Fórun "Coletânea de experiências de ensino e aprendizagem online"

Experiências significativas com aprendizagem online

Experiências significativas com aprendizagem online

por Alberto Tornaghi -
Número de respostas: 61
caras e caros colegas,

relatem aqui alguma experiência importante que tenham tido em ambiente online de educação. Interessam-nos tanto experiências quando docentes quanto as que tiveram como aprendizes. Interessam ainda mais, aquelas vividas durante este curso, porque podem ter sido compartilhadas por outros colegas, o que pode contribuir para trazer mais olhares para um mesmo fato.

Em resposta à Alberto Tornaghi

Queridos pesquisadores! Iniciamos nosso penúltimo módulo

por Marco Silva -

Queridos pesquisadores

Estamos iniciando nosso penúltimo módulo nesta pesquisa interinstitucional. O módulo atual é mediado pela Equipe II da UNESA. Os docentes responsáveis são: Lucia Vilarinho, Lina Nunes e Alberto Tornaghi. O tema deste módulo é especialmente importante no projeto pq trata da docência e da avaliação na modalidade online.

Convido vcs a mais engajamento nestes momentos finais da pesquisa! Reparem que esta equipe traz um layout diferenciado em seu módulo. Vale a pena conferir. Verifiquem se o desenho didático ganha usabilidade ainda mais favorável.

De início, os mediadores contam com nossos relatos de experiência em docência e aprendizagem, particularmente aqui em nossa pesquisa. Acredito que esta atividade proposta será valiosa, tendo em vista que poderá propiciar avaliação formativa para todos nós.

Forte abraço, Marco Silva

Em resposta à Alberto Tornaghi

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Edmea Santos -

Olá pessoal!

Olá equipe UNESA!

Depois de um longo período afastada da pesquisa retorno aqui neste módulo. Tenho algumas experiências com a docência online. Para este fórum destaco uma experiência muito interessante e especial, o curso "Moodle para professores da UFBA". Neste curso fui docente online em duas ofertas: 2008 e 2009-1. O curso é online com oficinas de Moodle presenciais. Neste projeto trabalhamos com a docência colaborativa. Vários docentes trabalhando juntos com uma super turma de professores da Educação Superior. Imaginem um grupo com gente de todas as áreas da universidade. Todos interessandos no uso de ambientes online em suas práticas de ensino, pesquisa e extensão. Na equipe o meu papel é garantir a mediação da discussão teórica e metodológica sobre Educação Online.

O curso não pretende apenas ensinar os professores a utilizarem o ambiente. Conta também com a discussão do que é ser um docente e o que é educação online para além das práticas da clássica EAD. O desenho didático do curso é aberto, ou seja, os cursistas acessam todo conteúdo e roteiro desde o inicio do curso. Podem co-criar o desenho abrindo novas discussões e habitando sem linearidade as propostas pela equipe de produção. Esta abertura demanda uma docência atenta, pois requer disponibilidade e colaboração de todos e todas. Além disso, o curso fica sempre disponível para todos após seu término oficial. Os internautas podem acessar todo conteúdo, desenho e discussões quando desejarem.

Nícia, Socorro e Maristela foram minhas parceiras nesta experiência. Meninas falem um pouco mais!

Se quiserem navegar para conhecer o curso e como a docência atuou de forma colaborativa, acessem:

Turma 2008

http://www.moodle.ufba.br/course/view.php?id=8925

Turma 2009

http://www.moodle.ufba.br/course/view.php?id=10259

Vale a pena navegar pelos fóruns e verificar que são dois cursos completamente diferentes, mesmo tendo o mesmo desenho e conteúdos prévios. Aqui fica claro que não existe docência sem discência.

[]s

Méa

Em resposta à Edmea Santos

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Usuário excluído -
Cara Méa.
A minha participação neste módulo tem como objetivo fundamental buscar, a partir das experiências aqui registradas, o que mais de perto diz respeito à docência online. Em outras palavras, eu gostaria muito (e parece que vou conseguir) de poder sintetizar o que significa docência online e que limites encontra na prática.
No seu registro encontrei algumas idéias-chave:
- docência colaborativa;
- trabalho com pessoas de todas as áreas;
- desenho didático aberto;
- alunos co-criadores;
- exploração aberta do AVA.
Será que você podia desenvolver um pouquinho cada uma dessas idéias? Considerei-as muto interessantes.
Abraços da Lúcia Vilarinho
Em resposta à Usuário excluído

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Edmea Santos -

Olá pessoal! Olá Lúcia!

Sua fala saiu capiturando categorias realmente importantes para nossa discussão. Vamos lá...

O conceito de educação online aberta que trazermos aqui, parte de um duplo sentido que o "conteúdo aberto" traz. O primeiro refere-se à disponibilização imediata de todo o desenho didático arquitetado pela equipe de produção, equipe esta formada pela coordenação do curso, professores especialistas e docentes online. Deste o primeiro momento, os cursistas conhecem toda proposta do curso tendo liberdade de atuarem habitando livremente as situações de aprendizagem propostas. Além de atuarem no que foi previamente arquitetado pela equipe de produção, podem também co-criar o desenho didático do curso propondo novas discussões e situações de aprendizagem. O segundo sentido, de conteúdo aberto, trata-se da possibilidade de continuar acessando e participando do curso após o seu término. Aqui o curso já ganha novo sentido, o de um espaço aberto de aprendizagem que continua em potência vivo se auto-organizando a partir dos interesses dos sujeitos envolvidos.

Os demais internautas, não matriculados oficialmente no curso, podem acessá-lo a qualquer momento, podendo lançar mão de seu desenho didático, acompanhando, caso desejem, as discussões travadas pelos participantes do projeto.

Colegas aguardo todos e todas para ampliarmos o debate.

[]s

Méa

Em resposta à Edmea Santos

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Alberto Tornaghi -
Méa


Experimentei pessoalmente umas das características (e sigo tirando proveito dela) de curso aberto a que você faz referência. Visitei as duas instâncias do curso que você citou, encontrei um monte de coisas interessantes. Diria que, além das discussões e do material que está ali, aprende-se com a diferença entre o que ocorreu com os dois grupos. Visitei rapidamente, como bem diz o Lazaro, é material que não acaba, e encontrei muito que me interessa.


Creio que vale a pena aprofundar um pouco mais nessa questão do curso aberto. A outra característica que você cita (ser aberto à mudanças profundas realizadas pelos alunos durante a execução do curso) levanta uma questão interessante da educação online que pode e deve (seria ótimo) contaminar o presencial. Um curso que se permite ser modificado, em tempo de execução, pela atuação dos alunos, é um curso em que se tem como foco central seus objetivos e não o planejamento prévio do professor. O papel do professor muda mais uma vez: já deixou de ser o provedor do saber e agora deixa de ser o anunciante do bom caminho em direção ao saber. Passa a ser, de forma ainda mais radical, companheiro dos alunos na construção deste caminho. Isso pressupõe algumas características do professor/planejador do curso:

  • flexibilidade

  • domínio razoavelmente profundo não só do conteúdo como dos objetivos do curso, de forma a sentir-se capaz de perseguir os mesmos objetivos por outros rumos

  • uma certa dose de humildade (ai, a arrogância essa nossa companheira tão indesejável)

  • capacidade de aprender

  • agilidade intelectual

Tenho experimentado coisas assim também no presencial. Um dos trabalhos que faço, junto a professores de educação básica, é pensar como seu planejamentos (e, para além deles, seus currículos) podem mudar quando usam tecnologia. Que diferenças há em ensinar português antes ou depois de ter acesso às tecnologia digitais de interação? Faz sentido trabalhar os mesmo conteúdos? As mesmas práticas? E em aulas de religião, o que se pode mudar? E matemática? E...

Quando entramos em sala com um belo plano, descobrimos que os alunos fazem ainda mais, encantam-se com a possibilidade de uma atividade produtiva na escola e exigem de nós ainda mais e mais. Exigem mais conteúdo, mais mudanças, mais produção e...

Pois é, um curso aberto não é característica de curso online, mas é mais fácil ver isso no online. Se formos capazes de expraiar isso, quem sabe não contamina também as práticas presenciais?


Um beijo

Bebeto

Em resposta à Alberto Tornaghi

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Edmea Santos -

sorriso Bebeto passei agora pelo seu perfil e adorei a sua identidade Alberto & Bebeto. Vou ficando com o Bebeto...piscando

As caracterísitcas que você cita em análise ao curso da UFBA são saberes docentes. Tudo gira em torno da AUTORIA e CO-AUTORIA. Não vejo como um tutor (tarefeiro) pode mediar e arquitetar um planejamento aberto.

Quando falo de Educação Online não separo mais "EAD de educação presencial". São todas práticas mediadas pelas tecnologias que estruturam os processos produtivos (materiais e intelectuais) em nosso tempo.

[]s

Méa

Em resposta à Edmea Santos

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Alberto Tornaghi -
Méa,
vc disse
"Quando falo de Educação Online não separo mais "EAD de educação presencial""

Óóóóótimo!!!
Em resposta à Edmea Santos

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Alberto Tornaghi -

Méa,

o par de links que você nos oferece são mais do que exemplos interessantes de cursos online, são belos presentes para quem estuda o que estamos estudando aqui.

Destacaria uma característica que me parece especialmente interessante: os cursos são de formação docente, para docentes em atividade.

 

Um aspecto que me interessa é que, como este nosso, o curso mistura linguagem e metalinguagem: é um curso online sobre formação online, mistura fundo e forma propiciando percepção ampla do que se vivencia. Reunir em um só espaço (intelectual e nada geográfico) teoria e prática, experiência e reflexão viabiliza uma certa compreensão vivencial do que se discute. Como uma criança no território das aprendizagens concretas que tem instrumentos concretos para experimentar. Precisamos todos de alguma concretude para ampliar as possibilidades de que as reflexões resultem em práticas realizáveis.

Do pouco que experimentei, esta conjunção foi sempre o que viabilizou formação com maior possibilidade de adaptação e flexibilidade.

Adiante vou apontar para o vídeo em que Pierre Lévy anuncia mudanças na educação presencial em decorrência do que se aprende com o online (ele fala de EaD, mas com a perspectiva de uso das interfaces do ciberespaço). Interessante ver isso acontecendo em Juiz de Fora.

Abçs

Bebeto

Em resposta à Alberto Tornaghi

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Usuário excluído -

Olá, colegas, segue o meu relato.

Desde fevereiro de 2000 tenho atuado junto à formação de educadores, em ambientes digitais.

Em 2000, participei do Projeto Nave: ambientes telemáticos para educação, voltado à formação online de licenciandos da PUC/SP, com o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), em parceria com a IBM Brasil.

Nos anos de 2000 e 2001, ministrei uma disciplina no curso de Pós-graduação Lato Sensu em Desenvolvimento de Projetos Pedagógicos com o Uso das Novas Tecnologias, voltado a educadores da rede pública nacional, atuantes como assessores técnico-pedagógicos dos Núcleos de Tecnologia Educacional. O curso foi promovido pelo MEC – PROINFO e desenvolvido pela PUC/SP.

Em 2001 e 2002, participei, como docente online, da primeira edição do Programa PEC Formação Universitária, voltado aos professores de Ensino Fundamental I da Rede Estadual de Educação de São Paulo. O curso foi promovido pela Secretaria Estadual de Educação de São Paulo e desenvolvido pela USP, pela UNESP e pela PUC/SP. Esse programa consubstanciou-se como campo de investigação da pesquisa desenvolvida em nível de doutoramento.

Em 2002, participei como docente online do curso de extensão intitulado Utilização Inovadora das Tecnologias em Educação, voltado a educadores da rede pública estadual de São Paulo, atuantes como assessores técnicos-pedagógicos dos Núcleos Regionais de Tecnologia Educacional. O curso foi promovido pela Secretaria Estadual de Educação de São Paulo e desenvolvido pela Fundação Carlos Alberto Vanzolini – USP.

Também atuei, como docente orientadora de pesquisa, na segunda e na terceira edição do Programa PEC Formação Universitária, voltado aos professores de Educação Infantil e de Ensino Fundamental I das Redes Municipais de Educação do Estado de São Paulo. O curso foi promovido por diversas secretarias municipais de educação de São Paulo (na figura da UNDIME) e desenvolvido pela USP e pela PUC/SP.

