Mapas Conceituais como uma ferramenta para a avaliação da aprendizagem

Mapas Conceituais como uma ferramenta para a avaliação da aprendizagem

Mapas Conceituais como uma ferramenta para a avaliação da aprendizagem

por Usuário excluído -
Número de respostas: 25

Como podemos relacionar os seguintes trechos:

“Como instrumento de avaliação, também, podem ser utilizados para se ter uma imagem da organização conceitual - relações hierárquicas entre conceitos - que o aluno estabelece para um dado conteúdo. Naturalmente, essa é uma visão não tradicional de avaliação que é essencialmente qualitativa, mas que pode ser muito valiosa para o professor no sentido de guiar sua prática pedagógica.”
Disponível em:
http://www.fsc.ufsc.br/ccef/port/03-1/artpdf/a3.pdf

“ Os mapas conceituais como instrumento de avaliação oferecem ricas e significativo possibilidades de avaliação, se somados e comparados às formas tradicionais, como provas e trabalhos em grupo. No âmbito específico da avaliação de disciplinas de cunho tecnológico, a consideração da ferramenta de mapas conceituais como auxiliar na avaliação de aprendizagem pode abrir novos campos e possibilidades para repensarmos alguns processos pedagógicos, em escolas de Ensino Superior, Médio e Fundamental. ”
Disponível em: http://www.sbc.org.br/biblioteca/download.php?paper=62

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Re: Mapas Conceituais como uma ferramenta para a avaliação da aprendizagem

por Usuário excluído -

As considerações da Patrícia são extremamente oportunas à nossa discussão.

Os mapas conceituais são particularmente promissores à avaliação formativa.

Para os alunos, é um momento de síntese dos conceitos significativos ao seu processo de aprendizagem. Em momentos posteriores, os alunos podem rever seus diversos mapas conceituais e refletir sobre os estágios de desenvolvimento acerca de um dado conteúdo de aprendizagem. Esse movimento de metacognição é muito bem vindo à avaliação formativa.

Para o docente, os mapas conceituais são instrumentais poderosos no diagnóstico da aprendizagem dos alunos, por evidenciar os conceitos por eles incorporados, bem como o sentido e o significado a eles atribuídos. Isso tudo dá pistas ao docente de onde, quando e como proceder à intervenção pedagógica.   

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Re: Mapas Conceituais como uma ferramenta para a avaliação da aprendizagem

por Sérgio Abranches -

Olá, Patricia e Lucila,

eu não tenho nenhuma experiência em avaliação com mapas conceituais, por isso gostaria de saber mais sobre a experiência de vocês principalmente quanto à combinação com outros métodos, tal como apontado em uma das frases destacadas, e também quanto à questão da pontuação, como revelado em um dos textos do módulo.

Para mim, a separação (e não distinção) de métodos é prejudicial, mas devemos saber como fazer para trabalhá-los em um mesmo processo.

A questão da pontuação, para mim, deve ser tomada com muito cuidado, pois em geral gera uma simples classificação, não indicando qual o processo vivido e como pode ser reelaborado.

Em resposta à Sérgio Abranches

Re: Mapas Conceituais como uma ferramenta para a avaliação da aprendizagem

por Usuário excluído -
Sergio, há vários índices na avaliação formativa que não são pontuados. Quando utilizo mapas conceituais não o faço com pontuação. Na verdade, costumo trabalhar com eles em produções discentes, como papers, seminários, memoriais, relatórios parciais e finais de pesquisa, pois penso que eles ajudam o aluno / pesquisador a organizar melhor suas idéias e tb dão ao aos leitores das pesquisas (no caso de banca de qualificação) um norte sobre o percurso da pesquisa. Portanto, não utilizo os mapas conceituais na perspectiva de pontuá-los.
Em resposta à Sérgio Abranches

Re: Mapas Conceituais como uma ferramenta para a avaliação da aprendizagem

por Usuário excluído -

Ola Sérgio,

Normalmente eu não trabalho a avaliação de forma quantitativa, pois associo a avaliação dos mapas com  a avaliação por portfólio. Porém já participei de algumas experiências quali-quantitativas de forma bem positiva, com duas orientandas minhas da área de letras . Uma delas é co-autora comigo, destes textos publicados aqui neste módulo - Rita Marriott .

