Café com pão de queijo

Café com pão de queijo

Café com pão de queijo

Número de respostas: 44

café com pao

 

Caros colegas, o fórum de ambientação de nosso módulo tem como proposta o levantamento de questões preliminares sobre a temática e expectativas quanto ao curso e busca favorecer a integração entre os diferentes grupos de pesquisadores. A música Comida (Titãs) será o mote para iniciarmos essa conversa. Depois de ouvi-la procure refletir sobre as duas questões que ela suscita para se pensar o tema central do módulo: ‘’Você tem fome de quë? Você tem sede de quê?”.

Equipe da UFJF

Em resposta à Primeiro post

Re: Café com pão de queijo

por Marco Silva -

Belíssima provocação! E para ir salivando ao assunto, vou logo dizendo:

  1. Tenho fome da "abordagem histórico-cultural" desenvolvida pela Maria Teresa Freitas com base em Bakhtin e Vygotsky.
  2. Tenho sede da abordagem desenvolvida pelo LIC sobre o computador e a internet como "instrumentos culturais de aprendizagem".

Se a primeira estação traz este enfoque teórico, quero saborear essa comida e essa bebida bem mais do que café com pão de queijo, que adoro, como bom mineiro que sou.

Seja bem-vinda equipe do PPGE da UFJF!!!

Forte abraço,

Em resposta à Marco Silva

Re: Café com pão de queijo

por Usuário excluído -
Querido Marco e colegas,
Sei que saborearemos juntos destes saberes e estamos ansiosas pelas questões que tornarão nossos encontros mais quentes e "apimentados"...
Bjs e obrigada pela acolhida.
Dri
Em resposta à Marco Silva

Re: Café com pão de queijo

por Usuário excluído -

Marco

 Agradecemos  sua entrada em nosso "café com pão de queijo". Esperamos poder responder a sua fome e sede. Obrigada por seu abraço.

Estamos agora a espera de outros visitantes para saborearmos juntos as guloseimas que preparamos.

Um abraço para todos os participantes do curso Formação de Professores para a docência on-line

Maria Teresa

Em resposta à Usuário excluído

Re: Café com pão de queijo

por Edmea Santos -
Olá pessoal!

Olá Maria Teresa! Olá Adriana! Olá LIC!

Tenho fome de felicidade. Sou feliz a cada dia e a cada dia preciso me alimentar de felicidade. A felicidade é uma espécie de insulina para os diabéticos. Se não tiver reposição diária o corpo não aguenta e desequilibra...

O que me faz feliz é ter o amor da família, saúde e oportunidades para aprender e expressar a minha autoria e ousadia. Gosto de me autorizar e tenho fome de espaços concretos para exercitar minha autoria com liberdade.

Sabemos que em alguns espaços não basta ser competente. Tem, que adentrar nos feudos. Nosso tempo passa por esta contradição. Enquanto nas redes sociais posso me expressar, nas redes institucionais, que também são sociais, muitas vezes não vivemos as redes. Até teorizamos sobre rede...

Tenho fome de rede, redes de verdade que garantam minha autoria e a autoria de um coletivo que quer rede.

Pena que nem todos têm fome de rede. Muitos preferem as tribos e os feudos. Será o histórico-cultural do nosso tempo "pós-moderno". Ainda podemos falar sobre isso? Onde ficou o social? Por que histórico-cultural? Qual a diferença entre abordagem sócio-interacionista e histórico-cultural?

Sejam bem-vindas!

Maria Teresa tenho muitas saudades da rede LIC. Saudades de você. Aqui sentirei vcs mais de perto com gosto de pão de queijo. Não posso me esquecer das vacas atoladas, do calor humano dos mineiros e das mineiras.

Bruna dê notícias. Saudades de vc também!

Beijo grande
Méa
Em resposta à Edmea Santos

Re: Café com pão de queijo

por Usuário excluído -

Querida Méa, saudades!
Você, como excelente pesquisadora e educadora que é, nos provoca, nos inquieta! Ai delícia!

Fiquei pensando sobre duas questões em especiais:
1) autoria com liberdade - o que seria de fato essa liberdade? E essa autoria? Ou estamos num momento histórico em que exercitamos autorias, sempre no plural?

2) Redes de verdade que garantam "autoria(s)": mesmo com a contradição das tribos ou feudos levantadas por você, quando penso neste paradoxo, me pergunto: quando pensamos numa "rede de verdade", será que não estaríamos criando uma outra tribo? A "tribo das redes de verdade"? As redes, por sua possibilidade de abertura, em que todas (ou seriam quase todas?) as tribos são bem vindas, podem se tornar não mais fechadas, mas abertas? Se a abordagem histórico-cultural propõe movimentos intra e interpessoais, na constituição de redes devemos pensar que não existem redes únicas, mas redes que se constituem em seus espaços sociais, culturais, com seus movimentos co-criados/ marcados pela diversidade das relações. O que acham?

Bjs

Dri

Em resposta à Usuário excluído

Re: Café com pão de queijo

por Edmea Santos -

Olá pessoal!

Gente minha sede e fome geraram tantas questões. Já estou feliz por isso.

Bem "ideologia eu quero uma para viver" já dizia o poeta. Acho que o debate não é o de polarizar entre bom e mal o conceito de rede ou  tribo...Falo de desejos...

 É na tribo que nos sentimos pretencentes a um grupo. Se tiver a tribo das "redes de verdade" eu quero ser dessa tribo. Quero ter sentimento de pertença. Precisamos disso para existir como sujeitos históricos. Contudo, a singularidade não pode limitar a comunicação com a pluralidade. O problema é que nem sempre a tribo permite o diálogo com a diferença, afinal a tribo muitas vezes lida com o conceito de identidade, ou seja , o torna-se identico como já dizia Felippe Serpa.

Sabem quando o orientando pega os caguetes (será que é assim que se escreve?) do orientador. ..Não quero me tornar idêntica a ninguém. Apesar de admirar muitas pessoas e querer ser um pouco como elas.

O desafio é ter identidade na diferença. Edgar Morin fala que o desafio da diferença não pode desconsiderar valores humanos universais. Daí ele nos apresenta o conceito de ética da tolerância.

