2.2 O uso de palavras/frases de ligação

O que diferencia os mapas conceituais das outras formas de representação visual da informação é o uso de palavras/frases de ligação.

A construção de um mapa visual ou esquema (estruturado hierarquicamente ou não) sem palavras de ligação é uma forma de organização da informação.

Expressar a natureza da relação dos conceitos (se são “decorrentes”, “parte”, “conseqüência”, “exemplo”, “exceção”, etc.) leva o aluno a exteriorizar a compreensão que ele tem do conteúdo sendo trabalhado, exigindo maior concentração e esforço de sua parte, propiciando um desenvolvimento cognitivo maior.

Para alguns alunos, ligar os conceitos é algo “difícil, complicado e leva muito tempo” [1] (MARRIOTT, 2004, p. 147). Novak explica essa dificuldade sentida por alguns deles pelo fato de que eles têm apenas uma compreensão superficial das relações entre os conceitos, e que são as palavras de ligação que evidenciam essas relações [2] (NOVAK, 2003, p. 6). Esse é um motivo pelo qual, algumas vezes, os alunos têm uma sensação de frustração e preferem técnicas que não precisem adicionar palavras de ligação.

Quando os alunos começam a construir mapas conceituais, a receber questionamentos e feedback construtivos por parte de seus colegas e professor, eles passam a descobrir as palavras de ligação mais comuns e adequadas, a qualidade dos mapas aumenta e o nível de frustração diminui, gerando uma maior satisfação pessoal e promovendo uma aprendizagem mais significativa.

[1] - MARRIOTT, Rita.  Do LOLA – Laboratório On-line de Aprendizagem – ao LAPLI – Laboratório de Aprendizagem de Línguas: uma proposta metodológica para o ensino semi-presencial em ambiente virtual. Dissertação de Mestrado, PUCPR, Curitiba, 2004.
[2] -
NOVAK, Joseph D. The Theory Underlying Concept Maps and How To Construct Them. Cornell University, 2003, disponível em http://cmap.coginst.uwf.edu/info/
acesso em 20.08.2003.