Muitas vezes a escola é regida por um príncipio de avaliação, que diz que para uma boa pergunta há sempre uma boa resposta - no caso dos mapas há sempre um mapa "correto". Cabe a nos professores "ensinar a boa resposta". Isto pode ser verdadeiro qdo aquestão é 2x2=4, mas qual a boa resposta para : Quem tem razão no conflito na faixa de Gaza? Nos mapas também nem sempre é possível avaliar de forma quantitativa.  A riqueza muitas vezes está muito mais na avaliação qualitativa do mapa, do processo e não do produto.

A discussão é muito interessante. Gostaria de "ouvir" outras opiniões e experiências.

Patricia

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Mapas Conceituais como uma ferramenta para a avaliação da aprendizagem

por Usuário excluído -

Patrícia e Sérgio,

creio que chegamos àquele ponto que começamos a discutir sobre a existência de mapas "corretos" ou não.

Avaliar com mapas conceituais requer do professor uma compreensão de avaliação que vá além da pontuação, apesar das obrigações institucionais e burocráticas.

Neste caso é preciso observar os avanços do aluno no seu percursso de estudo. Uma boa idéia é a solicitação de um mapa no início e outro no final da disciplina, para que o próprio aluno possa analisar e perceber que caminhos ele trilhou com a disciplina, ou até mesmo que outros elementos ele agregou.

Como você nos diz Patrícia, é importante que o professor possa acompanhar o processo de construção dos mapas e que elementos ele foi incorporando aos conhecimentos que ele já possuia e aos conhecimentos que foram trabalhados no percursso da disciplina.

Mas, continuemos a analisar as possibilidades do uso dos mapas como recursso para avaliar...

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Re: Mapas Conceituais como uma ferramenta para a avaliação da aprendizagem

por Usuário excluído -

Compartilho das visões da Lucila e Patricia e entendo que o Fernando levanta um aspecto muito importante: é preciso observar os avanços do aluno no seu percursso de estudo.

Nessa direção, acredito que um bom caminho, além dos apresentados, é desenvolver o olhar avaliativo com o aluno (auto-hetero-avaliação) para que ele participe ativamente desse processo e possa, como principal interessado, desvelar seu próprio percurso...

Bjs

Adriana

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Re: Mapas Conceituais como uma ferramenta para a avaliação da aprendizagem

por Raquel Pasternak Glitz Kowalski -
Olá Adriana
Concordo com você.
A inovação desse caminho de avaliação é o aluno participar ativamente do processo com um novo olhar e assim crescer e desenvolve sua própria de maneira de aprender e se avaliar.
[]s a todos
Raquel
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Re: Mapas Conceituais como uma ferramenta para a avaliação da aprendizagem

por Usuário excluído -

Fernando,

Eu adoro uma citação de Simone Ramain  onde ela diz que prefere ver o borão do trabalho de um aluno do que este mesmo trabalho passado a limpo, porque no borrão é possível acompanhar o caminho percorrido pelo aluno....

A construção do mapa conceitual pelo aluno ou por um grupo de alunos é um processo muito rico... a seleção de conceitos, a hierarquização, as palavras de ligação.... no grupo a negociação....com certeza nos diz mais do que o mapa publicado...

Bj

patricia

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Re: Mapas Conceituais como uma ferramenta para a avaliação da aprendizagem

por Usuário excluído -

Fernando,

O trabalho final da disciplina de Momento Integrador, onde os alunos aprendem a desenvolver mapas conceituais, é a construção individual da transversalidade de todas as disciplinas do período sobre um tema, sobre um caso clínico, etc. Todos os mapas são acompanhados desde o início da displina pela docente em sala de aula ou no laboratório de informática.

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Re: Mapas Conceituais como uma ferramenta para a avaliação da aprendizagem

por Usuário excluído -
Muito oportuna sua observação, Patrícia, se considerarmos o dinamismo (momento) na construção dos MC e a significação que o aluno atribui: priorizou tal conceito por que? Esqueceu um termo principal ou achou irrelevante ? Por que tal elemento tão diferente do restante do grupo?

O exposição , em sala de aula, das diversas produções, conforme já falamos, é um momento bem interessante para a auto e hetero avaliação!

