Mídia e Mediações Pedagógicas

Dos Meios ás Mediações

 DOS MEIOS ÀS MEDIAÇÕES [1]

As tradicionais instâncias de formação, escola e família vêm pouco a pouco sendo superadas por outros processos de comunicação de massa que surgiram com o advento da rádio e da TV, do computador e da internet.

Para Orosco, a escola, a família, a igreja e o bairro são cenários socioculturais diferenciados que agem como mediadores no processo de recepção da mídia, fornecendo novos sentidos sociais e sinalizando para os  usos sociais dos meios.  As reflexões de Orosco geraram o fortalecimento da temática da recepção como referência para se estudar o processo de comunicação, sobretudo na educação. 

A escola é o local de recepção crítica da mídia. Por isso  torna-se importante ampliar os espaços de resignificação da narratividade dos alunos e entender como esses interagem com os conteúdos   que as transmitem.  Para Orosco, a visão distorcida segundo a qual os meios de comunicação só servem para divertir e não para educar, deve-se a ausência da mediação da escola.(OROZCO, 2005). O conceito de mediação permite pois, captar a comunicação social na interação entre o espaço da produção e do consumo

O modelo de múltiplas mediações proposto por Orosco ( apud OROFINO, 2006 p.64) partiu da comprovação empírica de que o professor na escola pode exercer uma mediação positiva  na aprendizagem do aluno, utilizando as mídias.

O Video: Recado da 81 ( não conseguimos  acessá-lo via you tube) fala bem sobre a questão de se trabalhar com visões alternativas; de como se pode empregar  a imagem e o texto no contexto do nosso ensino. É roteirizado pela profa. Dra Maria Isabel Orofino, autora do livro: Mídias e Mediação Escolar. Pedagogia dos Meios, Participação e Visibilidade. São Paulo: Cortez, Instituto Paulo Freire, 2005 e nos foi gentilmente cedido por ela quando convidada para o I simpósio Mídia Educação/ Bahia na UNEB. 


    [1]  Esse sub-título foi inspirado no célebre livro de Jesús Martín Barbero intitulado: De los médios a las mediaciones: comunicación, cultura e hegemonia, publicado em 1987 pela UFRJ. A presença de suas teses no pensamento dos estudiosos da comunicação no Brasil é marcante, principalmente a partir da publicação desse livro. A comunicação passou a ser compreendida como um espaço estratégico que abrange pensar desde os blocos históricos até as contradições que dinamizam as sociedades, estas fixadas entre o subdesenvolvimento e a modernização compulsiva. (Maria Olivia de Matos Oliveira).