Oi colegas!
A mediaçaõ pedagógica foi uma das categorias que emergiram na minha pesquisa sobre os saberes docentes. Trago aqui a contribuição de alguns autores do cenário educacional, para enriquecer nosso debate.
Fontana (2005), ao discutir sobre a temática da mediação pedagógica apoiada nas idéias de Vygotsky, afirma que os conceitos espontâneos e os conceitos sistematizados estão em constante articulação e transformação. Para ela, diante de um conceito sistematizado desconhecido, o sujeito passa a significá-lo aproximando-o de outros signos já conhecidos e internalizados. Em relação aos conceitos espontâneos, a autora destaca que estes podem favorecer a aproximação ao conceito sistematizado, criando uma série de estruturas fundamentais para a evolução dos conceitos mais elementares. É nesse cenário, que a mediação docente torna-se fundamental, ao promover situações de aprendizagem que favoreçam o desenvolvimento de novas habilidades.
Maheu (2000) assinala que a mediação, além de inserir-se no âmbito da prática pedagógica, tendo o professor como mediador, abrange também a dimensão sociopolÃtica, num mundo que reclama por transformações e justiça social. Neste contexto o professor, na sua arte de ensinar, media essas relações mais amplas, assim como as relações que se fazem presentes no cotidiano do magistério, naquilo que tem de mais essencial: a relação entre os alunos e os objetos de conhecimento.
 Para essa autora, a mediação do professor deverá incluir três aspectos fundamentais: o domÃnio do saber, o saber didático (que organiza e possibilita a aprendizagem) e o saber sensÃvel e lúdico, que faz do educador para além do sujeito polÃtico que é, um artista, um criador.
Na educação online essa preocupação com a mediação se torna mais evidente, pois a separação fÃsica educador – educando vem exigindo novos arranjos pedagógicas com a utilização das tecnologias da informação e comunicação, que não mais se baseiam em contatos pessoais em sala de aula, mas em atividades docentes indiretas, pautadas nas tecnologias da informação e da comunicação, através de e-mail, chat, fórum etc, num diálogo permanente, na troca de experiências, na orientação das dificuldades individuais dos alunos, bem como na construção de situações problemas e desafios que suscitem a discussão do grupo, tendo como foco principal as diversas interfaces envolvidas.
Agora questiono: Será que qualquer profissional pode ser um mediador? Será que a terminologia "tutor" não vem desprofissionalizar o nosso papel de profissionais da educação?
Socorro Cabral