Livro 3: Mídia e Mediação pedagógica

Mídia e Mediações Pedagógicas

Escola e Mediação Pedagógica

Escola e Mediação Pedagógica

"A possibilidade de aprender é muito mais ampla que a possibilidade de ensinar"

Barbero alerta para a necessidade de mudança do modelo comunicacional que subjaz ao sistema das escolas.  A escola precisa por esse motivo sair do marasmo e considerar essas novas formas e práticas semióticas. Nesse particular há necessidade de uma educação para as mídias (TOSCHI, 2005, p.40). Entretanto a autora acrescenta que,  apesar do reconhecimento da importância das ferramentas tecnológicas para otimizar o trabalho docente ser patente,  não há consenso quanto aos métodos ou procedimentos do uso educacional das mesmas.

Orozco corroborando com essa afirmativa diz que  

fortíssima a impressão de que os meios de comunicação não têm legitimidade para ensinar, enfatizando a necessidade de iniciativas públicas, privadas e individuais que corrijam essa distorção e ampliem definitivamente a inserção das novas tecnologias em sala de aula”,

A inserção das tecnologias no ambiente da sala se aula não deve ser apenas pelo sentido de inovação, mas para que a comunidade escolar reflita que tipo comunicação está acontecendo, a partir da reflexão sobre o sentido delas. Reconhecer que a escola hoje é apenas mais um espaço de aprendizagem e não o único é o primeiro passo para que se compreenda que o indivíduo não aprende apenas com o professor ou no espaço  formal de sala de aula. Segundo Orofino (2005), a escola subestima o seu papel, deixando de potencializar sua condição de mediadora e responsável pela construção da cidadania crítica.

Com muita propriedade Martín- Barbero coloca:

(...)enquanto permanecer a verticalidade na relação docente e a sequencialidade no modelo pedagógico, não haverá tecnologia capaz de tirar a escola do autismo em que vive.  Por isso é indispensável partir dos problemas de comunicação antes de falar sobre os meios (MARTIN-BARBERO, 200, p. 52 apud TOSCHI, 2005, p. 39).

Cabe pois uma revolução conceitual nas relações escolares que devem ser  menos verticalizadas, onde todos devem ser ao mesmo tempo aprendizes e ensinantes e onde a escola deverá ser um espaço de circulação das múltiplas linguagens midiáticas como a televisão, vídeo, videogame, cinema e computador.

Por outro lado, a Universidade como agência formadora de docentes tem um papel fundamental nessa questão. 

O texto Globalização, Tecnologia e os Pressupostos da aprendizagem online traz contribuições para o tema.       

 Vamos ao Forum discutir !!!

 


1MATOS OLIVEIRA. Maria Olivia. Educação, Tenologia e os desafios da aprendizagem online. In: ORNELLAS, Maria de Lourdes; Matos Oliveira. Maria Olivia. (org) Educação, Tecnologias e Representações Sociais. Salvador: Quarteto, 2007