Abraço,

Rosangela

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Re: Mapas Conceituais como uma ferramenta para a avaliação da aprendizagem

por Usuário excluído -

Caros colegas,

Buzan no livro de

Ontoria, A., Gómez, J. P. R. e Luque, A., Aprender com mapas mentais.

distingue quatro regras  da  técnica de mapas conceituais : ênfase, associação, clareza e estilo pessoal.

1. Regra da ênfase: Trata-se de pôr em evidência o conteúdo de maneira que este cause o maior impacto possível. Para tal, o recurso mais adequado é a utilização da imagem, com a dimensão, cor, tamanho diverso das letras ou palavras, organização do espaço, etc.

2. Regra da associação: Um dos aspectos vinculado à ênfase é a intenção de estabelecer associações entre os conceitos, como forma de compreensão e retenção. Basicamente, estas ligações fazem-se por intermédio de setas, cores, códigos, etc..

3. Regra da clareza: Um elemento importante é a figuração das palavras com clareza. Reside na direção da redação das palavras, uso das linhas e da sua ligação entre si e da ligação palavra-linha.

4. Regra do estilo pessoal: Cada pessoa confere ao mapa o seu cunho pessoal, em consonância com a sua imaginação, as suas capacidades e o seu modo de pensar.

Estas regras podem nos ajudar a estabelecer critérios de avaliação.

Vamos pensar um pouco sobre isto? aguardo novas contribuições.

Bj

Patricia

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Re: Mapas Conceituais como uma ferramenta para a avaliação da aprendizagem

por Usuário excluído -
Olá equipe! Oi Patrícia! Concordo inteiramente com você quando observa que não existe um mapa "correto" pois cada estudante resignifca o texto ou melhor faz a "leitura do texto" de forma diferente, articulando os conceitos e sub conceitos de forma singular e original. E a tecnologia e seus aplicativos (Cmap tool e outros, por exemplo)estão aí para promover cada vez mais a  aprendizagem significativa dos alunos.
Em resposta à Usuário excluído

Re: Mapas Conceituais como uma ferramenta para a avaliação da aprendizagem

por Raquel Pasternak Glitz Kowalski -
Olá colegas...

Acredito que a auto avaliação é um fator muito importante para o uso de MC como avaliação.

Já participei de disciplinas onde o processo solicitava um MC no início e outro no final e posso confirmar que a aprendizagem se desenvolveu e a técnica colaborou muito.

A técnica me ajudou a visualizar o todo e compreender novos conceitos.

Minha particularidade de aprendizagem é visual, acredito que isso facilitou a minha compreensão com o uso de MC.

OBS: aproveito para pedir desculpas pela ausência no chat de ontem.

[]s
Raquel

Em resposta à Raquel Pasternak Glitz Kowalski

Re: Mapas Conceituais como uma ferramenta para a avaliação da aprendizagem

por Usuário excluído -

Olá, pessoal, concordo com as idéias acima e vejo a necessidade da produção individual dos alunos com MC, mas também a troca e construção coletiva ou em grupos sobre uma referência temática, ficam muito produtivas estas propostas também.

Até,

Elizete

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Re: Mapas Conceituais como uma ferramenta para a avaliação da aprendizagem

por Usuário excluído -

Colegas,

A produção de mapas conceituais em grupos é muito interessante, mas apresenta muitas dificuldades. A avaliação neste caso deve considerar a participação individual e a participação no grupo.

Mais uma questão para discutirmos...

Bj

Patricia

Em resposta à Usuário excluído

Re: Mapas Conceituais como uma ferramenta para a avaliação da aprendizagem

por Usuário excluído -

Olá a todos,

Como Patrícia falou é muito interessante a utilização de MC em grupos, mas apresenta algumas dificuldades, particularmente utilizo MC para produção individual dos alunos. Mais gostaria de saber com colegas que estão utilizando MC em grupos quais dificuldades estão encontrando? E o que estão fazendo? E como avaliar individualmente e em grupo? Como distinguir quem fez o que? Estou com algumas duvidas e gostaria de dividi-las com vocês.

