CONVITE AO SITE
O site convida ao debate sobre a sala de aula interativa, “presencial” (inforrica ou infopobre) e “a distância” (via web), que rompe com a prática da transmissão e disponibiliza aos alunos a participação no tratamento das informações e na construção do conhecimento e da própria comunicação.
Traga sua contribuição ao debate. O site é obra aberta, em construção. Só se realiza com a sua participação. Aqui você é convidado à intervenção e não simplesmente a contemplação imaginal. O site requer completação e não apenas contemplação. Traga sua emoção, intuição, anseios, indignações, gosto e inteligência. Faça algo mais do que espiar e saquear. Venha co-criar comunicação e conhecimento.
Venha interagir!
Há, afinal, o peso da tradição assim formulada por Pierre Lévy[2]: “a escola é uma instituição que há cinco mil anos se baseia no falar-ditar do mestre”. Tradicionalmente os professores vêm reproduzindo a sala de aula centrada na transmissão de informações. Tradicionalmente ela é identificada com o ritmo monótono e repetitivo associado ao perfil de um aluno que permanece demasiado tempo inerte, olhando o quadro, ouvindo récitas, copiando e prestando contas.
Até mesmo a educação a distância na web se mantém apegada ao velho modelo da transmissão. E assim, subutiliza a tecnologia digital que transcende a transmissão definindo-se como interatividade. Como diz Paulo Blikstein[3], “reproduz-se o mesmo paradigma do ensino tradicional, em que se tem o professor responsável pela produção e pela transmissão do conhecimento. Mesmo os grupos de discussão, os e-mails, são formas de interação muito pobres. Os cursos pela internet acabam considerando que as pessoas são recipientes de informação. A educação continua a ser, mesmo com esses aparatos tecnológicos, o que sempre foi: uma obrigação chata, burocrática”.
Tendo em vista tais desafios à educação e à comunicação, o site convida ao debate sobre nosso tempo marcado pela transição da lógica da transmissão, própria da mídia de massa e da escola, para a interatividade própria das tecnologias digitais.
O site convida ao debate muito atento ao fato de que essa transição requer reposicionamento dos agentes do processo de comunicação – e aí particularmente os educadores, os professores – acostumados com o modelo da transmissão. Afinal, está em questão a educação do novo espectador ou da “geração digital” (Dom Tapscott[4]), aquela que migra da tv para internet, que é menos passiva à emissão fechada e foge do modelo de recepção clássico preferindo a interatividade da web e dos games.