Em 2004 e 2005 participei, como membro da equipe de design instrucional da Fundação Vanzolini, do Programa Ensino Médio em Rede, voltado aos professores do Ensino Médio e aos supervisores, coordenadores e assistentes técnico-pedagógicos que atendem esse segmento de professores. Também atuei junto à formação dos videoconferencistas deste Programa, especificamente no que diz respeito à discussão conceitual afeita à metodologia de mediação à distância.

Integrei a equipe de videoconferencistas do Programa Ler e Viver, voltado a professores de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental II da Rede Estadual de Educação de São Paulo. O programa foi promovido pela Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – com apoio da Organização Ibero-Americana – e desenvolvido pela Moderna Formação.

Em março de 2004 prestei concurso público para aulas na habilitação em Educação a Distância do bacharelado em Tecnologia e Mídias Digitais da PUC/SP. Após aprovação, ingressei no Departamento de Fundamentos da Educação da PUC/SP, pois as aulas do concurso vinculam-se a esse departamento.

Fiz parte da comissão da licenciatura em Matemática a distância da PUC/SP, elaborando o desenho didático de duas disciplinas de educação e, neste curso, sou docente de uma delas: Fundamentos da Educação – desafios da educação brasileira.

Desde abril de 2007 sou professora do Programa de Pós-graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital da PUC/SP (TIDD – PUC/SP), onde dou aula nas disciplinas vinculadas à área de Concentração Processos Cognitivos e Ambientes Digitais e oriento pesquisas de mestrado nesta área.

Bem, do que me lembro é isso. Achei muito legal fazer esse resgate e mais legal ainda a possibilidade de trocar com os colegas.

Abraço,

Lucila Pesce

Em resposta à Usuário excluído

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Usuário excluído -

Olá, Pessoal.

Tive uma experiência bem legal com um curso da FGV neste ano de 2009, como participante.

Tratava-se de um curso de 30h, onde como pontos fortes destaco:

- As múltiplas mídias disponíveis: material impresso, mídia digital e conteúdo on line;

- A interação entre Tutores- Participantes / Participantes-Participantes;

- A rapidez com que a tutora respondia as questões;

- A qualidade dos momento síncronos e dos momentos assíncronos.

Quanto aos pontos negativos cito:

- A carga de conteúdo, bastante densa para um curso de 30h;

No meio do curso, tivemos o carnaval, o que pessoalmente atrapalhou bastante o ritmo com o qual acompanhava as atividades. Até então seguia muito bem, mas depois deste período,  relaxei um pouco com a disciplina e como as atividades continuaram rolando, algumas coisas foram atropeladas.

Portanto, senti duas coisas... embora o tempo na Educação On Line seja de outra qualidade e quantidade, ele existe como cronos nas nossas vidas práticas e neste caso, houve um problema de adaptação.

A segunda coisa foi a qualidade das interações que sem dúvidas enriqueceu bastante o curso, ou seja, as experiências ali contadas e praticadas agregaram muito ao curso e aos seus participantes.

Então é isso pessoal, está aí uma das experiências significativas vividas em cursos On Line.

Beijos e Abraços,

Lázaro.

 

Em resposta à Usuário excluído

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Edmea Santos -

Olá Lázaro!

Seu relato é muito significativo, afinal é um relato discente. Muitas vezes entranhamos a educação online porque relacionamos com as práticas de EAD. Na educação online a participação e a interatividade são fundamentos do projeto. Não basta disponibilizar material multimídia e "administrar" as tarefas e avaliações/exames dos cursistas. O conteúdo e o conhecimento são construídos na relação online que se estabelece entre docentes e cursistas. Você citou o case da FGV. Quando fui coordenadora de tutoria no  FGV  ONLINE recebia muitos relatos de alunos (alguns reclamavam muito) incomodados com as atividades que sinalizavam a participação efetiva em sala de aula. Muitos achavam que o curso era a distância, ou seja, ter contato com material e com o tutor apenas para tirar dúvidas e fazer os atividades avaliativas. Nos cursos livres alguns evadiam e nos corporativos, muitos reclamavam das atividades inicialmente. Quando era curso de MBA os alunos com o tempo começavam a valorizar o projeto exatamente pelo ganho que tinham em curto prazo com as atividades colaborativas.

Contudo, concordo com você quando problematiza a questão do tempo físico... No projeto citado, pelo menos até onde eu conheço, as atividades síncronas são obrigatórias. Acho  problemático porque as pessoas buscam a ead/online por não terem disponibilidade para "horas marcadas". Penso que os cursos online devam priorizar as atividades assíncronas e valorizar as síncronas também, contudo estas últimas não devem ser "obrigatórias".

O que você acha ?

[]s

Méa

Em resposta à Edmea Santos

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Usuário excluído -
Olá, Méa e demais participantes.

Acredito que, devido a alguns fatores como: o público que atende, as diversas motivações envolvidas, o fato de ser um curso livre etc., os Chats devem ser sim obrigatórios (por mais contraditórios que sejam cursos livres com chats obrigatórios).

Embora on line, com possibilidades de espaços/tempos diferentes dos estudos presenciais, cursos como estes são sim baseados em uma agenda e são nesses momentos síncronos onde encontramos uma possibilidade diferente de intereção.

Em virtude das trocas que se dão nele, acreio que seja essencial a participação de todos. Embora, pelo menos no meu caso, não foi a obrigatoriedade que me motivou a estar lá, mas sim a presença dos outros participantes do curso.

Além disso, devido aos horários nos quais eram marcados os chats, havia uma grande taxa de participação. Infelizmente, neste curso de Formação do qual fazemos parte, ainda não pude participar de nenhum bate-papo pois muitos, se não todos foram marcados para domingos à noite...

Voltando à sua questão, dado o interesse geral dos colegas do curso que fiz, poderia apostar que mesmo que as atividades síncronas não fossem obrigatórias, muitos de nós estaríamos lá, portanto, além de discutirmos obrigatoriedade ou não, temos que pensar no que torna um curso interessante o bastante para uma atividade desta ser motivadora.

Abraços!

Em resposta à Usuário excluído

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Edmea Santos -

Sem dúvida Lázaro, a ambiência envolve desenho didático e participação docente e discente. O "sentimento de pertença" faz com que estejamos sempre com vontade de interagir. Eu particularmente adoro os encontros síncronos. O desafio é encontrar agendas. Por este motivo, temos que disponibilizar pelo menos 2 alternativas. Contudo, fixar encontro síncrono como obrigatório acho complicado. Funciona bem nos modelos corporativos, até porque, a empresa costuma reservar um tempo para o acesso. Quando é livre, valendo pontuação na média, as pessoas acabam "dando um jeito". Quando a experiência é significativa a "obrigatoriedade" fica bem neutralizada. Afinal, gostamos e valorizamos o que vale a pena. Aprender por exemplo.

[]s

Méa

Em resposta à Usuário excluído

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Alberto Tornaghi -

Lázaro,

gostaria de "meter a colher" nesta conversa do chat.  Eu tive uma experiência bem interessante neste sentido.  Criamos um curso em que cada turma tinha entre 40 e 60 alunos.  Ora, não faz sentido uma conversa, seja via chat, seja presencial, em que 50 pessoas "falam ao mesmo tempo". Além disso, muitos não podiam participar nos horários acertados.  Por outro lado, estávamos convidando ente muito bacana para os chats e avaliávamos que seriam temas essenciais à formação dos participantes do curso.

Organizamos da seguinte forma.

1 - oranizamos as turmas em grupos.  Cada grupo (entre 6 e 8 alunos) discutiu o tema e enviou duas a três questões para o convidado com antecedência. 

2- O convidado pode preparar sua fala levando em conta as questões dos alunos. 

3- No dia do debate, cada grupo tinha um portavoz que falava com o debatedor e com seu grupo. 

4 - Ao final do debate, os que não puderam participar, usaram o log (gravação) do debate e faziam um texto em que organizavam e sistematizavam o que foi debatido e submetiam ao grupo.

Fiz parte do grupo que "inventou" esta estratégia (com certeza que pelo menos parte dela devemos ter lido nalgum canto), e acompanhei a primeira turma fazendo isso. Da turma seguinte tive notícias.  Este ano, eu fui um dos convidados para participar de chat assim  O que resulta daí é que:

1- o portavoz acaba tendo uma experiência similar à do debatedor o que é um aprendizado muito interessante e (quando planejamos) inesperado.  Hoje, naquela instituição, todos os alunos experimentam por algum tempo ser liderança e exercer a tutoria por algum tempo nas turmas em que são alunos.

2- os que não podem participar em tempo real, acabam participando também e tendo um papel importantíssimo que é o de sistematizar o que ficaria como memória ao longe para todos. Além disso, puderam, em acordo com essa maravilhosa característica dos cursos em EAD, fazer isso em seu tempo, no horário que efetivamente dispunham.

3- ficou, para todos, o que não é comum, um registro que permitiu (na verdade, exigiu) que o debate fosse retomado e reavaliado posteriormente. E, finalmente

TODOS participaram do chat mesmo sem dispor do horário para fazê-lo em tempo real.

Taí uma interessante experiência que tive com EAD online.  Ao longo do módulo deverão surgir outras.

Abraço

Alberto

Em resposta à Usuário excluído

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Usuário excluído -
Caro Lázaro
Você mencionou pontos muito importantes que interessam de perto à docência online. Foram eles:
- interação tutores- participantes
- interação participantes-participantes
- qualidade dos momentos síncronos e assíncronos

Será que você podia explicar como foram esses processos de interação. O que você destacaria neles como fator relevante para a docência online?

Também gostaria de saber por que você diz que os momentos síncronos e assíncronos foram marcados pela qualidade. O que significa qualidade nesses momentos?

E por último, quero compartilhar uma dúvida com você. No seu relato destaca a quantidade de conteúdo que tinha de estudar para um curso online de 30 horas. Esta é uma queixa de muitos alunos desses cursos. O que você pensa sobre esta questão?
Aguardo resposta.
Abraços da Lúcia Vilarinho
Em resposta à Usuário excluído

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Ieda Carvalho Sande -

Desde 1996, venho acumulando muitas experiências com a educação a distância.

Minha maior experiência é na FGV Online, onde atuo como tutora de Metodologia do Ensino Superior e Metodologia da Pesquisa em turmas de MBA de diferentes áreas.

Como multiplicadora do Núcleo de Tecnologia Educacional Rio 1, tenho tido grandes oportunidades de trabalhar com professores da rede pública do Rio de Janeiro; é uma clientela muito difícil de "segurar" por causa das inúmeras dificuldades que apresentam em relação ao uso das tecnologias, principalmente o computador.

Recentemente estou atuando no PIQ - Programa de Qualificação Profissional, da Universidade Estácio de Sá, voltado para a formação continuada dos professores através de oficinas pedagógicas online, totalmente a distância.

Considero, porém, minha melhor e mais gratificante experiência, a que desenvolvo com meus alunos do curso de Direito da Universidade Estácio de Sá. Mantenho constantemente uma sala virtual, agora montada e desenvolvida por mim no ambiente Moodle, onde fazemos a complementação das aulas presenciais, usando, principalmente, o fórum como principal ferramenta de interatividade entre todos os alunos da turma. Temos a oportunidade de tirar dúvidas, dar sugestões, avisos de eventos, tec. Os alunos adoram esse espaço virtual e, normalmente, pedem para continuar usando o espaço após o final do período letivo.

Bem... é isso aí!

Abraços,

Ieda Sande

Em resposta à Ieda Carvalho Sande

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Alberto Tornaghi -
Ieda,

aí está um dado interessante: alunos pedem para continuar após o período letivo. O que será que provoca isso? tenho um palpite que fica como uma pergunta para você ou uma sugestão para investigar: Quanto do que acontece no fórum é participação direta do alunos? Quanto do que acontece lá é diretivo e quanto não é? Seria este um espaço que podem entender como deles, em que falam o que desejam, o que precisam, o que sabem?