Abraços,

Ibsen Bittencourt

Em resposta à Usuário excluído

Re: Mapas Conceituais como uma ferramenta para a avaliação da aprendizagem

por Usuário excluído -

Ola Ibsen,

Eu tenho algumas experiências de MC em grupo. Mas a metodologia que considero mais interessante é pedir aos alunos que elaborem individualmente o MC sobre um determinado tema, texto, filme.....

Depois solicito que os alunos elaborem um novo mapa, desta vez em grupo, sobre o mesmo tema, texto, filme.....

O interessante ao final é verificar que o MC do grupo é muito mais do que a simples soma dos mapas individuais.

Eu ainda muitas vezes peço que eles façam o caminho inverso, ou seja , partindo dos mapas eles devem produzir um texto, individual ou coletivo.

A técnica de maps conceituais, é exelente para o fichamento de livros e ajuda os alunos a elaborarem suas dissertações e teses.

Abç

Patricia

Em resposta à Usuário excluído

Re: Mapas Conceituais como uma ferramenta para a avaliação da aprendizagem

por Usuário excluído -

Olá Colegas,

Tenho realizado com alunos da graduação os mapas inicialmente individuais e depois em grupo. Concordo com a Prof Patricia que o resultado do mapa em grupo é muito rico e permite aos alunos um novo olhar também sob seus mapas individuais.

A produção de texto como caminho inverso também é muito rica, solicito aos alunos também que acrescentem outras referencias aos conceitos principais.

A avaliação dos mapas pode ser quantitativa e qualitativa. A análise quantitativa irá verificar o número de conceitos, de proposições, de hierarquia, de enlaces cruzados e de exemplos enquanto a qualitativa irá analisar a pertinência dos conceitos, das proposições, a adequação dos enlaces cruzados e da hierarquia conceitual. Os dois níveis quantitativos e qualitativos não devem ser avaliados separadamente uma vez que na avaliação dos mapas eles são sempre complementares.

O critério de avaliação proposto por NOVAK & GOWING (2002) é muito interessante.

Os critérios adotados por Novak e Gowing perpassam a avaliação da presença de proposições válidas indicadas por palavras ou frases de ligação pontuando 01 ponto para cada proposição válida; presença de hierarquia conceitual considerando a organização dos conceitos mais gerais e inclusivos para os mais específicos, pontuando 05 pontos para cada nível hierárquico válido; presença de enlaces cruzados entre diferentes segmentos do mapa, pontuando 10 pontos para cada enlace válido que ilustre uma síntese entre conceitos e proposições e 02 pontos caso o enlace seja válido mas não ilustre a síntese; presença de exemplos que ilustrem conceitos ou proposições pontuando 01 ponto para cada exemplo e um critério adicional que pode ser utilizado comparando-se mapas de expertos ou mediadores

Em resposta à Usuário excluído

Re: Mapas Conceituais como uma ferramenta para a avaliação da aprendizagem

por Usuário excluído -

Ibsen,

Cito a avaliação com os critérios de NOVAK.

Quanto a saber quem fez o que, solicito sempre após a construção do grupo que os aprendizes apresentem o mapa e direciono perguntas a todo grupo. O que tenho vivenciado é a sinceridade dos alunos que durante a apresentação fazem também a avaliação dos demais participantes do grupo em termos de colaboração para a construção do mapa. Tenho tido bons resultados assim.

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Re: Mapas Conceituais como uma ferramenta para a avaliação da aprendizagem

por Fábio Kalil de Souza -

Olá pessoal! Olha a Bahia aí gente!!

Vamos à reprise da semana?

Lucila Pesce sublinha a importância dos Mapas Conceituais (MC) tanto para o docente quanto para o discente no processo de avaliação formativa. A este, ela explica, o mapa serve como “momento de síntese dos conceitos significativos”, permitindo posterior consulta e análise para identificação de seu estágio de aprendizagem;  para o docente, Pesce lembra que os MCs funcionam como “instrumentais poderosos no diagnóstico da aprendizagem dos alunos”.

Referindo-se especialmente à Lucila e Patrícia Torres, Sérgio Abrantes se interessa em conhecer suas experiências na articulação dos MCs e outros métodos de avaliação, como também “na questão da pontuação” dos mapas produzidos pelos discentes. Em função da possibilidade de mera classificação, o professor recomenda cuidado na pontuação dos MCs.