Sobre a autoria claro que esta deve ser plural. Afinal em tempos de linguagens multiplas e de tecnologias que potencializam as linguagens, não podem perder de vista esta questão. As tecnologias digitais só são mediadoras porque trabalham na criação e manipulação da linguagem. Bem como diz a Santaella "onde há signo, há mediação". Pena que a Lúcia não participa desse curso...

A rede permite a fala livre e plural porque em potência temos o pólo da emissão liberado. Contudo, quando as instuições se apropriam matam, muitas vezes, o seu potencial. Participo de redes sociais e nestas não tenho preocupações com minha autoria, minha fala é mais livre. Em listas de discussões e cursos online instituicionais muitas vezes temos que "medir as palavras" porque as muitas pessoas vivem noutras lógicas. Eu muitas vezes "apanho" pra caramba. Tenho dificuldade de "medir as palavras". A vantagem é que eu não ligo muito e não deixo de me autorizar. Tenho aprendido a "segurar minha onda" até para continuar sobrevivendo. Não gosto disso. Olha pessoal eu sou uma pessoa  do bem. Do bem mesmo. Tenho muito cuidado com os outros. Com a maturidade tenho aprendido a ouvir mais que falar. Quem me conhece deve tá dando gargalhadas...Falo pra caramba...mas é sério eu estou escutando mais.

Fico muito "p" da vida quando escuto coisas do tipo:

"calma Méa, vc fala demais. Nesse ambiente todo muito mede as palavras de todo mundo"

"isso aqui é uma vitrine"

"vc se expoe demais",blá,blá,blá...

Caramba é mensagem é mesmo construída pelo receptor. Não tem jeito...

Só quero poder discutir, aprender, trazer meu ponto de vista, dialogar com a identidade e com a diferença...Quero ter debate, empates intelectuais com as pessoas e depois sair com elas para rir e tomar cerveja, comer um pão de queijo...Por isso tenho fome de muitas coisas...

Gente estou feliz não se preocupem!

[]s

Méa

 

Em resposta à Edmea Santos

Re: Café com pão de queijo

por Auxiliadora Padilha -

Olá Méa e demais colegas,

identifico-me muito com as questões levantadas por Edméa e também por suas inquietações em relação 'à(s) fala(s)'...

além de falar muito, sou impulsiva... ôh trabalhão que dá ter 'cuidado' com as palavras, principalmente diante dos integrantes dos feudos.

O problema não são as tribos, pois as tribos têm a característica da comunidade, mas os feudos são individualistas e hierárquicos. Há sempre o dono do feudo, o que representa o feudo, o que administra o feudo... e os que mantêm o feudo com seu suor, mas não usufruem do que o feudo produz...

Em relação à autoria a primeira coisa que me vem à mente é ÉTICA! Nesse mundo em que o importante é o que vc produz, nem sempre as pessoas têm o cuidado (será mesmo cuidado, ou será algo mais forte) de respeitar as autorias dos outros.  E então, temos a rede... A autoria é coletiva...

Mas é importante cuidarmos da identidade sem fragmentarmos a pluralidade... Mas... Onde terminamos nós e começamos a rede???

bjs

Em resposta à Auxiliadora Padilha

Re: Café com pão de queijo

por Usuário excluído -
Oi Auxiliadora!
Suas ponderações sobre feudos me lembrou de um professor que tive no mestrado (Marcos Masetto) que falava sobre as "panelas", formação tão comum em diversos espaços... Segundo ele, as panelas são inevitáveis pois nos aproximamos por afinidades... o problema não são as panelas, mas as tampas... Panelas não podem ter tampas, pois assim o trânsito de pessoas pode acontecer - pessoas podem entrar, pessoas podem sair, pessoas podem ficar...

Vamos nos falando... vou pensar melhor na sua questão sobre as redes... mas a principio acho não terminamos, entramos por inteiro (ou quase) nas redes...
Bjs
Dri
Em resposta à Edmea Santos

Re: Café com pão de queijo

por Usuário excluído -

Méa

Fiquei vendo você, sentindo sua entonação enquanto lia oque você escreveu. Uma escrita carregada da força entonacional com que vc fala. De tudo selecionei algo que achei que sintetiza seu discurso: "o desfafio é buscar a identidade na diferença".Esse desafio está presente entre os teóricos da abordagem histórico-cultural. Vygotsky acentua o valor da imitação em relação ao outro como um passo para vc ao internalizar o que foi vivido com outro reconstrua essa experiência de forma singular com sua marca social.Acho que cabe aqui uma frase de Vygotsky: " A consciência é um contato social consigo mesmo".

Bakhtin também vai dizer que nosso eu é o produto de muitos eus. Minhas palavras são  constituídas a partir da minha apropriação das palavras alheias.Esse autor valoriza sobremaneira em sua teoria enunciativa da linguagem a diferença , a heterogeneidade. Para ele é importante a presença e o confronto entre as diferentes vozes. Vejo que ao pensarmos em redes podemos pensar nessa reunião de diferentes vozes que podem ter uma identidade com a rede no sentido de pertença a ela,mas na qual atuamos com nossa singularidade , na qual somos autores e estamos atentos e respeitosos às diversidades nela presentes. Acho que rede é exatamente isso: essa articulação entre identidade e diversidade.

Um abraço

Maria Teresa

Em resposta à Edmea Santos

Re: Café com pão de queijo

por Usuário excluído -

Oi, Méa

Você também deixou saudades no LIC. Mas, agora estamos aqui juntas nesse novo ambiente. Novas redes serão tecidas ao nos envolvermos com as atividades propostas neste módulo.

Vc iniciou a prosa nesse nosso café com pão de queijo fazendo perguntas interessantes. Duas me chamaram mais a atenção:Porque histórico-cultural? Qual a diferença entre abordagem sócio-interacionista e histórico-cultural?

Para respoder essas perguntas , parto inicalmente da matriz filosófica que embasa o pensamento de Vygotsky: o materialismo nistórico dialético. Essa matriz é que confere coerência lógica ao conjunto de sua obra.Dela deriva seu conceito de homem, de história , de social e de cultural que são os eixos de sua abordagem teórica. Para Vygotsky: “ O homem é uma pessoa social um conjunto relações sociais, encarnadas no indivíduo".

