Pessoal,
Diante do que vimos sobre multimídia, educação, hipermídia e hipertexto nesse tópico, vamos iniciar nossa discussão. No entanto, diante de tanta coisa intrigante fica difícil decidir por onde começar.
Será que começamos indicando quais as possibilidades educativas do hipertexto ? ou
expondo algumas questões atuais para discutirmos sobre o uso de Hipermídia e Hipertexto na Educação Contemporânea ? ou
apresentando os aspectos positivos e negativos do uso desses recursos na educação?
Hipermídia e Hipertexto na sociedade contemporânea
Re: Hipermídia e Hipertexto na sociedade contemporânea
Olá pessoal,... nas criticas ao hipertexto, o autor mensiona um fato curioso que não conheciamos, de que ler na tela do computador é 30% mais lento que no papel. Vocês ja ouviram falar no kindle da Amazon? Vejam o video no link abaixo. Alias que legal os videos embutidos nas paginas. Já estamos ficando tão acostumados que nos cansa paginas com puro texto....
www.amazon.com procure um link kindle
Ou seja, é uma questão de tempo e essa diferença em relação ao papel vai ficar cada vez menor...
Abraços Orlando e Silvia
GPIMEM
Re: Hipermídia e Hipertexto na sociedade contemporânea
Olá Silva e Orlando,
Que bom que gostaram dos links... De fato as críticas mencionadas pelo autor realmente nos causa estranheza de início, mas essa pesquisa é real, pois as pessoas ainda não estão acostumadas a leitura na tela do computador por questões culturais e até biológicas, pois a claridade da tela incomoda a visão. Concordamos que é uma questão de tempo, até porque é ecologicamente correto ler na tela do computador... falta pouco para as pessoas se acostumarem que esse mundo "virtual" na nossa realidade real.
Adorei o kindle, não conhecia... vou pesquisar um pouco mais sobre.
Abraços,
Mary
Re: Hipermídia e Hipertexto na sociedade contemporânea
Olá pessoal! Olá Mary!
O problema da leitura na tela não seria também pela transposição literal de uma tecnologia para a outra? Ou seja, do papel para o pdf? O hipertexto eletrônico com hipermídia não minimizariam o problema?
Afinal de contas que é hipertexto? Que é hipermídia?
[]s
Méa
Re: Hipermídia e Hipertexto na sociedade contemporânea
Olá Méa,
Concordo plenamento com você. Penso que quando compreenderem que a leitura do pdf é a literal transposição da leitura do impresso e, que, a leitura virtual, digital vai para além do pdf, as pessoas realmente se adaptarão. Como a discussão desse tópico é hipertexto, refaço seus questionamentos para os demais: Afinal de contas o que é o hipertexto? O que é a hipermídia?
São efetivamente minimizadores do problema exposto inicialmente?
Vamos pessoal, participem! Aproveitem para enriquecer nosso glossário com esses conceitos...
Olá pessoal!
Muitas vezes quando o assunto fica girando em torno dos problemas que estamos encontrando na educação online, eu fico me perguntando o que será que está faltando?
Bem, vou retomar o pensamento que coloquei anteriormente sobre a questão dos "desbravadores" ou dos pioneiros (como queiram). Estamos nesta fase. Tudo ainda é muito recente e a cada dia mais um avanço tecnológico nos é apresentado. Imediatamente conseguimos vislumbrar possibilidades educacionais de tais recursos, interfaces, mídias e tecnologias.
Como pedagogo de formação, ainda puxo a sardinha para a minha brasa, ou seja, ainda vejo a necessidade de uma formação mais direcionada para o uso das TIC, inclusive para a Educação Online.
Infelizmente ainda estamos nos deparando com professores que usam interfaces de qualquer forma, tirando o mínimo de proveito do que aquela interface pode oferecer. Isso para não relembrar a depreciação pelos alunos.
Por esta razão a educação online ainda é vista com preconceitos (além de outros fatores, evidentemente).
Quero continuar acreditando que espaços como este, onde estamos discutindo, trabalhando, teorizando, experimentando e conceituando, são espaços de um modelo de formação que precisa ir adiante, que precisa tomar corpo.