Cautelosa, Lucila explica que há índices da avaliação formativa que não se vinculam à pontuação. Conclusivamente declara que não usa os MCs para avaliação somativa de seus educandos, e sim para auxiliá-los a “organizar melhor suas idéias”.

Trilhando um caminho similar, Patricia Torres responde: “normalmente eu não trabalho a avaliação de forma quantitativa”, avaliando conjuntamente mapas e portifólios. Contudo, sinaliza sua participação em experiências de avaliação quanti-qualitativa de MCs. Como nem sempre é viável atribuir pontos a um mapa, chama atenção para o fato de ser mais rico o seu processo de construção ao invés do produto final.

Sem pedir licença mas com sua prerrogativa de professor-pesquisador, Fernando Pimentel colabora com a discussão pontuando a necessidade, derivada do professor, de uma compreensão ampla da avaliação da aprendizagem para além dos aspecto classificatório/quantitativo. Neste caso, Pimentel acrescenta: “é preciso observar os avanços do aluno no seu percurso de estudo”. Ainda sugere: “uma boa idéia é a solicitação de um mapa no início e outro no final da disciplina”.

Adriana bruno vai de carona com os pensamentos críticos dos colegas que lhe antecederam, introduzindo um novo elemento à discussão: a auto-avaliação. Noutras palavras: o estudante é convidado a auto-avaliar-se além da avaliação docente. Raquel Kowalski corrobora com a posição de Adriana, qualificando como inovadora a participação ativa do estudante no processo avaliativo.

Com base em citação de Simone Ramain, a qual valoriza-se mais o “caminho” do que o resultado num trabalho discente,  Patrícia enfatiza a riqueza do processo de construção de um mapa por ele, uma vez que “a seleção de conceitos, a hierarquização, as palavras de ligação.... no grupo a negociação....com certeza nos diz mais do que o mapa publicado”, conclui.

Inspirada na argumentação de Fernando e sobretudo na sua experiência docente, Luiza Forte informa que o trabalho derradeiro “da disciplina de Momento Integrador (...) é a construção individual da transversalidade de todas as disciplinas do período sobre um tema, sobre um caso clínico”.

Rosangela Agnoletto vai de mãos dadas com a postura crítica de Patricia e, pautada na elaboração de um mapa e atribuição de sentidos pelo discente, torpedeia a discussão com as questões:  priorizou tal conceito por que? Esqueceu um termo principal ou achou irrelevante ? Por que tal elemento tão diferente do restante do grupo?”.

Patricia Torres novamente entra em cena e socializa contribuições teóricas de Ontoria, A., Gómez, J. P. R. e Luque, A., no livro Aprender com mapas mentais, no qual se distingue quatro regras na construção dos MCs, que são: a) ênfase: evidenciar o conteúdo de modo impactante; b) associação: estabelecer nexos coerentes entre os conceitos; c) clareza: refere-se à direção das palavras, uso das linhas e da conexão palavra-linha e d) estilo pessoal: que é a marca, a “impressão digital” reveladas pelas linguagem, criatividade e cultura do autor. Em outro post, Torres põe mais combustível na discussão ao tratar da produção e avaliação de mapas grupais. Segundo ela, a avaliação abarca a atuação tanto individual quanto grupal.

Ibsen Bittencourt apresenta dúvidas: “gostaria de saber com colegas que estão utilizando MC em grupos quais dificuldades estão encontrando? E o que estão fazendo? E como avaliar individualmente e em grupo? Como distinguir quem fez o que?”.

Patricia propõe respostas: inicialmente solicita que cada estudante construa um determinado mapa e, em seguida e sobre o mesmo tema/assunto, a construção seja coletiva. Contrastando os dois mapas –individual e grupal- percebe-se que o último é mais amplo e sofisticado que a soma dos individuais, afirma a Patricia. Esta também informa que segue o percurso contrário: dos mapas aos textos, vídeos etc. (individuais ou coletivos).

Finalmente Luiza Forte concorda com Patrícia em suas idéias nucleares, trazendo nova luz à compreensão da avaliação quanti-qualitativa dos mapas. A avaliação quantitativa considera o número de conceitos, de proposições, de hierarquias e de cruzamentos existentes; ao passo que a qualitativa focaliza a pertinência/coerência entre todos eles(as).  Pontua que tais avaliações são complementares e encerra dialogando com Novak e Gowing (2002) ao proporem critérios de avaliação dos MCs.

