- Quais as implicações do processo de docência online abordadas pelos diferentes módulospara a avaliação em ambientes online?
- O que se pode avaliar?
- O que se deve avaliar?
- Quais as diferenças entre a avaliação presencial e online?
Prezados colaboradores Temos um período curto para fechar nosso módulo. Apenas uma semana de 8 a 15 de setembro. Agradeceríamos muito se recebêssemos sua participação, abraços e aguardamos suas contribuições em nosso fórum, Lina Nunes
PS. Nosso coordenador Marco Silva está viajando para Espanha e Portugal, certamente nos trará novidades para nosso tema...
Fique a vontade para concluir seu módulo 12. Convido todos e todas a colaborarem com o tema avaliação que não pôde ser concluído na ocasião.
Um forte abraço, Marco Silva
O tema Avaliação nos oferece grandes oportunidades para discussão, visto ser parte do processo de docência, constituindo ainda, em alguns casos um "nó" para desatarmos...
Temos conseguido uma boa resposta no processo de avaliação presencial e online com a proposta do portfólio. No entanto, sabemos o quanto é difícil avaliar tanto no âmbito presencial quanto a distância.
Os maiores desafios estão ligados ao fato de até hoje precisarmos, por exigências das instituições, atribuirmos uma nota em forma de número, o que coloca o professor numa situação complexa, visto que é difícil conhecer o aluno suficientemente para propor um valor quantitativo para a participação dele nas atividades realizadas...Como superar esse desafio?
Algum de vocês têm conseguido sentir-se satisfeito após essa fase do processo???
Quem poderia ajudar mostrando formas de superar esse desafio? Aguardo sua participação.. lina
Ola Lina,
Foi uma pena, ms não pude prticipar tanto quanto eu queria deste curso. Mas vamos lá, nunca é tarde para recomeçar..
Gostaria de registrar que também trabalho com portfólio on line. No nosso ambiente virtual Eureka ( PUCPR ) cada aluno tem uma pasta onde ele publica seus trabalhos. Todos os alunos podem acessar todas as pastas de todos os colegas. A cada encontro resencial ou virtual um ou dois alunos "apresentam " seus trabalhos referentes aquela aula e partimos destes trabalhos para discutir o tema. Ao final da disciplina os alunos selecionam algun traabalhos para fazer a sua auto avaliaçao eu tambem seleciono alguns e discutimos a avaliação. Os colegas tmbém participam do processo de avaliaçao.
Patricia
também tive uma experiência muito interessante usando interfaces da internet em curso presencial. Fico cada vez mais convencido de que, em breve, abandonaremos expressões como educação online e EaD para voltar a falar simplesmente em educação, onde se usa todo tipo de interface ao alcance dos participantes.
Mas, por ora, o que gostaria é de relatar aqui, brevemente, como foi que mesclamos ações presenciais e online em um curso da pósgraduação em educação.
O curso buscava estabelecer algumas relações entre alguns "classicões" da educação (como gosta de os chamar um colega de todos nós aqui) e as possibilidades de cooperação online. Passeamos um pouco pelo manifesto dos pioneiros da educação, Paulo Freire, Piaget, Vigotski (gosto mais dele com i do que com y: como o original é em cirílico, dou-me ao direito de escolher a parte do alfabeto que uso mais), Freinet, Ausubel (os primeiros convidados) e mais alguns que foram generosamente penetrando na nossa festa, digo, discussão.
A cada texto lido, os alunos selecionavam um pequeno trecho, colocavam em uma espécie de fórum (usávamos o google grupos, de fácil acesso a todos sem necessidade de qualquer instalação, mais simples de ser usado pelos alunos em situações futuras). Junto ao trecho selecionado, colocavam uma observação sua, um comentário sobre porque aquele trecho os havia impactado especialmente. A seguir, cada um comentava as observações de pelo menos dois colegas.
Percebem que a colaboração e a avaliação da contribuição de cada um vinha aparecendo quase que de forma natural? Na verdade, nada de natural há nisso. O processo era todo provocado, estimulado e instigado tanto pelas discussões em sala como pela minha participação provocando novas intervenções.
Ficou aquém do que eu esperava, fica sempre, mas indicou um bom caminho, trouxe resultados interessantes.
Nem era necessário dar nota, cada um pode ver ao longo e ao final dos trabalhos quão pertinentes eram suas contribuições. Contribuir fora de hora (depois dos prazos estabelecidos) resultava e ficar de fora das discussões. Aqui, pontualidade, não era uma exigência de regulamento, era uma exigência de produção, de coletividade.
Foram resultados bastante interessantes. As discussões em sala de aula eram sempre muito além de repetir o que todos já haviam lido, elas eram pautadas nas opiniões de todos e nos confrontos que já haviam surgido.
Depois de ler o texto da Lina, tentarei, na próxima turma, que cada um faça um hipertexto linkando os comentários que lhes pareceram mais significativos, juntando a isso outras fontes da rede. Vejamos no que dará.
Aí está.
Abraços a todos.
quero em primeiro lugar agradecer a Lina por disponibilizar sua experiência com esta turma em um texto que mais levanta questões do que propriamente indica algum resultado.
O processo de avaliação continua sendo um grande desafio e isto independente da modalidade que estamos praticando. Por isso, penso nele como um processo mesmo, algo que vai sendo elaborado, que vai sendo construído a partir de alguns "acordos e metas" previamente estabelecidos, porém não de forma fixa.
Percebi na experiência relatada por Lina que os alunos vão "montando" suas perspectivas, suas considerações. Por vezes, creio que há da parte dos alunos uma grande expectativa na opinião ou parecer que nós, professores, iremos emitir sobre o trabalho deles, deixando de lado a participação dos demais e a intereação que aí acontece.
