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Fórum : comunidades virtuais ... obrigação ou motivação? (Fórum Geral)

Fórum : comunidades virtuais ... obrigação ou motivação? (Fórum Geral)

por Usuário excluído -
Número de respostas: 17
Mais um tema que nos parece pertinente reflectir, a questão das comunidades de aprendizagem e das plataformas de aprendizagem.

Até que ponto as plataformas de aprendizagem serão reais comunidades virtuais ou apenas meras "imitações", quando baseadas em "obrigação" (explícita ou implícita) de participação...

Partilhemos as nossas opiniões, porque apenas na diversidade de perspectivas se encontra o verdadeiro conhecimento...

Bom debate! :)

Um abraço com amizade!
Até já :)
Equipe da U_Minho
Em resposta à Usuário excluído

Re: Fórum : comunidades virtuais ... obrigação ou motivação? (Fórum Geral)

por Usuário excluído -

Graça,

Coincidentemente, eu estava agora ha pouco tratando sobre isso com um grupo de cursistas da Escola de Gestores. Nesta turma de que falo, temos tido muita dificuldade para motivar o grupo no que diz respeito à participação mais ativa, sejam em fóruns, chats ou no diário de bordo. No grupo, há uma pequena parte que participa ativamente, mas sempre se mostra insatisfeita pela forma apática como os demais colegas se comportam diante do ambiente.

Neste curso, atuo como coordenadora de uma disciplina responsável pelo acompanhamento e orientação do projeto de intervenção e da monografia (coração do curso). Em função disso, respondi aos cursistas falando sobre a importância desta atividade para o acompanhamento do curso, tanto pelos professores quanto pelos cursistas individualmente.

Especificamente a respeito deste recurso/atividade, prentendíamos que fosse realmente diário (como bem diz o nome), porém percebemos que a grande parte dos cursistas ainda precisava amadurecer a sua relação com o ambiente web, sobretudo o próprio Moodle. Com isso, temos orientado a todos, que nos procuram, a fazer os registros no diário de bordo sempre que possível, ao menos uma vez por semana. Em outras turmas, percebemos também que há diversos perfis de cursistas perante o diário, há aqueles que tudo registram e fazem isso com freqüência diária; há outros que fazem os registros semanalmente; e ainda, há outros que o fazem esporadicamente registrando os acontecimentos desde o último registro.

Em relação a fóruns, no início, não tínhamos fóruns obrigatórios, a não ser para atividades específicas, mas sentimos que o curso estava muito frio. Diante de tal constação, iniciei alguns testes em uma das turmas (são 10 no total) com a inserção de fóruns e chats temáticos opcionais, usando inclusive o MSN e o Google. No teste, a turma respondeu de forma muito positiva. Assim, continuei o teste em mais duas turmas com a ajuda de Renê (que é professor da disciplina que me referi acima), nas quais também tivemos retornos positivos. Assim, nas disciplinas que foram iniciadas após tais testes, passamos a utilizar fóruns temáticos. No entanto, vimos que o fato de não ser obrigatório fazia com que a grande parte dos cursistas em cada turma não participasse destes fóruns. Então, numa disciplina que se iniciou mais recentemente, usamos outra estratégia: fóruns temáticos obrigatórios. Porém, apesar de termos conseguido uma maior adesão e também termos percebido uma motivação geral mais evidente nos grupos, percebemos que nem todas as participações eram coerentes com o havia sido proposto para a discussão, e outras contribuem muito pouco, com um simples "parabéns pela sua reflexão...". Ou seja, nem todos liam as mensagens já enviadas, antes de escrever a deles. 

Enfim, o que gostaria de deixar claro, é que não chegamos ainda a uma conclusão sobre qual a melhor opção: obrigatoriedade ou não da interatividade. Como já era de se esperar, cada grupo apresenta uma dinâmica diferente e precisa ser tratado individualmente.

Gostaria, então, de pedir aos colegas sugestões e opinião sobre as estratégias que temos utilizado na experiência aqui relatada.

Abs,

Jocelma

Em resposta à Usuário excluído

Re: Fórum : comunidades virtuais ... obrigação ou motivação? (Fórum Geral)

por Usuário excluído -
Oi Jocelma!

Poderia dizer "parabéns pela sua reflexão..." , o que poderia indicar que não li sua mensagem, o que não é de todo verdade... :) Li com grande atenção e acredito ser algo importante para reflectir.

Não estando envolvida directamente em cursos online - embora utilize plataformas educativas com meus alunos - como observadora, apercebo-me que o grau de motivação é bastante inferior quando a plataforma tem alguma obrigatoriedade.

Certamente, que muitos desses vossos participantes, desmotivados e pouco empenhados, até serão pessoas que no seu dia-a-dia participam em fóruns online sobre um qualquer tema que lhes interesse e serão visitantes e particpantes activos de vários blogues ou ainda se empenham em ver as últimas novidades nas páginas dos amigos, não perdendo oportunidade de serem os primeiros a deixar um comentário ou publicar uma novidade sobre si o mais rapidamente possível...

