Hipertexto

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Curso: Projeto: Formação de professores para docência online
Livro: Hipertexto
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Data: quinta-feira, 16 mai 2024, 19:20

Descrição

Aprendizagem: conceitos básicos, componentes e características da aprendizagem

sorriso O que é aprendizagem? Como aprendemos?  

 

Eloiza Oliveira

Eloiza Oliveira, professora-autora

 

 

Estas questões são o nosso desafio neste módulo 4. Agregaremos ainda o desafio de aprender e desenvolver a docência em ambientes virtuais de aprendizagem. Antes mesmo de tratarmos deste grande desafio, que tal revisitarmos um pouco as contribuições da Psicologia? Este módulo tem este objetivo. Aproveito e convido todos e todas para o estudo e navegação neste livro.

Eu e minha equipe da UERJ esperamos todos e todas para um grande debate em nossas interfaces de comunicação síncronas e assíncronas.

piscando Bons estudos e vamos ao dabate!

 

A Psicologia e a Educação

Uma polêmica bem conhecida, relativa à interseção entre os estudos da Psicologia e da Educação é a da própria existência de uma área chamada Psicologia da Educação. Muitos questionam a sua existência, afirmando que esta área nada mais é que uma seleção de conteúdos, estudos e explicações de diferentes áreas da Psicologia, não constituindo um corpo organizado de conhecimentos.

Outros entendem que a Psicologia da Educação traz contribuições e estudos originais, agrega conteúdos novos à Educação, constituindo-se em uma área de conhecimento com todos os atributos necessários – desenvolvimento de pesquisas, enunciação de conteúdos e objetivos próprios.

Ela não constitui uma série de recomendações, cuidados e “dicas” que garantem um bom ensino. Não tem como meta prescrever princípios para ensinar bem, mas sim desenvolver a capacidade explicativa do fenômeno educacional que lhe garanta o lugar de ciência fundamental para a Educação.

Coll et alii (2004) [1] destacam alguns fatores que esclarecem o porquê de tantas divergências internas da Psicologia, quando se trata da abordagem da Educação:

    • A existência de diferentes marcos teóricos adotados ao estudar os processos educacionais;
    • a variedade de conceitos de Educação e de ensino existentes, tomados como ponto de partida para os estudos psicológicos;
    • a atribuição de variados graus de importância aos componentes psicológicos e aos educacionais no estudo dos processos de ensino e de aprendizagem; 
    • as dificuldades de realização de pesquisas em Psicologia, mesmo quando têm objetos de estudo mais concretos, como no caso da Educação;
    • dificuldade no estabelecimento da relação teoria-prática em Psicologia associada à “cobrança” de intervenções como ocorre, por exemplo, nas dificuldades de aprendizagem.

A relação entre a Psicologia e a Educação, em sua evolução histórica, avançou em três áreas: o desenvolvimento infantil, a psicometria (disciplina inserida na Metodologia das Ciências do Comportamento e que estuda a medida psicológica) e a aprendizagem.

Mesmo com as alterações desta relação no correr da história, os estudos sobre a aprendizagem se mantiveram foco privilegiado da Psicologia da Educação e merecem destaque na formação docente.

Consideremos, portanto, que a Psicologia da Educação tem três dimensões – teórico-conceitual, tecnológico-projetiva e técnico-prática, sendo essencial à formação docente para ambientes presenciais ou online.

Concluímos com Chakur (2001) [2] que a psicologia da educação pode facilitar ao docente em formação condições para conhecer melhor o aluno e suas condições de aprendizagem, para buscar com maior eficácia as causas do insucesso na aprendizagem, para fundamentar uma prática pedagógica de excelência.


[1] COLL, C. et al (orgs.). Desenvolvimento Psicológico e Educação. V.2, Psicologia da Educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 2004.

[2] CHAKUR, Cilene Ribeiro de Sá Leite (org.). Problemas da Educação sob o olhar da Psicologia. Araraquara: FCL/Laboratório - Editorial/UNESP, 2001.