Um abraço

Alberto Tornaghi
Em resposta à Ieda Carvalho Sande

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Usuário excluído -
Cara Ieda.
Fico imensamente feliz de saber que você está aqui conosco para contar suas experiências, que já são bem significativas. Realmente, esta sua atividade extra sala de aula presencial, que está realizando com os alunos do Direito da UNESA, é muito especial. Penso que, em um futuro (aí não sei se remoto, por força das resistências que marcam a área da educação) a maioria dos professores do ensino presencial terá que tomar este caminho. Ao dominarem pedagogicamente as tecnologias poderão organizar suas salas de aula virtuais e ampliar, de modo criativo e extensivo, as aprendizagens de seus alunos.
Este é um cenário do futuro, que você já está construindo hoje.
Grande abraço da Lúcia Vilarinho.
Em resposta à Ieda Carvalho Sande

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Edmea Santos -

Olá Ieda!

No tocante da docência colaborativa não podemos esquecer da experiência que tivemos ano passado com a formação de 300 docentes online na Estácio Virtual. Éramos 10 docentes-formadores. Cada um com 30 professores-cursistas. O desenho didático era o mesmo do ponto de vista dos conteúdos e das situações de aprendizagem previamente arquitetados. Contudo, cada docente-formador imprimiu com sua turma uma dinâmica que foi compartilhada numa lista de discussão só para os docentes-formadores. Nesta lista compartilhamos dilemas e etnométodos. Foi um rico espaço de aprendizagem para todos nós. Ieda o que você achou dessa experiência?

[]s

Méa

Em resposta à Edmea Santos

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Ieda Carvalho Sande -

Méa,

Foi, talvez, a mais significativa experiência em ead que tive. O que me tocou muito foi a nossa troca de experiências compartilhada na lista de discussões dos docentes. Nunca me sentia solitária; sempre que acessava a lista, as dúvidas eram esclarecidas. Atualmente estou atuando no mesmo curso, pelo PIQ, e posso assegurar que a nova experiência fica muito aquém da anterior. Falta a colaboração do grupo e a coordenação segura do Marco. Gostei muito da experiência que você relatou da docência conjunta na UFBA; gostaria muito de participar de uma docência nesses moldes.

Abs,

Em resposta à Usuário excluído

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Usuário excluído -
Oi, Lucia.

Os processos interativos ao longo do curso foram importantes para que nos sentíssemos uma turma; para criarmos um bom ambiente de trocas uma vez que era um assunto que atende a diversas área - Gestão por Competências -; e por fim, para que dividíssemos as nossas experiências profissionais, trazendo a prática como possibilidade de reflexão da teoria.

Quanto à sua segunda questão, vou mais ou menos pelo mesmo caminho... Estávamos focados nas discussões o que nos levou a ter contribuições bastante interessantes, tanto do ponto de vista teórico, quanto no plano das experiências profissionais.
Nos momentos síncronos, contava a organização do debate e a mediação da tutora responsável, além do engajamento da turma nas discussões.
Já nos momentos assíncronos, além das postagens também interessantes, havia um ritmo muito bom para as respostas, tanto entre participantes e tutora, quanto entre os próprios participantes.

Sua última questão é a mais delicada. Havia conteúdo suficiente para uma disciplina de graduação presencial em um curso cuja carga horária é de 30h, e ainda há as atividades de avaliação, como participação em fóruns, chats (discussão que a Méa vem encaminhando) além das tarefas que tem que ser entregues.
Por mais que tenhamos a possibilidade de acessar os conteúdos por diversos meios e em variados espaços/tempos (daí a importância de um curso em múltilas mídias, inclusive impressa), há coisas em nossas vidas qu também nos ocupam.
Dessa maneira, havia a necessidade de um alto grau de comprometmento para que pudéssemos dar conta do curso.
Em parte essa questão da condensação do conteúdo a supostas 30h traz uma discussão sobre o que é dimensionar um tempo em cursos on line, ou a distância. Além da cobrança de presença, de um número X de acessos, e um quantitativo mínimo de post, enfim, caímos na complicação de lidarmos com uma modalidade de educação com características próprias e ainda tratá-la com os mesmos parâmetros da educação presencial.

Lucia, espero ter respondido à sua questão, e ressalto que no item qualidade dos momentos assíncronos um ponto essencial é exatamente essa ação de postar algo e ter a sua colocação respondida, gerando desta maneira um debate.

Então é isso.

Beijos e abraços a todos.

Lázaro.
Em resposta à Usuário excluído

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Usuário excluído -
Caro Lázaro.
Como falei em mensagem para a Méa, estou tentanto nessas nossas coversas iniciais depurar idéias que nos ajudem a caracterizar mais claramente a docência online. Sua resposta às minhas indagações me ajudam bastante neste meu objetivo. Veja a riqueza dos seus registros:
--> é preciso sentir-se pertencendo à turma para haver interação de qualidade.
Quais são as implicações dessa afirmativa para a docência online? Podemos dizer que um curso online só deve começar quando tiver 'formado a turma', ou seja, quando o grupo se sentir unido em torno de objetivos comuns? Este aspecto por si só já dá margem a muitas indagações, com o por exemplo: (a) quando é que se pode afirmar que um grupo se sente como turma? (b) que estratégias podemos utilizar com vistas à 'formação da turma' no contexto de um curso online? (c) como mater o sentimento de turma ao longo do curso online?

--> para que a interação se concretize (e seja de qualidade) é importante situar a prática como base da discussão teórica.
Que implicações podemos tirar desse seu depoimento para a docência online? Aqui novamente você aponta para algo muito relevante que é a contextualização do ensino-aprendizagem. A prática é um 'ancoradouro' natural. É aquilo que nos fala de perto. Portanto, o docente precisa saber buscar exemplos, aproveitar a experiência dos alunos. Não é nada fácil, considerando, principlamente, que fomos criados em sistemas de ensino que priviliegiavam a teoria. Para mim, este é um garnde desafio da docência online.

--> a interação necessita da organização do debate.
O que salta aos nossos olhos a partir dessa sua ponderação? O professor ou tutor não pode ter um comportamento laissez-faire. Tem de ser disciplinado e exigir disciplina no debate, nas discussões, sob pena de perder o foco e deixar os alunos sem saber exatamente onde devem chegar. Isto não significa que os atores não possam fazer considerações paralelas, mas o caminho principal tem de ser marcado. Processos de aprendizagem muito abertos, tendem a levar os alunos a saberem um 'pouquinho de quase nada'. Para dizer a verdade, eu adorei que você tivesse salientado este ponto. Talvez este meu sentimento tenha a ver com a minha formação e experiência de mais de 35 anos na área da Didática, que, em resumo, me ensinaram o seguinte: sem planejamento e organização do processo de ensino fica muito difícil potencializar a aprendizagem.

--> a mediação da tutora.
A pergunta que fica: o que era tão especial na mediação da sua tutora que lhe deu tanta satisfação? Esta indicação pode dar margem a um tratado!O que é mediar na docência online? Quem pode mediar? É necessária uma formação específica para o processo de mediar? Existem estratégias próprias de mediação? Se aprofundássemos este tema - Mediação na Docência Online - talvez pudéssemos escrever um livro!

--> engajamento da turma nas discussões (alto grau de comprometimento).
Novamente você toca em outro ponto nebuloso da educação online. Eu penso que participar de um curso dessa natureza exige algumas qualidades, entre elas o engajamento e comprometimento. Acredito que muitos alunos entram nos cursos motivados, ou seja, buscando se engajar e tentando comprometer-se com as atividades propostas. No entanto, a mistura inadequada de alguns elementos (dosagem do conteúdo, falta de feedback ou feddback tardio, atividades monótonas, discussões desorientadas, teoria em demasia, etc) leva os sujeitos a se aborrecerem, a acharem enfadonho o que estão realizando. Assim, o engajamento inicial esmorece. É preciso, portanto, planejar as atividades de modo que elas sejam estimulantes, desafiantes o tempo todo. Isto exige docente criativo, presente, atencioso, observador para ver quem está esmorecendo e ajudar, etc. Não é nada fácil.

--> ritmo de trabalho.
Trata-se de outro aspecto fundamental. Aliás o ritmo ajuda o engajamento e o comprometimento. O ritmo exige dosagem das atividades: não podem ser demasiadas, mas também não podem ser poucas ou pobres. Deve ser baseado principalmente na atividade do aluno. É preciso captar o ritmo da turma e ajustar as atividades. Daí ser muito importante que a disciplina designada de 'Ambientação' não se limite apenas a fazer com que o aluno saiba navegar no AVA que será utilizado no curso. É preciso muito mais neste espaço: quem são os alunos, o que fazem, que horas têm para se dedicar ao estudo, em que horas do dia costumam estudar, como estudam: no tabalho, em casa a noite, nos fins de semana, gostam de estudar em grupo ou preferem as atividades individuais, etc. Com um bom perfil da turma dá para ajustar o ritmo, ver os líderes que vão ajudar o professor.

--> acesso variado ao conteúdo (múltiplas mídias).
Outro ponto crucial e que depende de planejamento. Ao organizar o conteúdo que será estudado, o professor online tem necessariamente que separar todas as fontes de consulta, devendo oferecer também indicações que podem ser acessadas na internet (desde que muito bem selecionadas). É importante compreender que o estudo de um tema sob diferentes óticas dá margem a uma visão intedisciplinar. Por exemplo: se estamos estudando o fenômeno da violência na escola, podemos analisar esta questão do ponto de vista da psicologia, da sociologia, do direito, da educação, da economia. Isto dará ao aluno uma visão bem ampla da problemática. Neste caso, o professor pode trabalhar com um texto da Pedagogia, uma entrevista de um psicólogo, um artigo de jornalista considerando os aspectos sociais, um depoimento de economista em vídeo. Pode pedir aos alunos que encontrem esses materiais. A criatividade deve funcionar e todos podem contribuir.

Olha Lázaro, você me ajudou muito. Acho que vamos poder pensar a docência online em torno de eixos importantes e que merecem aprofundamento.
O que você gostaria de acrescentar ao que escrevi. Será que fui fiel ao que você registrou?
Abraços da Lúcia Vilarinho

Em resposta à Usuário excluído

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Usuário excluído -
Oi, Lucia.

Sua leitura captou muito bem os pontos que levantei em minha experiência.

Quanto ao ponto:

--> a mediação da tutora.
A pergunta que fica: o que era tão especial na mediação da sua tutora que lhe deu tanta satisfação? Esta indicação pode dar margem a um tratado!O que é mediar na docência online? Quem pode mediar? É necessária uma formação específica para o processo de mediar? Existem estratégias próprias de mediação? Se aprofundássemos este tema - Mediação na Docência Online - talvez pudéssemos escrever um livro!

Temos uma mestranda em nosso Grupo que está trabalhando o tema da Tutoria no curso de Pedagogia a Distância da UERJ. E as questões dela se aproximam bastante às suas.

O que posso apontar a partir das entrevistas que fiz com egressas dessa curso, das quais algumas hoje são tutoras do curso em que um dia foram discentes, é que elas reconhecem a necessidade de uma formação voltada para a tutoria, além de uma experiência prática na área de educação, como docentes ou pessoas de alguma maneiras envolvidas em processos educativos.

Ficou claro também queo fato de terem feito uma graduação a distância lhes deu subsídios para atuarem como tutoras em um curso a distância, um fator importante, pois a manioria de nós, que atuamos neste campo não fomos formados nesta modalidade... A maioria de nossas experiência já são como docentes vindo do presencial.

Cursos como este que estamos implementando tendem a ser cada vez mais necessários e várias instituições já se atentaram ao nicho dos "cursos para docência online".

Lucia e demais colegas, está aí mais uma ponta para discutirmos...

Beijos e abraços.

Lázaro.


Em resposta à Usuário excluído

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Edmea Santos -

Olá Lázaro! Olá Lúcia!

Que bela trama, rede vocês estão construindo aqui. Maravilha!

Bem, somos docentes e edificamos os nossos saberes por várias vias: história discente, docente, formação inicial e continuada, experiência profissional. No caso da docência online , muitos de nós, não temos a "memória" de uma formação mais ampla. Não temos uma história de vida com o online e muito menos com a docência online. Os docentes que não são "nativos digitais" não vivem e não viveram a interação online, e muitos quase, nem foram alunos online antes de exercer sua primeira experiência online.

Os dados trazidos pelo Lázaro mostram experiências de pessoas que foram alunos online e que hoje atuam na docência. Pessoal, será que ser discente online é importante, antes de vivenciar a docência online? Como vocês vivenciaram ou vivenciam estas práticas?

