Hipertexto: das pinturas rupestres em cavernas à WEB 2.0

Considerações Finais

Considerações Finais

Sob a perspectiva histórica, observamos, após percorrer a linha do tempo traçada, que os autores, obras e mecanismos mencionados patrocinam uma escrita-leitura de produtos hipertextuais, a partir de uma textualidade até mesmo “pré- gutenberguiana”, passando por uma textualidade dita “gutenberguiana", para finalmente estabelecem, em seu conjunto, os pressupostos teóricos da "textualidade informática" conforme a vivenciamos na atualidade.

A compreensão dessas concepções e características construídas através da história e o olhar crítico sobre o arcabouço tecnológico atual, sob o prisma da hipertextualidade, tem permitido abordagens extremamente válidas e novas do hipertexto informático, contribuindo de maneira fundamental para se (re)pensar o "texto contemporâneo".

A história prova que uma nova forma de comunicação não se sobrepõe completamente a outra. A escrita não suplantou a oralidade. A imprensa não substituiu completamente os manuscritos. A fotografia não substituiu as artes plásticas, nem a televisão suplantou o rádio. Cada tecnologia encontra seu lugar no mundo e assim ocorre atualmente com o hipertexto e o livro.

O hipertexto constitui uma nova interface de comunicação do ciberespaço. Para Lévy (1999, p. 32), “as tecnologias digitais surgiram, então, como a infra-estrutura do ciberespaço, novo espaço de comunicação, de sociabilidade, de organização e de transação, mas também novo mercado da informação e de conhecimentos”.

A sociedade deve aproveitar todo o potencial cognitivo e interativo oferecido pelo hipertexto como recurso fundamental para a área educacional, de comunicação e de difusão do conhecimento.

(José Rosa Soares Filho)