Aprendizagem: variados conceitos e enfoques

São vários os conceitos de aprendizagem, de acordo com as idéias que os fundamentam e as abordagens teóricas que lhes dão suporte. Todos têm em comum alguns aspectos: o interesse pelos processos que compõem a aprendizagem humana, pelos fatores que interferem neste processo, pelas diferenças de ritmo que o caracterizam, pela motivação e pelas causas das dificuldades de aprendizagem.

Hilgard (1966) apresentou um conceito clássico, que é citado até hoje.

Aprendizagem é o processo pelo qual uma atividade tem origem ou é modificada pela reação a uma situação encontrada, desde que as características da mudança de atividade não possam ser explicadas por tendências inatas de respostas, maturação ou estados temporários do organismo (por exemplo, fadiga, drogas etc.) (p. 3). [1]

Podemos extrair desta definição duas conclusões importantes:

    • Toda aprendizagem implica mudança. Embora seja um processo interno, ela se apresenta de forma observável através do comportamento.
    • Não são aprendidos apenas conhecimentos e habilidades, mas conteúdos afetivos e atitudes.

Alguns outros conceitos de aprendizagem, bastante conhecidos, podem ser citados:

    • Aquisição ou mudança relativamente estável de comportamentos ou de processos mentais, devida à interação com o meio, experiência ou exercício.
    • Processo de aquisição e assimilação, mais ou menos consciente, de novos padrões e novas formas de perceber, ser, pensar e agir. [2]
    • Mudança do comportamento observável, mensurada através de instrumentos e procedimentos específicos, sob a ação de contingências do meio externo.
    • Auto-atualização de potencialidades do self, respondendo à tendência natural de aprimoramento do ser humano.
    • Construção de estruturas cognitivas progressivamente mais sofisticadas, como decorrência de adaptações suscitadas pelo ambiente.



[1] HILGARD, Ernest Ropiequet. Teorias da aprendizagem. São Paulo: Herder, 1966.

[2] SCHMITZ, E. Fundamentos da Didática . São Leopoldo: UNISINOS, 1993.

Instâncias da aprendizagem

Grossi (1990) [1] criou um esquema das instâncias da aprendizagem, que pode ser útil para aclarar este conceito:

ESQUEMA GROSSI



[1] GROSSI, Esther Pillar. A contribuição da psicologia na educação. Em Aberto . Brasília , v.9, n. 48, p.45-50, out/dez. 1990.

Segundo o esquema há quatro esferas que envolvem o organismo (indivíduo): o outro, a cultura, a Ciência e a realidade.

Este organismo é assim definido pela autora:

(...) conjunto de órgãos que nos constituem, à nossa bagagem genética, ao que nos faz fisicamente distintos dos demais. O organismo é a instância onde memorizamos o que aprendemos, onde criamos automatismos. Por que escrevemos rapidamente? Porque criamos esquemas automáticos que nos permitem fazer isto; e isto está no organismo. (Grossi, 1990, p. 49).


Vocês acham que o termo “organismo” pode se confundir com “corpo”? Pois a autora se preocupa em distinguir os dois, com um exemplo bem apropriado:

Uma mão é organismo enquanto estiver simplesmente sendo vista como um pedaço de alguém. No momento em que fizer um gesto de adeus ou um gesto de OK, já não é mais organismo; trata-se de uma manifestação do corpo. O corpo é a forma como o organismo atua. Pode-se comparar o organismo a uma tela e o corpo, à imagem que a inteligência e o desejo projetam sobre essa tela. (Grossi, op.cit., p. 49).

O sujeito que aprende (organismo) compreende portanto inteligência, desejo (motivação) e corpo. Ele é enriquecido com uma outra dimensão: a social, composta das quatro esferas citadas anteriormente ( o outro, a cultura, a Ciência e a realidade).