Não tenho estratégia para melhorar a participação, mas como observadora (sem dados para me apoiar)acredito que quanto menor for o grau de obrigatoriedade, mais próxima está de uma comunidade de aprendizagem, ou seja, a motivação deve ser pessoal.

Mas é importante que outros pesquisadores partilhem suas experiências, podem ter "dicas" importantes para que se possa gerar dinâmicas mais positivas!

Um abraço,
Graça
Em resposta à Usuário excluído

Re: Fórum : comunidades virtuais ... obrigação ou motivação? (Fórum Geral)

por Marco Silva -

Ótima essa questão trazida pela Maria da Graça sobre comunidade de aprendizagem: “Até que ponto as plataformas de aprendizagem serão reais comunidades virtuais ou apenas meras "imitações", quando baseadas em "obrigação" (explícita ou implícita) de participação...”

A Edméa Santos tem uma convicção especialmente valiosa: a educação online é fenômeno da cibercultura e não uma evolução da EAD. Frequentemente lanço mão dessa convicção para pensar muitos temas da modalidade online de docência e aprendizagem. Dois desses temas são "comunidade de aprendizagem" e “plataformas de aprendizagem”.

Parto da convicção da Edméa porque ela me convida a distinguir dois universos diferentes: na educação a distância prevalece a lógica informacional no modelo um-todos, onde emissão e recepção estão separados pela natureza dos suportes analógicos da mass media imprensa, rádio e tv e no feedback do aluno reativo às solicitações da docência; a educação online opera em suporte digital e não mais no analógico, opera no ciberespaço.

Tanto vale a pena distinguir o analógico do digital, quando vale distinguir EAD de educação online. Para ajudar cito a também valiosa convicção de Tony Feldman:

Ao <?xml:namespace prefix = st3 />retirar a <?xml:namespace prefix = st2 />informação do mundo analógico – o mundo ‘real’, <?xml:namespace prefix = st4 />compreensível e palpável para os seres humanos – e transportá-la para o mundo digital, nós a tornamos infinitamente modificável. [...] nós a transportamos para um meio que é infinita e facilmente manipulável. Estamos aptos a, de um só golpe, transformar a informação livremente – o que quer que ela represente no mundo real – de quase todas as maneiras que desejarmos e podemos fazê-lo rápida, simples e perfeitamente. [...] Em particular, considero a significação da mídia digital sendo manipulável no ponto da transmissão porque ela sugere nada menos que um novo e sem precedente paradigma para a edição e distribuição na mídia. O fato de as mídias digitais serem manipuláveis no momento da transmissão significa algo realmente extraordinário: usuários da mídia podem dar forma a sua própria prática. Isso significa que informação manipulável pode ser informação interativa” (FELDMAN, T., Introduction to digital media. New York/London: Routledge, 1997, p 4).

De modo mais prático entendo assim: o analógico é o mundo real onde uma fotografia está materializada em tudo que é análogo à natureza como celulose e agentes químicos (“o mundo ‘real’, compreensível e palpável para os seres humanos”). O digital é zeros e uns. Ao escanear uma velha foto do nosso avô ela deixa de ser analógica à natureza e torna-se dígitos 000011111 no computador e no ciberespaço.

O digital é então: a) “infinita e facilmente manipulável” e permite “transformar a informação livremente”; b) “manipulável no ponto da transmissão”; c) “nada menos que um novo e sem precedente paradigma para a edição e distribuição na mídia”; d) “algo realmente extraordinário: usuários da mídia podem dar forma a sua própria prática”; e) “interativo”

André Lemos (ver os textos 1 e 2) corrobora a convicção de Feldman quando fala em “leis gerais da cibercultura”. Cito duas:

  • A “liberação do pólo da emissão está presente nas novas formas de relacionamento social, na disponibilização de informação e opinião nos websites, nas práticas sociais online. Assim, chats, weblogs, fotologs, webcams, listas, newsgroups ou fóruns podem ser compreendidos por essa segunda lei. A emissão generalizada é potencializada pela conexão global”.
  • A “conectividade generalizada que começa com a transformação do PC (computador pessoal) em CC (computador coletivo). A passagem do PC, como instrumento apolíneo, ao CC, agora dionisíaco, corresponde à metamorfose do computador pessoal em uma máquina de comunicação planetária. Esta revela uma mudança significativa nos rumos da informática pessoal. O ciberespaço é uma enorme estrutura social, máquina de conexão e de contato. O computador não é mais verdadeiramente pessoal, ele é o ciberespaço. A conectividade generalizada conecta homens e homens, homens e máquinas mas também máquinas e máquinas que podem trocar informação de forma autônoma”.

Lanço mão das convicções de Feldman e de Lemos para melhor entender a convicção de Edméa e aí situar minha posição sobre "comunidade de aprendizagem" e “plataformas de aprendizagem”. A EAD, baseada na mass media, pertence ao paradigma da transmissão via correio e emissoras de rádio e tv. A educação online, baseada no digital e no ciberespaço, permite a interatividade que pode resultar da liberação da emissão todos-todos que se abre para dialógica, compartilhamento e co-criação, a depender da ação do docente e da “plataforma de aprendizagem”.