[]s

Méa

Em resposta à Edmea Santos

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Usuário excluído -
Caros Méa e Lázaro.
Vou tentar entrelaçar as últimas postagens de vocês.
Ambos estão falando da formação para a docência online. Lázaro sinalizou a importância de se experimentar a discência online para chegar à docência e Méa nos indaga se julgamos indispensável esta experiência.
Eu não tenho uma posição definida a esse respeito, mas penso que um docente experiente, que possua sólidos conhecimentos pedagógicos (ái se incluem os conhecimentos necessários nas chamadas áreas de fundamentação - Psicologia, Sociologia, Filosofia, entre outras), além de ter o domínio básico das ferramentas virtuais que irá utilizar na sua atividade de ensino (sem falar no conhecimento de seu conteúdo de ensino) pode realizar, com boa dose de sucesso, a docência online. Imagino, no entanto, que muitas vezes é difícil se libertar de de certos padrões assumidos na docência presencial. E esta dificuldade pode prejudicar a docência online.
Vou tentar exemplificar o que estou querendo dizer, me colocando como exemplo.
Não tenho dúvida que possuo uma boa formação na área da Educação - nos mencionados conhecimentos pedagógicos, tendo também uma larga experiência docente no ensino superior que se iniciou em março de 1972 na UFRJ (para quem não sabe, me aposentei nesta universidade em meados de 1995 e, em seguida, 1996, comecei a trabalhar na Estácio). Não tenho qualquer experiência, para além deste curso, em discência e docência online. Trago, assim, os meus 'ransos' da docência presencial. Um deles mencionei implicitamente na resposta anterior ao Lázaro: a mania de "fechar" o assunto, ainda que seja provisoriamente! Daí ter ficado tão contente quando ele disse que havia foco nas discussões: eu pensei comigo mesma - havia princío, meio e fechamento!
E aí comecei a me questionar: mas tem que ter princípio, meio e fechamento? Isto é absolutamente necessário? Será que uma cabeça com esse pressuposto (que incorporei nos aúreos tempos da Didática) não acaba pondo um curso online a perder?
Nesta linha de raciocínio, eu penso que seria muito bom ser discente online e aprender com essa turma nativa, que raciocina sem necessidade de 'fechamentos', como é pensar e praticar educação online.
Quanto maior for a experiência do docente em situações virtuais, mais probabilidade terá de enfrentar os desafios que surgem neste espaço.
Confesso que estou gostando. O problema são os meus 'ransos'; mas quem sabe vou repensá-los?
Grande abraço para vocês que me estimulam a pensar e a me questionar.



Em resposta à Usuário excluído

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Alberto Tornaghi -

Lucia,

bom isso de podermos seguir aqui as discussões que travamos na Estácio e poder contar com outras vozes.

Você fez o seguinte comentário partindo do que disse o Lázaro.

"--> é preciso sentir-se pertencendo à turma para haver interação de qualidade.
Quais são as implicações dessa afirmativa para a docência online? Podemos dizer que um curso online só deve começar quando tiver 'formado a turma', ou seja, quando o grupo se sentir unido em torno de objetivos comuns? Este aspecto por si só já dá margem a muitas indagações, com o por exemplo: (a) quando é que se pode afirmar que um grupo se sente como turma? (b) que estratégias podemos utilizar com vistas à 'formação da turma' no contexto de um curso online? (c) como mater o sentimento de turma ao longo do curso online?"

Pelo pouquinho que experimentei (nunca fui aluno online, coisas de quem chegou a isso ainda antes do bit lascado) esta percepção de pertinência decorre do trabalho em interação.  As diversas parcerias que se travam, as colaborações ao produzir coisas é que, como nas salas de aula presenciais, vão forjando um grupo, vão fazendo do ajuntamento de pessoas geográficamente espalhadas, uma turma. 

Vejamos como se experimenta isso aqui.  Lázaro fala, você questiona e problematiza, ele responde, eu interfiro, Edméa agita cheia de experiências ricas... Sugiro tomarmos cuidado, se continuarmos assim, acabamos virando uma turma sorriso. O trabalho nos fará uma turma.

Aliás, tem sido uma delícia fazer parte da sua turma na Estácio. (Isso é coisa boa de ser dito em público, é privilégio puro trabalhar com essa "tchurma" que encontrei ali, entre eles os que vcs vêm por aqui, Lucia, Lina e Marco e mais os alunos que a competência deles atraiu a catalisa ali)

Abçs

bebeto

Em resposta à Usuário excluído

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Marco Silva -

Lúcia, é muito interessante esta sua postagem endereçada ao Lázaro. Uma síntese valiosa!!

Cada item traz uma inquietação essencial à formação dos professores para docência online. Destaco dois itens (em azul):

item 1

--> a interação necessita da organização do debate.
O que salta aos nossos olhos a partir dessa sua ponderação? O professor ou tutor não pode ter um comportamento laissez-faire. Tem de ser disciplinado e exigir disciplina no debate, nas discussões, sob pena de perder o foco e deixar os alunos sem saber exatamente onde devem chegar. Isto não significa que os atores não possam fazer considerações paralelas, mas o caminho principal tem de ser marcado. Processos de aprendizagem muito abertos, tendem a levar os alunos a saberem um 'pouquinho de quase nada'. Para dizer a verdade, eu adorei que você tivesse salientado este ponto. Talvez este meu sentimento tenha a ver com a minha formação e experiência de mais de 35 anos na área da Didática, que, em resumo, me ensinaram o seguinte: sem planejamento e organização do processo de ensino fica muito difícil potencializar a aprendizagem.

item 2.

--> a mediação da tutora.
A pergunta que fica: o que era tão especial na mediação da sua tutora que lhe deu tanta satisfação? Esta indicação pode dar margem a um tratado!O que é mediar na docência online? Quem pode mediar? É necessária uma formação específica para o processo de mediar? Existem estratégias próprias de mediação? Se aprofundássemos este tema - Mediação na Docência Online - talvez pudéssemos escrever um livro!

Sobre o primeiro item,

De fato, a mediação não pode ser laissez-faire. Ela deverá estar baseada em projeto de aprendizagem e, por isto mesmo, em “planejamento”, se pretende ser formação, educação. A educação é por definição projeto de formação e como tal supõe planejamento para saber exatamente onde se quer chegar. Ademais, “sem planejamento e organização do processo de ensino fica muito difícil potencializar a aprendizagem”. A docência online e presencial precisa ter isso claro! A formação para docência online precisa discutir suas especificidades quanto a isto.

Sobre o item 2:

Suas perguntas são precisas: O que é mediar na docência online? Quem pode mediar? É necessária uma formação específica para o processo de mediar? Existem estratégias próprias de mediação?

Tenho me orientando na mediação online a partir de alguns indicadores que resultaram de pesquisas que realizei especificamente sobre qualidade em docência ou mediação na modalidade online. Mostro em seguida estes indicadores com a finalidade submete-los à crítica dos docentes deste módulo que tem como objeto o tratamento acadêmico da mediação online, mas estão abertos à críticas de todos os colegas pesquisadores aqui reunidos.

Aqui estão:

1. Disponibilizar múltiplas experimentações, múltiplas expressões.

• - Promover oportunidades de trabalho em grupos colaborativos.

• - Desenvolver o cenário das atividades de aprendizagem de modo a possibilitar a participação livre, o diálogo, a troca e a articulação de experiências.

• - Utilizar recursos cênicos para despertar e manter o interesse e a motivação do grupo envolvido.

• - Favorecer a participação coletiva em debates presenciais e on-line.

• - Garantir a exposição de argumentos e o questionamento das afirmações.

2. Disponibilizar uma montagem de conexões em rede que permite múltiplas ocorrências.

• - Fazer uso de diferentes suportes e linguagens midiáticos (texto, som, vídeo, computador, Internet) em mixagens e em multimídia, presenciais e on-line.

• - Garantir um território de expressão e aprendizagem labiríntico com sinalizações que ajudam o aprendiz a não se perder, mas que ao mesmo tempo não o impeça de perder-se.

• - Desenvolver, com a colaboração de profissionais específicos, um ambiente intuitivo, funcional, de fácil navegação e que poderá ser aperfeiçoado na medida da atuação dos aprendizes.

• - Propor a aprendizagem e o conhecimento como espaços abertos à navegação, colaboração e criação, possibilitar que o aprendiz conduza suas explorações.

3. Provocar situações de inquietação criadora

• - Promover ocasiões que despertem a coragem do enfrentamento em público diante de situações que provoquem reações individuais e grupais.

• - Encorajar esforços no sentido da troca entre todos os envolvidos, juntamente com a definição conjunta de atitudes de respeito à diversidade e à solidariedade.

• - Incentivar a participação dos estudantes na resolução de problemas apresentados, de forma autônoma e cooperativa.

• - Elaborar problemas que convoquem os estudantes a apresentar, defender e, se necessário, reformular seus pontos de vista constantemente.

• - Formular problemas voltados para o desenvolvimento de competências que possibilitem ao aprendiz ressignificar idéias, conceitos e procedimentos.

4. Arquitetar percursos hipertextuais

• - Articular o percurso da aprendizagem em caminhos diferentes, multidisciplinares e transdisciplinares, em teias, em vários atalhos, reconectáveis a qualquer instante por mecanismos de associação.

• - Explorar as vantagens do hipertexto: disponibilizar os dados de conhecimento exuberantemente conectados e em múltiplas camadas ligadas a pontos facilitam o acesso e o cruzamento de informações e de participações.

• - Implementar no roteiro do curso diferentes desenhos e múltiplas combinações de linguagens e recursos educacionais retirados do universo cultural do estudante e atento aos seus eixos de interesse.

5. Mobilizar a experiência do conhecimento

- Modelar os domínios do conhecimento como espaços conceituais, onde os alunos podem construir seus próprios mapas e conduzir suas explorações, considerando os conteúdos como ponto de partida e não como ponto de chegada no processo de construção do conhecimento.

• - Desenvolver atividades que propiciem não só a livre expressão, o confronto de idéias e a colaboração entre os estudantes, mas, que permitam também, o aguçamento da observação e da interpretação das atitudes dos atores envolvidos.

6- Desenvolve rubricas de avaliação formativa

• - Implementar situações de aprendizagem que considerem as experiências, conhecimentos e expectativas que os estudantes já trazem consigo.

• Estimula a a utoria cooperativa de formas, instrumentos e critérios de avaliação

• C ria e assegura a ambiência favorável à avaliação formativa • Promove avaliação contínua

Estas seis linhas de sugestões se mostraram capazes de potencializar a autoria do professor. São agenciamentos de comunicação capazes de contemplar o perfil do novo espectador que emerge com a cibercultura, bem como a própria dinâmica hipermidiática da web. Com elas tenho trabalhado para promover uma modificação qualitativa da pragmática comunicacional fundada na transmissão e modificar a prática docente baseada no falar-ditar do mestre. A mediação baseada na interação, na colaboração, na interatividade demanda agenciamentos específicos.

Refiro-me à possibilidade de superação na sala de aula via internet, da tradicional sala de aula presencial baseada no baixo nível de participação oral dos alunos, na ênfase em atividades solitárias, na aprendizagem mecânica de conhecimento factual como principal objetivo do ensino, enfim, na distribuição em massa do “conhecimento”.

A internet traz o conceito de sala de aula “virtual” ou “ciberespacial”. Trata-se do ambiente de aprendizagem e de socialização gerado na interconexão dos computadores em rede. Cada aluno, a partir de qualquer lugar, utiliza seu computador conectado à Internet para acessar o site do curso. Ali ele encontra o material pedagógico que o convida e estimula a realizar pesquisas, desenvolver projetos, em rede com os outros alunos e com o professor. O professor, baseado em planejamento, disponibiliza informações, propostas de trabalho, links para blogs e sites temáticos, bibliografia, imagens, músicas, filmes, além do planejamento do curso especificando objetivos e conteúdos programáticos.

Na sala de aula “virtual” ou “ciberespacial” o professor pode promover certos agenciamentos de comunicação como: incentivar a troca de experiências, a ajuda mútua, a participação em debates on-line e a construção coletiva do conhecimento e da própria comunicação. A internet abre fartas disposições para a mediação orientada para essa perspectiva. Entretanto, é preciso cuidar da formação do professor para a docência online.