A quarta instância, a realidade, não é atingida ou aprendida diretamente, mas através de um processo do qual vocês ouvirão falar muito no nosso Módulo: a MEDIAÇÃO.

Aprendemos a realidade ou o mundo externo através da mediação do outro, da cultura, da ciência, de um sistema de valores, de uma rede de significados e representações.

Todo este processo requer do indivíduo que aprende a ação, pois a aprendizagem não ocorre de forma passiva por parte do sujeito.

Finalmente a linguagem, estudada no próximo Módulo, é posicionada no esquema como veículo da aprendizagem. Não falamos aqui apenas da linguagem oral ou escrita, mas do variado repertório de linguagens de que o ser humano dispõe.

O que mais decisivamente influencia a enunciação de um conceito de aprendizagem é o arcabouço teórico a que está relacionado. Ele define o conceito de homem que norteia os estudos realizados, o recorte da problemática a ser abordada, o tratamento metodológico e até mesmo a utilização dos resultados obtidos.

Modelos de ensino-aprendizagem

Alguns autores como Lapp et al (1975) [1] , por exemplo, falam de modelos de aprendizagem que determinam modelos de ensino:

    • a) Modelo clássico ou tradicional – o indivíduo que aprende é visto como passivo ou depositário do conhecimento, tomando como foco o professor, transmissor do conhecimento, e os métodos de ensino.
    • b) Modelo tecnológico (tecnicista) – enfatiza as técnicas e o domínio do conteúdo, a transmissão de informações e o desenvolvimento de competências orientadas para o futuro, visualizáveis através de comportamentos observáveis e mensuráveis.
    • c) Modelo personalizado – destaca o indivíduo como centro do processo, seus interesses, experiências, necessidades e aspectos emocionais, considerando-o de forma dissociada do envoltório social.
    • d) Modelo interacional – dá relevo à dialética da interação entre professor e aluno e importância à interação, à comunicação, ao diálogo. Volta-se para a análise crítica de problemas sócio-culturais.

 


[1] LAPP , D., BENDER , H., ELLENWOOD , S. & JOHN , M. Teaching and Learning: Philosophical, Psychological, Curricular Applications. NY: Macmillan, 1975.

Paradigmas teóricos do estudo da aprendizagem

Ferreira (1986) [1] afirma que a Psicologia da Educação se ocupa das questões relativas a três áreas de estudo: aprendizagem, desenvolvimento humano e ensino. Suas pesquisas buscam, em última instância, o aprimoramento dos processos de ensino e aprendizagem.

A autora descreve três paradigmas teóricos dominantes na Psicologia. Cada um deles representa uma visão das relações indivíduo – sociedade e repercute na Psicologia da Educação, nas concepções de desenvolvimento humano e de aprendizagem:


[1] Ferreira , M.G. Psicologia Educacional: análise crítica. São Paulo: Cortez: Autores Associados, 1986.

Paradigma Objetivista

Fundamenta-se na Psicologia experimental e na visão do homem como um “fato” observável a partir dos comportamentos que manifesta. O meio o controla e condiciona.

Com isto a Educação fica reduzida à manipulação de estímulos externos que possam conduzir a respostas consideradas desejadas e a aprendizagem à verificação dos efeitos objetivos deste processo, uma adaptação passiva ao ambiente.

Destacam-se nesta corrente:

Pavlov [1]

 Pavlov (1849-1936) – realizou o condicionamento de cães, formulando o conceito de condicionamento clássico ou respondente (transferência de uma resposta associada a um estímulo para outro, que inicialmente não a provocava).

Thorndike [2]

Thorndike (1874-1949) – formulou a Lei do Efeito ( todo e qualquer ato que produz satisfação fica indissociavelmente ligado à situação em que ocorreu e, quando ela se reproduz, a probabilidade de repetição do ato é maior do que antes, havendo a fixação do acerto inicialmente acidental).