O docente, enquanto mediador da comunidade de aprendizagem online, precisará contemplar a dinâmica o digital e do ciberespaço em sintonia com as “leis gerais da cibercultura”. Nesse sentido terá que, em clima de simpatia, cordialidade e netiqueta, engendrar encaminhamentos que já deveria estar implementando em sua sala de aula presencial:

  • disponibilizar uma montagem de conexões em rede que permita múltiplas ocorrências e modelar os conteúdos e situações de aprendizagem como espaços conceituais, onde os aprendizes possam construir seus próprios mapas e conduzir suas explorações, considerando-os como ponto de partida e não como ponto de chegada no processo de construção do conhecimento;
  • engendrar a aprendizagem e o conhecimento como espaços abertos a navegação, colaboração e criação de modo a possibilitar que o aprendiz conduza suas explorações como múltiplas experimentações, múltiplas expressões;  
  • garantir um território de expressão e aprendizagem labiríntico com sinalizações que ajudem o aprendiz a não se perder, mas que ao mesmo tempo não o impeçam de se perder;
  • promover oportunidades de trabalho em grupos colaborativos; desenvolver o cenário das atividades de aprendizagem de modo a possibilitar a participação livre, o diálogo, a troca e a articulação de experiências; garantir a exposição de argumentos e o questionamento das afirmações;
  • provocar situações de inquietação criadora: promover ocasiões que despertem a coragem do enfrentamento online diante de situações que provoquem reações individuais e grupais;
  • encorajar esforços no sentido da troca entre todos os envolvidos, juntamente com a definição conjunta de atitudes de respeito à diversidade e à solidariedade;
  • incentivar a participação dos cursistas na resolução de problemas apresentados, de forma autônoma e cooperativa; elaborar problemas que convoquem os cursistas a apresentar, defender e, se necessário, reformular seus pontos de vista constantemente;
  • formular problemas voltados para o desenvolvimento de competências que possibilitem ao aprendiz ressignificar idéias, conceitos e procedimentos; implementar situações de aprendizagem que considerem as experiências, os conhecimentos e as expectativas que os estudantes já trazem consigo;
  • desenvolver atividades que propiciem não só a livre expressão, o confronto de idéias e a colaboração entre os estudantes, mas que permitam, também, o aguçamento da observação e da interpretação das atitudes dos atores envolvidos;

Quanto à “plataforma de aprendizagem”, esta poderá favorecer os engajamentos do docente supracitados. Para tal, precisará de:

  • garantir usabilidade, isto é, o ambiente deve ser intuitivo, funcional, de fácil navegação e aperfeiçoável na medida da atuação do aprendiz;
  • contemplar percursos hipertextuais, em caminhos diferentes, interdisciplinares em teias, em vários atalhos, reconectáveis a qualquer instante por mecanismos de associação;
  • disponibilizar os dados de conhecimento exuberantemente conectados e em múltiplas camadas ligadas a pontos que facilitem o acesso e o cruzamento de informações e de participações;
  • implementar no roteiro do curso diferentes desenhos e múltiplas combinações de linguagens e recursos educacionais retirados do universo cultural do estudante e atento aos seus eixos de interesse;
  • utilizar diversas formas de narrativas: textuais (textos acadêmicos, jornalísticos, h istória em quadrinhos, textos literários, relatos, histórias de vida), imagéticos (fotografia, charge, animação, mapa, gráfico, vídeo, filme, gravuras), sonoros (música, audioconferência, podcasting); e multimídia (games, simulação, slideshow).

Retomo então a inquietação da Maria da Graça (“ Até que ponto as plataformas de aprendizagem serão reais comunidades virtuais ou apenas meras "imitações", quando baseadas em "obrigação" (explícita ou implícita) de participação...”) para dizer:

  • a “obrigação (explícita ou implícita) de participação” não é falha da “plataforma de aprendizagem, mas sim equívoco da docência presencial que perdura no online subutilizando o digital;
  • as “reais comunidades virtuais” de aprendizagem podem ser comprometidas se a mediação subutiliza o digital e tampouco os fundamentos da aprendizagem já consolidados na educação presencial por mestres reconhecidos como Paulo Freitre (dialógica) e Vygotsky (sócio-interacionismo).

Em suma compartilho minha convicção: o docente responsável pela “comunidade de aprendizagem” e com ele a equipe pedagógica responsável pela “plataforma de aprendizagem” deverão saber distinguir EAD e educação online. Para isso precisão ser não somente versados em Paulo Freire e Vygotsky. Precisarão ser incluídos digitais e ciberculturais. Não basta apenas ter familiaridade solitária com a operatividade no "PC apolíneo" definido por Lemos. Será preciso ter intimidade e desenvoltura com a interlocução e com a interatividade no "CC dionisíaco".

