5.4 Processo de Construção de um Mapa Conceitual

As avaliações podem ser desenvolvidas como um trabalho individual ou em grupo de dois ou três alunos, pois a troca que ocorre entre eles pode ajudar a corrigir idéias errôneas e promover o aprendizado significativo, já que os alunos estão muito provavelmente no mesmo nível de compreensão, muito mais que o professor e o aluno [1] (NOVAK, 2004).

Para evidenciar essa aprendizagem, é importante pedir para o aluno (ou os alunos do grupo) que leia(m) seu mapa em voz alta, verbalizando o que pensa (m), pois fica mais fácil para o professor avaliar se há evidências de que a aprendizagem está ocorrendo. 

Para muitos pesquisadores, o processo de construção de um mapa conceitual é mais importante que o produto, pois ele envolve o desenvolvimento do senso crítico e da criatividade, uma reflexão e tomada de consciência sobre o que realmente se sabe ou se compreendeu, e a busca de uma maneira sintetizada de expressar esse conhecimento. 

A prática do mapa conceitual demanda tempo, concentração e compreensão do conteúdo sendo exposto para que o aluno possa identificar e relacionar os conceitos sendo trabalhados.  Para o aluno acostumado a marcar “X” e a fazer exercícios e responder perguntas que não o desafiam, essa é uma técnica que causa estranhamento, pois exige uma mudança de postura. [2] (MARRIOTT, 2004, p.98) 

Por isso, o professor deve ser paciencioso na sua implementação, tanto com os alunos que se acostumam com uma nova maneira de pensar e externar o conhecimento, quanto com seus colegas de trabalho que podem não ver muito sentido no uso dessa técnica.

Ele deve ter a confiança de estar oferecendo uma ferramenta de ensino/aprendizagem poderosa, consolidada mundialmente por pesquisas feitas em todos os níveis educacionais que, com seu uso apropriado e embasado nos princípios teóricos, poderá trazer-lhes muitos benefícios e ajudá-los também na sua vida profissional.

[1] - NOVAK, Joseph.  A Science Education Research Program that led to the development of the Concept Mapping tool and a New Model for Education.  In A. J. Cañas, J. D. Novak & F. M. Gonzáles (Eds.), Concept Maps: Theory, Methodology, Technology.  Proceedings of the First International Conference on Concept Mapping (Vol. I). Pamplona: Universidad Pública de Navarra, 2004.
[2] -
MARRIOTT, Rita.  Do LOLA – Laboratório On-line de Aprendizagem – ao LAPLI – Laboratório de Aprendizagem de Línguas: uma proposta metodológica para o ensino semi-presencial em ambiente virtual. Dissertação de Mestrado, PUCPR, Curitiba, 2004.