Nessa definição está claro como o social é constitutivo do homem. Mas essa existência social do homem pressupõe a passagem de uma ordem natural para uma ordem cultural . Qual o sentido de social e cultural para Vygotsky?

Pino( 2000) esclarece que a questão da história é uma questão chave na análise da natureza do social e do cultural na obra de Vytosky.

Convido você e todos os participantes para buscarem no texto de Angel Pino, postado como leitura em nossa 2ª Estação, esclarecimentos sobre o sentido de social e cultural em Vygotsky.É especialmente importante o trecho abaixo:

O social e o cultural

 

Num sentido mais amplo, diz Vigotski, “tudo o que é cultural é social”,

o que faz do social um gênero e do cultural uma espécie. Isso quer dizer

que o campo do social é bem mais vasto que o da cultura, ou seja, que

nem tudo o que é social é cultural mas tudo o que é cultural é social.

Enquanto expressão das múltiplas formas que pode tomar a sociabilidade,

o social é um fenômeno mais antigo que a cultura pois é um dos

atributos de certas formas de vida, o que nos permite falar de uma sociabilidade

biológica, natural. Anterior à cultura, o social adquire dentro

dela formas novas de existência. Sob a ação criadora do homem, a sociabilidade

biológica adquire formas humanas, tornando-se modos de

organização das relações sociais dos homens. Neste sentido, o social é,

ao mesmo tempo, condição e resultado do aparecimento da cultura. É

condição porque sem essa sociabilidade natural a sociabilidade humana

seria historicamente impossível e a emergência da cultura seria

impensável. É porém resultado porque as formas humanas de sociabilidade

são produções do homem, portanto obras culturais.(Pino, 2000,p.53)

Penso que toda essa reflexão permite compreender a adequação da denominação de histórico-cultural para a abordagem de Vygosky.

No entanto encontramos nas diferentes traduções de sua obra e em diversos autores que trabalham com essa teoria várias denominações: sócio-interacionismo, sócio-histórico, co-construtivismo, etc. Essas denominações revelam as ênfases que os leitores da teoria dão a determinados aspectos da mesma ou a determinados conceitos. Em minha leitura da obra de Vygotsky vejo a importância de compreende-la a partir de sua matriz do materialismo histórico dialético que confere ênfase à história,ao social, e ao cultural. Portanto, compartilho  com Pino a idéia de que essa denominação histórico-cultural é a mais coerente com a abordagem vygotskiana.

Podemos aprofundar essa discussão em nossa 2ª. Estação.

Um abraço para você e todos os participantes

Maria Teresa

Em resposta à Usuário excluído

Re: Café com pão de queijo

por Edmea Santos -

Oi Maria Teresa!

Sua resposta me deixou já com vontade de entra na 2a. estação. Mas vamos esperar os colegas compartilharem mais suas fomes e sedes.

Percebo que a grande maioria dos educadores e pesquisadores que trabalham com aprendizagem valorizam mais o aspecto sócio-cognitivo e menos o político-cultural. O desafio é articular tudo de forma crítica. Por este motivo adoro seus textos e seus relatos de pesquisa.

Em nosso grupo da UERJ temos uma dissertação que tem feito esta articulação muito bem em relação a aprendizagem na educação online. A autora é a Patrícia e a orientadora é a prof. Eloiza. Fui banca do projeto de qualificação e achei muito interessante o investimento que a Patrícia fez no aspecto político-cultural.

Patrícia e Elô que tal nos encontrarmos na estação 2? Até breve!

[]s

Méa

Em resposta à Edmea Santos

Re: Café com pão de queijo

por Usuário excluído -

Méa

 fiquei curiosa para conhecer depois de defendida essa dissertação.

Outra coisa: até pela discussão suscitada estamos revendo nossas indicações de leitura e hoje vamos introduzir uma orientação para diferentes tipos de leitura. Pode aguardar. Na minha resposta para você disse que o texto do Pino seria discutido na 2a estação m as de fato ele se refere aos fundamentos e está na 1a estação. A leitura deste texto é instigante.

Um abraço

Maria TEresa

Em resposta à Edmea Santos

Re: Café com pão de queijo

por Usuário excluído -

Ola Méa

        Eu que tenho fome e sede de compreender o processo de aprendizagem do professor em relação as tecnologias digitais, na perpectiva histórico-cultural, fiquei instigada em conhecer o trabalho da Patrícia que vc comentou. Penso ser fundamnetal esta articulação dos aspectos sócio-cognitivo e o politico-cultural nas discussões acerca da aprendizagem, no meu caso do professor.

  Questões inerentes à formação do professor não podem prescindir da discussão sobre o papel da universidade na formação docente e das políticas públicas nessa área. Tampouco podem negar reflexões acerca das condições de trabalho desse profissional, em um cenário de modernização do espaço escolar, dos recursos tecnológicos e virtuais que podem trazer contribuições para o exercício da docência.

Um abraço.

Cléia

Em resposta à Usuário excluído

Re: Café com pão de queijo

por Usuário excluído -

Ola Maria Tereza,

Tenho fome de conhecer novas óticas sobre algumas temáticas.... a de vcs é uma delas.

Adorei o seu posicionamento ,de acordo com Pino.  Por incrível que parece discuti esta semana aqui na PUCPR esta questão, pois estavamos preparando um Objeto de Aprendizagem sobre Piaget e VygostsKy e tinhamos dúvidas sobre o nome que daríamos a cada módulo.

Até a segunda estação.

Bj

Patricia

Em resposta à Usuário excluído

Re: Café com pão de queijo

por Marco Silva -

Olá Maria Teresa. Olá equipe do PPGE da UFJF.

A iniciativa de lançar mão do Youtube para docência no Moodle é maravilhosa! Parabéns! Podemos explorar mais esse recurso nos cursos online ainda muito textuais. Tanto o áudio (vcs incluíram a música dos Titãs) quando o vídeo através do Youtube são recursos que nos aproximam da sala de aula presencial. O moodle favorece enormemente a inclusão destes recursos!!!