Abrs, Marco Silva

Em resposta à Marco Silva

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Alberto Tornaghi -
Meu caro Marco,

ufa!! dá o que pensar. Muito bom, mas nem tudo daí são "favas contadas" para mim, coisas que já domine. Muito do que você traz organiza e sistematiza coisas que muitos de nós experimentamos (ensino como tarefa de provocação, avaliação como suporte, guia e meio de aprendizagem, inquietação criadora etc.).
Mas alguns pontos, ainda que claramente signifiquem bns indicadores de qualidade, há que pensar e discutir um pouco para aprofundar como se articulam e o que significam de mudança em nossas práticas.

Muito interessante. Obrigado pelo "presente".

Abraço
Em resposta à Usuário excluído

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Helena Rodrigues de Sá -

Lázaro, também tive uma experiência como aluna em um curso de especialização em Currículo e prática educativa, pela PUC-Rio, que me ajudou a criar memória docente online para usar hoje nas tutorias em que trabalho.

Minha turma foi a primeira a experimentar o curso totalmente online. O AVA usado por eles é o aulanet, que oferecia na época o fórum como espaço de interação, compartilhamento de saberes. Os tutores e os docentes, em sua maioria, estavam aprendendo a transpor os saberes docentes, elencados pelo Bebeto, do presencial para o online. Para alguns, esta não foi uma experiência fácil... alguns docentes eram renomados professores presenciais que tinham concepções pedagógicas bem tradicionais e suas práticas online não foram diferentes: muito texto e pouca ou nenhuma interação. Outros que já possuiam práticas mais interativas no presencial, levaram esses saberes para o AVA.

A cada quatro meses, tínhamos duas disciplinas, que eram mediadas por tutores e pelos docentes, sendo que estes visitavam o ambiente muito pouco. Cada tutor tinha uma forma peculiar de mediar as falas dos cursistas, de instigar (ou não), problematizar (ou não), ampliar (ou não) os conteúdos a serem discutidos e aprendidos. Ao longo do curso, foram cinco tutores com formas completamente diferentes de atuar. Isso se refletia, é claro, na presença/participação dos alunos. Embora todos eles respondessem sempre em 24h nossas postagens, a qualidade desses comentários eram bem diferentes. 

Ficou claro que a parceria, a cumplicidade entre cursistas e tutores/docentes, assim como no presencial, foram fundamentais para que as disciplinas se desenvolvessem com qualidade. Não houve co-criação de conteúdos e nem era um curso aberto, pois as unidades eram disponibilizadas aos poucos, embora todos os títulos estivessem lá para nos deixar curiosos. Por outro lado, houve uma escuta sensível aos anseios e dificuldades dos cursistas em relação aos conteúdos postados e estes foram reorganizados quando eles percebiam que não estava caminhando. Flexibilidade foi um ponto importante nesse curso.   

Foi uma experiência muito rica para minha atuação hoje como tutora.   Sabemos que nossas memórias como aluno são muito usadas em nossas práticas docentes e, por essa razão, acredito que nada como vivenciar como aluno (já respondendo à provocação da Méa) um curso online para evitarmos certos exageros ou falta de escuta sensível com nossos alunos online.

Bjs madrugadores!

Em resposta à Usuário excluído

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Edmea Santos -

boca aberta Oi Lucila!

Saudades de você. Acho que vamos só nos encontrar presencialmente na ANPED. Bem, das experiências citadas por você, alguma teve a prática da docência colaborativa? Se teve conte um pouco aqui.

É muito comum encontrarmos experiências de colaboração com os alunos. Muitas vezes os docentes em seus desenhos didáticos arquitetam e fazem a mediação para a aprendizagem colaborativa. Contudo, a equipe de docentes fica desarticulada. Cada docente planeja e faz o seu trabalho. No presencial esta prática também é vivenciada nas escolas e, principalmente, nas universidades. Como você vive ou viveu este quadro na docência online nos projetos citados?

O case da UFBA que eu citei vivenciou a docência colaborativa desde o planejamento até a avaliação do curso.

[]s

Méa

Em resposta à Edmea Santos

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Usuário excluído -

Oi, Méa. Também estou com saudades de você. Sim, se Deus quiser, vamos nos encontrar na ANPED anual e na ABED.

Quanto à docência colaborativa, além da relata na resposta à Lucia, um outro caso legal foi a experiência do PEC (sobretudo na primeira edição). Tínhamos que mediar a partir de script de autoria alheia. E todos mediavam as mesmas seções, cada qual com junto a uma turma. Então, quando começaram as seções sobre as disciplinas específicas, nos reuníamos semanalmente (sempre almoçávamos juntos às terças-feiras), para discutir sobre os conteúdos de aprendizagem e sobre as estratégias de mediação. Partilhávamos nossos desafios e nossos avanços.

Tínhamos uma sistemática proposta pela Sonia Allegretti, coordenadora dos professores online do PEC da PUC/SP, em que o grupo trabalhava com lideranças emergentes. Desse modo, o módulo sobre Psicologia da Aprendizagem teve como líder a Regina Prandini, doutora na área e assim por diante.

Os almoços também contribuíram muito para o fortalecimento de vínculos, o que, com certeza, se refletiu sobre a docência colaborativa. Acho que tem relação com o que fala a mitologia grega: quando se desce ao inferno, não se pode comer por lá, pois não se consegue mais de lá sair. De fato compartilhar a mesa, concreta e simbolicamente, fortaleceu nossos vínculos e fez com que essa experiência de docência colaborativa fosse muito marcante para todos nós. 

[ ]

Lucila

Em resposta à Usuário excluído

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Usuário excluído -
Olá Lucila.
Fiquei encantada com suas experiências em docência online. E são experiências bastante significativas em nosso cenário educacional. Gostaria de saber, entre as mencionadas, qual a que mais lhe gratificou e por quê.
Aguardo suas impressões.
Abraços da Lúcia Vilarinho
Em resposta à Usuário excluído

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Usuário excluído -

Olá. Lucia. Respondendo a sua questão e já dando gancho com a colocação da Méa, uma das experiências mais marcantes para mim foi a do curso de Pós-graduação Lato Sensu em Desenvolvimento de Projetos Pedagógicos com o Uso das Novas Tecnologias, que ocorreu nos anos de 2000 e 2001. Por dois fatores:

a) A experiência absolutamente colaborativa que foi construída entre mim e Sonia Alegretti. Elaboramos a disciplina juntas e cada qual assumiu uma classe. Essa rica colaboração também se efetivou entre nós e os tutores, não só no tocante à concepção, mas também no tocante à mediação que de fato era partilhada. Não houve a tradicional cisão entre conceptores que tanto questionamos. Essa experiência foi uma das mais colaborativas, no nível da docência.

b) A oportunidade de trocar experiências com profissionais que, embora exerciam a mesma função, como assistente técnio-pedagógicos dos NTEs, traziam singularidades de uma riqueza e tanto, pois havia profissionais de todo o canto do Brasil Esse 'mix' de similaridades (na formação e na função) e de singularidades (nas circunstâncias absolutamente ímpares de cada região) me marcou muito.

Lendo as considerações dos colegas, não posso deixar de pontuar uma lacuna em minha formação: a experiência discente. Isso é algo que ainda tenho que reparar, pois tenho certeza de que tal experiência é absolutamente importante à tessitura do meu olhar sobre a educação online.

[ ]

Lucila

Em resposta à Alberto Tornaghi

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Usuário excluído -

Olá colegas da UNESA! Olá a todos(as)!

Como os colegas Lucila, Méa e Lázaro, eu tb participei de alguns cursos a distância. Comecei em 2000 e na maioria deles como professora, mas tive algumas oportunidades de vivenciar cursos como aluna.

Cada curso me ensinou muito e pude compartilhar experiências diversas... tudo muito enriquecedor.

Vou destacar neste relato a experiência que estou vivenciando no Curso de Pedagogia a distância da UFJF (UAB).

Sabemos que a UAB e tudo que a envolve tem sido muito debatido por muitos de nós, nos diversos espaços... esse debate (que deve resultar em ações – assim espero), precisa continuar a se fortalecer, a fim de garantirmos uma educação de qualidade.

Em nosso curso temos conseguido muitas conquistas e é sobre isso que quero falar, compartilhar com vcs.

Estamos atualmente com duas turmas: uma no 1º período e outra no 4º período. São 680 alunos, 98 tutores (questionamos e refutamos este termo e a questão política que envolve a tutoria, mas este é o termo usado no projeto), 12 professores e uma equipe com cinco professores coordenadores. Mais quatro colegas na secretaria.

Bem, conseguimos, com muito esforço, que o nosso curso fosse desenvolvido num formato diferente do proposto pelo Mec: nossos tutores a distância atuam por disciplinas em cada pólo, o que significa que selecionamos profissionais que tenham aderência às áreas de conhecimento das disciplinas e, desse modo, não trabalhamos com a polivalência. Os professores (todos da UFJF) realizam reuniões semanais com os tutores para co-criarem as atividades e conteúdos desenvolvidos semanalmente. Os professores também participam de reuniões quinzenais com as equipes de coordenação com o objetivo de integrar as disciplinas, planejarem coletivamente e articular as ações do curso, socializar problemas e conquistas etc. Os coordenadores realizam reuniões semanais para articularmos ações do curso. Os tutores a distância participam também de reuniões mensais com a equipe de coordenação e participam de oficinas presenciais. Além disso, trabalhamos também com a formação continuada online.

Todas estas ações estão nos ajudando a desenvolver um curso sério e de qualidade. Temos muitos problemas a resolver, mas temos caminhado satisfatoriamente.

Outro aspecto muito relevante desta experiência é a influência que o curso a distância tem trazido para as práticas do curso presencial. Debatemos muito sobre o quanto trazemos as experiências do presencial para os cursos a distância, mas temos vivenciado na FACED-UFJF um efeito contrário. Todas essas ações articuladas têm feito os professores que atuam no curso a distância a questionarem algumas práticas do presencial. Isso fez com que fosse solicitada à coordenação do presencial a realização de reuniões sistemáticas entre os professores da FACED para integrarem áreas e períodos. A justificativa destes professores é justamente a experiência que estão tendo no curso a distância e eles destacam o quanto as reuniões, oficinas, articulações e planejamentos coletivos são fundamentais para toda ação docente... Notamos também que algumas práticas dos professores estão, aos poucos, mudando graças a essa experiência... Como disse, há muito por fazer, mas estamos conseguindo um envolvimento crescente por parte dos professores da FACED e isso é uma conquista, sem dúvida...Temos muuuito trabalho. Mas está valendo muito também.

Estou desenvolvendo uma pesquisa com meu grupo sobre a Didática online no Curso de Pedagogia a distância da FACED-UAB - meu foco é a ação dos tutores a distância... Em breve terei mais novidades e poderei solicializar com vcs.

Abraços e obrigada pela oportunidade... Conhecer as experiências dos colegas possibilita um mergulho em nossa prática e amplia nossos olhares e ações.

Adriana

Em resposta à Usuário excluído

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Edmea Santos -

boca aberta Olá Adriana!

Saudades de você! Fico feliz com sua atuação no curso a distância da UFJF. Campo vivo de pesquisa. Acho que vocês fizeram algo muito importante em não aceitar essa coisa de um tutor para várias disciplinas. A política de "tutoria" já é um problema que com a UAB se cristaliza, infelizmente...

 Esta prática faz a tutoria não se aproximar da docência. Afinal o docente é aquele que faz mediações de conteúdos, metodologias, processos de aprendizagem.Tem que ser um especialista que seja articulado com o processo como um todo.

 Aqui na UERJ/CEDERJ temos também para cada componente curricular uma equipe de tutores especialistas nestes campos (tutores presenciais e tutores a distância). Um dos eixos da minha atual pesquisa (CNPq e PIBIq/UERJ)  é a tutoria a distância. Esta, muitas vezes, ainda fica na postura reativa de tirar dúvidas postadas pelos alunos e de administrar/orientar o cronograma de atividades (alertar para datas de avaliações, rotina de auto-estudo). Alguns fazem docência online mais interativa, ou seja, vão além do "tira-dúvida". Criam atividades com debates online em fóruns, criam áreas de convívio social, incentivam os alunos a co-criarem online e a procurarem mais os tutores presenciais nos pólos. Alguns chegam até a trabalharem colaborativamente com a equipe presencial.