Mas aparece-nos um outro componente: a quem é interessante esta formação? Já discutimos isso também!
No tocante as questões sobre Hipertexto e Hipermídia vejo que é necessário sairmos dos padrões da linearidade. É realmente promover uma revolução. Me vem a mente o próprio traçado da nossa mente e de como nossos neurônios se ligam e como as mensagens são transmitidas de um canto ao outro de nosso cérebro. Se entendermos este padrão não linear podemos entender (e aplicar) hipertextualidade.
Tenho uma proposta: vamos construir este texto de forma hipertextual?
O grupo poderia disponibilizar uma wiki para analisarmos nosso "poder" de transformar um texto linear em hipertexto.
Tá lançado o desafio!
Re: O que está faltando? Qual a formação docente desejável?
Olá pessoal !
Fernando: você tem ótimas colocações!. Você começa discutindo a questão da formação docente mais direcionada para o uso das TICS defendendo um modelo que precisa efetivamente tomar corpo e sair talvez do discurso...
Você também aborda a questão do hipertexto e da hipermídia
No meu modo de pensar, as nossas interlocuções e todo esse processo de construção dos módulos é pura hipertextualidade. Nos não somos lineares, seguimos nossos próprios percursos cogniivos, etc
Mas, voltando á sua linha de raciocínio, Fernando: que tema escolheríamos para o Wiki? Pensei: Do texto ao hipertexto
Voltando ao texto que linkei, O Aprendiz do futuro: como as tecnologias deixaram a educação de pernas para o ar, do jornalista Gilberto Dimenstein, gostaria de tecer alguns comentários
Escrito de forma jornalística, mais leve e mais solto que o texto acadêmico, o referido jornalista faz algumas reflexões muito importantes que estão no mesmo caminho de reflexões provocadas nesse e no outro Fórum.
Pergunta ele: Será o analfabeto do futuro o sem computador do presente?
O progresso científico e tecnológico que não responde fundamentalmente aos interesses humanos, às necessidades de nossa existência, perdem, para mim, sua significação. A todo avanço tecnológico haveria de corresponder o empenho real de resposta imediata a qualquer desafio que pusesse em risco a alegria de viver de homens e das mulheres” (FREIRE, 1987, p.147).
Olá pessoal!
Fernando destaco da sua fala o seguinte trecho: "No tocante as questões sobre Hipertexto e Hipermídia vejo que é necessário sairmos dos padrões da linearidade". (grifo tudo)
Aqui temos o X da questão. Diria o "nó" da questão. temos que desatar este nó aqui. Aqui é o lugar da pesquisa. temos problemas e juntos temos que encontrar soluções. Assim, aprenderemos e faremos diferença!
Seja no pdf que até virou "metáfora" para ilustrar o problema , seja aqui no livro do nosso Moodle, a linearidade ainda reina. A interface livro do Moodle é um livro eletrônico. Contudo, temos como criar hipertexto. Podemos lincar páginas entre si, fazendo intratextualidade e também intertextualidade quando acionamos o leitor para fora do livro. Esta possibilidade técnica existe aqui no Moodle.
Penso que o maior desafio é construir o roteiro, ou seja, arquitetar a narrativa. Em nosso módulo de Psicolofia da Aprendizagem não fizemos isso. Os textos criados pela professora Heloisa não foram roteirizados por nós. A autora escreve muito bem e com linguagem para EAD. O texto dialoga com o leitor e potencializa uma dialógica interna no seu pensamento. Contudo, fizemos a transposição para a interface livro e pronto. Não mudamos o formato para a mídia digital hipertextual.
A criação do fórum "co-criando o hipertexto" teve o objetivo de mapear "soluções", dicas para objetos, etc,etc. Contudo, o desafio na construção da narrativa do roteiro, continua. Aproveito o papo aqui para "acordar" este tema no meu grupo. Temos este desafio doravante ou agora se preferirem. Afinal , quando este curso for socializado na rede queremos mostrar um novo desenho de conteúdo.