Todos sabemos que a ruptura com a docência e com a aprendizagem culturalmente enraizadas na sala de aula entre quatro paredes, onde a audição e a visualidade são centralidade sensória, tem levado ao descrédito na educação online e na velha EAD feita via meios de massa. Podemos enfrentar este descrédito na educação online investindo em áudio, vídeo e interatividade (fórum, chat, wiki, podcasting). Com estes recursos podemos não somente atenuar uma ruptura cultural. Mais do que isso, podemos favorecer a inclusão cibercultural e educar em nosso tempo.

Falo em inclusão cibercultural para chamar atenção para algo distinto da inclusão digital que pode se bastar com a dinâmica do offline. Refiro-me especificamente à construção de credibilidade ou de cultura e cidadania a partir da interlocução e da co-existência online.

Maria Teresa, muito oportunamente, vem nos mostrar em seus dois vídeos (parte 1 e parte 2) o quanto a educação pode ser potencializada pelo computador e pela internet. Embasada nos gigantes Vygotsky e Bakhtin, ela abre valiosos caminhos teóricos e práticos sobre como estes autores podem nos ajudar a educar online ou mesmo a construir inclusão cibercutural.

As “funções mentais superiores” (Vygotsky) podem ser construídas pelos interlocutores mediados pelo computador online. A aprendizagem é sempre uma relação social, compartilhada com o outro, uma ação entre pessoas pela mediação da linguagem. Primeiro o processo de conhecimento se opera entre pessoas para depois se realizar internamente em cada interlocutor. Em educação online o computador e a internet potencializam esse processo uma vez que são linguagem e mediação. E, se lançamos mão de áudio, vídeo e interatividade (fórum, chat, wiki, podcasting), não só contemplamos a audição e a visualidade enquanto centralidade sensória. Mais do que isso, educamos e construímos cidadania em nosso tempo, a luz de referências inquestionáveis como Vygotsky e Bakhtin.

Vejo esta possibilidade com muito otimismo, com muita esperança. Por isso meu engajamento nessa pesquisa interinstitucional chamada FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA DOCÊNCIA ONLINE. Precisamos mostrar concretamente aos professores, em primeiro lugar, que educação online é coisa séria. Esta é, de fato, minha fome e minha sede. Ando salivando diante desta possibilidade.

O que vcs acham desta minha mobilização?

Forte abraço,
Em resposta à Marco Silva

Re: Café com pão de queijo

por Usuário excluído -

Marco, compartilho de sua fome e sede esperançosa de mostrar a educação online como algo sério. Mas temos um bom trabalho a fazer.

Creio que este nosso estudo e discussão sobre as possibilidades, tanto epistemológicas quanto técnicas, são um grande passo.

Outro passo é mostrar na concretude dos resultados que a educação online proporciona, o que nos convida a sermos mais exigentes com o nosso próprio trabalho, além de usar cada interface de acordo com as suas possibilidades. Tenho visto muita gente utilizando algumas interfaces de forma equivocada, minimizando sua potencialidade.

Mas como estamos discutindo aqui, também é uma mudança cultural que deve ser promovida, uma mudança paradigmática. E isso leva tempo, exige esforço, dedicação e perseverança, além das competências próprias da docência.

Continuemos, com nossa fome e com nossa sede. Mais a frente podemos vislumbrar um oásis!

Em resposta à Marco Silva

Re: Café com pão de queijo

por Fábio Kalil de Souza -

Olá Marco,

          Como sempre vc tem magnetizado ampla "audiência" nesta pesquisa com suas indagações/ensinos/mobilizações  que, como por um encanto, convida-nos ao exercício da autoria, que com gosto e estilo revelamos nesses fóruns. Suas contribuições aliadas às dos vídeos de Teresa me provocam a  tratar básica e respeitosamente sobre Vygotsky, detendo-me,  num breve ensaio, na relação homem-cultura.

Vygotsky aponta para a cultura como determinante ao desenvolvimento humano. Para ele, assim compreendo,o sujeito se constitui como tal na sua relação com o outro; relação esta mediada pela linguagem. Esta é o processo criado (e aperfeiçoado) pelo homem para internalização da cultura e construção de si, de sua subjetividade. Mas o que isso tem a ver com a pesquisa? Muito!

Com o movimento da cultura somos sacudidos/transformados paulatinamente em "sujeitos sociais"(MACIEL, 2001). Não somos iguais todos os dias. Estamos num processo permanente de (re)construção de nós mesmos no contato com o social. E como não há relação com o mundo e significação deste sem uso de signos (linguagem, que expressa o pensamento), o escritor russo destaca que espaços como estes -fóruns de discussão-, ricos em interações sociais, se mostram como espaços de construção de sentidos. Daí a dica pedagógica ao docente, seja qual for a modalidade de ensino, em criar experiências educacionais assentadas sobretudo na troca, nas interrelações entre os sujeitos, buscando diferentes (e criativas) mediações para os momentos de aprendizagem destes.

Suponho que este entendimento -comum a muitos- apresenta suas harmonias e tensões no palco de nosso debate. Por isso incentivo a estréia de outras vozes no sentido de saciar nossas "sedes e fomes".

Abs,

Em resposta à Fábio Kalil de Souza

Re: Café com pão de queijo

por Usuário excluído -

Fábio

 foram muito importantes as suas palavras que articulam a teoria com a prática educativa. É esse o exercício que esperamos que aconteça neste módulo. Obrigada pela excelente contribuição ao debate

Um abraço

Maria Teresa

Em resposta à Usuário excluído

Re: Café com pão de queijo

por Fábio Kalil de Souza -

Disponha, Teresa! Suas intervenções, como era de se esperar, tem sido mais que excelentes. A participação dos colegas também não ficam atrás. Percebo ânimo e interesse em co-autoria pairando no "ar". Estamos experimentando aprendizagem colaborativa com o uso da internet...muito enriquecedora por sinal.

Um abr,

Kalil

Em resposta à Marco Silva

Re: Café com pão de queijo

por Usuário excluído -

Marco e colegas,

Sua mobilização vem ao encontro dos nossos anseios e temos debatido no LIC e em outros grupos os aspectos que destaca...