 Noto que quando o professor-coordenador (professor da UERJ ou bolsista CEDERJ) entende mais sobre educação online interativa, a equipe de tutoria trabalha mais como docentes e menos como "tutores". Outro ponto, que vale a pena destacar, é a formação continuada dos tutores. Muitos tutores nossos são mestres e doutores (mestrandos ou doutorandos) que estudaram EAD ou educação online. Nas pesquisas, desses tutores,  o Projeto UERJ/CEDERJ é campo de pesquisa-ação. Este foto, marca uma diferença de postura e de atuação.

Neste momento estou desenvolvendo um trabalho de formação continuada com discussões no ambiente online do CEDERJ, atividades presenciais de CINECLUB e de Oficinas. A adesão ainda é pequena, mas quem participa tem atuado bem. No Cineclub estamos vendo filmes que tocam na relação aprendizagem/trabalho/tecnologias/linguagem e cidades. Estas reflexões ganham corpo no fórum de discussão online, onde os tutores relacionam o conteúdo da narrativa cinematográfica com suas práticas de tutoria online. Atualmente estou desenvolvendo uma oficina presencial : "Como transformar a plataforma CEDERJ num AVA - ambiente virtual de aprendizagem". Bem, estas são algumas ações voltadas mais diretamente com e para os tutores a distância. Pena que não atuamos com os professores-coordenadores e nem com os tutores presenciais.

Adriana, sobre sua observação de que as práticas a distância/online estão modificando a sala de aula presencial, compartilho com você desta tese. Afinal, as tics digitais estão modificando os conceitos de distância/presença pois, são estruturantes dos processos produtivos e de contrução de conhecimento na sociedade conteporânea. Por este motivo estamos buscando nas narrativas cinematográficas e nos foenômenos da cibercultura dados para entendermos esta relação mais ampla.

Vamos continuar trocando experiências e aprendizagem formativas.

[]s

Méa

Em resposta à Edmea Santos

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Usuário excluído -
Méa querida, saudades tb! Precisam aparecer por aqui, vc, Marco e Nina!
Que bom conhecer a experiência de vcs tb... Minha pesquisa tb é com tutores a distância! Teremos muito a trocar, que coisa boa! Entrei nos links do seu curso e realmente são ótimos! Adorei o processo de mediação desenvolvido por vcs e trabalhar com a construção coletiva e colaborativa é um desafio e tanto! Parabéns!
Bem, o problema da tutoria precisa ser debatido mesmo... estamos com cursos a distância acontecendo e outros surgindo, especialmente com as vagas UAB nas Univ. Federais, e é esse o modelo, ou melhor, a concepção. Aqui na FACED-UFJF nossos tutores são tb mestres, mestrando, doutorandos, em sua maioria... Os editais exigem experiência na docência ou ter curso de pós-graduação concluido (isso é recente). Isso indica, a meu ver, que a função do tutor a distância é sim de docência e não de "animador de ambientes" ou mediador para problemas tecnológicos, tira dúvidas etc. Aqui temos trabalhado na direção do tutor a distância como um mediador, um docente... embora a responsabilidade da disciplina seja do professor responsável... assim, buscamos um trabalho intenso e integrado entre tutores e professores no desenvolvimento das disciplinas e em grande parte dos casos está caminhando muito bem.
A opção por materiais diversos, não somente pautados no impresso, é uma proposta prevista no projeto pedagógico. Por isso, investimos muito em oficinas para todos (tutores e professores) de audio, vídeo, recursos da web etc. Temos desenvolvido materiais, vídeos, audios, textos etc e isso tb acaba sendo um diferencial do curso.
A questão que vc levanta sobre quando os profs. coordenadores entenderem mais sobre educação online os tutores atuam menos como "tutores", noto que aqui temos casos diversos: alguns professores nunca trabalharam na EaD e neste caso se apóiam muito nos tutores a distância. Isso tem sido muito positivo, pois eles constroem uma relação mais equilibrada. Os professores daqui mais experientes adquiriram tal condição aqui mesmo, no curso e isso também traz outra condição para as relações com os tutores, de maior parceria. Mas ainda temos um longo trabalho para que todos entendam questões que envolvam o desenho didático... Mas estamos trabalhando nisso ao longo do planejamento semestral...

Adorei saber que vc tb está trabalhando com o cinema, narrativas cinamatográficas... eu tb trabalho com essa linguagem há bastante tempo e é muuuito bom mesmo! Aliás uma dica é trabalhar com a construção dos heróis mitológicos nas narrativas cinematográficas... Doc Comparato, Sid Field (básicos), mas tb Christopher Vogler, Joseph Campbell, Propp, além de Aristóteles (é claro) são alguns dos teóricos que fundamentam esse trabalho.

Na próxima semana estarei em Brasilia-Mec para uma reunião sobre a UAB - (Cursos de pedagogia e letras)... Darei notícias sobre esse encontro lá, ok?

Vamos continuar trocando, pois suas pesquisas muito nos interessam.
Bjs
Dri


Em resposta à Usuário excluído

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Usuário excluído -

É sempre muito bom saber que a UAB pode contar com pessoas com a competência, o comprometimento e a seriedade da Adriana e de toda a equipe da UFJF, para a implantação de ações online efetivamente qualitativas e que, de fato, ecoem nas subjetividades dos professores em formação. Parabéns para a Dri e equipe.

[ ]

Lucila

Em resposta à Usuário excluído

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Edmea Santos -

Lucila concordo com vc. Dri parabéns pela sua autoria e de toda equipe da UFJF. O mais significativo disso tudo é que, vocês não executam o "modelo" simplesmente. A universidade tem autoria no Currículo. Afinal currículo é mais que "modelos" e é uma construção dos sujeitos praticantes.

Adriana gostaria de comentar a sua fala. Você diz: " alguns professores nunca trabalharam na EaD e neste caso se apóiam muito nos tutores a distância. Isso tem sido muito positivo, pois eles constroem uma relação mais equilibrada. Os professores daqui mais experientes adquiriram tal condição aqui mesmo, no curso e isso também traz outra condição para as relações com os tutores, de maior parceria."

Aqui você nos apresenta uma co-autoria e um "poder" também compartilhado. Muito interessante. Tenho visto isso muito pouco. Aqui na UERJ temos também experiências assim. Contudo, ainda noto, em alguns casos, a coordenação da disciplina muito mais na postura da autoria concentrada. A tutoria muitas vezes é a executora do pensamento e da arte/engenho do professor-coordenador. Outro ponto, é a autoria individual do tutor porque muitos coordenadores não assumem seu papel e seu trabalho efetivo. Adriana como você tem notada estas ocorrências na UFJF?

Mais uma vez o tema da docência colaborativa nos desafia...

A tutoria precisa se autorizar! Precisamos investir em pesquisa e tornar os tutores docentes pesquisadores.

[]s

Méa

Em resposta à Edmea Santos

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Usuário excluído -
Méa e colegas, desculpe a sumiço desta semana, mas estive em Brasilia numa reunião da UAB e com essa saida tudo desandou, acumulou etc... Mas vamos às questões apresentadas...
Mea, aqui na UFJF isso ocorre tb... Se por um lado temos a parceria entre tutores a distância e professores, por outro tivemos alguns tutores que assumiram isso sozinhos. O fato é que a parceria, a co-autoria acaba ficando nas "mãos" do professor e se ele trabalha em parceria estenderá isso para suas ações no ambiente e no curso, se não, acaba centralizando sim - daí a necessidade de formação, acompanhamento. Tivemos casos (poucos) no início do curso de tutores que acabaram assumindo quase tudo pela ausência dos professores, mas isso não tem ocorrido mais.
Precisamos trabalhar com a formação de todos estes atores. Aqui estamos investindo nisso, mas sabemos que é um processo... Por exemplo, nas reuniões quinzenais com os professores estamos, desde o início do ano, trabalhando a integração de áreas, o planejamento coletivo do curso, o desenho didático. Isso não é tão simples, mas devagarinho estamos conseguindo alguns avanços... Ainda não correspondem ao desejado, mas está caminhando. Outro ponto que estamos trabalhando com tutores e professores é a questão da mediação - temos ações nas disciplinas que são muito diferentes: desde tutores e professores que acham que a mediação deve ser exclusivamente individual (o que provoca um diálogo que se restringe ao professor a aluno - não havendo colaboração e troca/parceria entre os alunos), outros que somente trabalham com mediação coletiva (deixando por vezes as especificidades passarem ao largo) e outros que conseguem equilibrar a mediação, como processo amplo, chegando inclusive, em alguns casos, à mediação partilhada.
Outro ponto de investimento é a avaliação, especialmente a presencial, que por vezes reflete todo o processo.

Bem, o desafio é muito grande e quero agradecer e também pedir que invistamos mais nas discussões sobre a questão da tutoria, como destaca a Méa. Estamos precisando urgentemente de interlocução nesta questão, principalmente no que se refere às políticas públicas. O Mec continua com as idéias de "alinhamento", unificação - de projetos, de materiais, que tem sido fortemente refutadas pelos cursos de pedagogia. O que tenho visto é que infelizmente algumas discussões se restringem às críticas ao "modelo" do Mec, mas todos precisam saber que nem todas as universidades estão trabalhando dessa forma e inclusive, criticam o "modelo" do Mec.
Bjs
Dri
Em resposta à Edmea Santos

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Helena Rodrigues de Sá -

Olá, Méa!

Entrei no fórum para colocar minha experiência como tutora a distância do curso de pedagogia da UERJ/CEDERJ,  e vejo que você já situou o trabalho de lá, que bom! A minha visão é muito parecida com a sua. Já trabalhei com coordenadores que não tinham experiência com EaD/online e minha atuação foi limitada, reativa. Não tinha liberdade para atuar. 

Há dois semestres, estou trabalhando com duas coordenadoras que conhecem e pesquisam o assunto. Está sendo muito bom! Nos reunimos semanalmente, discutimos estratégias de ação e de avaliação. Após as atividades,  conversamos sobre os resultados. Ainda não investimos nas atividades síncronas devido à maioria dos alunos não ter conexão apropriada ou nem ter computador para participar.

Ainda estamos longe de conseguir uma construção colaborativa, pois as apostilas existem e devem ser aplicadas, mas estamos caminhando, pelo menos, no que diz respeito à interatividade.

Como pesquisadora voluntária de sua pesquisa, preciso dizer que ela é muito importante para a minha formação como tutora e pesquisadora e me ajuda muito no meu estudo no mestrado.

Percebo os tutores que participam destas atividades, mais interessados e mudando sua prática.

Acredito que a formação continuada em qualquer espaço educacional seja  fundamental para que se discuta, se compartilhe experiências, saberes.

Bjs grandes!

Em resposta à Helena Rodrigues de Sá

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Usuário excluído -
Helena, Méa, Adriana, Lázaro, Lucila
As experiências vão se multiplicando e articulando em torno da docência online. Cada uma delas reflete nosso investimento num trabalho inovador e muitas vezes complexo, porém importante para os que ainda não viveram a docência online, refletindo sobre suas dificuldades e dividir com os participantes desse cuurso suas preocupações nesse campo de atuação docente. Méa pede a Maristela, Nícia e Socorro que falem também de sua participação no curso...
Temos ainda muitos que certamente poderão nos auxiliar a lançar luzes sobre a formação docente online...Aguardamos a contribuição de todos. Obrigada Lina
Em resposta à Usuário excluído

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Usuário excluído -

Há sei lá.. tem tantas experiências.. mas creio que como no anúncio a primeira experiência agente nunca esquece... o primeiro curso que demos (eu e equipe do gpimem) foi em um não ambiente.. não havia teleduc, e outros ambientes eram sempre prometidos mas nunca cedidos.. aí em 1999 descobrimos uma chat livre na internet.. e criamos um ambiente na marra... o forum, era uma lista de mail aqui na unesp. O portal era uma homepage... e faltava o chat, que durante muito tempo era nosso meio para cursos que valorizavam as interações síncronas. Então testamos e conseguimos um chat público chamado 7 pecados capitais..

Brigamos com toda a burocracia da unesp e após 6 meses inciamos o nosso curso em 2000! Totalmente online (e com celular).. Entramos nós aqui na unesp na sala Tendencias em Educacao matematica e só nós da unesp e mais 4 ... eram para ser mais 16.. passa mais um pouco e mais um.. e aí o celular mata a charada... vários estavam na sala.... com matemática.. com acento....  e assim rimos de felicidade , de nervoso e ansiedade e nos unimos em outra salas.. mesmo que alguns só na próxima aula, já que não tinha celular.. e um mail podia demorar umas horas para chegar....