 

Em resposta à Marco Silva

Re: Fórum : comunidades virtuais ... obrigação ou motivação? (Fórum Geral)

por Usuário excluído -

Marco,

Primeiramente, gostaria de agradecer a reflexão sobre analógico versus digital... esta dicotomia entre analógico e digital já me rendeu várias tardes e noites de discussão com colegas da Redpect. Se formos bem fundamentalistas nas teorias da física, os elementos digitais não poderia ser considerados não físicos, já que são visíveis e tangíveis pelo ser humano, pelo menos com a ajuda de algum instrumento/ferramenta. No mestrado pesquisei sobre GED (Gerenciamento Eletrônico de Documentos), que tem como objeto de estudo o documento, seja ele na forma digital ou analógica. Para fugir desta dicotomia, passei a considerar documentos eletrônicos e não eletrônicos. Entretanto, sua abordagem provocou-me a refletir um pouco mais sobre esta questão. Então, depois podemos conversar mais sobre isso adiante.

Voltando ao questionamento posto por Graça, não me sinto à vontade com a idéia de impor tal obrigatoriedade. Após ter enviado a mensagem acima, fui passear por alguns fóruns de uma turma do curso e comecei a comparar as mensagens dos fóruns que são obrigatórios e daqueles que não são. É, portanto, evidente a diferença entre a qualidade das contribuições trazidas em um e noutro. Naqueles que são obrigatórios, as mensagens são frias, repetidas e sem conexão com a dinâmica, fato que não ocorre nos que são de participação livre. Outro aspecto que somente ontem à noite veio à mente é que os fóruns obrigatórios têm prazo de participação: o que considero também como fator negativo para os objetivos de aprendizagem. Logo, vou discutir com o grupo de coordenação do curso sobre tal questão, a fim de revermos a nossa estratégia. Assim que tiver novidades sobre esta intervenção, compartilharei com todos.

Dessa forma, em resposta à Graça, concordo com você quando afirma que

o docente responsável pela “comunidade de aprendizagem” e com ele a equipe pedagógica responsável pela “plataforma de aprendizagem” deverão saber distinguir EAD e educação online. Para isso precisão ser não somente versados em Paulo Freire e Vygotsky. Precisarão ser incluídos digitais e ciberculturais. Não basta apenas ter familiaridade solitária com a operatividade no "PC apolíneo" definido por Lemos. Será preciso ter intimidade e desenvoltura com a interlocução e com a interatividade no "CC dionisíaco". (grifo nosso).

Em resposta à Usuário excluído

Re: Fórum : comunidades virtuais ... obrigação ou motivação? (Fórum Geral)

por Marco Silva -

Jocelma, vamos por tartes:

1. Sobre a distinção analógico e digital, imagino que tenha razão “se formos bem fundamentalistas nas teorias da física”. Ainda assim, falo das combinações de códigos numéricos (zeros e uns) em forma de energia que são a condição da plasticidade do digital. Há uma distinção feita por Pierre Levy que remete a essa questão:

CONTROLE DA MENSAGEM

MÍDIA DE MASSA

TECNOLOGIAS DIGITAIS

• Ao permitir a reprodução e a difusão em massa dos textos e imagens, a prensa inaugura a era da mídia

• A mídia tem seu apogeu entre a metade do século XIX e a metade do século XX, graças à fotografia, gravação sonora, [...], ao cinema, ao rádio e à televisão [tecnologias de registro e difusão]

• A mídia fixa e reproduz as mensagens a fim de assegurar-lhes maior alcance, melhor difusão no tempo e no espaço

• A mídia constitui uma tecnologia molar que só age sobre as mensagens a partir de fora, por alto e em massa

• Na comunicação escrita tradicional, todos os recursos de montagem são empregados no momento da criação. Uma vez impresso, o texto material conserva certa estabilidade... aguardando desmontagens e remontagens do sentido, às quais se entregará o leitor

• O digital é o absoluto da montagem, incidindo esta sobre os mais ínfimos fragmentos da mensagem, uma disponibilidade indefinida e incessantemente reaberta à combinação, à mixagem, ao reordenamento dos signos

• A informática é uma técnica molecular, pois não se contenta em reproduzir e difundir as mensagens (o que, aliás, faz melhor do que a
mídia clássica), ela permite sobretudo engendrá-las, modificá-las à vontade, conferir-lhes capacidade de reação de grande sutileza, graças a um controle total de sua microestrutura

• O digital autoriza a fabricação de mensagens, sua modificação , bit por bit [ex.: permite o aumento de um objeto 128%, conservando sua forma; permite que se conserve o timbre
da voz ou de tal instrumento, mas, ao mesmo tempo, que se toque outra melodia]

• O hipertexto digital autoriza, materializa as operações [da leitura clássica], e amplia consideravelmente seu alcance [...], ele propõe um reservatório, uma matriz dinâmica, a partir da qual um navegador, leitor ou usuário pode engendrar um texto específico

 Fonte: Inteligência coletiva. Por uma antropologia do ciberespaço, São Paulo: Loyola, 1998, p. 51s.

2. Sobre optar pela distinção “eletrônicos e não eletrônicos”, lembro que a válvula tb é eletrônica, o que torna esse conceito muito vasto. (veja foto da válvula).