Um ponto de destaque é a construção do próprio aluno, fazer o seu portfólio. Minha experiência neste sentido é com o próprio moodle, onde deixamos que cada aluno coloque sua produção em um espaço próprio e lá partilhe com os demais suas reflexões. Percebo que há a necessidade de vigilância constante neste processo, para que não caia numa rotina que rapidamente será esquecida.
Como se trata de um processo de acompanhamento da produção que está sendo feito, creio que a diversidade de atividades é muito enriquecedora, e daí a prática da educação on line ganha maior força e relevância, por permitir várias opções.
Outro ponto que quero destacar no processo de avaliação é a questão da nota, já apontada por outros nas nossas discussões. Trata-se de um verdadeiro "trauma educacional" mexer com isto. Como traduzir uma produção de um semestre ou ano em um símbolo matemático? Veja que Lina opta pelos conceitos, que também trazem a idéia de classificação, tal como notas de 0 a 10. Por vezes, penso que é somente uma correspondência que estamos criando. Na pós-graduação, eu costumo pedir aos alunos que façam o seu próprio parecer e emitam uma nota ou conceito (já que isto é necessário) e respeito o que foi por eles feito. Quando a contradição entre o que foi emitido pelo aluno e o meu parecer é grande, procuro rediscutir com o aluno e verificar com mais profundidade o significado do que foi feito.
Bem, para mim esta continua sendo uma questão muito desafiadora, pois acompanhar a produção dos alunos e aí perceber o seu desenvolvimento requer uma atenção ao próprio ritmo do aluno e não exclusivamente ao ritmo da turma.
abraços
Caros Colegas....
Na questão quais as implicações do processo de docência online abordadas pelos diferentes módulospara a avaliação em ambientes online?
Na minha opinião todos os temas levantados foram altamente significativos para construirmos novas pontes de sustentação na arte de atuarmos, encenarmos, diante destes novos desafios que nos são apresentados dia a dia.Tenho certeza que a todos deve ter sido altamente benéfico para sua formação, mesmo para os que como eu não foram totalmente dedicados e assíduos por pura falta de tempo, mas, nos momentos que tinha consegui absrover e aprender muito, e, mudanças já estão ocorrendo em minha prática.Valeu!!!
Quanto ao que se pode avaliar? O que se deve avaliar? Isso é um enorme desafio, mas penso que avaliar talvez seja o percurso diário qdo vc absorve novas linguagens, condutas, cenários e neles começa a interagir e em determinados momentos sua consciência deixa de simplesmente VER ela começa a ENXERGAR nas entrelinhas, deixa de simplesmente OUVIR -mas ESCUTA numa dimensão mais interior e deixa simplesmente de TOCAR - mas SENTE a tudo que é tocado, sejam as palavras, as escritas, o silêncio...AVALIAR pode e deveria também ser um pouco de tudo isso...
E quanto a questão quais as diferenças entre a avaliação presencial e online?
Se vc souber avaliar a diferença simplesmente vai ser sua presença física ou sua telepresença, pois o cenário de acordar os sentidos, as percepções e verificar que quem comanda as formas e condutas do ato de avaliar é você e os resultados também estão diretamente ligados a você. Se for coerente, flexível, se teve predisposição de envolver o outro significativamente com certeza o resultado será tudo isso, se falhou, eles falham, mas falha também vc...
Abços virtuais a todos, adorei estar com todos, mesmo que com pouca participação, mas, creio que não é a quantidade de tempo, mas a qualidade e envolvimento de quando se está, querer estar..
Com carinho,
Elizete Matos - PUCPR
pessoal,
Lina, o texto disponibilizado por você nos prova que temos uma variedade imensa de possibilidades de avaliação. Que riqueza! Fiquei entusiasmada com a idéia do fluxograma. É um ótimo recurso para uma sistematização dos conteúdos estudados e aprendidos.
Sempre peço que meus alunos façam um memorial (ou diário reflexivo) durante a disciplina (seja graduação ou pó-graduação, cada um com suas possibilidades de reflexão sobre suas aprendizagens). O diário reflexivo deve ser escrito pelo aluno, no ambiente virtual ou em papel. O diário é um conjunto de reflexões, construído de forma contínua pelo próprio aprendiz, sobre o seu processo de aprendizagem, que abrange aspectos cognitivos, socioafetivos e intuitivos. O autor é protagonista da narrativa e descreve as impressões de forma reflexiva sobre sua trajetória de construção de conhecimentos, pensamentos, experiências e emoções ao longo da disciplina. No relato, o aluno pode registrar acertos, sucessos, vitórias, avanços, como também as dificuldades, os desafios, os insucessos, os problemas.
Sugiro que o aluno vá construindo seu diário a cada aula, por semana ou mensalmente (isso fica a critério deles). Virtual ou em papel eu acompanho e vou dando sugestões, colocando questões, etc.
Elizete pergunta: o que será avaliado? Sempre apresento os critérios de cada atividade. Dessa forma, eles sabem exatamente o que será avaliado e eu tenho um balisador mais justo. E concordo com você Elizete, não se deve avaliar apenas os momentos sínteses, mas também o percurso, o conjunto, o processo...
Voltando ao texto Lina, percebi que o foco colocado por você é a auto-avaliação. Gostaria que você falasse um pouco sobre o processo de regulação do professor sobre as aprendizagens dos alunos na perspectiva do portfólio, no sentido da avaliação formativa. Inclusive no fórum, senti falta da discussão sobre a participação do professor durante o debate dos alunos.
um grande cheiro,
Auxiliadora Padilha