Sobre o livro do módulo da UNEB, vejo o mesmo desafio. Artigos foram transpostos para a interface sem buscar novos formatos. O texto base não é um roteiro. No início do livro temos links incríveis. Adorei navegar por eles. Do meio para o final não temos mais nem intertextualidade. Intratextualidade não temos em nenhum momento.
Fernando, gosto muito do desafio proposto por você. Acho que podemos neste fórum discutir mais sobre como fazer o hipertexto. Temos que trazer procedimentos específicos:
- que é roteiro?
- que é web-roteiro?
- quais o elementos de um roteiro para conteúdo hipertextual?
- como usar bem os objetivos de aprendizagem?
- Como arquitetar uma narrativa hipertextual?
Se conseguirmos responder as questões acima, penso que cada grupo pode melhor seu conteúdo. Esta já seria uma ótima atividade. Grupo da UNEB o que acham do desafio? Topam mediar esta nova empreitada?
[]s
Méa
Olá Méa e Todos,
Essa tem sido uma discussão minha na construção do material didático para os cursos a UAB aqui da UNEB, pois ainda não se consegue sair do planejamento estruturado mentalmente para uma aula presencial, para um livro didático... penso que podemos encarar esse desafio sim, mas como uma equipe que compreenda as possibilidades hipertextuais e consiga planejar e "sentir" como e quanto promover a intratextualidade, intertextualidade, multilinearidade textual, no intuito de conseguir arquitetar a própria narrativa hipertextual.
Penso que essa é uma questão que podemos abraçar e tocar em frente, mas... com a participação efetiva do grupo.
Acredito ainda que os conteúdos de um roteiro para um conteúdo hipertextual tem que estar conectado com o que a rede nos disponibiliza, dando a idéia da "arvore do conhecimento" que Lévy nos fala.
Adoraria enfrentar esse desafio... até porque é o que estou enfrentando atualmente dentro da UNEB com os cursos da UAB.
Adorei sua intervenção e acredito que podemos "arquiterar a narrativa digital" com as potencialidades que o on line nos fornece.
Abraços,
Forum: reflexões sobre esse grande hipertexto que estamos construindo
Alô pessoal :Fernando, Méa, Lucila Pesce, Mary, José Rosa e todos que participam conosco desse 2º Fórum:
Para mim a questão é muito mais que sair dos padrões de linearidade. Isso creio que estamos fazendo. E acho que essa superação em certos momentos não é positiva, porque não podemos em nome da hipertextualidade deixarmos vozes sem serem ouvidas. Me explico: tenho observado atentamente as intervenções e vejo que mesmo construindo um Fórum de uma única discussão os participantes não respondem ás questões postas e iniciam outros questionamentos e outras demandas. Fernando e Lucila tem cada um deles uma demanda a ser atendida : a) a de Fernando é colocarmos um texto no wiki para discutirmos e assim exercitarmos nossa hipertextualidade. Lucila Pesce queria discutir mais sobre o Second Life. E agora surgem nossas questões (IMPORTANTÍSSIMAS) sobre web roteiro e sobre questões relacionadas á arquitetura de uma narrativa hipertextual. Na verdade a demanda de Fernando e a de Méa talvez se encaixem.Vamos no WIKI tentar construir essa narrativa hipertextual. Que tal? Desejo feedback ....Vamos sugerir um tema Do texto ao hipertexto: o poder da multimídia na educação Que tal?
Talvez os comunicadores sociais críticos (leiam jornalismo de primeira linha) já estejam mais a frente de nós educadores na construção dessas narrativas.... http://www.ufrgs.br/gtjornalismocompos/doc2005/carlaschwingel2005.doc
Quanto ao vídeo linkado por Mary cito aqui uma "grande"frase do palestrante: nos ambientes online não há ensino.... há aprendizagem....
Méa: assim como você avaliou o seu módulo, também avalio constantemente o nosso, e concordo com você : ainda não articulamos a narrativa hipertextual......mas estamos aprendendo..... Em função das suas acertadas colocações, no nosso Livro 3 vamos diminuir um pouco as nossas narrativas ( textos produzidos) pessoais e construir a narrativa hipertextual.....
Re: Forum: reflexões sobre esse grande hipertexto que estamos construindo
Olá Olívia!
