show integrando todos os seus participantes num brilho e resultados sem igual e com envolvimento, magia, resultados.....

Com isso a relação é uma simbiose que está diretamente relacionada com saberes docentes, planejamento, estratégias, mediação e resultados...

Os colegas estão apresentando idéias muito interessantes que com certeza vão ampliar ainda mais nosso foco de visão, compreensão e ação.

Vamos que vamos.......

Em resposta à Usuário excluído

Re: Fórum “Conceitos e Relações entre Coreografias e Desenhos Didáticos”

por Helena Rodrigues de Sá -

Elizete e colegas,

Realmente, o planejamento,  item de nossa discussão nesse momento,  me parece uma questão bem cara dentro de qualquer curso. Tratando-se de um curso online fica ainda mais! Trabalho com o ensino fundamental e não desejo deixá-lo, pois é nesse espaço que reponho minhas energias pedagógicas. Explico... compartilho com mais três colegas o planejamento das disciplinas de matemática e de ciências. A antecipação, ou seja, o planejamento, se faz com quatro cabeças, reunindo idéias, experiências positivas e negativas, saberes, enfim. Compartilhar, ceder, pensar, repensar, se calar, ouvir, falar não são tarefas fáceis, se tratando de quatro profissionais com bagagens culturais diferentes. O exercício que fazemos a cada planejamento em aprender, independente de nossa experiência, nos fortalece como pessoas e como grupo. Sei que é um privilégio trabalhar dessa forma. Esta forma de trabalhar eu já não encontro no Ensino Superior. É meio solitário o trabalho docente...

Trabalho em um colégio com tradição em colocar os alunos dentro das melhores faculdades do Rio de Janeiro. Entretanto, temos liberdade em planejar e refazer o que não deu certo ao longo do ano. A pressão existe em cumprir os conteúdos planejados. Afinal de contas temos um contrato com os pais. Mas há o replanejar! Redefinir percurso!  Conheço outros professores que não possuem o privilégio de refazer percurso, pois o planejamento é um pacote fechado, que tem que ser feito haja o que houver!

Como disse Marcelo, em seu módulo algumas coisas que planejaram não “pegaram”, em contrapartida nasceram outras e, por essa razão, esticaram, abreviaram etapas, como deve ser a postura/mediação do docente que percebe para onde a dança está caminhando e replaneja a coreografia para que esse novo rumo também dê bons frutos, bons passos.

Vejo os cursos online nesse mesmo dilema. Quando são pacotes fechados, como falou Marco, e levados adiante por tutores sem a menor autonomia, autoria não há negociação, mesmo quando se percebe que os alunos não estão indo adiante.

Acredito que em qualquer modalidade teremos esses problemas. É claro que no online essa questão se agrava.

Gosto de ser realista. Há cursos de todos os tipos. Cabe aqui nos posicionarmos em que tipo de curso queremos pensar ou idealizar. E dentro das limitações de cada curso já existente, o que podemos avançar para criar uma coreografia que possa ser dançada naquele palco e por aqueles alunos. É na adversidade que a criatividade aflora! Como ressaltou Auxiliadora “a prática docente sempre arranja um meio de 'desamarrar ou afrouxar os nós', deixando os alunos aprenderem mais livremente.”

Abraços,

Helena