Agora com recado endereçado a Ibsen, Luiza, além de remetê-lo ao critérios de avaliação por Novak, conta parte de sua experiência: “solicito sempre após a construção do grupo que os aprendizes apresentem o mapa e direciono perguntas a todo grupo”, gerando um signicativo intercâmbio de trocas entre os educandos, que se avaliam mutuamente.

 

Uma feliz semana a tod@s!

Kalil (Equipe PPG/UFBA)

Em resposta à Fábio Kalil de Souza

Re: Mapas Conceituais como uma ferramenta para a avaliação da aprendizagem

por Sérgio Abranches -

Obrigado, Kalil, pelo excelente resumo das discussões sobre este tema. Alguns aspectos tinham ficado em segundo plano para mim, e que agora consigo retomar.

Continuando, então, nossa discussão, coloco-me a questão da avaliação com MC na educação on line. Parece-me que a idéia de fazer um mapa processual e coletivo com a turma ganha um novo significado. O confronto entre os alunos, visando uma nova elaboração do conhecimento, sempre me parece enriquecedor.

Neste sentido, MC dinâmicos da turma podem ser eixos organizadores durante o período de estudos (talvez um semestre, ou algo assim).

Como disse antes, não tenho esta experiência, e agora estou me organizando para introduzir na minha próxima turma.

Abraços e bom restinho de carnaval

Em resposta à Fábio Kalil de Souza

Re: Mapas Conceituais como uma ferramenta para a avaliação da aprendizagem

por Usuário excluído -
Olá Fábio, muito significativo este seu "resumo", como diz Sérgio. Dá até para montarmos um MC com ele, socializando tudo aquilo que estamos discutindo e aprofundando.

Gostaria de trazer, para Ibsen e para os demais, os critérios apontados por Alexandra Okada no livro Cartografia Cognitiva (p. 59 e 60). Evidentemente trago para nosso ambiente apenas os pontos estruturantes. As questões específicas de cada tópico podemos visualizar, ler, analisar (e questionar) a partir do livro:

Questões para avaliação do processo de mapeamento(analisar as seguintes etapas):
1) Problematização
2) Revisão de Literatura
3) Interpretação da Leitura
4) Estudo Conceitual
5) Análise - união da teoria e prática
6) Sistematização para a escrita

Questões para avaliação de mapas cognitivos (analisar os seguintes aspectos):
1) Organização (consistente)
2) Conteúdo (objetivo)
3) Estética (claro)





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Re: Mapas Conceituais como uma ferramenta para a avaliação da aprendizagem

por Auxiliadora Padilha -

Oi pessoal,

assim como Sérgio, tenho interesse em saber como podemos usar o MC para EAD. Que recursos usar? que estratégias? O moodle não possui uma interface específica?

Que me falam vocês de suas experiências com MC e EAD?

bjs

Em resposta à Auxiliadora Padilha

Re: Mapas Conceituais como uma ferramenta para a avaliação da aprendizagem

por Raquel Pasternak Glitz Kowalski -
Olá pessoal,

Apesar de achar que exige um programa de aprendizagem rígido acredito que o Mind Meister (http://www.mindmeister.com) tem uma metodologia interessante para ser usada colaborativamente com alunos on-line.

Outra dica é o MindManager (http://www.mindjet.com/default.aspx), um software muito legal para se criar mapas mentais.

[]s
Raquel
Em resposta à Usuário excluído

Re: Mapas Conceituais como uma ferramenta para a avaliação da aprendizagem

por Usuário excluído -

Olá Fernado e todos,

Parabéns Kalil pelo resumo, muito proveitoso para quem não acompanhou a discussão desde o seu início.

Os pontos explicitados por Fernando são extremamente importantes, pois como informa Okada a avaliação só pode ser feita se os processos de orientação de construção forem claros, coerentes e críticas, uma vez que a problematização e a revisão de literatura tem papéis fundamentais para o desenvolvimento do mapa. 

Vale a pena ler o livro.

Abraços,