Estamos de acordo que este curso online é um espaço realmente de aprendizagem. Sabemos que renderá livro, publicações, redes e muitos outros produtos e processos...Contudo, o maior ganho é a nossa formação continuada.
Aqui aprendemos estratégias "arte de juntar o máximo de certezas para enfrentar a incerteza".
O desafio continua. Espero que na etapa 2009 voltemos mais leves, mais energizados e com a mesma vontade de aprender juntos. Ainda não é uma despedida...
[]s
méa
Olá Fernando e todos,
Adorei sua proposta sobre o wiki e conversando com a Professora Olívia e resolvemos abrir o wiki, pois pensamos que o poder da colaboração na construção textual e hipertextual é essencial e, além disso, o uso das ferramentas do moodle, principalmente, o wiki ainda é muito pouco explorada, pois não se consegue superar o paradigma das construções individuais.
A proposta está lançada, justamente para construirmos um texto com o título DO TEXTO AO HIPERTEXTO: O PODER NA MULTIMÍDIA NA EDUCAÇÃO ON LINE.
Vamos ao wiki e iniciar esse novo desafio.
Abraços,
Mary
Re: Hipermídia e Hipertexto na sociedade contemporânea
Pessoal, há estudos que concebem que a hipermídia contém o hipertexto, mas não se restringe a ele, já que a primeira contempla uma relação que lida com links entre distintas mídias e o segundo lida com links entre textos. É uma interpretação possível...
Gostaria de trazer aqui uma outra reflexão: em meu entendimento, a leitura de um texto (veiculado na web em pdf) é sim um momento importante, no processo de construção do conhecimento de um dado conceito trabalhado em um curso online, inclusive pela sua possibilidade de um mergulho profundo, o que muitas vezes não é tão possível em outras mídias. O problema é a leitura na tela. Esta sim é cansativa, pois lemos os caracteres como pixeis; portanto, usamos o lado do cérebro acostumado a se relacionar com uma outra percepção, que não a sintático-semântica. Por isso achamos mais confortável quando imprimimos um pdf para lê-lo.
Penso que a educação online deva conviver com todas as mídias: impressa, animação, audio, vídeo, ambientes imersivos... É a orquestração harmoniosa destas mídias, a serem utilizadas cada qual com um objetivo específico, que traz as múltiplas possibilidades de construção de sentidos acerca de um conceito específico.
Quero aproveitar para trazer aqui uma outra reflexão: ao ler o livro disponibilizado deparei-me com a afirmação de que o Second Life seria uma espécie de game. Há estudos que os distinguem, pois, embora ambos sejam ambientes imersivos, nos games os usuários têm que lidar com regras pré-estabelecidas para atingirem um objetivo específico, o que já não ocorre no Second Life. O que vocês acham dessa diferenciação?
Abraço,
Lucila
Lúcia : você traz quatro reflexões muito pertinentes: 1a.) a diferença entre hipermídia e hipertexto, o primeiro contendo o segundo; 2a.) o cansaço que traz a leitura na tela do computador fato esse que mostra prejuizos já debatidos na mídia pelos mais diversos especialistas 3a.) a necessidade do uso na educação das mais diversas mídias e 4a.) a diferenciação entre Second Life e os games.
Quanto á essa última, na minha opinião e da própria criadora "não é jogo, mas “simulador de vida, de sonhos, criado e imaginado por seus usuários”.( Linden Labs) . Second Life é uma “vida paralela”, uma segunda vida além da vida “principal”, “real”. Como você disse Lúcia, temos o controle sobre nossas ações , somos livres e no jogo temos regras pré-estabelecidas . Os sites que se seguem são interessantes
http://www.youtube.com/watch?v=TMGR9q43dag&feature=related explorando possibilidades educacionais
http://www.second-news.net/second-life-jogo-ou-simulador-de-vida.html
Caros amigos e amigas,
Devo estar com algum problema com meu correio eletrônico, pois até o momento não recebi nenhum e-mail com os mais de 10 posts feitos neste fórum.
Muito rica a discussão, entro nela agora.