Acho o Youtube um recurso realmente fabuloso e fico muito preocupada com o que tenho visto, especialmente nas universidades, que bloqueiam o acesso a este  recurso. Dentre os argumentos para tal censura estão: a "proteção das redes" internas - ou seja - segurança e capacidade de servidores, o que é questionável considerando os recursos tecnológicos que temos hoje (mas vá lá...) e outro, e a meu ver o pior, refere-se à necessidade de controle dos usuários (alunos e funcionários), pois há um entendimento de que eles "matariam" trabalho ou aula... Definitivamente não existe ainda a compreensão das possibilidades que esse recurso possui para a aprendizagem. E o pior: vemos isso acontecer nos cursos a distância!

Essa questão, que não é apenas o Youtube, mas outros recursos de audio e vídeo envolve, como disse o Fernando, mudança cultural - mas sinto que precisamos acelerar esse processo, pois nossos alunos, que hoje ingressam na universidade são co-criadores e consumidores destas tecnologias...

A Educação online, sem dúvida é coisa séria e por isso demanda muito engajamento de nossa parte, em pesquisas, em fundamentos e em práticas. E acredito que este espaço que estamos construindo, com tantos pesquisadores debatendo e aprendendo juntos representam as reais possibilidades para a mudança.

Mais do que nunca a abordagem historico-cultural pode nos dar respaldo teórico para as transformações necessárias... Debateremos em maior profundidade estas questões... Neste exato momento, sinto  o que o conceito de exotopia bakhtiniano nos ensina: a possibilidade de compreender que o olhar do outro, o de fora, amplia e complementa nosso olhar.

Bjs e obrigada pela mobilização

Dri

Em resposta à Marco Silva

Re: Café com pão de queijo

por Usuário excluído -

Marco,

dirijo-me a você mas também a todos os participantes. Em primeiro lugar agradeço muito suas palavras e a compreensão ativa que mostrou de nossa proposta neste módulo, optando por apresentar um pano de fundo teórico, discutindo o enfoque histórico-cultural.

È interessante ver como estes autores, Vygotsky e Bakhtin, que  viveram em uma época na qual computador e internet seriam coisas impensáveis, podem hoje nos ajudar a partir de sua teoria a termos uma compreensão de como essas tecnologias têm implicações sobre nossa forma de pensar, conhecer, aprender,ler, escrever e estabelecer novo tipo de interações entre as pessoas.

Nosso objetivo nesse módulo foi mesmo trazer o pensamento desses autores que foram tão a frente de seu tempo e que hoje por viverem na "grande temporalidade"( como diz Bakhtin) se tornam tão atuais e podem ser nossos interlocutores nessa busca de compreensão de como essas tecnologias digitais podem trazer implicações para a educação.

Temos ainda pouca coisa construída sobre essa relação. Em nosso grupo já iniciamos essa reflexão e ela tem se mostrado muito produtiva. Queremos  com vocês ampliar essa discussão. Marco compreendeu isso e já iniciou o processo. A partir da apropriação dos conceitos da abordagem teórica histórico-cultural principalmente  no que se referem à aprendizagem é possivel dialogar com as questões que se nos apresentam a partir do uso do computador e da internet. Como Marco salientou, todo o processo de uma aprendizagem colaborativa, compartilhada, social, proposta pela abordagem histórico-cultural pode se concretizar e de forma especialmente interessante pelas possibilidades trazidas pelo computador e internet.

O desafio desse módulo é esse: ir à teoria e a partir delas pensarmos como nós professores podemos nos utilizar dessas tecnologias com todo o potencial que trazem para o desenvolvimento da aprendizagem. Cabe a nós fazermos as articulações necessárias.

Marco tocou também em algo muito importante. Muitas vêzes usamos essas tecnologias sem explorarmos todo o seu potencial. Arraigados que ainda somos por toda uma cultura e formação pre-digital usamos o novo, trabalhamos on-line, ainda de uma forma presa aos contornos de um ambiente muito fechado nas quatro paredes de uma sala de aula. Vejo que o online nos permite justamente ampliar infinitamente esse espaço com um cruzamento de mídias, como o uso de todos os recursos que são disponibilizados pelo ciberespaço. Estamos tentando nesse módulo fazer isso e agradeçemos por suas palavras de apoio nesse sentido.

Acreditamos e abraçamos essa causa: educação online é coisa séria e precisamos trabalhar para a inclusaõ dos professores neste processo que complementa  o trabalho pedagógico da sala de aula presencial. Esta não pode mais hoje trabalhar sem essa complementação on-line. Nesse sentido entendo bem o que Marco chama de inclusão cibercultural.A inclusão cibercultural dos professores é um desafio e uma meta para nós educadores.

Um abraço para todos

Maria Teresa

 

Em resposta à Primeiro post

Re: Café com pão de queijo

por Helena Rodrigues de Sá -

Olá colegas! Faço minha estréia no curso, através da  PPGE_UNESA, em um módulo que traz excelente provocação! Deixou-me com água na boca, pois  apesar de ser carioca, adoro prosear saboreando  pão de queijo com o café! Vamos lá...

Tenho sede e fome de desenvolver práticas pedagógicas online através de uma abordagem histórico-cultural sem irritar Vygotsky, onde quer que ele esteja. Para isso, é necessário ir a fundo em seus fundamentos. Conto com esse módulo para aprender mais!

Em tempo, já naveguei pelas atividades da semana, mas não consegui acessar o slideflash. Este fica tentando ativar o pps, mas nada acontece. Será que é um problema do meu computador?

Forte abraço,

Helena

Em resposta à Helena Rodrigues de Sá

Re: Café com pão de queijo

por Edmea Santos -
Oi Helena!

Seja bem-vinda. Habite este espaço com sua energia carioca.

Nós e as madrugadas...

Também não consegui acessar os slides nem ontem e nem hoje.
[]s
Méa
Em resposta à Edmea Santos

Re: Café com pão de queijo

por Usuário excluído -

Olá a todos!

Sou a Natália da Equipa Universidade do Minho. Tenho a certeza que irei deliciar-me com este café com pão de queijo, aceitando com muito prazer o convite da Equipa da UFJF  para fazer esta viagem pelo mundo téorico-prático do computador e da Internet. A temática é muito atractiva e faço votos para que possamos saborear juntos óptimas ideias e experiências!