3. Sobre “atividades obrigatórias” em educação online, dependendo da finalidade podem ser muito bem-vindas. Sou a favor sim. O problema aparece quando a mediação ou docência não sabe situa-la num contexto mais amplo de participação baseado no respeito, na liberdade e na interatividade.

Bom domingo!

Marco Silva

 

 

Em resposta à Marco Silva

Re: Fórum : comunidades virtuais ... obrigação ou motivação? (Fórum Geral)

por Usuário excluído -

Marco,

Sem querer desvirtuar nossa discussão, gostaria apenas de comentar um pouco mais sobre as dicotomias, seja de eletrônico versus não-eletrônico ou outras quaisquer. O fato é que ao definir um conceito, sempre incorremos no risco de deixar de fora algum elemento ou incluir outro sobre o qual não há concordância nem entre os especialistas. Uma definição, por natureza, delimita um conceito na sua exata extensão e compreensão, porém perpassa pela percepção que cada indivíduo tem sobre aquilo que é definido, em dado momento e em um dado contexto. O que nos deixa em situação bastante difícil. Veja o exemplo abaixo que retirei de Lara (2004)1:

Casamento: evento relativo à união legal entre pessoas de sexo diferente. No Brasil, a legalidade da união é estabelecida no casamento civil, ou religioso com efeito civil, sendo que o indivíduo só poderá casar legalmente se o seu estado civil for solteiro, viúvo ou divorciado.

Os casamentos têm como fonte principal as informações dos cartórios de registro civil. (Fundação Seade) www.seade.gov.br/cgi-bin/lingcv98/spd_01.ksh. Segundo a definição acima, poderemos agrupar em casados

, os termos “casado”, “separado” e, em “não-casados”, “viúvo”, “solteiro”, “divorciado”, supondo que a agregação é sustentada pela definição legal de casamento. Se, entretanto, a definição tomada for baseada nos costumes, e não na lei, o termo “separado” seria agrupado junto com os “não casados”, reorganizando-se a hierarquia (Lara, 1993).

No meu ponto de vista, as definições são necessárias, mas quase sempre causam dúvidas àqueles que diante dela se deparam, caso não seja contextualizada. Se o fazemos, aumentamos a possibilidade de entendimento, porém não podemos garantir isso.

1LARA, Marilda Lopez Ginez de. Diferenças conceituais sobre termos e definições e implicações na organização da linguagem documentária. Ci. Inf., Brasília, v. 33, n. 2, p. 91-96, maio/ago. 2004. Disponível em: www.scielo.br/pdf/ci/v33n2/a09v33n2.pdf. Acesso em: 26 mai. 2008.

Em resposta à Marco Silva

Re: Fórum : comunidades virtuais ... obrigação ou motivação? (Fórum Geral)

por Marco Silva -

Perdão, faltou a palavra "atenta" no trecho do meu último post aqui:

  • as “reais comunidades virtuais” de aprendizagem podem ser comprometidas se a mediação subutiliza o digital e tampouco atenta para os fundamentos da aprendizagem já consolidados na educação presencial por mestres reconhecidos como Paulo Freitre (dialógica) e Vygotsky (sócio-interacionismo).

Atenciosamente, Marco Silva

Em resposta à Marco Silva

Re: Fórum : comunidades virtuais ... obrigação ou motivação? (Fórum Geral)

por Usuário excluído -

 

Caro Marco,

Acredito que esta discussão vai além da compreensão do que seja analógico e digital; EAD e educação on-line; de comunidade de aprendizagem e plataforma de aprendizagem, que é relevante. Mas, a compreensão da docência, fundada no paradigma emergente, possibilitará a interatividade no ciberespaço provocando um diálogo todos-todos.  O compartilhamento e o incentivo a co-criação do conhecimento depende da compreensão do docente do seu papel de mediador. Entendo que, partindo desse princípio, as plataformas de aprendizagem serão reais comunidades virtuais (de aprendizagem) quando as equipes pedagógicas compartilharem desse entendimento sobre a docência.   

Em resposta à Marco Silva

Re: Fórum : comunidades virtuais ... obrigação ou motivação? (Fórum Geral)

por Usuário excluído -

Marco e toda a turma desse curso

primeiro peço desculpas por minha ausência nesse módulo do curso. Envolvida por muitos trabalhos naõ pude ingressar nesse ambiente tão rico há mais tempo. Decidi hoje fazê-lo e recuperar o tempo perdido. Li atentamente todas mensagens desse fórum e consegui perceber o alto nivel das discussões. A provocação da Graça desencadeou toda uma participação e discussões acaloradas e fundamentadas teóricamente. Para mim foi uma aula maravilhosa onde houve participação livre e ao mesmo tempo obrigatória no sentido de que ao ingressarmos nesse curso temos obrigação de frequentar o ambiente,ler o material fornecido e discutir nos fóruns. Eu fugi dessa obrigação e saí perdendo. Hoje aprendi muito nesse fórum de discussões. Graça fez o papel do docente competente ao trazer de fato uma questão polêmica e que nos implica a todos enquanto docentes e isso incitou a participação de todos.

