Capítulo 2 - Técnicas de Mapeamento da Informação

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Livro: Capítulo 2 - Técnicas de Mapeamento da Informação
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Data: quinta-feira, 16 mai 2024, 20:39

2.1 Representação Visual

Maneiras de representar a informação visualmente:

  • organizadores gráficos (figura 1);
  • esquemas com chaves contendo itens e subitens (figura 2);
  • mapas mentais (figura 3);
  • mapas conceituais ou mapas visuais;
  • fluxogramas;
  • entre outros.
figura 1
mapa1 mapa2
figura 2
mapa3
figura 3
mapa4
Fonte:, 1 http://piru.alexandria.ucsb.edu/~buchel/search/cMs.html & http://classes.aces.uiuc.edu/ACES100/Mind/c-m2.html; 2 http://estagios.uportu.pt/didactica/2003-2004/Aula8_MapasMentais.ppt#285, 15,Leis dos Mapas Mentais (cont.)

2.2 O uso de palavras/frases de ligação

O que diferencia os mapas conceituais das outras formas de representação visual da informação é o uso de palavras/frases de ligação.

A construção de um mapa visual ou esquema (estruturado hierarquicamente ou não) sem palavras de ligação é uma forma de organização da informação.

Expressar a natureza da relação dos conceitos (se são “decorrentes”, “parte”, “conseqüência”, “exemplo”, “exceção”, etc.) leva o aluno a exteriorizar a compreensão que ele tem do conteúdo sendo trabalhado, exigindo maior concentração e esforço de sua parte, propiciando um desenvolvimento cognitivo maior.

Para alguns alunos, ligar os conceitos é algo “difícil, complicado e leva muito tempo” [1] (MARRIOTT, 2004, p. 147). Novak explica essa dificuldade sentida por alguns deles pelo fato de que eles têm apenas uma compreensão superficial das relações entre os conceitos, e que são as palavras de ligação que evidenciam essas relações [2] (NOVAK, 2003, p. 6). Esse é um motivo pelo qual, algumas vezes, os alunos têm uma sensação de frustração e preferem técnicas que não precisem adicionar palavras de ligação.

Quando os alunos começam a construir mapas conceituais, a receber questionamentos e feedback construtivos por parte de seus colegas e professor, eles passam a descobrir as palavras de ligação mais comuns e adequadas, a qualidade dos mapas aumenta e o nível de frustração diminui, gerando uma maior satisfação pessoal e promovendo uma aprendizagem mais significativa.

[1] - MARRIOTT, Rita.  Do LOLA – Laboratório On-line de Aprendizagem – ao LAPLI – Laboratório de Aprendizagem de Línguas: uma proposta metodológica para o ensino semi-presencial em ambiente virtual. Dissertação de Mestrado, PUCPR, Curitiba, 2004.
[2] -
NOVAK, Joseph D. The Theory Underlying Concept Maps and How To Construct Them. Cornell University, 2003, disponível em http://cmap.coginst.uwf.edu/info/
acesso em 20.08.2003.

2.3 A estruturação dos conceitos

A estruturação dos conceitos hierarquicamente também é uma prática que demanda empenho.

A escolha do conceito inclusor mais importante (do qual irão se desprender os outros conceitos que têm um nível menor de generalidade), dos tópicos principais e detalhes de apoio requer reflexão e planejamento, e a hierarquização ao longo dos galhos é diretamente dependente da compreensão do conteúdo sendo trabalhado, do conhecimento prévio dos alunos e do objetivo da construção do mapa.

Num mapa conceitual, as ligações podem ser de duas naturezas: verticais, chamadas de Diferenciação Progressiva, ou cruzadas (também chamadas de horizontais) denominadas de Reconciliação Integrativa.

A Diferenciação Progressiva está relacionada à hierarquização dos conceitos, de conceitos mais inclusivos para conceitos menos inclusivos (por isso é também conhecida como ligações verticais).

Na Reconciliação Integrativa, procura-se fazer relações entre conceitos de galhos (ou pernas) diferentes, procurando “integrá-los”.

São nas ligações verticais ou cruzadas que o aluno demonstra sua criatividade e conhecimento prévio, e devido a esses fatores é que elas devem ser encorajadas.

