1.2 O surgimento dos Mapas Conceituais

Os Mapas Conceituais foram desenvolvidos por Joseph Novak e sua equipe em 1972 durante um trabalho de pesquisa que envolveu: 191 crianças em 5 escolas publicas de Ithaca, NE, EUA.

A pesquisa de Joseph Novak teve início em 1971 e desenvolveu-se ao longo de 12 anos acompanhando o desenvolvimento cognitivo de crianças entre 6 e 8 anos de idade, que estavam no início do ensino fundamental e que foram acompanhadas até o seu último ano na escola, antes de entrarem na Universidade.

Novak

 

 

 

 

 


Joseph Novak e sua equipe sentiram a necessidade de desenvolver uma ferramenta, fundamentada nos princípios teóricos de Ausubel e Vygotsky, que facilitasse o acesso as informações coletadas nas entrevistas gravadas e que pudesse representá-las de uma forma clara e resumida.

 

A técnica de selecionar os conceitos chaves das entrevistas e transcrevê-los construindo uma estrutura hierárquica gerou a ferramenta conhecida hoje por Mapas Conceituais.

Por meio de um Mapa Conceitual, o conteúdo de entrevistas de 20 páginas pôde ser representado visualmente e expresso em apenas uma página.

Por meio de um Mapa Conceitual é possível observar quando os conceitos são apreendidos na prática, isto é, por meio de aprendizagem significativa, pois tais mapas refletem um maior número de relações cruzadas e criativas com conceitos já existentes.

A comparação dos dados das entrevistas de Joseph Novak, representados pelos mapas conceituais ao longo dos anos, revelou que os mapas ilustravam com precisão e claridade a estrutura cognitiva do aluno naquele momento específico e tornavam relativamente fácil o acompanhamento das mudanças específicas na estrutura de conhecimento do aluno no decorrer do tempo.

 

 

Essa descoberta mudou o programa de pesquisa de Joseph Novak e sua equipe: os mapas conceituais passaram a ser sistematicamente usados como a ferramenta para representar o desenvolvimento da compreensão dessas crianças e foram reconhecidos, nesse e em outros projetos (Ruiz-Primo & Shavelson, 1996; Shavelson & Ruiz-Primo, 2000; Kankkunen, 2001), como uma técnica poderosa e confiável para representar o conhecimento.