 Em seguida, animados pela provocação lançada os participantes se envolveram numa discussão que partindo das próprias experiências docentes foram fundamentadas em teorias de aprendizagem e principalmente nos princípios básicos da docência online levando em conta a especificidade do meio digital e as características da cibercultura.

Marco está de parabéns com a belíssima aula  que nos estimulou a pensar muito sobre o nosso trabalho como docentes e principalmente como docentes que estão vivendo hoje o desafio da docência online.

 A partir de sua falas e de todas as outras algumas coisas mexeram muito comigo. Não vou me deter em uma exposição maior pois entrei atrasada e esse módulo já terminou. No entanto, naõ poderia deixar de marcar agora a minha presença e dizer que acredito que de fato estamos levando para a educação online nosso estilo e mazelas já existentes em nossa atuação em salas de aula presenciais. Portanto, nada é mais verdade que precisamos nos desinstalar e conhecermos melhor , comprendermos melhor esse outro ambiente com todas as possibilidades que ele abre. Na verdade, precisamos antes de tudo vencermos o fato de não sermos "nativos digitais" e nos dispormos a aprender melhor a lidar com e no ciberespaço. Aproveitar essa imensa oportunidade de mais contato, interação via leitura/escrita, compartilhamento de idéias que  levam à aprendizagem como construção coletiva de conhecimento.

Na educação online como bem diz o Marco a participação e interesse dos alunos, a criação de fato de uma comunidade virtual de aprendizagem vai depender do docente, da forma como ele implenta as estratégias de aprendizagem, da qualidade da plataforma de aprendizagem e da forma como o docente a utiliza.

Em minha experiência como professora  que está iniciando o uso de ambientes virtuais de aprendizagem em cursos presenciais tenho percebido como a paticipação dos alunos depende dessas duas instâncias: o docente e a plataforma de aprendizagem. Tenho percebido que não basta colocar material de leitura na plataforma, nem criar fóruns incitando a participação dos alunos. Essa só acontece quando o professor provoca essa participção levantando uma discussão que toca de perto o tema estudado e as experiências ou questões nas quais os alunos estão envolvidos.

Bom, esse foi o meu início nesse curso e agradeço a todos e principalmente à Graça pla provocação lançada e ao Marco pela forma como desenvolveu sua resposta que se contituiu em uma bela e proveitosa aula. Proveitosa  porque me proporcionou muitas reflexões e aprendizagens pelo conteúdo lançado e por todas as discussões e falas interessantes dos colegas. 

Vamos nos encontrar de novo nos outros módulos e fóruns

Maria Teresa

Em resposta à Usuário excluído

Re: Fórum : comunidades virtuais ... obrigação ou motivação? (Fórum Geral)

por Marco Silva -

Olá Maria Teresa

Destaco seu trecho: "Tenho percebido que não basta colocar material de leitura na plataforma, nem criar fóruns incitando a participação dos alunos. Essa só acontece quando o professor provoca essa participção levantando uma discussão que toca de perto o tema estudado e as experiências ou questões nas quais os alunos estão envolvidos."

Esta sua percepção é tema central em nossa pesquisa interinstitucional. Na teoria e na prática cada PPG tem esse desafio. Repare que em nosso ambiene moodle há o fórum de avaliação de cada módulo onde podemos discutir como a equipe responsável está construindo soluções ou não sobre o desafio de professorar online. Veja o Fórum de avaliação do módulo 2. Pouca gente foi lá deixar sua contribuição. Aproveito a oportunidade para lembrar essa importantíssima tarefa.

Nos fóruns de avaliação podemos construir conhecimento precioso. Convido todos e todas a postarem lá sua avaliação, sua análise, suas sugestões. Os módulos que virão precisam contar com a avaliação dos módulos anteriores. É assim que vamos somando e co-criando o conhecimento que é objeto do nosso engajamento aqui.

Forte abraço,

Em resposta à Usuário excluído

Re: Fórum : comunidades virtuais ... obrigação ou motivação? (Fórum Geral)

por Usuário excluído -

Olás colegas! Que instigante as questões aqui debatidas, provocadas pela Graça (agradeço a provocação)... Marco, que delícia de aula, não? Sua síntese foi excelente!

Quero contribuir com algumas ponderações:

Sobre a questão inicial: “Até que ponto as plataformas de aprendizagem serão reais comunidades virtuais ou apenas meras "imitações", quando baseadas em "obrigação" (explícita ou implícita) de participação...” è Como foi dito de outras formas aqui, as comunidades de aprendizagem não são criadas por imposição, mas sim “co-criadas” (como diria Marco), construidas e constituidas coletivamente. Para isso há de se ter uma “consciência” sobre a aprendizagem coletiva e colaborativa de fato e o que isso representa e como se desenvolve... Dentro dos estudos que venho realizando destaco alguns elementos essenciais para a compreensão desse processo:

a) A aprendizagem dos jovens e adultos é um processo decorrente da transformação pela experiência (KOLB, 1984) com vistas à autonomia e ontonomia (PIAGET, 1978..., TROCMÉ-FABRE, 2004 etc).