2.4 Conceito de Cartografia Cognitiva

mapa

Leitura Complementar:

IBGE. Noções Básicas de Cartografia. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/cartografia/manual_nocoes/indice.htm> Acesso em: 19 Dez. 2007.

REVISTA BRASILEIRA DE CARTOGRAFIA. Disponível em: <http://www.rbc.ufrj.br/_next/_rbc.htm> Acesso em: 19 Dez. 2007.

WIKIPEDIA. Cartografia. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Cartografia> Acesso em: 19 Dez. 2007.

2.5 Definição de Cartografia Cognitiva

cartografia

2.6 – As Diversas Formas de Representar o Conhecimento Graficamente

Mapas são representações gráficas de informação e conhecimento. Existem diferentes formas de representar o conhecimento graficamente, vamos conhecer as seguintes:

  • Mapa mental
  • Mapa cognitivo
  • Mapa semântico
  • Mapa de conhecimento
  • Webmaps
Mapa conceitual

mapas

2.6.1 Mapa Mental

Mapas mentais são diagramas hierárquicos com informações importantes sobre um tema de maneira organizada e sinteticamente.

Veja algumas aplicações dos mapas mentais:

mapa mental

Leitura Complementar:

MAPAS MENTAIS. Disponível em: <http://www.mapasmentais.com.br/modelos/inteligencia/inteligencia.asp> Acesso em: 19 Dez. 2007.

2.6.2 Mapa Cognitivo

Mapa Cognitivo refere-se “ao processo pelo qual um organismo representa o ambiente em seu próprio cérebro, uma atividade que os cientistas do cérebro mais contemporâneos parecem concordar como sendo uma das principais funções do cérebro” (Laszlo, Masulli, Artigiani & Csányi, 1995).

Os mapas Cognitivos apresentam conceitos e relações entre os mesmos que são utilizados pelas pessoas para compreenderem o seu ambiente de forma significativa.

Os mapas cognitivos são representações, schemas ou modelos mentais construídos pelos indivíduos, a partir das suas interações e aprendizagens em um domínio específico do seu ambiente, e que cumprem a função de dar sentido à realidade e permitem-lhes lidar com os problemas e desafios que esta lhes apresenta (Swan, 1997 apud Bastos, 2002).

Normalmente os mapas cognitivos estão em forma de rede de frases ligadas por setas ou arcos com conexão de explicações e utilizam de números para demonstrar a seqüência das explicações.


mapa

Fonte:
RIEG e ARAÚJO FILHO (2003)

Leitura Complementar:

COSTA, M. D. ; KRUCKEN, Lia . Aplicações de mapeamento do conhecimento para a competitividade empresarial. In: KM BRASIL 2004.

Gestão do Conhecimento na Política Industrial Brasileira, São Paulo, 2004. Disponível em: <http://dici.ibict.br/archive/00000957/01/mapas_do_conhecimento_costa_krucken.pdf> Acesso em: 19 Dez. 2007.

2.6.3 Mapa Semântico

Mapa semântico é uma representação visual de um conceito particular, é uma estruturação da informação em categorias representada graficamente.

É uma técnica que permite tomar consciência da relação das palavras ou conceitos entre si. (Heimlich y Pittelman, 1990).


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Fonte:
COSTA (2003) Mapa semântico  http://dici.ibict.br/archive/00000957/01/mapas_do_conhecimento_costa_krucken.pdf


2.6.4 Mapa de Conhecimento

Mapa de conhecimento é a ferramenta através da qual se pode apresentar a compreensão sobre um tema ou assunto.

Representa uma estrutura cognitiva, apresenta relação de hierarquia e conexões entre conceitos.


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2.6.5 Webmaps

Um bom exemplo de webmaps é o software Nestor que permite a navegação colaborativa, a organização de atividades a distância, a construção de objetos e de representações.

Na construção dos mapas é possível enriquecê-los com conteúdos pessoais como anotações e novos documentos.

O software Nestor é gratuito e pode ser adquirido no site: http://www.gate.cnrs.fr/~zeiliger/nestor/nestor.htm

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Fonte: Disponível em: <http://www.projeto.org.br/nestor/ri2.htm>

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