5.3 – As Características do Mapa Conceitual

Para que um mapa conceitual possa ser avaliado de forma a ajudar o aluno na construção de seu conhecimento, primeiro precisamos saber quais são as características de um bom mapa.

Segundo [1] Novak, um bom mapa é aquele que apresenta uma estrutura hierárquica, ligações entre conceitos correta e concisa, e ligações cruzadas relacionando conceitos distantes (representando lances criativos por parte do criador do mapa) (2003).

Com base nos objetivos construtivistas e focalizando em aspectos qualitativos, o professor deve questionar (e ensinar os alunos a se auto-questionarem e a questionarem uns aos outros) sobre a exatidão e a validade do conhecimento representado nos mapas fazendo perguntas como as propostas por ZEILIK (2005):

  • Foram selecionados os conceitos mais importantes?
  • As ligações estabelecidas são aceitas cientificamente?
  • Existem várias ramificações na hierarquia e existem várias ligações cruzadas?
  • Alguma proposição sugere que o aluno tirou conclusões precipitadas?
  • Como o mapa conceitual do aluno tem mudado com o passar do tempo? 

Ao levar o aluno a uma auto-avaliação de seus mapas, ele passa a refletir sobre o processo, desenvolvendo sua meta-cognição.

Esse compartilhamento de responsabilidade no processo de aprendizagem contribui com a mudança de foco de um ensino centrado no professor, pedagogia da transmissão, para um centrado no aluno, pedagogia construtivista, e colabora substancialmente para o desenvolvimento da autonomia e autoconfiança.

Propondo diretrizes mais quantitativas para a avaliação dos mapas conceituais,  [2] BRÜUCHNER & SCHANZE (2004) sugerem uma tabela para pontuação (de 0 a 3 pontos), apresentada abaixo:

0 - Proposições falsas ou triviais.
1 - Proposições corretas entre dois conceitos concretos
(“planta” / “tem” / “folhas”).
2 -
Proposições corretas entre um conceito correto e outro abstrato (“folhas” / “produzem” / “fotossíntese”).
3 - Proposições corretas entre dois conceitos abstratos
(“fotossíntese” / “precisa da” / “luz do sol”).

[1] - NOVAK, Joseph D. The Theory Underlying Concept Maps and How To Construct Them. Cornell University, 2003, disponível em http://cmap.coginst.uwf.edu/info/ acesso em 20.08.2003.
[2] -
BRÜCHNER, Kirsten & SCHANZE, Sascha.  Using Concept Maps for individual knowledge externalization in Medical Education.  In A. J.