Até já!

Natália

 

 

 

Em resposta à Helena Rodrigues de Sá

Re: Café com pão de queijo

por Usuário excluído -
Olá Helena, seja muito bem vinda!
Sabemos que há muito o que aprender sobre esta abordagem e, apesar do tempo curto, buscaremos aprofundar as teorias "sem irritar Vigotsky" - adorei! Mas, brincadeiras à parte, o ambiente online nos possibilita vivenciar a abordagem proposta...
O slideshow estava realmente com problemas, mas já estamos inserindo novamente.
Obrigada!
Abraço
Adriana
Em resposta à Primeiro post

Re: Café com pão de queijo

por Usuário excluído -

Olá Méa,

Quanto mais vc sente fome de felicidade, mais nós nos fartamos de sua alegria... Eta felicidade baiana!!! Também sinto saudades suas, de Marco, e imagino como deve estar grande nossa pequena...

Bom, vc me fez parar pra pensar na tal “autoria com liberdade”. Uma senhora combinação, tenho que dizer. Mas quais são os verdadeiros espaços nos quais podemos exercitá-la? Em tempos de um consumismo desenfreado, até mesmo cultural, como fica nossa capacidade produtiva? Assumimos o produtivismo como lema pra não perder o bonde da história “pós-moderna”? Fechamo-nos em nossos próprios feudos? Ou cavamos mais e mais espaços como esse da Docência Online para incrementarmos as bases de nosso compromisso ético/estético? Esse nicho de questões também me inquieta muito e acredito que será alvo de muitas de nossas discussões aqui. Ao pensarmos o computador/internet como instrumento cultural de aprendizagem estamos nos referindo, em escala mais ampla, a práticas de linguagem e formas de relações sociais que se estabelecem em um determinado espaço sociocultural e num dado momento histórico. Por isso, questões que busquem colocar esse espaço e esse momento em xeque serão sempre muito bem-vindas.

Um grande abraço a todos que estão “adentrando” nosso espaço e começando a se servir de nosso Café com pão de queijo bem quentinhos.

Bruna

Em resposta à Usuário excluído

Re: Café com pão de queijo

por Edmea Santos -

Bruna, suas questões são tão respostas...São minhas questões também.

Pessoal, vejam o vídeo que ilustra bem um exemplo do computador/internet como instrumento cultura em nosso tempo. A fala da doméstica soteropolitana que abriu uma lanhouse.

http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL931579-15605,00.html

Bruna vou matando as saudades de você aqui pela rede, mas quero você mais pertindo no face a face. Imagino que estejas a mil com a sua tese.

[]s

Méa

Em resposta à Usuário excluído

Re: Café com pão de queijo

por Fábio Kalil de Souza -

Bruna, Méa e demais colegas,

                   De carona nessa linha socrática de ação, pautada nas dúvidas e perguntas -instigadoras da inteligência-, ventilo outras questões agora em torno do conceito de mediação e o uso do computador/internet. Primeiro: como podemos entender esse conceito em Vygotsky? Seria o mesmo conceito aplicado à EaD Online? Existe diferença entre mediação na educação presencial e na online? Além do docente, o "computador/internet como instrumento cultural de aprendizagem" pode ser considerado como medidador do processo de ensino-aprendizagem? É a tecnologia mediadora de tal processo? Se não, qual seu papel na estruturação das relações sociais? Se sim, que ranços e vantagens podemos elencar do ponto de vista pedagógico?

                 São questões para lançar mais combustível em nossas trocas, aquecendo um pouco mais mentes inquietantes e à procura de respostas (e mais perguntas). É a falta, intrinsecamente humana, que nos impele a essa busca. Vamos a elas (respostas)!

Kalil

 

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Re: Café com pão de queijo

por Usuário excluído -

Fabio

Na segunda estação vamos aprofundar as leituras e discussões sobre o conceito de mediação em Vygotsky procurando compreender como computador e internet  podem ser entendidos como instrumentos culturais de aprendizagem.Gostaria de responder suas questões agora mas elas antecipam o que está apresentado nos textos  e propostas de discussão da segunda estação. Saõ questões importantes e pertinentes que provocarão um bom debate. Vamos aguardar até lá?

Maria Teresa

    

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Café com pão de queijo

por Usuário excluído -

Olá Maria Teresa e equipeda UFJF.

Bom poder estar com vocês neste módulo. Bem apetitosa a proposta do café com pão de queijo...

Escutando a música fiquei refletindo sobre nossa realidade educacional brasileira, quando há tantas crianças, jovens e adultos com fome e sede de conhecimento.

Eu tenho fome e sede de aprofundar meus conhecimentos nesta área da Educação Online, tenho sede de partilhar saberes e descobrir ainda mais que o nosso fazer interativo produz resultados magníficos.

No caso específico deste módulo tenho fome e sede de aprofundar sobra as implicações do computador/internet no fazer docente e mediador das relações entre os discentes.

Um abraço e que tenhamos bons resultados neste nosso novo módulo.

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Re: Café com pão de queijo

por Usuário excluído -
 

Ola a todos e a todas.

Apesar do calor não muito comum neste momento, em Juiz de Fora, o “Café com pão de queijo” sempre é bem vindo. E para esquentar ainda mais, Méa lança a questão da "autoria com liberdade", a partir de sua fome de rede. Adriana aborda a diversidade das relações na constituição das redes e a Bruna, questiona: quais são os verdadeiros espaços em que podemos exercitar a “autoria com liberdade”? Com certeza estas e outras questões instigantes que foram lançadas vão esquentar ainda mais a temperatura do módulo 9. Acredito que a interação e interlocução enredados por diferentes sabores, olhares e perspectivas contribuirá com o dinâmico processo de refletir o exercício da docência online consubstanciado pela  abordagem histórico-cultural.

Como integrante da equipe do Módulo 9, agradeço a recepção e desejo boas vindas aos novos viajantes.

Abraços a todos

Cléia

 

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Re: Café com pão de queijo

por Usuário excluído -
Olá Pessoal!