b) É um processo que deve considerar a plasticidade ( LOMBROSO, 2004) humana, ou seja, o fato de que nosso organismo (cérebro, mente e corpo) por possuir plasticidade tem a possibilidade de fazer novas conexões, sejam elas celulares, neuronais, funcionais etc. (GAGE, 2007 ETC)

c) Se nosso organismo é plástico, devemos compreender que nossa aprendizagem também é e, desse modo, os ambientes de aprendizagem, bem como a didática, o desenho didático, as estratégias, as relações etc também devem ocorrer considerando esta condição: a plasticidade humana e a plasticidade na aprendizagem (BRUNO, 2007).

Isso significa que plataformas de aprendizagem poderão ser comunidades virtuais se forem consideradas as condições plásticas, e como diria o sociólogo Bauman (2001, 2003...), líquidas, que envolve esse processo.

Dito de outro modo: a “obrigatoriedade” que inquieta a Jocelma é bem vinda na medida em que estamos promovendo a co-criação (Marco Silva) de espaços e de consciência para as comunidades virtuais. Não se cria apenas um espaço, mas uma cultura, uma consciência e uma prática... Nesse processo, que é de ensino, devemos criar condições de modo a favorecer que isso tudo se dê. Poderá ser sim, como disse o Marco, com uma certa obrigatoriedade, pois essa atitude é intencionalmente pensada para ensinar os alunos a aprenderem por meio desses ambientes, a interagirem / se relacionarem por meio desses ambientes...

Outro ponto que devemos considerar nesse processo é a obrigatoriedade de se estar/fazer os proprios cursos... De que tipo de participação estamos falando? Os alunos, na maioria dos cursos, se inscrevem espontaneamente, por terem consciência dos benefícios que estes espaços e cursos podem oferecer? Infelizmente não é isso que tenho visto... na maioria, os cursos são praticamente impostos e temos que lidar com tudo o que isso acarreta...

Bem, são muitas as questões que se abrem dessa conversa, paro por aqui e retormo depois...

Bjs

Adriana (TIDD-PUCSP)

Em resposta à Usuário excluído

Re: Fórum : comunidades virtuais ... obrigação ou motivação? (Fórum Geral)

por Usuário excluído -

Adriana,

Valeu pela complementação à nossa discussão. As comunidades virtuais instigam muito o debate, e, em minha opinião, são o mecanismo que possibilitam a motivação necessária para a participação ativa dos estudantes em um curso on line, pois cria uma relação entre os seus integrantes que vai além de qualquer obrigatoriedade imposta. 

Contudo, para que seja criada uma comunidade virtual, que venha promover a aprendizagem coletiva e colaborativa, como você afirma, é preciso saber o que isso representa e como se desenvolve.

Gostaria, ainda, de comentar sobre um dos questionamentos que traz ao final de sua mensagem:

  •  Os alunos, na maioria dos cursos, se inscrevem espontaneamente, por terem consciência dos benefícios que estes espaços e cursos podem oferecer?
    • Concordo com você que em muitos casos há a imposição de que os alunos se inscrevem por uma imposição ou por não terem outra saída (ex: formação de professores na ativa). Por outro lado, mesmo naqueles que se inscrevem espontaneamente, e que têm interesse aparente apenas no aprendizado, ainda se percebe a mesma desmotivação e desconexão para com o curso on line. Nestes casos, parece-me que a má qualidade atribuída a muitos cursos on line disponíveis atuamente, nos quais pouco se exige uma participação mais efetiva virtualmente, leva a maior parte das pessoas enxergar um curso on line como algo que não é necessária dedicação diária nem sistematização de estudos. Ou seja, algo fácil que pode 'ser levado na maré mansa', onde "posso fingir que estou 'aprendendo', porque o professor finge que está 'ensinando'".
Em resposta à Usuário excluído

Re: Fórum : comunidades virtuais ... obrigação ou motivação? (Fórum Geral)

por Usuário excluído -

Olá Jocelma! Tudo bem?

Nossa, quantas questões emergem dessa nossa conversa... Vamos lá!

As comunidades virtuais oferecem diversas interpretações e conceituações... Temos debatido um bocado sobre comunidades de aprendizagem e este ponto tem me instigado bastante.. . Concordo totalmente contigo quando vc afirma que "promover a aprendizagem coletiva e colaborativa é preciso saber o que isso representa e como se desenvolve". de forma muito breve posso dizer que as comunidades (poucas) de aprendizagem (online) que tenho acompanhado são co-criadas a partir de experiências virtuais decorrentes de cursos ou encontros temáticos, em sua maioria. Acompanhei o nascimento e desenvolvimento de uma (acho que a primeira que fiquei muito perto) em 2002 e nasceu a partir de uma oficina de produção literária (oficineiros)... Foi uma experiência fantástica que resultou num livro com oficineiro de diversas partes do Brasil. Essa comunidade dá frutos (mais modestos) até hoje e os encontros agora se dão virtual ou presencialmente.