Watson [3]

  (1878-1958) – criador do termo Behaviorismo e do conceito de generalização de estímulos, condicionou bebês a sentirem medo de ratos de brinquedo, provando assim a possibilidade de controle do comportamento através de estímulos externos.

Skinner [4]

Skinner (1904-1990) – enunciou o conceito de condicionamento operante, trabalhando experimentalmente com ratos provou que o comportamento pode ser modelado através da utilização de reforços positivos e negativos.

 

[1] http://pt.wikipedia.org/wiki/Behaviorismo

[2] http://faculty.frostburg.edu/mbradley/psyography/thorndike.html

[3] e [4] http://web.syr.edu/~jlbirkla/kb/b_people.html

 Paradigma Subjetivista

Fundamenta-se na Psicologia de cunho filosófico e preconiza a centralização do processo educacional na satisfação das necessidades dos educandos, segundo a sua natureza e desenvolvimento, vistos de forma “natural”. Sua expressão principal são os modelos não-diretivistas de Educação.

Em oposição à abordagem anterior, vê o homem como um ser autônomo, criado para a liberdade e não determinado pelo meio. A Educação deve, então, criar situações favoráveis ao desenvolvimento pleno das suas potencialidades, tendências e predisposições naturais.

Destacam-se nesta corrente:

Dewey (1859-1952) – valoriza a iniciativa e a independência, que levam à autonomia e ao autogoverno, propõe a “educação progressiva”, que amplia a experiência da criança e lhe permite o domínio sobre a própria vida. A aprendizagem se dá através da pesquisa individual e coletiva.

Dewey [1]

Maslow (1908-1970) – focaliza os seus estudos na motivação humana através de um ciclo e da hierarquização em uma pirâmide.

Maslow [2]

Rogers (1902 -1987) – principal nome da corrente humanista em Psicologia, enuncia uma crença inabalável na natureza positiva do ser humano. O homem precisa, segundo ele, desenvolver plenamente as potencialidades pessoais. Entre elas destaca a tendência natural da evolução humana à busca da harmonia consigo mesmo e com os demais. Confiança nos próprios desejos e intuições, liberdade e responsabilidade para agir e disponibilidade para criar compõem essas qualidades positivas do self. Criou o termo “nao-diretivo”, aplicado à Psicoterapia e à Educação, definindo o respeito à liberdade essencial ao homem. Para o professor – chamado de “facilitador da aprendizagem” – algumas qualidades são essenciais: autenticidade, empatia, congruência e respeito incondicional ao ser que aprende.

Rogers [3]

[1] http://grandesnomeseducacao.wordpress.com/2008/02/13/john-dewey-1859-1952/

[2] http://www.pedrassoli.psc.br/psicologia/maslow.aspx

[3] http://www.pedrassoli.psc.br/psicologia/rogers.aspx

Paradigma Histórico-crítico

Tem como questão central o indivíduo como ser histórico, sendo a relação homem-sociedade vista como interação recíproca em que ambos se afetam e se transformam.

A Educação pode simplesmente “reproduzir” as relações sociais existentes, “adaptando” o homem ao meio. Pode, no entanto, contribuir para a transformação da realidade e para a emancipação do homem formando indivíduos críticos e reflexivos, prontos para interferir ativamente na prática social. São valorizados o diálogo, a interação, o processo de mediação.

A aprendizagem é, encarada desta forma, construção humana permanente, efetiva e contínua, que resulta de trocas dialéticas como o meio histórico e social.

Destacam-se nesta corrente:

Piaget (1896-1980) – Faz um estudo psicogenético do desenvolvimento humano (estudo das formas mais primitivas de conhecimento até as mais complexas). Para ele o sujeito estabelece troca com o meio, através de duas dimensões: a assimilação e a acomodação. Nos dois casos é ativo no processo de aprendizagem, agindo sobre o meio inicialmente através de esquemas de ação e mais tarde através dos esquemas de representação.