Tenho fome do cheiro de Minas... a minha memória olfativa me leva para tempos bons...

Tenho fome de saber, conhecer, compartilhar, construir...

Tenho fome de um Brasil com Educação de qualidade, de ponta a ponta... com "todos" incluídos sem a necessidade do uso de "cotas"...

Tenho fome da rede desejada pela Mea seja uma realidade...

Um bom módulo a todos nós : ))

abraço,

Rosangela

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Re: Café com pão de queijo

por Usuário excluído -

Olá, sou a Elizete da equipe da PUCPR, adorei a música e os questionamentos, ai vai um pouquinho do muito que mexeu comigo.

Fome é energia, é vida, a fome de existir, de conhecer, de ter oportunidades, de aprender e muito +++++

Sede de purificar um mundo que está tão desgastado, tão sedento, tão contaminado com pessoas desvitalizadas, desumanizadas.

Fome e Sede de melhores expectativas a todos para dias melhores e muito ++++

Abços a todos +++++

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Re: Café com pão de queijo

por Usuário excluído -
Pessoal a minha fome e a minha sede variam de acordo com as circunstâncias...Atualmente algumas atividades que eu apreciava não tenho mais possibilidades de realizar... Assim hoje a minha fome está muito voltada para as atividades intelectuais. Como e bebo as leituras possíveis de me orientarem nas atividades que desenvolvo de pesquisa e de ensino. Daí estou sempre atenta às leituras que podem ampliar o meu conhecimento...
Lina
PS. Fiquei penalizada de não poder ouvir o midia player. Vou recorrer aos que me auxiliam na atualização do meu computador para ver se consigo ouvir
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Re: Café com pão de queijo

por Usuário excluído -

Caros colegas, Natália, Fernando, Rosangela, Elizete e Lina,

Sejam todos muito bem vindos a esta estação!

Saciar a fome e a sede que vocês possuem é um grande desafio para todos nós, para todos os PPGs aqui presentes. Todos compartilhamos das questões apontadas por vocês: sede de conhecimento, aprofundamento teórico-prático e de um mundo com uma educação melhor, mais justa e para todos.

Esperamos contribuir para a realização desse desejo, coletivamente.

Um forte abraço

Adriana

Ps.: Lina, espero que você consiga acessar a videoaula. Qqr coisa, entre em contato.

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Re: Café com pão de queijo

por Usuário excluído -

Olá colegas...

Na provocação inicial despertada pela música algo me chamou mais a atenção do que a pergunta sobre do que temos sede e fome...

O que fazer depois de saciar a fome e a sede?

Se a abordagem histórico-cultural tem base no materialismo-histórico, eu tomaria uma outra erspectiva em relação à música...O que vem depois da diversão e arte? E o que vem antes?

Méa, o que vem depois de ter a sede de rede saciada? Será que ela nos basta? Que condições históricas nos levam a ter essa sede? Ela pode ser saciada para todos, se não, por quê? Seria interessante pensarmos naquilo que proprorciona a amortização da sede e da fome, ou daquilo que as causam?

Essa ruptura, ou melhor, transição, daquilo que sacia nossa sede e fome, para o nosso estado de satisfação só pode ser dar se questões estruturais forem atacadas... e a formação pela da rede é só a ponta da questão...   

 Enfim, tenho sede de porquês...

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Re: Café com pão de queijo

por Usuário excluído -

Olá Lázaro, olá colegas,

Sou Ana Paula da equipe do PPGE/UFJF e prefiro atuar neste ambiente muito mais como aluna do que como mediadora de discussões, devido à minha inserção recente no mestrado em educação e a pouca experiência teórica. Espero estrear neste ambiente trazendo também questionamentos. Vamos lá:

Lázaro, creio que você tocou num ponto chave nesta discussão, trazendo para nós a insaciabilidade da fome e da sede. Ao saborearmos o pão de queijo e o café, saciamos sim a fome e a sede de pão de queijo e café... Mas logo mais vamos querer um leitinho queimado e biscoitinhos de nata...

Ao discutirmos as questões da abordagem histórico-cultural poderemos saciar alguns pontos, mas estaremos longe de esgotar o tema e matar nossa fome. Sinto, a cada leitura, a cada discussão, a cada estudo, que quanto mais estudo, mais necessito estudar. Nossa fome e sede aumentam a cada dia. Creio que isso seja devido à nossa eterna incompletude. Enquanto seres humanos somos seres incompletos, na tentativa de nos completar. Larrosa (2006) nos aponta a necessidade de estarmos sempre nos construindo e mostra que nunca chegaremos à completude. Isso porque "o homem se faz ao se desfazer", ou seja, ele tem necessidade de se transformar sempre, de se fazer, desconstruir o que era e reconstruir-se. Essa transformação constante impede que nos completemos, impede que saciemos nossa fome e nossa sede.

É também isso que vejo que nossa abordagem propõe... A transformação do sujeito se dá através do diálogo com o outro. É na interação com o outro, através da linguagem, que o sujeito vai se transformando. Somos as nossas palavras e as palavras do outro, mescladas, apropriadas, internalizadas. Ao dialogarmos, nos transformamos: unimos as nossas palavras às palavras do outro. Reproduzimos inicialmente as palavras do outro como sendo dele (outro). No processo, vamos nos apropriando das palavras do outro fazendo delas uma palavra nossa-do-outro. Até que, por fim, internalizamos as palavras do outro que se tornam nossas palavras.

Onde quero chegar com tudo isso?

Estamos aqui para nos apropriarmos das falas um dos outros, dialogarmos. Na tentativa de nos completar, dialogamos, trocamos experiência, cohecimentos, construímos novos conhecimentos coletivamente. Saciaremos nossa sede e fome de algumas coisas. Sairemos do curso com mais sede e fome, muito mais do que aquela que aqui adentramos. Sairemos, pois, mais incompletos...

Tenho fome de entender a aprendizagem na perspectiva de Vygotsky. Tenho sede de beber a escrita neste ambiente e como ela potencializa a aprendizagem. Esse tema não vou saciar aqui. Pretendo trabalhá-lo ao longo de minha dissertação de mestrado. Mas sei que também não vou saciá-lo ao ter minha dissertação nas mãos. Sei que sairei do mestrado com muito mais questões do que adentro nele.