Sobre essa questão da obrigatoriedade, participação etc, existem diversos aspectos que precisam ser considerados. nas pesquisas que realizei e nos cursos que participei/acompanhei até o momento sinto que o aspectos da imposição (sutis ou não) devem ser analisados com cautela, pois, se desejamos e construimos cursos em que a autonomia seja um dos focos para a aprendizagem, como podemos impor algo? Por outro lado, em algumas situações cabe uma insistência para que os alunos se permitam conhecer o curso e as possibilidades para poder então decidir se desejam ou não participar.

Desde 2005 tenho trabalhado com alunos de um dos cursos da PUC, em que desenvolvemos um projeto curto, um drops eu diria, a distância. Trata-se de um projeto intercurso... Resumo: todos os anos somos surpreendidas com participações intensas (com uma média de 150 msgns por forum a cada semana). Os depoimentos são muito intrigantes e todos os anos os alunos citam, como de fundamental importância a experiência especialmente pela possibilidade de se conhecerem melhor.. isso soaria estranho por se tratarem de alunos do 4° ano do Ensino Superior de um curso presencial, não? Mas o fato é que eles pontuam o diferencial da participação, o quanto gostam de ler o que cada um pensa de fato e dizem que isso tudo se dilui no presencial e graças ao virtual eles podem viver isso...

Bem, acho que temos muito a conversar... isso é so o começo.

Bjs

Adriana  

 

Em resposta à Usuário excluído

Re: Fórum : comunidades virtuais ... obrigação ou motivação? (Fórum Geral)

por Edmea Santos -

boca abertaGente aqui temos mais um rico fórum. O hipertexto é isso mesmo nos faz viajar nos encontros e desencontros. Será que os fóruns não deveriam ficar lá no espaço do módulo 1? Esta é uma questão para avaliarmos do ponto de vista do desenho didático. piscando

Pelo que vi o debate aqui tá ótimo. Pena que tenho que dormir. Bem que poderíamos pasar sem esta coisa funcional do ter que dormir... virando os olhos

Maria e Bento, estou adorando as provocações de vocês!

Depois eu volto!

[]s

méa

 

Em resposta à Edmea Santos

Re: Fórum : comunidades virtuais ... obrigação ou motivação? (Fórum Geral)

por Usuário excluído -

Méa querida!

Pensei nisso tb... às vezes me sinto perdida tentando encontrar os espaços e as pessoas (em qual forum??rs...). Mas por outro lado os espaços se constituem quando dois ou mais se encontram, não é? Quantas vezes o papo, as produções "miguaram" quando mudamos o lugar...

Sei lá, acho que nossos encontros deverão debater tb sobre isso...

Beijos

Dri

Em resposta à Usuário excluído

Re: Fórum : comunidades virtuais ... obrigação ou motivação? (Fórum Geral)

por Usuário excluído -

Gente, que instigante esse fórum! Quantas questões sobre nossos saberes docentes emergem do tema! Essa foi uma excelente provocação trazida por Maria da Graça.

Percebo que a inquietação de Jocelma (que também é minha) acerca da obrigatoriedade ou não da interatividade, faz parte de desafios e questionamentos docentes que temos em nosso cotidiano. Por exemplo, que professor nunca se indagou "como devo avaliar os alunos: por avaliações formais ou através de trabalhos, de pesquisa ou até mesmo participação?" Será que para essa e outras perguntas existe uma única resposta?

Ou, ainda, Jocelma, essa falta de entusiasmo - no que tange à participação em atividades interativas - é privilégio dos cursos online? Nos cursos presenciais também não há alunos que se matriculam espontaneamente mas participam muito pouco? Seria por que temos alunos que estão acostumados ao "modelo da televisão", própria da cultura de massa (já bem detalhada acima no post do Marco) e esperam pacificamente receber a informação? A identificação do perfil "interativo" de nossos alunos não seria uma boa forma de contribuir para ações docentes que buscassem superar esse aluno que coloca-se como mero "leitor contemplativo", nas palavras de Santaella?  A reflexão acerca do desenho didático também poderia contribuir para maior engajamento interativo desses alunos?

E por falar em desenho didático... Adriana e Méa, a Kelly abriu um novo fórum sobre desenho didático e convida todos ao debate. Que tal irmos até lá para contribuirmos sobre essas questões que emergem acerca dos "encontros" e "desencontros"? piscando

Abraços a todos

Em resposta à Usuário excluído

Re: Fórum : comunidades virtuais ... obrigação ou motivação? (Fórum Geral)

por Usuário excluído -

Tatiana,

Quanto às minhas inquietações, resolvi ouvir um pouco os cursistas. Estou pensando numa pesquisa curta (máximo de 5 questões) sobre o uso dos fóruns obrigatórios e os não-obrigatórios. Considero que não há uma única resposta, por isso quero ver como eles percebem estas iniciativas em diferentes contextos, com suas características próprias.

Se você ou mesmo outro colega tiver idéias para esta pesquisa, estou aberta a sugestões.

Abs,

Jocelma