E deste curso começaram de fatos nossa pesquisas (após três anos de pré-pesquisa).

É pré-história... e foi outro dia.. e

grande abraço...

Em resposta à Usuário excluído

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Alberto Tornaghi -
Marcelo,

a era do bit lascado foi outro dia. Estamos chegando no bit polido em educação online.
Não faz 10 anos que trabalhávamos com EaD via TV e toda comunicação era com telefone e fax. Correio eletrônico?? Muito complicado, ninguém tinha.

Na TVE, uma experiência interessante (Salto para o Futuro, entre 1992 e 97) era perceber que a formação deixava de ser tutelada quando ocorria interação real. Não só, mas quando acontecia, com frequência resultava em ampliação do que era proposto por nós na TV. Quando acontecia, mudava o que propúnhamos na TV naquela série como nas seguintes. E olha que falo de TV broadcast, difícil ser mais unidirecional. Mas tínhamos contato telefônico e com fax. As trocas faziam mudar tudo.

Bom vê-lo por aqui.

Abçs

Bebeto
Em resposta à Usuário excluído

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Edmea Santos -

A pré-história ...foi outro dia...Nem me fala Marcelo...Fazíamos ambientes virtuais com as interfaces que tínhamos na rede. O ciberespaço é o grande AVA. Não podemos esquecer disso. Sinto que com os AVAS estruturados, chamados por muitos de Plataforma, perdemos um pouco a conexão com a grande rede. Agora com as pérolas da web 2.0 estamos convergindo AVAs estruturados com as softwares sociais.

Marcelo como vocês estão lidando com estas possibilidades de convergência? Pessoal, vocês estão fazendo estas articulações?

[]s

Méa

Em resposta à Edmea Santos

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Alberto Tornaghi -

Estou em uma experiência bem interessante neste sentido de trazer o curso para a WEB.  A disciplina pela qual sou responsável (tento que sejamos todos mais igualmente professores por lá, mas ainda estamos engatinhando nisso.  tenho a impressão de que enquanto houver notas e busca por diplomas, isso não se resolve inteiramente) no curso de mestrado da Estácio, estamos mantendo alguma atividade online (é uma disciplina presencial regular do programa de mestrado). 

A cada semana semana lemos alguns textos.  Até dois dias antes do encontro seguinte, todos devem postar um trecho de um dos textos lidos e comentário com impressões suas sobre o trecho selecionado.  Isso é feito no espaço de discussões no grupo que organizamos no google grupos.  Os comentários devem ser curtos em torno de 250 palavras, para que todos possam ler os comentários de todos. No dia seguinte, todos devem ler as contribuições dos colegas e comentar duas delas.

Fazemos isso no google grupos, que está na rede, sem qualquer restrição típica dos AVA.  Escolhi o google em lugar de outro ambiente/plataforma/interface porque está na rede, pode ser usado por qualquer um (desde que os insaciáveis censores dos departamentos de suporte a TI não cismem que as coisas do google são potencialmente perigosos), os professores não precisam instalar nada e a interface está toda em português.

Um dos resultados vai na direção do que pergunta a Edméa aqui: alguns alunos começam a fazer outras coisas, trazer diretamente coisas da rede, uma está realizou sua apresentação sobre o trabalho final do curso em uma página google etc.

Experimentamos também o moodle, no fnal do curso, mas não o suficiente para comparar o quanto se ganha e o quanto se perde comparando os dois ambientes.  O fórum no moodle tem apresentação melhor com a hierarquia de discussões explicitando quem responde a quem.  Por outro lado... ainda um capítulo a estudar.

Abçs

Bebeto 

Em resposta à Helena Rodrigues de Sá

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Usuário excluído -
Cara Helena.
Como tenho dito em minhas mensagens, estou tentando retirar das experiências pontos relevantes para a questão da docência online e você me dá uma pista muito intressante, a saber:
--> a docência online deve ser acompanhada de pesquisa.
Isto é fundamental. Docente que só dá aula é 'auleiro'. Não basta a boa aula. É preciso mais: por que foi boa? será que foi relamente boa para todos ou somente atendeu a alguns? O professor que é inquieto e se inquieta (como diria o Mestre Paulo Freire) não se contenta com os olhares de entusiasmo dos alunos, mesmo porque muitos desses olhares são dados apenas com vistas à aprovação mais fácil. Cabe pois situar a investigação dos resultados da prática online como um tema de muita relevância no contexto da docência online. Gostei da pista e acho que daria até para pensar em um artigo sobre esta questão.
Abraços da Lúcia Vilarinho

Em resposta à Usuário excluído

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Alberto Tornaghi -
Adriana,

você fala o seguinte:
"Outro aspecto muito relevante desta experiência é a influência que o curso a distância tem trazido para as práticas do curso presencial."

Muito se fala disso mas pouco se tem relatado. Há um vídeo com um extrato de entrevista do Pierre Lévy (encontrei em um dos cursos que a Méa fala lá em cima) em que ele fala disso (acho que a entrevista, se bem me lembro, é ainda do século passado). Fica em
http://www.youtube.com/watch?v=08rVXi55yjE&feature=player_embedded
(clique aqui para ir direto à página sem se ocupar do endereço)

No que você relata, o que contamina a prática e as formas de trabalho nos cursos presenciais é, fundamentalmente, a prática de estudo, pesquisa permanente dos que atuam no online. Vejo a inquietude (provavelmente característica de quem se aventura em inovações), aliada à perspectiva de pesquisa, como os motores das mudanças. Não te parece?

Parece-me que uma das chaves para a produção de espaços contemporâneos e provocadores de aprendizagem esteja no envolvimento dos educadores (em todos os níveis) em sua criação.

Acompanhei, em minha pesquisa de tese, um projeto com formação de gestores de escolas públicas para uso de tecnologia (talvez alguns conheçam, o projeto da PUC-SP). Lá, a mudança decorreu não do fato de serem cursos online mas da experiência de autoria, de reflexão permanente, compartilhada e fundamentada, sobre o que faziam na escola. O que vi ali foi que, a escola que buscou interagir tanto interna como com elementos de fora de seus muros (outros professores, outras instituições etc.) foi a que forjou um novo e mais amplo papel para si.

Participo hoje de uma experiência, com professores do primeiro segmento do ensino fundamental (1º a 5º anos). Lá, ainda é muito cedo para afirmar, parece-me que as mudanças decorrem não de experiências de aprendizagem online (ou não só) mas do registro sistemático do que começam a produzir todos, do que estudam, relacionando com suas práticas. No fim do ano poderemos ter mais clareza de por onde e para onde as mudanças ocorrem, mas o que vemos é que estamos todos aprendendo a escrever coletivamente. Bem interessante.

Abçs

Alberto Tornaghi
Em resposta à Alberto Tornaghi

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Usuário excluído -
Oi Alberto,
Acho que vc tem razão. A pesquisa tem sido um grande aliado no processo de transformação das práticas em qualquer modalidade. No caso da Curso de Pedagogia - FACED-UAB-UFJF, os professores estão mudando e percebendo as possibilidades que o online traz para suas práticas no presencial a partir da experiência com a docência. Eles são professores dos cursos presenciais que também assumiram turmas no online. Temos também alguns professores que já estão usando o Moodle como apoio ao presencial, tanto no ensino como nos grupos de pesquisa.
Mas o que percebo, ainda que paulatinamente, é um processo de mudança nas concepções de educação. Veja, tive hoje umna conversa com meu chefe de departamento sobre as disciplinas do curso de Pedagogia presencial que deverão ser oferecidas online. No nosso projeto pedagógico está prevista esta prática. No momento eu e mais uma professora desenvolvemos disciplinas online no curso de pedagogia (oficialmente - pois temos professores que usam o Moodle como apoio) e ele, que é uma pessoa que sempre apresentou restrições às tecnologias e ao online, me disse que isso precisa mudar, que outras disciplinas, outros professores precisam assumir, atuar com o online... Os professores que atuam na UAB provavelmente serão os primeiros a "ousarem", mas como a cada semestre mais professores passam a ministrar aulas na UAB, acredito que tenhamos práticas diversificadas em muitas disciplinas.
Espero que consigamos, num futuro próximo, parar que essa cisão entre o online e o presencial... que seja algo natural, que trabalhemos realmente com a educação online.
Gostaria de conhecer melhor sua pesquisa... tem como socializá-la?
[]s
Adriana
Em resposta à Usuário excluído

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Marco Silva -

Colegas,

Venho namorando as postagens de vcs, mas agora vou contar minha experiência significativa com aprendizagem online.

Tive excelentes experiências em quatro AVAS diferentes: O primeiro foi no AVA próprio da UVB em 2000. Em seguida no AVA Blackboard + Breeze no SENAC SP. Mais recentemente no AVA WEB-AULA na Estácio. E no Moodle em diversas cursos e ocasiões.

Vou destacar a experiência na UVB (Universidade Virtual Brasileira dirigida por Vianney, um grande amigo). Assim que meu livro Sala de aula interativa foi lançado, ele me convidou para tranformar o conteúdo do livro em web-roteiro para ser oferecido como curso de extensão online. Adorei o desafio de acompanhar toda a produção do curso, desde o web-roteiro até o desenho didático no AVA.

Sentei com um web-roteirista por muitas horas e transformamos cada pagina do livro em conteúdo hipertextualizado. Quebramos o livro todo, agregamos imagens e links diversos (videos não pq as bandas ainda eram precárias em 2000). O web-roteirista indicado pelo Vianney, um craque chamado Dauro Veras, me fez babar literalmente com a dinâmica de produção do web-roteiro.

Em seguida acompanhei a postagem do web-roteiro no AVA... outra aprendizagem deliciosa. Cada conteúdo, cada link, cada atividade no fórum, chat, portfólio...

Enfim, chegou a hora da docência-aprendizagem. Aí eu estava só... na mediação docente. Um tremendo desafio diante de 30 cursistas geograficamente dispersos pelo país. Os chats bombavam. Os foruns eram fartos, ricos, criativos. Até hoje guardo algumas produções co-criadas lá. Verdadeira pérolas! Aprendi que chat é espaço de construção de sentimento de pertença e que fórum é lugar de produção densa, aprofundada, co-criada.

Para fazer jus à teoria da interatividade tive que dançar o parangolé no ambiente online. Tive que desenvolver o jogo de cintura para a modalidade que até então eu não conhecia. Esta experiência está relatada em detalhes no livro que organizei pela Loyola Educação online: teorias, práticas... em 2003.

Aquele foi meu primeiro aprendizado. E bota significativo nisso! Aprendi que no online eu estava expressando uma docência mais instigente do que aquela que eu vinha realizando no presencial. Desde então meu presencial nunca mais foi o mesmo. A teoria da interatividade, a dinâmica das interfaces no ciberespaço, o hipertexto vivo do curso.... tudo isso me fez ressignificar minha prática docência e, finalmente, abraçar a modalidade online com carinho muito especial. Hoje estou totalmente envolvido com ela. Oriento mestrandos e doutorandos sobre esta modalidade, realizo pesquisas especificamente voltadas para ela. Até chegar a esta pesquisa interinstucional que está me dando o maior prazer.

Abrs, Marco Silva

Em resposta à Usuário excluído

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Usuário excluído -

Endosso o que os colegas colocam neste fórum: se há algo promissor para a educação online é concebê-la no imbricar de docência e pesquisa.

[ ]

Lucila

Em resposta à Usuário excluído

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Alberto Tornaghi -

Adriana,

Como no dito popular, em casa de ferreiro, espeto de pau: estou agora lendo aqui o fórum fora de casa, sem meu pen drive no bolso, sem a tese em meu disco virtual (o serviço que eu usava faliu e ainda não coloquei nada no novo que acabo de escolher).  De forma que, neste momento, só posso prometer: quando chegar em casa posto aqui o texto da tese.