Maria Teresa, espero suas contribuições.

Abraço a todos.

LARROSA, J. Pedagogia Profana: danças, piruetas e mascaradas. 4 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.

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Re: Café com pão de queijo

por Edmea Santos -

Ana, você já é mestranda? Parabéns! Estou muito feliz por você e deixe de modéstia. lembre do conceito que a Adriana aborda em seus trabalhos "a mediação compartilhada" é a saída. Quem disse que os "alunos" não fazem mediações. Pode se autoria aqui!

Um beijo

Méa

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Re: Café com pão de queijo

por Usuário excluído -

Ana Paula

foi muito boa a sua intervenção no debate. Tenho certeza de que sua participação no docência online será  uma experiência muito importante para o desenvolvimento de sua dissertação.

Um abraço

Maria Teresa

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Re: Café com pão de queijo

por Edmea Santos -

Lázaro adorei uma foto nova!

Acho que temos fome de transcendência. Se a "fome" deixamos de existir como seres humanos. Falamos muito sobre linguagem. A linguagem mediando as relções como bem nos mostrou a Bruna. Vc aqui nos alerta para a questão  "estrutural".

Qual a relação entre linguagem e condições estruturais?

[]s

Méa

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Re: Café com pão de queijo

por Usuário excluído -

Oi Méa...

He..he...he, não sei se me arrisco muito a falar sobre linguagem, mas uma ligação poss´vel vai pelo encontro proposto entre Bakhtin e Vygotsky, quando o primeiro acredita que a linguagem é uma arena de sentidos, sentidos estes incrementados nas relações socias. Se Vygotsky também acredita que a formação do homem se dá no conjunto das relações socias, temos uma ponte entre a linguagem e o aspecto social.

Mas tanto a linguagem e as relações sociais se dão no campo de estruturas. Tenho trabalhado com questões essenciais à formação do homem e ao que me parece, o trabalho e o conhecimento são aspectos fundamentais à constituição humana.

Levando-se em consideração que esses dois aspectos (trabalho e conhecimento) também se inserem em uma dada estrutura, são nas relações humanas, mediadas também pela linguagem, que formamos tais estruturas sociais, econômicas, ideológicas etc.

Méa e colegas, se este raciocínio tiver sentido, o que caracterizaria as relações entre a linguagem e a estrutrura social-econômica-filosífica "Sociedade da Informação e Comunicação"?

Quais são as implicações de tal estrutura (se é que ela é uma estrutura) à linguagem, às relações sociais, ao trabalho e ao conhecimento, considerando esse fatores como formativos do Homem?   

Passo a bola...    

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Re: Café com pão de queijo

por Usuário excluído -

Gostaria de parabenizar as colegas da UFJF pela excelência do módulo sob responsabilidade de vocês, no projeto interinstitucional coordenado pelo Marco Silva.

A apresentação primorosa, na semântica, na sintaxe e na estética perpassada pela identidade mineira revelam a ética que engendra este grupo.

Tudo isso faz com que o desenho didático do módulo nós dê "água na boca". É como se vocês tivessem passado um pãozinho de queijo quentinho bem perto do nosso nariz, aguçando nossos desejos gnosiológicos. Desde já o meu agradecimento.

Abraço

Lucila Pesce

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Café com pão de queijo

por Usuário excluído -
Prezados Colegas

Neste final de domingo damos por “encerradas” as discussões do fórum: café com pão de queijo. Claro que este espaço permanecerá aberto para visitação, mas este é o momento de mudarmos de vagão, marcando o início de uma nova semana. Consideramos que os diálogos neste fórum foram muito produtivos e que atingiram o que havíamos inicialmente proposto. As discussões ocorridas funcionaram como um aperitivo e aqueceram o ambiente proporcionando condições para muitas pessoas se expressarem respondendo a questão de abertura proposta.

Assim, ao falarem de sua fome e sede alguns mostraram seu interesse e curiosidade pelo tema do módulo, outros se referiram a aspectos vivenciados em seu cotidiano expressando seus desejos de mudanças e transformações e, finalmente, outras pessoas penetraram mais no tema da 1ª estação: “fundamentos da abordagem histórico-cultural para pensar a aprendizagem” formulando instigantes questões. Algumas das questões foram encaminhadas e “respondidas”, ainda que brevemente, para saciar um pouquinho da fome e sede de vocês, mas esperamos aprofundar nos próximos fóruns e também com os materiais disponibilizados.

Procurando sintetizar as falas/idéias dos participantes, assinalamos alguns pontos levantados:

  • Identidade x diferença na formação de redes (que como o nome diz, devem se abrir a conexões) foi contraposto ao fechamento de feudos. Esses fechamentos em feudos são muito comuns em nossos ambientes institucionais (ou educacionais?)
  • proposta de mobilização dos professores para se conscientizarem de que educação online é coisa séria. Necessidade de inclusão cibercultural para os professores.
  • Necessidade de conhecer mais e aprofundar alguns conceitos da abordagem histórico-cultural.
  • Relação entre conceitos da abordagem histórico-cultural com o uso do computador e da internet na prática pedagógica.
  • A cultura como determinante do desenvolvimento.
  • Relações entre sociedade da informação e comunicação com a linguagem, as relações sociais, o trabalho e o conhecimento, considerando esse fatores como formativos do Homem.
  • A medição no sentido Vygotskiano e as relações deste conceito na compreensão do computador e da internet como instrumentos culturais de aprendizagem. (este último ponto se refere á segundo estação e nela será discutido)

A partir destes pontos levantados (re)formulamos questões para o fórum “Dedinho de prosa” que hoje iniciamos. As perguntas apresentadas aqui neste espaço serão retomadas nos próximos fóruns: as que dizem respeito aos fundamentos da abordagem histórico-cultural serão trabalhadas no fórum “Dedinho de prosa” e as que se relacionarem ao computador/Internet como instrumentos culturais de aprendizagem serão trabalhadas na 2ª estação, ok?

Um forte abraço

Equipe LIC-PPGE-UFJF