Com relação ao que foi colocado quanto à perda de percepção ao se ler um texto via tela de computador, o próprio Bill (o Gates) já escreveu que a partir de 4/5 páginas isso ocorre, além dos malefícios para a visão do leitor (como Mary bem colocou). Mas depois que vi o Kindle indicado por Sílvia (http://www.amazon.com/Kindle-Amazons-Wireless-Reading-Device/dp/B000FI73MA/ref=sr_tr_1?ie=UTF8&s=aps&qid=1226595457&sr=8-1) estou revendo estes conceitos, gostei muito do que vi no link sugerido.
Sobre o que Fernando e Mea colocaram, entendo, como Olívia, que este nosso próprio curso é um hipertexto. Entretanto acredito que uma experiência com um nível de hipertextualidade maior é possível, bem mais trabalhosa é verdade, porém mais interessante. Entretanto, com relação á Wiki especificamente (chegamos a discutir esta possibilidade no grupo do Módulo 7 – Uneb), até o momento não se concretizou neste curso. Outras equipes, de outros módulos, tentaram antes.
Sobre o texto do Dimenstein, muito interessante e atual, destaco sob o aspecto do papel do professor, tão discutido até aqui neste espaço: “ Ao contrário do que se imagina, a máquina faz do professor uma figura ainda mais indispensável e humana. “
Sobre o SecondLife, aproveitando o que foi colocado por Olívia e Lucila, acredito que é um espaço que deve ser primeiramente testado, para depois ser teorizado. Quem entrou lá sabe que tem regras sim, sociais inclusive. Ainda não tenho uma opinião concreta se é um game ou não. Há alguns ingredientes de game. Na época em que fiz o artigo, o crescimento do SecondLife era assustador. As perspectivas de negócio, inclusive, eram imensas. Várias empresas estavam presentes naquele momento. O que se verificou em seguida, uma característica na área de TIC, é que as previsões mais uma vez não se confirmaram. O potencial educativo, entretanto, na minha opinião é grande, assim como outros espaços do mundo da cibercultura.
um abraço a todos.
Gostaria de trazer aqui uma contribuição de Levy, mesmo sendo de conhecimento de todos. Acredito que precisamos sempre estar retomando algumas fontes...
As tecnologias intelectuais misturaram-se à inteligência dos homens por duas vias. A escrita, por exemplo, serviu por um lado para sistematizar, para gradear ou enquadrar a palavra efêmera. Por outro lado, ela inclinou os letrados a ler o mundo como se fosse uma página, incitou-os a decodificar signos nos fenômenos, das tábuas de profecias dos magos da Caldéia à decifração do código genético, como se a vida, muito tempo antes dos Fenícios, tivesse inventado o alfabeto. [...]
A metáfora do hipertexto dá conta da estrutura indefinidamente recursiva de sentido, pois já que ele conecta palavras e frases cujos significados remetem-se uns aos outros, dialogam e ecoam mutuamente para além da linearidade do discurso, um texto já é sempre um hipertexto, uma rede de associações. O vocábulo "texto", etimologicamente, contém a antiga técnica feminina de tecer. E talvez o fato deste tricô de verbos e nomes, através do qual tentamos reter o sentido, ser designado por um termo quase têxtil não seja coincidência. A humanidade, espécie falante, é também a raça que se veste.
Caros,
Pegando um 'gancho' no que foi colocado por Fernando, sugiro que vejam o Power Point que agora posto (compactado), no qual é abordado o "Hipertexto no processo ensino-aprendizado", apresentando alguns aspectos positivos e negativos (dos quais destaco um de cada abaixo), apresentando em seu final duas perguntas instigantes, já debatidas sob certo sentido neste curso, mas sempre atuais:
- Estamos de fato preparados?
- Os sistemas educacionais vigentes estão preparados?
ASPECTOS POSITIVOS:
Levy (1997) “Em um contexto de formação, os hipertextos deveriam favorecer, de várias maneiras, um domínio mais rápido e mais fácil da matéria do que através do audiovisual clássico ou do suporte impresso habitual”, já que, segundo o mesmo, a memória humana opera através de relações espaciais, sistema pelo qual se organiza o hipertexto/hipermídia".