Piaget[1]

Vygotsky[2]

Vygotsky (1896-1934) – Autor da Teoria sociointeracionista do desenvolvimento humano e da aprendizagem. Enfatiza a construção do conhecimento como uma interação mediada por várias mediações. Desta forma os conceitos espontâneos, trazidos pela criança, transformam-se em conceitos científicos.

[1] http://www.piaget.com.br/jeanpiaget.php

[2] http://tvtribuna.wsoma.com/cameraeducacao/conteudo.asp?idConteudo=74

Características da aprendizagem

    • Processo dinâmico – não é absorção passiva, exige atividade externa (física) e interna, participação integral do indivíduo em todos os seus aspectos.
    • Processo contínuo – está presente do início ao fim da vida humana.
    • Processo global (compósito) – todos os aspectos que constituem a personalidade são ativados no processo de aprendizagem.
    • Processo pessoal – a aprendizagem é intransferível. Tem maneira, ritmo, preferências, métodos pessoais.
    • Processo gradativo – ocorre através de processos gradativamente mais complexos. Um efeito disso é a gradação de conteúdos, dos mais fáceis para os mais difíceis, na organização curricular.
    • Processo cumulativo – as experiências anteriores, os conceitos construídos anteriormente servem de base para a aquisição de novos conteúdos.

Fatores determinantes da aprendizagem

Em uma abordagem inicial podemos dizer que a aprendizagem está sustentada por três fatores: família, escola e aluno, que se complementam.

Temos que considerar, no entanto, que a aprendizagem não é apenas formal, que é promovida por instituições de ensino e formação e conduz ao recebimento de diplomas, certificados e qualificações.

Temos também aprendizagens não-formais, que ocorrem em ambientes não escolares como locais de trabalho, organizações da sociedade civil (associações, sindicatos e partidos políticos, por exemplo) e aprendizagens informais, que acontecem no cotidiano, não intencionalmente.

Desta forma, olhando o processo pela ótica da Psicologia, podemos destacar como fatores interferentes na aprendizagem:

    • Inteligência, incluindo a atenção, a percepção, a memória.
    • Motivação.
    • Experiência anterior.
    • Fatores socioculturais.

Ambiente virtual de aprendizagem

A vertiginosa expansão da tecnologia de informação e comunicação criou a demanda de pesquisas sobre uma forma de aprendizagem há poucos anos não conhecida: a aprendizagem em ambientes virtuais ou aprendizagem online.

Segundo Barajas (2003) ambiente virtual de aprendizagem (AVA) é "um espaço ou uma comunidade organizada com o propósito de aprender", o que cria a necessidade da articulação de três fatores essenciais – o aparato tecnológico que lhe dê suporte, o desenvolvimento de uma metodologia adequada e uma concepção clara de aprendizagem, de construção do conhecimento.

Neste Módulo pretendemos em diversos momentos, pela especificidade do curso, abordar esta modalidade de aprendizagem.

É claro que ela mantém características e especificidades da aprendizagem como a estudávamos há alguns anos, mas tem sutilezas e nuances que são ainda pouco familiares para nós, professores, e fortes impactos na nossa formação, ainda muito tradicional.

Como dizem Medeiros et alii (2001), com propriedade, esta formação não pode ser do tipo ""o professor entra por uma porta tradicional e sai por um portal virtual.".

Moran (2007), ao falar sobre Educação a Distância em uma entrevista, afirma que ela traz mudanças profundas nos processo de ensino e aprendizagem e até mesmo na maneira radical como se pensa o conhecimento. E conclui:

Alteram-se dimensões já dominadas no campo da prática docente, como a distribuição de tempos e espaços especiais, agora associados ao uso de estratégias educativas com suporte em ferramentas tecnológicas que alteram e amplificam as dimensões de eficiência e de qualidade nos processos educativos; todavia, temos presente que essas mediações, se entendidas em seus fins, não são suficientes à instauração de transformações de fundo, assim como do "dar conta" das possibilidades de aprendizagem (Moran, 2007).