A tese que resultou da pesquisa chama-e "Escola faz tecnologia, tecnologia faz escola" reconhecendo o que vi ali (o título definitivo é, frequentemente, das últimas coisas que uma tese ou dissertação recebe; comigo acontece assim nos poemas e artigos que escrevo) as escolas começando a modificar os programas e processos que encontravam para que servissem a seus propósitos ao mesmo tempo que descobriam que podiam ser diferentes do que vinham sendo até então.  De fato modificaram-se muito uma à outra. Mas nem sempre: houve escolas em que pouco acontecia. Destas tomei ciência e deixei de lado porque não eram o que eu buscava.

Depois deste aperitivo fico mesmo comprometido em colocá-la aqui.  Farei isso assim que estiver com meu pen drive por perto.

Abs

Alberto 

Em resposta à Alberto Tornaghi

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Usuário excluído -
As contribuições se multiplicam e algumas considerações podem ser importantes acrescentar. Acredito que as relações entre ensino - aprendizagem - pesquisa vão tomando contornos mais claros nas colocações feitas pelos participantes, enquando relatam suas experiências, nos cursos presenciais, nos cursos online, nos ambientes de pesquisa. Logo veremos essas relações se ampliarem quando entrarmos no âmbito da avaliação.
Esses temas se articulam e nos levam a repensar muitas de nossas ações tanto no ambiente presencial quanto no ambiente virtual. Não há certezas do que podemos fazer, prosseguimos experenciando e relatando em forma de artigos e escritos o que temos vivenciado.
Parece-me ser imprescindível estar atento ao que sucede cotidianamente em nossa caminhada profissional, com muitas dúvidas, mas com algumas experiências significativas que podem resultar positivas para aqueles com quem convivemos, alunos e professores.
Sem alarde, porém com autenticidade, muitos dos participantes mostraram o que já aprenderam em seu percurso docente e essas experiências têm se apresentado significativas para todos nós... Lina
Em resposta à Alberto Tornaghi

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Helena Rodrigues de Sá -

Bebeto, como participante da segunda experiência citada por você, creio que, ainda que seja cedo para afirmar algo, penso que sua hipótese esteja certa.

Em um dos encontros de nossa formação permanente (esse é o nome que damos ao encontro pedagógico mensal, que é destinado à discussão de questões pedagógicas mais amplas) elencamos alguns assuntos que gostaríamos de estudar, escolhemos as lideranças para cada grupo e todos puderam escolher onde queriam ficar, de acordo com seus desejos de aprofundamento. Como são encontros mensais, as discussões acabavam "esfriando". O Moodle foi uma solução encontrada para que a chama da discussão ficasse acesa até o próximo encontro. A proposta é discutir presencialmente sobre um texto pertinente ao tema do grupo e continuar essa discussão no AVA. 

Estamos construindo o hábito do registro sistemático sobre nossas ações e reflexões. O que posso falar sobre o meu grupo é que cada vez mais as pessoas estão se "soltando" no ambiente online. As discussões estão sendo tão boas que professores de outros grupos nos visitam e entram na discussão, ampliando assim, as redes de conhecimento. O ambiente está proporcionando um espaço de troca, que no presencial só acontece, a rigor, nas reuniões pedagógicas.

Acredito que não seja o ambiente que esteja proporcionando esse crescimento, amadurecimento do grupo, mas também ele ajuda a organizar, registrar nossas memórias e relacioná-las com nossa prática.

BJs grandes!

Em resposta à Alberto Tornaghi

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Fábio Kalil de Souza -

Alberto e colegas,

          Saudações! Além da que estou vivenciando neste projeto, outra significativa experiência foi quando atuei como docente num curso de especialização via ead online. Foi minha primeira aventura nessa modalidade, a qual me rendeu proveitosas aprendizagens, mesmo aquelas conquistadas não acertando em cheio o alvo. Estou aprendendo a ser docente exercendo a docência (estou aprendendo, na verdade). Estudos e práticas de mãos dadas.

Em breves palavras, o curso foi desenvolvido no Moodle sendo o fórum a única interface de comunicação disponível. Felizmente conseguimos estabelecer um fecundo intercâmbio de experiências e saberes, gerando uma explosiva manifestação de mais e mais interatividade e, ao mesmo tempo, crítica à metodologia do curso (somente o fórum e raros encontros presenciais), uma vez que as discussões conduziam a novos espaços de debate e situações de aprendizagem não previstos no projeto que o originou. Eles "gritavam" a plenos pulmões por maior aproximação (docentes e eles), pois sentiam necessidade do "cheiro de gente", daí revindicarem encontros presenciais tb. Não se contentavam com a frieza das letras/palavras/frases/imagens do fórum, por mais ricas de significados fossem.

Aprendi sobre a relevância do planejamento no processo de ensino seja qual for a modalidade. Essa experiência tb me despertou o interesse para papel do docente como: articulador de idéias, orientador de processos, provocador de tensões cognitivas e incentivador de disposições a despeito da referida crítica. A necessidade de sentir "calor humano" dos discentes, fez-me pensar sobre o conceito de presença na ead online, sobre a utilização e/ou criação de interfaces que possibilitem uma interação multisensorial, entre outras coisas.

 Abs,

Em resposta à Fábio Kalil de Souza

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Usuário excluído -

Olá amigos : é com prazer  que acompanho  esses ricos relatos de experiências. De certa forma, muitas das reflexões e preocupações feitas nesse Fórum foram e têm sido minhas também. Comecei  a trabalhar na educação online em 2005 quando coordenei um Curso de Especialização Formação de professores para a Educação Infantil com mídias interativas na UNEB e ousadamente introduzimos  no currículo desse curso, 03 ( três) disciplinas online. Em seguida quando passei  a compor  o corpo docente do PPGEduc/UNEB, ao longo desses quatro anos, criamos no moodle uma ambiência para várias disciplinas como: Educação e Tecnologias da Comunicação e  da Informação ( Mestrado), Infancia, Educação e Mídia ( Mestrado) Educação de jovens e Adultos ( Graduação); e até uma Oficina de Formação de EJA que faz parte de um Projeto financiado pela FAPESB(sou a vice coordenadora desse projeto) que foi colocada em ambiente virtual para que pudéssemos reeditar um trabalho de formação de professores de EJA no município de Lauro de Freitas/Bahia, composto por 06 oficinas temáticas e com o apoio do grupo gestor de EJA SEC /BA    http://www.moodle.uneb.br/ 

Atualmente o meu grande desafio é começar a disciplina  Metodologia do Ensino Superior do Curso de especialização : Formação de professores em EaD um Projeto UAB/UNEB cuja disciplina iniciará em 12/07, que envolve cerca de 300 alunos . Nesse curso sou 2 em 1: autora e formadora.Disponível em: http://www.unebead.adm.br/moodlecv/course/view.php?id=8

Na minha opinião um curso para dar certo precisa ter uma equipe muito coesa trabalhando interdisciplinarmente e como coloca Lucila não apenas na concepção do curso mas durante o curso fazendo a necessária mediação. Por esse motivo esses projetos muito amplos, envolvendo um grande número de alunos,  onde são os tutores  que efetivamente fazem a mediação, sem sincronia com os professores autores e formadores na minha opinião acarretam muitos problemas e é um ponto que as Universidades e o Ministério devem parar para pensar.....Mas o que me encanta no ambiente virtual é que somos eternos aprendentes, e por isso devemos ter a flexibilidade  necessária para encarar o novo e os desafios 

 

Em resposta à Usuário excluído

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Alberto Tornaghi -
Maria Olivia,

seu relato despertou em mim uma dessas perguntas que ficam adormecidas, mas quando instigadas, não se calam por nada. Você diz que " o que me encanta no ambiente virtual é que somos eternos aprendentes". Será que somos mesmo eternos aprendentes no ambiente virtual ou será que, um pouco ao contrário, os que são (somos) os eternos aprendentes, os que são aprendizes compulsivos, é que procuram ambientes assim já no seu nascedouro?
Já disse isso quando descobri o Logo, acreditava que ninguém usaria aquilo para fazer o mesmo de antes e de sempre. Fizeram. Antes havia conhecido Piaget e as concepções construtivistas: pensei, nenhum professor será mais o mesmo. Foram.
Tenho a impressão de que as mudanças estão mais na vida de quem as procura e não consegue viver sem ela (seria uma doença? seria tão bom se fosse contagiosa...) do que em qualquer inovação que surja, seja ela técnica ou metodológica. Daí que é urgente trabalhar aqui buscando criar padrões ousados e torcer para que os conformistas incorporem (supondo que vão mais copiar do que criar coisas novas) um pouco dessa ousadia ao seu fazer educativo. Se essa ousadia estiver na direção da prática de autoria e de professor aprendiz, ganhamos muito.

Um abç
Alberto
Em resposta à Usuário excluído

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Helena Rodrigues de Sá -

Você tem razão, Maria Olivia, não dá para conceber um curso em grandes proporções. As discussões entre os tutores e autores / formadores ficam escassas e até mesmo superficiais.

Participo como tutora de uma experiência desse tipo. São mais de 900 tutores para mais de 4500 alunos pela UAB. Os últimos tutores foram contratados apenas enviando currículo, e muitos nem possuiam experiência em EaD como alunos ou tutores!

A quantidade de tutores que o responsável por esse departamento tinha contratado, não daria conta da quantidade de alunos que crescia a cada dia. O resultado dessa experiência foi desastrosa. Tutores perguntavam coisas básicas, do tipo: como faço para enviar mensagem no Moodle? Eles conheceram junto com o grupo o ambiente moodle. Como ajudar o aluno, se o próprio tutor está precisando de ajuda?

Quanto ao ambiente, era no Moodle, tendo todas as atividades síncronas e asssíncronas possíveis, mas isso aponta para um indício já falado aqui: não adianta ter tecnologias avançadas se o professor não  entende para que serve.

Bjs grandes!

Em resposta à Fábio Kalil de Souza

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Alberto Tornaghi -
Meu caro Fabio,

Muitos de nós fomos professores online sem ter tido nenhuma experiência como estudantes em cursos regulares online (aprendiz online sou há muito, desde que comecei a conhecer páginas html e fui logo, instigado por um amigo filósofo, tentar entender que valor podia ter essa coisa estranha que se mostrava como uma rede de páginas, conceitos, conhecimentos, ignorâncias, pornografia, erotismo, poesia, comércio etc.). Uma questão interessante é entender o que moveu cada um de nós e como o que aprendemos mudou o que entendemos por educação.
Depreendo de sua "fala" que o planejamento ganhou outra dimensão, estou correto? Para mim também, mas ele funciona como uma estrela guia, quase o tempo todo, que mostra uma direção mas não todas as ações. Essas são constituídas no calor da luta. Serve também, o planejamento, de bote salva vidas: quando avalio que o curso está perdendo o foco, o planejamento ajuda a reencotrar a direção. Aprendi que em um espaço pluri-ativo (somos muitos trazendo contribuições diversas que fazem a conversa caminhar em muitas direções) e interativo como este, o planejamento precisa ser flexível. Como decorrência, entendi de forma ainda mais profunda, que o mesmo deve acontecer no presencial: se o espaço de aprendizagem for interativo e flexível, as aprendizagens serão mais diversificadas e, frequentemente, mais significativas.

Um abç

Alberto
Em resposta à Alberto Tornaghi

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Auxiliadora Padilha -
oi pessoal,

hoje é feriado em Pernambuco. Dia do nosso querido São João. Como não fui no trem do forró, estou aqui me deliciando com as experiências de vocês, entre pamonhas, canjicas e pé de moleque...
Quero ressaltar a fala de Mea quando ela diz da influência da docência online para a docência presencial. Não consigo mais organizar minhas disciplinas presenciais sem um ambiente virtual e outros recursos online para que meus alunos experimentem a rede como espaço de criação e construção de conhecimentos.
As experiências sempre são produtivas e empolgantes.
Segue uma animação e o nosso rei do Baião pra vocês se animarem

http://www.youtube.com/watch?v=5g3GAbv7US4

http://www.youtube.com/watch?v=0vwgxHmGrWo&feature=related

bjs
Em resposta à Auxiliadora Padilha

Re: Experiências significativas com aprendizagem online

por Edmea Santos -

Auxiliadora, você agora recupera tantas memórias...São João, Sâo João.. SAUDADES...Aqui no Rio estamos no auge de um quase final de semestre letivo. Tudo isso envolve: correções de trabalhos, lançamentos de notas...Mesmo não tendo ido do trem do forró, você tá no contexto e no clima. Aproveita!

[]s

Méa