ASPECTOS NEGATIVOS:
Segundo SANTOS, a não-linearidade pode exigir atenção redobrada para não desviar o foco de pesquisas, podendo-se perder o objetivo (quebra da coerência)
Olá José Rosa e Todos,
Concordo em parte com o exposto nessa complementação. Iniciando pelos questionamentos penso o seguinte:
- Não estaremos "preparados nunca", pois o hipertexto "muda" a cada segundo, de acordo com cada ponto da teia, de acordo com cada evolução contemporânea em relação ao tratamento de qualquer conteúdo, temática, assunto...
- Os sistemas educativos mesmo não estando preparados, precisam começar a trabalhar com essa lógica de construção do conhecimento, partindo do princípio que o próprio homem é um sujeito hipertextual e que o hipertexto "não é coisa nova", o espaço digital sim... esse precisa ser "desbravado"... utilizando o que Fernando colocou, temos que ser e encarnar ou virtualizar esses desbravadores...
- Em relação ao ponto negativo apresentado, volto ao que Méa colocou anteriormente: Só perderemos o foco se não houver um planejamento, um roteiro que atenda ao objetivo de construção daquele hipertexto, a proposição de um web roteiro que norteie as várias dimensões do hipertexto, sendo que, mesmo assim, não tem como fazer um hipertexto ser "objetivo", pois a coerência vai depender do objetivo de aprendizagem de cada um e das possibilidades de aprendizagem disponibilizadas pelos vários links...
Só para continuar a discussão, penso como Dias e Moura (2006), pois "os processos comunicacionais estão baseados na alteridade, ou seja, na relação dialógica entre o eu e o outro"(DIAS; MOURA, 2006, p. 78) , isto porque, se o "eu se contitui dialogicamente a partir do discurso do outro"(DIAS; MOURA, 2006, p. 78), o hipertexto sempre será vários textos, textos que constituem um nós e não o eu, portanto, plural, assim não-linear e coerente de acordo com o ponto de vista de cada um e o percurso de cada um.
REFERÊNCIA:
DIAS, Angela Alvares Correia; MOURA, Karina da Silva. O FIO DO DIALOGISMO NA (RE)CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO EM REDE: Uma concepção bakhtiniana dos processos de comunicação na prática pedagógica. In: SANTOS, Edméa;ALVES, Lynn (Org.) Práticas Pedagógicas e Tecnologias Digitais.Rio de Janeiro: E-papers, 2006, p. 77-90.
Olá amigos:
Mary, José Rosa, Marcos, Lucila, Fernando e demais colegas:
Por falar em hipertextualidade, acredito que uma nova forma de expressão escrita está sendo instaurada, novas formas narrativas estão sendo construídas,enfim estamos paulatinamente saindo da cultura de Gutenberg para uma cultura audiovisual inteiramente nova onde o hipertexto é uma realidade. Dinâmico, de interface amigável, informal e não linear, Castells, no seu livro A Galáxia da Internet, nos dá uma boa definição de hipertexto:
" O Hipertexto está dentro de nós, ou antes está em nossa capacidade interior de recombinar e atribuir sentido dentro de nossas mentes a todos os componentes do hipertexto que estão distribuídos em muitas diferentes esferas de expressão cultural.(..)Assim o hipertexto não é produzido pelo sistema de multimídia usando a Internet como um meio para nos atingir a todos. É , em vez disso, produzido por nós usando a Internet para absorver expressão cultural no mundo da multimídia e além dele. ( CASTELLS, 2001.p. 166) "
Re: Hipermídia e Hipertexto na sociedade contemporânea
Olá pessoal!
Lucila concordo com vc. Um .pdf pode ser um elemento de uma narrativa hipertextualizada. Pode ser um "objeto" para impressão e leitura fora do AVA. Saber combinar conteúdos e formatos diferentes no contexto de uma narrativa hipertextual é uma das competâncias que devemos mobilizar memo.
Sobre se o SecandLife é um game...A Lynn Alves, que é professora da UNEB também, que é especialista do tema dos games diz que não. O secandlife não é um game porque não apresenta desafio cognitivo. É um ambiente aberto e pode ser aplicado de várias formas, inclusive como um game. Entretanto, por si só não pode ser considerado como tal.
[]s
méa